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Hospital Universitário Antônio Pedro

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO
2. OBJETIVO(S)
3. DESCRIÇÃO
4. INDICADORES DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA DO CTI ADULTO
4.1 FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES
5. APÊNDICES
6. ANEXOS
7. REFERÊNCIAS
8. HISTÓRICO DE REVISÃO

1. APRESENTAÇÃO
A melhoria contínua da qualidade assistencial requer avaliações sistemáticas dos
cuidados prestados aos usuários dos serviços de saúde, visando à identificação dos
fatores que interferem no processo de trabalho dos profissionais envolvidos na
assistência1.
Definir objetivos, estratégias e instrumentos de monitoramento para direcionar
a organização e promover qualidade são determinantes nas ações gerenciais e no
desempenho dos serviços assistenciais em saúde exigindo, dos agentes envolvidos,
conhecimento e aplicação das ferramentas de gestão e qualidade.
Os princípios da gestão da qualidade baseiam-se na otimização dos recursos, no
planejamento de ações que tenham impacto na melhoria da qualidade do serviço. Sendo
assim, a avaliação de serviços de saúde é necessária como elemento do cotidiano de
trabalho, permitindo a identificação de fragilidades e a visualização de oportunidades
de melhoria. A prática é fundamental para que os serviços possam analisar seu
desempenho e como consequência, melhorar a qualidade do atendimento ao paciente2.

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A Fisioterapia vem atuando na promoção, proteção e recuperação da saúde, nos


diferentes níveis de assistência. A demanda por fisioterapeutas no ambiente hospitalar
ocorre pela atuação crescente no ambiente clínico, cirúrgico e de emergência hospitalar
exigindo assistência especializada e qualificada em pacientes nos mais altos níveis de
complexidade.
A gestão da qualidade e segurança assistencial do paciente é necessária para
todos os serviços de saúde, inclusive em Fisioterapia. Identificar e compor painéis de
indicadores para monitorar a qualidade assistencial é determinante na avaliação,
tomada de decisão e propostas de melhoria do serviço.
O desenvolvimento e utilização de indicadores também auxiliam a interação
entre profissionais de saúde, pesquisadores e gestores, possibilitando visão integrada e
inovadora, aquisição de conhecimento e evidências para orientar novas ações
estratégicas

2. OBJETIVO(S)

 Apresentar e descrever os indicadores assistenciais de qualidade do Serviço de


Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Antônio
Pedro;

 Orientar a equipe de Fisioterapia quanto ao correto preenchimento da Planilha


de estatística, desenvolvida para alimentação dos indicadores assistenciais;

 Melhorar a qualidade no processo de trabalho potencializando resultados.

3. DESCRIÇÃO

Manual destinado aos profissionais de Fisioterapia do Hospital Universitário


Antônio Pedro (HUAP), lotados na Unidade de Terapia Intensiva.

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Para a realização do procedimento de coleta de dados e posterior análise dos


indicadores será necessário dispor de computador no setor de trabalho com acesso à
internet.
Os dados serão obtidos a partir do preenchimento diário da planilha de
estatística (figura 1), seguindo a seguinte orientação:
- Cada paciente será registrado em uma planilha diferente e elas estarão na pasta
correspondente ao setor;
- Caso ocorra algum óbito, alta ou transferência, a planilha do paciente deverá ser
movida para as pastas correspondentes: “altas”, “óbitos” ou “transferências”.
- No caso de nova internação, uma planilha nova deverá ser preenchida com os dados
do novo paciente (fazer uma cópia da planilha modelo que estará disponível na pasta
do setor).
- O plantonista diurno fará o preenchimento ao final do plantão.
- Caso ocorra alguma intercorrência que modifique algum dos parâmetros registrados
durante o plantão diurno, a mesma deverá ser atualizada pelo plantonista noturno.
- As modificações deverão ser registradas no espaço correspondente às
“intercorrências”.
- Ao final do mês, as pastas e planilhas serão copiadas e, após download dos arquivos,
ocorrerá a análise dos resultados.

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Figura 1. Planilha de Estatística.


