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COMUNICAÇÃO EFETIVA 01/08/2022 revisão:
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SUMÁRIO
SIGLAS
1. COMUNICAÇÃO EFETIVA
A comunicação pressupõe relação, troca, referindo-se ao processo de compartilhar um
mesmo objeto de consciência. Já a informação pode ser considerada uma parte desse processo.
Pode-se dizer que a informação é uma comunicação em potencial (REBRAENSP, 2013). Assim, não
temos comunicação sem informação. No ambiente hospitalar, predomina a comunicação técnica
pela alta especificidade característica deste setor. Os processos de comunicação são muito
complexos e dinâmicos nos serviços de saúde e, em especial, na área hospitalar. O alto fluxo de
informações e o grande número de profissionais de diferentes equipes assistenciais, além da grande
demanda de atividades, acarretam uma necessidade constante de atualização e troca de
informações com os pacientes, os familiares e as equipes (BRASIL, 2017).
Os eventos adversos relacionados às falhas no processo de comunicação estão altamente
relacionados com as prescrições ou ordens verbais e informações relativas a resultados de exames.
A falta de processos de comunicação integrados entre as diversas equipes de profissionais e os
serviços de saúde são fatores que contribuem para as falhas no atendimento. A recomendação de
ouvir e repetir para o interlocutor a informação/ordem/prescrição recebida é considerada uma
medida de segurança para garantir uma comunicação clara, precisa, completa e sem ambiguidade
para o receptor (BRASIL, 2017).
A predominância de falhas nos processos de comunicação institucionais é apontada também
como fonte de risco para a ocorrência de eventos adversos em outras situações durante a
internação. Suspensões de cirurgias, de procedimentos e de exames são comuns quando a
comunicação não é efetiva entre as equipes médicas, de enfermagem e de nutrição. Além disso,
pacientes ficam submetidos a tempos prolongados sem receber alimentação e, muitas vezes, não
tem a dietoterapia adequada devido a essas falhas que geram atrasos e não atendimento ao
paciente (BRASIL, 2017).
Outro processo crítico de comunicação para o risco de ocorrência de eventos adversos é
entre a farmácia, enfermagem e equipe médica. Situações de falhas de redação e interpretação de
prescrição médica, assim como a dispensação e preparo de medicamentos são momentos
anteriores ao processo de administração de medicamentos que podem induzir ao erro da equipe de
enfermagem. Isto foi evidenciado em estudo nacional, no qual a análise de itens da prescrição
médica em cinco hospitais universitários brasileiros demonstrou que 91,3% das prescrições
continham siglas ou abreviaturas, 22,8% não continham dados do paciente e 4,3% não
apresentavam data ou continham rasuras, as quais poderiam ter contribuído para os erros
detectados de via na administração de medicamentos. Estudo internacional também aponta uma
estimativa de que 39% das reações adversas a medicamentos ocorrem devido a erros de prescrição,
e cerca de 23% acontecem durante a transcrição e dispensação de medicamentos (BRASIL, 2017).
Outro aspecto do processo de comunicação que pode ser considerado crítico para a
ocorrência de eventos adversos com os pacientes é a forma como estão estruturadas as trocas de
informações entre os turnos de trabalho nos serviços de saúde. As passagens de plantão, rounds ou
relatórios de troca de turnos são uma característica do trabalho em saúde. A continuidade do
atendimento do paciente exige o compartilhamento de informações em um processo que envolve
a transferência e aceitação de responsabilidade de alguns aspectos do cuidado do paciente ou grupo
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LEMBRE:
A comunicação efetiva é bidirecional. Para que ela ocorra com segurança, é necessário que
haja resposta e validação das informações emitidas. A técnica “leia de volta” (read-back), ou
repita o que foi dito, pode ser utilizada, por exemplo, para validar as informações
transmitidas na passagem de plantão entre os turnos de trabalho: o profissional anota a
informação recebida e repete para a pessoa que a transmitiu, de modo a confirmar que a
compreendeu corretamente.
Todos os procedimentos, transferências, exames ou quaisquer situações que ocorram com
o paciente devem ser registrados no prontuário, e o mesmo deve estar sempre na unidade
onde o paciente se encontra.
As informações devem ser registradas no prontuário de forma clara, objetiva e completa.
Deve-se também garantir a legibilidade da letra do profissional.
As siglas, símbolos e abreviaturas devem ser evitados.
O paciente e o acompanhante têm papel fundamental no processo do cuidado, e as
informações recebidas destes devem ser valorizadas e registradas.
Deve ser garantido o direito do paciente, ou pessoa legalmente estabelecida, de conhecer
as informações que constam em seu prontuário.
A alta hospitalar é uma etapa do cuidado em que a comunicação efetiva com o paciente e
acompanhante é fundamental: ambos devem receber e compreender informações que
possibilitem o autocuidado seguro e adequado no domicílio.
Promover a visita multidisciplinar.
Transmitir as informações entre os profissionais respeitando a individualidade de cada um.
5. COMUNICAÇÃO INTERPROFISSIONAL
REFERÊNCIAS
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HISTÓRICO DE REVISÃO
ELABORAÇÃO
VALIDAÇÃO
APROVAÇÃO
Flávia Andreia Pereira Soares dos Santos Assinado Eletronicamente
Gerente de Atenção à Saúde
14/12/2022 09:33 SEI/SEDE - 25826049 - Certidão
CERTIDÃO
Processo nº 23527.008725/2022-26
Interessado: @interessados_virgula_espaco@
ELABORAÇÃO
SIAPE: 1287834
Enfermeira
Assinado Eletronicamente
Técnica em Enfermagem do SVS
SIAPE: 1061012
SIAPE:3041306
Graduando em Enfermagem
REVISÃO
SIAPE: 1287834
VALIDAÇÃO
APROVAÇÃO
Documento assinado eletronicamente por Herika Ferreira Batista Nunes, Técnico(a) em Enfermagem, em
23/11/2022, às 17:48, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, caput, do Decreto
nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Carlla Cilene Alves Dantas Petrônio, Chefe de Setor, em
23/11/2022, às 21:52, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, caput, do Decreto
nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Sonaira Larissa Varela de Medeiros Soares, Gerente,
Substituto(a), em 13/12/2022, às 08:06, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º,
caput, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Vanessa Freires Maia, Enfermeiro(a), em 14/12/2022, às 09:15,
conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, caput, do Decreto nº 8.539, de 8 de
outubro de 2015.
https://sei.ebserh.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=39962546&infra_s… 2/2