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Referência Bibliográfica
WOOD, Jane, SILVER, Denise, JAD – Joint Application Development John Wiley & Sons,
Inc., 1995.
Santucci, Fernando – Set-2005 - e-dablio.com – Apresentação JAD
Conceito
Tradicionalmente, JAD tem sido um método utilizado por profissionais de processamento de dados
e usuários para definição de requisitos de sistemas. Por isto o nome JAD – Joint Application
Design (ou Development).
Atualmente, o JAD tem sido um método utilizado por todos que desejam trabalhar em projetos,
sejam da área de informática ou não, ou que queiram tomar decisões que afetem múltiplas áreas
da organização. Buscando tratar os usuários-chaves como co-autores do trabalho transformando-
os em clientes integrados ao projeto.
2. Reuniões
2.1 Segredos de uma Reunião
Todos sabem para que estão ali;
Há uma agenda objetiva;
As pessoas certas estão presentes;
As pessoas presentes não tem compromissos paralelos;
As pessoas presentes estão envolvidas com os assuntos objeto da reunião;
Há um responsável pela condução da reunião (líder);
Há horário preestabelecido para início e término;
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As sessões da reunião são de 90 a 120 minutos;
Há intervalos para café de 5 a 15 minutos;
Os intervalos para refeições são de 90 a 150 minutos.
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A agenda deve considerar todos os tópicos que serão abordados durante as sessões do
levantamento – passos, necessidades, modelos, problemas, etc.
Cada sessão deve ter horário de início, duração, intervalos e fim preestabelecidos.
Determine os objetivos da reunião
Determine as etapas intermediárias para atingir os objetivos
Distribua a agenda com antecedência
Verifique as possíveis falhas de distribuição
Contate os participantes para esclarecer possíveis dúvidas
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2.6.1. Abertura
Nessa sessão são feitas as apresentações dos participantes. Muito embora possa parecer
estranho, pessoas da mesma empresa muitas vezes não se conhecem. Essa poderá ser a primeira
oportunidade para que os usuários e analistas venham a trocar palavras. Caso seja a primeira
reunião do grupo, esse momento é oportuno para apresentar aos participantes a metodologia da
reunião, assim como definir a conduta do grupo (não falar todos ao mesmo tempo, pontualidade,
etc.).
A seguir das apresentações, deve-se estabelecer os horários de desenvolvimento da reunião e a
agenda deve ser apresentada.
2.6.2. Desenvolvimento
Nessa sessão ocorre o levantamento das informações propriamente dito.
Cada tópico da agenda deve ser detalhado, sempre um de cada vez. Não se parte para o próximo
tópico sem ter-se esclarecido tudo a respeito do anterior. Aqui estão incluídas também, as
aprovações necessárias.
2.6.3.Fechamento
Fechamento não é o “fim da reunião”, devemos começar esta sessão com tempo suficiente para
se atingir o horário de fim preestabelecido na agenda.
Nessa sessão são feitos os resumos do que se discutiu e se aprovou. Se algo ficou pendente, é
nesse ponto que deve ser esclarecido.
Nesse momento também se distribuem tarefas para as próximas reuniões e se estabelecem suas
futuras datas (se for o caso).
Verbete: inferência
1. Lóg. Admissão da verdade de uma proposição, que não é conhecida diretamente, em virtude da ligação
dela com outras proposições já admitidas como verdadeiras. [São casos especiais de inferência o raciocínio,
a dedução, a indução].
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Conchavo
S.m. 1. Acordo, ajuste 2. Ação tomada por um grupo numa assembléia com objetivo de atingir interesses
particulares do grupo.
“Olá gente! Como vai, tudo bem? Bom... nem sei ao certo o que estou fazendo aqui...
Avisaram-me ontem à tarde dessa reunião... Eu só espero que...”
“Pessoal,... Veja bem... Eu só estou aqui para representar o meu chefe. É que ele teve um
compromisso inadiável, daí ele me pediu que viesse aqui no lugar dele...”
“Bom dia amigos. Eu sou o assessor do Dr. Gilberto. Estou trabalhando na empresa a pouco
mais de dois meses. Alguns dos meus colegas aqui presentes estou tendo a oportunidade de
conhecer apenas agora, muito embora já os julgue velhos conhecidos. Ontem à tarde, Dr.
Gilberto e eu estivemos conversando sobre o assunto em pauta hoje por cerca de 45 minutos.
O que me fez ficar completamente a par das necessidades do nosso departamento...”
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Equipe
São os responsáveis pelo conteúdo da sessão. Representam as áreas envolvidas no
processo, incluindo a de informática (sempre que houver sistema envolvido). Os participantes são
escolhidos entre as pessoas-chave das áreas de negócio, seja no nível operacional ou não. O
importante é que, na sessão, não há distinção hierárquica, todos são iguais.
Líder de Sessão
É o responsável pela condução da reunião (analista de processo). Deve ser um guia do
grupo. O seu trabalho é conduzir os participantes ao longo da agenda, garantindo que todos são
ouvidos e que há consenso em torno das decisões tomadas. Deve ser um facilitador.
Documentador ou Escriba
É um auxiliar do líder de sessão. É responsável pelo registro das decisões e especificações
produzidas. Todas as informações relevantes são documentadas, segundo orientação do líder de
sessão.