Fonte: Própria (2022)

4. INDICADORES DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA DO CTI ADULTO

Com objetivo de adequar a assistência às demandas dos pacientes internados na


Unidade de Terapia Intensiva do HUAP, foram elaborados 9 indicadores assistenciais
apresentados a seguir:

 Taxa de falha de extubação orotraqueal


 Percentual de pacientes desmamados e extubados da ventilação mecânica com
sucesso
 Percentual de sucesso no desmame difícil e prolongado
 Percentual de pacientes com perda de funcionalidade na alta
 Percentual de sucesso na aplicação de ventilação não invasiva para evitar
intubação

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 Percentual de pacientes em ventilação não protetora


 Média de dias para início de sedestação
 Média de dias para início de ortostatismo

 Média de dias para início de deambulação

4.1 FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES

Nome 1. Taxa de falha de extubação orotraqueal

Conceituação Relação entre o somatório de reintubações após extubações


programadas no período e o total de extubações programadas,
multiplicado por 100 (cem).

Importância A falha de extubação ocorre se o paciente for submetido


reintubação em menos de 48h após ser extubado. Este indicador tem
por objetivo avaliar quantitativamente o percentual de falhas 3,
podendo servir como base para avaliar o comportamento dos
profissionais diante do processo de desmame, inclusive inferindo
sobre a aplicação devida do POP de desmame.

Método de Cálculo (Somatório de reintubações após extubações programadas no


período/ total de extubações programadas) x 100

Definição de Termos a) Somatório de reintubações após extubações programadas no


Utilizados no período
Indicador:
a) Numerador b) Total de extubações programadas
b) Denominador
Reintubações após extubações programadas no período: ocorre se o
paciente for submetido à reintubação em menos de 48h após ser
extubado.

Total de extubações programadas: é o total de extubações


programadas no período de 1 mês.

Interpretação Quanto mais baixo, melhor.

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Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.
 Adequação do protocolo operacional de extubação visando
minimizar as falhas.

Parâmetro, Dados A taxa de falha de extubação gira em torno de 20 a 30% dos pacientes
Estatísticos e submetidos à ventilação mecânica3.
Recomendações
Meta Menor que 20%.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel, preenchida pela


equipe de Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar
dos meses, um gráfico será plotado (figura 2), ao qual a linha azul
representa o resultado de falhas em percentual, a linha vermelha a
meta e a verde a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Avaliação do nível de consciência do paciente;


Causar Impacto no  Avaliação diária do quadro ventilatório e hemodinâmico;
Indicador  Otimização da força muscular respiratória e periférica;
 Manter vias aéreas pérvias;
 Avaliar eficácia da tosse;
 Avaliar Cuff leak test (teste de fuga aérea após desinsuflação do
balonete do tubo orotraqueal a fim de sinalizar possível edema
traqueal);
 Avaliar sucesso no teste de respiração espontânea (TRE);
 Eleger paciente de risco para realização de VNI profilática
imediatamente após extubação.

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Limitações e Vieses Descompensação hemodinâmica inesperada. Novo quadro


infeccioso. Falta de equipamentos adequados para avaliação
ventilatória. Julgamento equivocado da equipe. Falha do cuff leak
test.

Referências 3. Boles JM, Bion J, Connors A, Herridge M, Marsh B, Melot C, et


al. Weaning from mechanical ventilation: Eur Respir J
2007;29:1033-56

Nome 2. Percentual de pacientes desmamados e extubados da


ventilação mecânica com sucesso

Conceituação Relação entre o número de pacientes desmamados da


ventilação mecânica com sucesso e o número de pacientes que foi
aplicado o protocolo de desmame ventilatório no período,
multiplicado por 100 (cem).

Importância Indicador que avalia o percentual de sucesso de todos os desmames


da ventilação mecânica no mês (desmames simples, difíceis e
prolongados). Pode ajudar a identificar possíveis problemas na
condução deste importante processo e direcionar para treinamentos
específicos.

Método de Cálculo (Número de pacientes desmamados da ventilação mecânica com


sucesso/ número de pacientes que foi aplicado o protocolo de
desmame ventilatório) x 100

Definição de Termos a) Número de pacientes desmamados da ventilação mecânica com


Utilizados no sucesso
Indicador:
a) Numerador b) Número de pacientes que foi aplicado o protocolo de desmame
b) Denominador ventilatório

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Número de pacientes desmamados da ventilação mecânica com


sucesso: ocorre quando o paciente permanece sem necessidade de
ventilação mecânica por pelo menos 48h.

Número de pacientes que foi aplicado o protocolo de desmame


ventilatório: é o total de pacientes submetidos ao protocolo de
desmame ventilatório no período de 1 mês.

Interpretação Quanto mais alto, melhor.

Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.

Parâmetro, Dados Segundo a literatura, a taxa de sucesso de desmame varia conforme


Estatísticos e o perfil de pacientes atendidos na UTI, porém está em torno de 60 a
Recomendações 70% dos pacientes submetidos à ventilação mecânica3.

Meta Maior que 70%.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel, preenchida pela


equipe de Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar
dos meses, um gráfico será plotado (figura 3), ao qual a linha azul
representa o percentual de sucesso, a linha vermelha a meta e a verde
a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Avaliação do nível de consciência do paciente;


Causar Impacto no  Avaliação diária do quadro ventilatório e hemodinâmico;
Indicador  Otimização da força muscular respiratória e periférica;
 Manter vias aéreas pérvias;
 Avaliar eficácia da tosse;

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 Avaliar Cuff leak test (teste de fuga aérea após desinsuflação do


balonete do tubo orotraqueal a fim de sinalizar possível edema
traqueal), nos casos de extubação;
 Eleger paciente de risco para realização de VNI profilática
imediatamente após extubação;
 Avaliar sucesso no teste de respiração espontânea (TRE);
 Avaliação diária da resistência respiratória a fim de evitar
fadiga, nos casos de pacientes traqueostomizados;
 Monitorização contínua do paciente durante o protocolo de
desmame.

Limitações e Vieses Descompensação hemodinâmica. Pacientes hipersecretivos.


Ansiedade do paciente que está consciente. Déficit nutricional do
paciente. Novo quadro infeccioso. Falta de equipamentos adequados
para avaliação ventilatória. Julgamento equivocado da equipe. Falha
do cuff leak test.

Referências 3. Boles JM, Bion J, Connors A, Herridge M, Marsh B, Melot C, et


al. Weaning from mechanical ventilation:.Eur Respir J
2007;29:1033-56

Nome 3. Percentual de sucesso no desmame difícil e prolongado

Conceituação Relação entre o número de pacientes desmamados da TQT


com sucesso e o número de pacientes em TQT que foram submetidos
ao protocolo de desmame ventilatório no período, multiplicado por
100.

Importância Indicador que avalia o percentual de sucesso de desmames difícil e


prolongado da ventilação mecânica no mês. Pode ajudar a identificar
possíveis problemas na condução deste importante processo e
direcionar para treinamentos específicos.

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Método de Cálculo (Número de pacientes desmamados da TQT com sucesso/ número


de pacientes em TQT que foram submetidos ao protocolo de
desmame ventilatório no período) x 100

Definição de Termos a) Número de pacientes desmamados da TQT com sucesso


Utilizados no
Indicador: b) Número de pacientes em TQT que foram submetidos ao protocolo
a) Numerador de desmame ventilatório
b) Denominador
Número de pacientes desmamados da TQT com sucesso: ocorre
quando o paciente permanece sem necessidade de ventilação
mecânica por pelo menos 48h.

Número de pacientes em TQT que foram submetidos ao protocolo


de desmame ventilatório: é o total de pacientes submetidos ao
protocolo de desmame ventilatório no período de 1 mês.

Interpretação Quanto mais alto, melhor.

Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.
 Inferir sobre a aplicação devida do POP de desmame.

Parâmetro, Dados O paciente em desmame prolongado possui variantes que podem


Estatísticos e aumentar o número de falhas em relação a sua retirada da ventilação
Recomendações mecânica, tendo como exemplos a miopatia diafragmática e as
reinfecções5.

Meta Maior que 50%.

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equipe de Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar
dos meses, um gráfico será plotado (figura 4), ao qual a linha azul
representa o percentual de sucesso, a linha vermelha a meta e a verde
a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Avaliação diária do quadro ventilatório e hemodinâmico;


Causar Impacto no  Otimização da força muscular respiratória e periférica;
Indicador  Manter vias aéreas pérvias;
 Avaliar sucesso no teste de respiração espontânea (TRE);
 Avaliação diária da resistência respiratória a fim de evitar
fadiga;
 Monitorização contínua do paciente durante o protocolo de
desmame.

Limitações e Vieses Descompensação hemodinâmica. Pacientes hipersecretivos.


Ansiedade do paciente que está consciente. Déficit nutricional.