Observadores (eventuais participantes)
São interessados em conhecer a sistemática utilizada ou interessados no projeto
especificamente. Os observadores não são participantes, portanto, não estão autorizados a opinar
durante a sessão.
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Não confundir os participantes com jargões da área de sistemas
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O disco quebrado
Joga areia em todas as idéias;
Supercético e crítico;
Sempre esfriando o entusiasmo do grupo, dizendo algo do tipo “isso nunca vai funcionar”.
Ação: Evidenciar para o grupo os pontos que o cético não concorda, buscando obter
consenso do grupo.
O meneador
Expressa discordância ativamente via linguagem corporal e tiques não-verbais, tais como:
revirar os olhos, balançar a cabeça, cruzar e descruzar os braços, etc.;
Indiretamente influencia o grupo a rejeitar uma idéia, uma reunião, etc.
O desinteressado
Senta afastado da mesa ou no fundo da sala;
Expressa desaprovação ou desinteresse, ignorando os procedimentos;
Pode cochilar, ler alguma coisa, ficar rabiscando papéis, para evitar qualquer tipo de
engajamento na sessão.
Ação: Uma boa estratégia é envolver o desinteressado em alguma atividade de apoio.
O cochichador
Vive cochichando durante as reuniões, mantendo conversas paralelas;
Coloca o líder da sessão, assim como os membros do grupo, em segundo plano.
Ação: Neste caso, só intervir quando houver absoluta certeza de que os cochichos estão
sendo negativos para a reunião. Algumas vezes, basta aproximar-se dos cochichadores
para que a conversa diminua.
O rei da voz
Fala muito e excessivamente alto;
Domina a discussão;
Aparentemente impossível fazê-lo calar;
Pode ser alguém de nível hierárquico acima dos demais membros, o que o torna ainda mais
inabalável.
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Ação: Procurar aproximar-se da pessoa, ou sugerir que faça anotações individuais, que
serão expostas em momento oportuno.
O agressivo
Dispara ataques verbais e pessoais contra outros membros do grupo e/ou contra o líder da
sessão;
Constantemente ridiculariza um determinado ponto de vista ou posição de outra pessoa.
Ação: Relembre as regras do grupo, lembrando que devemos respeitar as opiniões alheias.
Quando estas medidas não forem suficientes, colocar no quadro a essência das discordâncias e
iniciar o procedimento de obtenção de consenso.
O intérprete
Sempre fala por outra pessoa, normalmente sem ser solicitado;
Recoloca as idéias alheias, freqüentemente distorcendo-as durante a sua explanação.
Ação: Confirme com o dono da idéia se ela foi recolocada pelo intérprete com fidelidade.
O fofoqueiro
Traz boatos ou rumores para a reunião;
Tenta ampliar seu poder, dando a impressão que tem “informações de cocheira”;
Leva o grupo a debater ou argumentar baseado na veracidade daquelas informações.
Ação: Sempre que as assertivas forem do tipo “ouvi dizer”, “Acho que tem uma circular”, o
líder da sessão deve tentar esclarecer: “quem disse isso?”, “Qual é mesmo a circular?”.
O "móveis e utensílios"
Usa credenciais, idade, tempo de casa, etc., no debate de uma questão;
Focaliza a atenção do grupo em aspectos circunstanciais, ao invés de explorar o verdadeiro
assunto.
Ação: Acolher as observações e relembrar que o objetivo do projeto é ampliar a visão do
problema e ter a aceitação do grupo. Essas são pessoas do tipo que é muito resistente a
mudanças.
O líder frustrado
Vive dizendo ao líder da sessão o que fazer ou o que não fazer;
Tenta controlar a reunião, diminuindo os esforços do líder.
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Ação: Acate as sugestões que não alterem a estrutura de sua agenda, e as que
interferirem, agradeça a colaboração e mostre seu ponto de vista.
O ocupado
Sempre entrando e saindo das reuniões com papéis e pastas debaixo dos braços;
Permite que seja chamado com freqüência por outras pessoas;
Tenta dar a impressão de muito ocupado para dar atenção integral à reunião e ao grupo.
Ação: Pedir ao próprio ocupado que sugira o que fazer para não haver interrupções
(sugira outros horários de reunião, anotar recados...)
O mal-educado
Entra no meio das discussões, interrompendo os comentários de alguém;
Demonstra impaciência;
Fica insatisfeito quando suas próprias idéias não são bem recebidas.
Ação: O grupo sempre espera, neste caso, a intervenção do líder da sessão. Sugira que ele
espere os colegas completar o raciocínio antes de contestá-los.
O carente
Gasta mais tempo e energia preocupado em obter aprovação do líder da sessão do que com o
conteúdo da reunião.
Ação: Quando este estiver iniciando alguma colocação olhando diretamente para você,
você deve indicar que ele deve se dirigir ao grupo.
Reforço / Fechamento
Para assegurar que os diversos pontos de dúvidas foram esclarecidos, os analistas devem fazer
uma investigação para reforçar os pontos apresentados pelos usuários. Essa investigação deve ser
executada com perguntas que destaquem e evidenciem as colocações mais interessantes dos
usuários a respeito do assunto.
O reforço caracteriza-se pela repetição resumida, pelos analistas, das colocações feitas pelos
usuários até aquele ponto da reunião. Ao final os usuários deverão aceitar ou negar o resumido.
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