Referências 5.AQUIM, E. E. et. al. Diretrizes Brasileiras de Mobilização


Precoce em Unidade de Terapia Intensiva. RevBras Ter
Intensiva, vol. 31, n. 4. P; 434-443, 2019.

Nome 4.Percentual de pacientes com perda de funcionalidade na


alta.

Conceituação Relação entre o total de pacientes com piora da função pelo


escore IMS na alta e o total de pacientes com avaliação da função
pelo escore IMS na alta, multiplicado por 100 (cem).

Importância É sabido que indivíduos enfermos atendidos em UTIs tendem a


apresentar metabolismo acelerado e, por muitas vezes, nutrição
incompatível com o gasto calórico, culminando em perdas ponderais,
incluindo a massa muscular. Este processo pode ser definido como
fraqueza muscular adquirida na UTI, o que reduz significativamente
os níveis funcionais pré-internação.
A Fisioterapia é de suma importância para esses pacientes,
visto que pode contribuir na amenização dessas perdas, além de

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potencializar essas funcionalidades, principalmente após períodos


longos de internação7.
Com o intuito de verificar o nível de perda funcional na
alta da UTI, utilizamos a escala IMS (ICU mobility scale) - ver em anexo
A- e criamos este indicador.

Método de Cálculo (Total de pacientes com piora da função pelo escore IMS na
alta/ total de pacientes com avaliação da função pelo escore IMS na
alta) x 100

Definição de Termos a) Total de pacientes com piora da função pelo escore IMS na alta
Utilizados no
Indicador: b) Total de pacientes com avaliação da função pelo escore IMS na
a) Numerador alta
b) Denominador
Total de pacientes com piora da função pelo escore IMS na alta:
ocorre quando o paciente apresenta piora de sua funcionalidade
durante a internação comparado a sua avaliação na admissão pelo
escore IMS.

Total de pacientes com avaliação da função pelo escore IMS na


alta: é o total de pacientes submetidos à avaliação funcional pelo
escore IMS na alta do CTI.

Interpretação Quanto mais baixo, melhor.

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Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.
 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.

Parâmetro, Dados Estima-se que entre 20 a 30% dos pacientes internados na UTI,
Estatísticos e apresentam perdas funcionais na alta.11
Recomendações

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Meta Menor que 20%.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel, preenchida pela


equipe de Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar
dos meses, um gráfico será plotado (figura 5), ao qual a linha azul
representa o resultado da perda funcional em percentual, a linha
vermelha a meta e a verde a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Realização de mobilização precoce evitando a síndrome do


Causar Impacto no imobilismo;
Indicador  Otimização da força muscular periférica com cinesioterapia
motora;
 Utilização de estimulação elétrica funcional (FES), quando
indicado;
 Estimulação de transferências, ortostatismo e deambulação,
quando possível.

Limitações e Vieses Não aplicação do escore IMS na admissão do paciente. Presença de


dor durante a avaliação do escore subestimando seu resultado.
Presença de dispositivos que impeçam a mobilização do paciente,
como dreno de mediastino. Presença de instabilidade hemodinâmica.

Referências 11.Vanhorebeek I, Latronico N, Berghe GVD. ICU-acquired weakness.


Intensive Care Med. 2020; 46: 637-653

Nome 5.Percentual de sucesso na aplicação de ventilação não


invasiva para evitar intubação

Conceituação Relação entre o número de pacientes que fizeram VNI e não


foram intubados e o número de pacientes que foi aplicado VNI para
evitar intubação, multiplicado por 100 (cem).

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Importância Quantificar o sucesso da aplicação de VNI é importante para


identificar possíveis problemas relacionados à correta indicação e
utilização do dispositivo.

Método de Cálculo (número de pacientes que fizeram VNI e não foram


intubados/ número de pacientes que foi aplicado VNI para evitar
intubação) x 100

Definição de Termos a) Número de pacientes que fizeram VNI e não foram intubados
Utilizados no
Indicador: b) Número de pacientes que foi aplicado VNI para evitar intubação
a) Numerador
b) Denominador Número de pacientes que fizeram VNI e não foram intubados:
ocorre quando o paciente apresenta resposta satisfatória à utilização
da VNI, evitando dessa forma a intubação orotraqueal.

Número de pacientes que foi aplicado VNI para evitar intubação: é


o total de pacientes submetidos à VNI com objetivo de evitar
intubação orotraqueal.

Interpretação Quanto mais alto, melhor.

Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.

Parâmetro, Dados É sabido que a taxa de sucesso de VNI para evitar intubação
Estatísticos e nos casos de insuficiência respiratória aguda em pacientes DPOC e
Recomendações com edema agudo pulmonar cardiogênico corresponde a mais de
80%.10

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Meta Maior que 80%.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel, preenchida pela


equipe de Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar
dos meses, um gráfico será plotado (figura 6), ao qual a linha azul
representa o percentual de sucesso, a linha vermelha a meta e a verde
a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Eleger corretamente o paciente para a utilização de VNI,


Causar Impacto no avaliando critérios de indicação e contraindicação;
Indicador  Evitar realizar VNI como terapia de resgate após falha de
extubação;
 Explicar o procedimento com clareza ao paciente,
transmitindo segurança e tranquilidade;
 Realizar monitorização contínua do paciente durante a VNI.

Limitações e Vieses Indicação equivocada à utilização de VNI. Ansiedade do paciente


durante a terapia.

Referências 10.Rochwerg B, Brochard L, Elliot MW et al. Official ERS/ATS


clinical practice guidelines: noninvasive ventilation for acute
respiratory failure. Eur Respir J 2017; 50: 1602426

Nome 6. Média de dias em que os pacientes ficaram em ventilação


não protetora no mês

Conceituação Relação entre a soma dos dias em que os pacientes ficaram


com parâmetros não protetores e o número de pacientes submetidos
à ventilação mecânica no mês, multiplicado por 100 (cem).

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Importância Orienta a equipe em relação ao padrão de uso de parâmetros


ventilatórios protetores. A ventilação protetora é comprovadamente
benéfica e reduz a mortalidade em pacientes submetidos à VM.

Método de Cálculo (soma dos dias em que os pacientes ficaram com parâmetros
não protetores / número de pacientes em ventilação mecânica) x
100

Definição de Termos a) Soma dos dias em que os pacientes ficaram com parâmetros não
Utilizados no protetores
Indicador:
a) Numerador b) Número de pacientes em ventilação mecânica
b) Denominador
Soma dos dias em que os pacientes ficaram com parâmetros não
protetores: é total de dias em que os pacientes não receberam
ventilação protetora.

Número de pacientes em ventilação mecânica: é o total de pacientes


em ventilação mecânica invasiva.

Interpretação Quanto mais baixo, melhor

Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.

Parâmetro, Dados O uso de parâmetros protetores deve ser unânime em relação


Estatísticos e a todos os pacientes ventilados mecanicamente na UTI, porém, em
Recomendações alguns casos, não é possível sua manutenção, principalmente em
casos de dificuldades em se controlar a acidose respiratória em
pacientes com a mecânica pulmonar severamente comprometida6.

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Parâmetros protetores a serem observados:


Volume corrente – 6 a 8 ml/Kg
Drive pressure < 15 cmH2O
Pressão Platô < 30 cmH2O

Meta Menor que 10%.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel, preenchida pela equipe de
Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar dos
meses, um gráfico será plotado (figura 8), ao qual a linha azul
representa a média de dias em ventilação não protetora, a linha
vermelha a meta e a verde a linha de tendência entre os períodos.
Ações Esperadas para  Avaliar diariamente o modo ventilatório e parâmetros
Causar Impacto no ventilatórios do paciente;
Indicador  Calcular peso predito do paciente (Homem: 50+ 0,91 x altura
em cm-152,4 e Mulher: 45,5+ 0,91 x altura em cm -152,4);
 Calcular volume corrente predito do paciente (6 a 8 ml/kg);
 Calcular PaO2 ideal (109- 0,43 x idade);
 Calcular FiO2 ideal (PaO2 ideal x FIO2 do ventilador/ PaO2 da
gasometria arterial) ;
 Titular PEEP ideal;

Limitações e Vieses Paciente com hipercapnia. Paciente com complacência pulmonar


reduzida. Resistência pulmonar elevada.
Referências 6.Amato MB, Barbas CS, Medeiros DM, Magaldi RB, Schettino
GP, Lorenzi-Filho G, et al. Effect of a protective-ventilation
strategy on mortality in the acute respiratory distress
syndrome. N Engl J Med. 1998;338(6):347-354

Nome 7.Média de dias para início de sedestação

Conceituação Relação entre a soma do tempo para início de sedestação (em


dias) dos pacientes submetidos ao procedimento e número de
pacientes submetidos ao procedimento.

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte


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Título do
QUALIDADE DA FISIOTERAPIA NA Novembro/2022 Novembro /2024
Documento:
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Versão: 01

Importância Pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva


tendem a permanecer mais hipoativos por sua situação clínica e toda
monitorização a que fica submetido, portanto, é de extrema
importância a realização de mobilização precoce no leito e fora do
leito a fim de mitigar a perda de funcionalidade do paciente.

Método de Cálculo (soma do tempo para início de sedestação (em dias) dos
pacientes submetidos ao procedimento/ número de pacientes
submetidos ao procedimento)

Definição de Termos a) Soma do tempo para início de sedestação (em dias) dos pacientes
Utilizados no submetidos ao procedimento
Indicador:
a) Numerador b) Número de pacientes submetidos ao procedimento
b) Denominador
Soma do tempo para início de sedestação (em dias) dos pacientes
submetidos ao procedimento: é total de dias que os pacientes
levaram até realizar a sedestação, desde a internação no CTI.

Número de pacientes submetidos ao procedimento: é o total de


pacientes submetidos ao primeiro dia de sedestação.

Interpretação Quanto mais baixo, melhor.

Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.

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Parâmetro, Dados A transferência da posição deitada para sentado no leito, tal


Estatísticos e como a evolução para postura ortostática e deambulação em uma
Recomendações unidade hospitalar é indicada para prevenir e minimizar os efeitos
deletérios do Imobilismo7, melhorar a capacidade funcional, auxiliar
na redução do tempo de internação, além de melhorar a qualidade
de vida.

Meta ≤ 4 dias.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel , preenchida pela equipe de
Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar dos
meses, um gráfico será plotado (figura 9), ao qual a linha azul
representa a média de dias para o início da sedestação, a linha
vermelha a meta e a verde a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Estimular a mobilização precoce do paciente;


Causar Impacto no  Otimização da força muscular periférica com cinesioterapia
Indicador motora.

Limitações e Vieses Procedimentos cirúrgicos que contraindiquem a sedestação.


Presença de instabilidade hemodinâmica.

Referências 7.BUTTIGNOL, M; PIRES NETO, RC; ANNONI, R. Protocolos de


mobilização precoce no paciente crítico: up-to-date. In:
Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Andrade FMD,
Beraldo MA, organizadores. PROFISIO Programa de
Atualização em Fisioterapia em Terapia intensiva: ciclo 7.
Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p.61-101. (Sistema
de Educação Continuada a Distâncias, v. 2).

Nome 8. Média de dias para início de ortostatismo

Conceituação Relação entre a soma do tempo para início de ortostatismo


(em dias) dos pacientes submetidos ao procedimento e o número de
pacientes submetidos ao procedimento.

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Importância Pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva


tendem a permanecer mais hipoativos por sua situação clínica e toda
monitorização a que fica submetido, portanto, é de extrema
importância a realização de mobilização precoce no leito e fora do
leito a fim de mitigar a perda de funcionalidade do paciente.

Método de Cálculo (soma do tempo para início de ortostatismo (em dias) dos
pacientes submetidos ao procedimento/ número de pacientes
submetidos ao procedimento)

Definição de Termos a) Soma do tempo para início de ortostatismo (em dias) dos
Utilizados no pacientes submetidos ao procedimento
Indicador:
a) Numerador b) Número de pacientes submetidos ao procedimento
b) Denominador
Soma do tempo para início de ortostatismo (em dias) dos pacientes
submetidos ao procedimento:é total de dias que os pacientes
levaram até realizar o ortostatismo, desde a internação no CTI.

Número de pacientes submetidos ao procedimento: é o total de


pacientes submetidos ao primeiro dia de ortostatismo.

Interpretação Quanto mais baixo, melhor.

Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.

Parâmetro, Dados A transferência da posição deitada para sentado no leito, tal


Estatísticos e como a evolução para postura ortostática e deambulação em uma
Recomendações unidade hospitalar é indicada para prevenir e minimizar os efeitos
deletérios do Imobilismo7, melhorar a capacidade funcional, auxiliar

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte


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na redução do tempo de internação, além de melhorar a qualidade


de vida.
O treino de ortostatismo e deambulação proporciona aumento
significativo proprioceptivo, nas alterações hemodinâmicas e
respiratórias, além de aumentar o nível de consciência.

Meta ≤ 5 dias.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel, preenchida pela equipe de
Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar dos
meses, um gráfico será plotado (figura 10), ao qual a linha azul
representa a média de dias para o início de ortostatismo, a linha
vermelha a meta e a verde a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Estimular a mobilização precoce do paciente;


Causar Impacto no  Otimização da força muscular periférica com cinesioterapia
Indicador motora.

Limitações e Vieses Procedimentos cirúrgicos que contraindiquem o ortostatismo.


Presença de instabilidade hemodinâmica. Paciente cadeirante
previamente.

Referências 7.BUTTIGNOL, M; PIRES NETO, RC; ANNONI, R. Protocolos de


mobilização precoce no paciente crítico: up-to-date. In:
Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Andrade FMD,
Beraldo MA, organizadores. PROFISIO Programa de
Atualização em Fisioterapia em Terapia intensiva: ciclo 7.
Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p.61-101. (Sistema
de Educação Continuada a Distâncias, v. 2).

Nome 9. Média de dias para início de deambulação

Conceituação Relação entre a soma do tempo para início de deambulação


(em dias) dos pacientes submetidos ao procedimento e o número de
pacientes submetidos ao procedimento.

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte


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Importância Pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva


tendem a permanecer mais hipoativos por sua situação clínica e toda
monitorização a que fica submetido, portanto, é de extrema
importância a realização de mobilização precoce no leito e fora do
leito a fim de mitigar a perda de funcionalidade do paciente.

Método de Cálculo (soma do tempo para início de deambulação (em dias) dos
pacientes submetidos ao procedimento/ número de pacientes
submetidos ao procedimento)

Definição de Termos a) Soma do tempo para início de deambulação (em dias) dos
Utilizados no pacientes submetidos ao procedimento
Indicador:
a) Numerador b) Número de pacientes submetidos ao procedimento
b) Denominador
Soma do tempo para início de deambulação (em dias) dos pacientes
submetidos ao procedimento: é total de dias que os pacientes
levaram até realizar a deambulação, desde a internação no CTI.

Número de pacientes submetidos ao procedimento: é o total de


pacientes submetidos ao primeiro dia de ortostatismo.

Interpretação Quanto mais baixo, melhor.

Periodicidade de Mensal
Envio dos Dados
Público-alvo Pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HUAP.

Usos  Melhoria interna da qualidade da assistência à saúde.


 Comparação de desempenho hospitalar.
 Monitoramento da qualidade da assistência com vistas ao
planejamento de ações que contribuam para uma maior
efetividade e eficiência no cuidado à saúde.

Parâmetro, Dados A transferência da posição deitada para sentado no leito, tal


Estatísticos e como a evolução para postura ortostática e deambulação em uma
Recomendações unidade hospitalar é indicada para prevenir e minimizar os efeitos
deletérios do Imobilismo7, melhorar a capacidade funcional, auxiliar

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na redução do tempo de internação, além de melhorar a qualidade


de vida.
O treino de ortostatismo e deambulação proporciona aumento
significativo proprioceptivo, nas alterações hemodinâmicas e
respiratórias, além de aumentar o nível de consciência.
Meta ≤ 5 dias.

Fontes dos Dados Planilha de indicadores no formato Excel, preenchida pela equipe de
Fisioterapia da Unidade de Terapia Intensiva. Com o passar dos
meses, um gráfico será plotado (figura 11), ao qual a linha azul
representa a média de dias para o início de deambulação, a linha
vermelha a meta e a verde a linha de tendência entre os períodos.

Ações Esperadas para  Estimular a mobilização precoce do paciente;


Causar Impacto no  Otimização da força muscular periférica com cinesioterapia
Indicador motora.

Limitações e Vieses Procedimentos cirúrgicos que contraindiquem o ortostatismo.


Presença de instabilidade hemodinâmica. Paciente cadeirante
previamente.

Referências 7.BUTTIGNOL, M; PIRES NETO, RC; ANNONI, R. Protocolos de


mobilização precoce no paciente crítico: up-to-date. In:
Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Andrade FMD,
Beraldo MA, organizadores. PROFISIO Programa de
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Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p.61-101. (Sistema
de Educação Continuada a Distâncias, v. 2).

5.APÊNDICES

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Figura 2. Gráfico de taxa de falha de extubação orotraqueal


Fonte: Própria (2022)

Figura 3.Gráfico de percentual de pacientes desmamados da ventilação mecânica com


sucesso.

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Fonte: Própria (2022)

Figura 4. Gráfico de percentual de sucesso no desmame difícil e prolongado


Fonte: Própria (2022)

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Figura 5. Gráfico de percentual de pacientes com perda de funcionalidade na alta


Fonte: Própria (2022)

Figura 6.Gráfico de sucesso da VNI para evitar intubação orotraqueal


Fonte: Própria (2022)

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Figura 7. Gráfico de percentual de pacientes tratados com ventilação mecânica protetora


Fonte: Própria (2022)

Figura 8. Gráfico de tempo médio para início de sedestação à beira leito


Fonte: Própria (2022)

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Figura 9. Gráfico de tempo médio para início de ortostatismo à beira leito


Fonte: Própria (2022)

Figura10. Gráfico de tempo médio para início de deambulação à beira leito


Fonte: Própria (2022)

6.ANEXOS

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ANEXO A

ESCALA IMS

0 Nada (deitado no leito)


1 Sentado no leito (exercícios no leito)
2 Transferido passivamente para cadeira (sem ortostatismo)
3 Sentado à beira leito
4 Ortostatismo
5 Transferência do leito para a cadeira
6 Marcha estacionária (à beira leito)
7 Deambular com auxílio de 2 ou mais pessoas
8 Deambular com auxílio de 1 pessoa
9 Deambulação independente com auxílio de dispositivo de marcha.
10 Deambulação independente sem auxílio

7.REFERÊNCIAS

1. Silva CS, Gabriel CS, Bernardes A, Évora YDM. Opinião do enfermeiro sobre
indicadores que avaliam a qualidade na assistência de enfermagem. Rev.
GaúchaEnferm. 2009; 30(2):263-71.

2. Tronchin DMR, Melleiro MM, Takahasshi RT. A qualidade e a avaliação dos


serviços de saúde e de enfermagem. In: Kurcgant P, organizadora.
Gerenciamento em enfermagem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;
2010. p.77-107.

3. Boles JM, Bion J, Connors A, Herridge M, Marsh B, Melot C, et al. Weaning from
mechanical ventilation: Eur Respir J 2007;29:1033-56

4. Yang KL, Tobin MJ. A prospective study of indexes predicting the outcome of
trials of weaning from mechanical ventilation. N Engl J Med. 1991;324(21):1445-
50.

5. Aquim EE, et. al. Diretrizes Brasileiras de Mobilização Precoce em Unidade de


Terapia Intensiva. Ver Bras Ter Intensiva, vol. 31, n. 4. P; 434-443, 2019.

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6. Amato MB, Barbas CS, Medeiros DM, Magaldi RB, Schettino GP, Lorenzi-Filho G,
et al. Effect of a protective-ventilation strategy on mortality in the acute
respiratory distress syndrome. N Engl J Med. 1998;338(6):347-354.

7. Buttignol, M; Pires Neto, RC; Annoni, R. Protocolos de mobilização precoce no


paciente crítico: up-to-date. In: Associação Brasileira de Fisioterapia
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Andrade
FMD, Beraldo MA, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em
Fisioterapia em Terapia intensiva: ciclo 7. Porto Alegre: Artmed Panamericana;
2016. p.61-101. (Sistema de Educação Continuada a Distâncias, v. 2).

8. Alves, GAA. Utilização de escalas funcionais no ambiente de terapia intensiva. In:


Fisioterapia motora aplicada ao paciente crítico: do diagnóstico à intervenção.
Barueri: Manole, 2019.

9. Holanda MA, Vasconcelos RS, Ferreira JC et al. Patient-ventilator asynchrony. J


Bras Pneumol. 2018;44(4):321-333

10. Rochwerg B, Brochard L, Elliot MW et al. Official ERS/ATS clinical practice


guidelines: noninvasive ventilation for acute respiratory failure. Eur Respir J
2017; 50: 1602426

11. Vanhorebeek I, Latronico N, Berghe GVD. ICU-acquired weakness. Intensive Care


Med. 2020; 46: 637-653

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