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Título do GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS Emissão: 30/09/2022 Próxima revisão:
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1. OBJETIVO
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS tem como objetivo
uniformizar as ações de gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde no HU/UFSC-EBSERH,
apontando e descrevendo todos os passos relativos ao manejo de resíduos, implementando a partir
de bases científicas e técnicas e normativas vigentes, minimizando a geração de resíduos e
proporcionando, aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, com
proposta de uma nova atitude proativa ao destino dos resíduos do HU pautado no princípio dos 5
Rs: Repensar nossos hábitos de consumo, Recusar os produtos prejudiciais ao meio ambiente e à
saúde, Reduzir o consumo e desperdício, Reutilizar e Reciclar.
2.1 Introdução
Para um gerenciamento adequado de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), é fundamental
que exista um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) vigente e
atualizado, que contemple questões relativas aos resíduos gerados, a partir de sua geração (fonte),
o manejo para cada tipo de resíduos e a sua destinação e disposição final, atendendo sempre a
política de gerenciamento de resíduos em todo o Hospital e anexos.
O PGRSS é um documento, baseado nos princípios da não geração e da minimização da
geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, propondo medidas
de adequação para que o empreendimento esteja em conformidade com a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei nº. 12.305/2010) e demais legislações vigentes.
Com relação aos RSS, é importante salientar que a implantação de processos de segregação
dos diferentes tipos de resíduos em sua fonte e no momento de sua geração conduz à minimização
de resíduos, em especial àqueles que requerem um tratamento prévio à disposição final. Nos
resíduos onde predominam os riscos biológicos, deve-se considerar o conceito de cadeia de
transmissibilidade de doenças, que envolve características do agente agressor, tais como
capacidade de sobrevivência, virulência, concentração e resistência, da porta de entrada do agente
às condições de defesas naturais do receptor (ANVISA, 2018).
A aplicação e a sustentação de um programa de gerenciamento de resíduos são
imprescindíveis, uma vez que o sucesso do programa está fortemente centrado na mudança de
atitudes de todos os atores da unidade geradora. A divulgação do PGRSS é fundamental para a
conscientização e difusão das ideias e atitudes que o sustentarão e, trabalhando com metas reais,
deve-se sempre reavaliar os êxitos (ou insucessos) obtidos, redirecionando-os, se preciso, para que
o programa seja factível.
As Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa, nº 222/18 e do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (CONAMA) nº 358/05, que dispõem sobre o gerenciamento interno e externo
dos RSS, destacam a importância dada à segregação na fonte, à orientação para os resíduos que
necessitam de tratamento e à possibilidade de solução diferenciada para disposição final, desde que
aprovada pelos órgãos competentes. Embora essas resoluções sejam de responsabilidades dos
Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, ambos hegemônicos em seus conceitos, refletem a
integração e a transversalidade no desenvolvimento de trabalhos complexos e urgentes.
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a. Identificação
b. Localização
Fig. 1. Localização do HU-UFSC. Fonte: sites UFSC, HU-UFSC, Setor de Hotelaria Hospitalar.
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Tab. 1. Locais de atendimento dos ambulatorios de especialidade do HU-UFSC. (Fonte: Carta de serviços ao cidadão HU-
UFSC 2021)
ESPECIALIDADE LOCAL DE ATENDIMENTO ESPECIALIDADE LOCAL DE ATENDIMENTO
Acupuntura Área G e S Hematologia Área J
Andrologia Área B Mastologia Área C
Cardiologia Área B Nefrologia Área A
Cardiologia Pediátrica Área D Neurologia Área B e C
Cirurgia Buco-maxilo- facial Área B Neurologia Pediátrica Área D
Cirurgia Bariátrica Área A Nutrição Área B
Cirurgia de Cabeça e Pescoço Área F Neonatologia Área D
Cirurgia Geral Área A Oftalmologia Área E
Cirurgia Plástica Área G Ortopedia Área C
Cirurgia Torácica Área A Otorrinolaringologia Área F
Cirurgia Vascular Área A Pediatria Geral Área D
Clínica Geral Área B Pediatria Enfermagem Área D
Dermatologia Área A Pediatria Puericultura Área D
Dermatologia Hanseníase Área A Pneumologia Área B
Endocrinologia Área B Pré-natal Enfermagem Área C
Endocrinologia Pediátrica Área D Proctologia Área E
Estomatologia Área C Psiquiatria Área B e H
Fonoaudiologia Área A e B Psiquiatria Infantil Área R
Fisioterapia Área C Reumatologia Área B e C
Gastroenterologia Área A Transplante Hepático Área A
Ginecologia Área C Urologia Área A e C
Homeopatia Área B
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Tab. 2. Unidades de internação por localização. (Fonte: Carta de serviços ao cidadão HU-UFSC 2021)
UNIDADE DE INTERNAÇÃO LOCALIZAÇÃO ESPECIALIDADE TELEFONE
Alojamento Conjunto Internação no Puerpério e Gestantes
Segundo Andar 3721-8016 / 8099
(Clínica Obstétrica) de Alto Risco
Unidade Ginecológica Segundo Andar Cirurgia Ginecológica 3721-9875 / 8098
Unidade de Terapia
Segundo Andar Cuidados Intensivos Neonatais 3721-8033
Intensiva Neonatal
Unidade de Internação
Segundo Andar Cuidados de Pacientes Pediátricos 37219146
Pediátrica
Clínica Médica 1 –
Terceiro Andar Atendimentos Clínicos 3721-9106 / 9107
Unidade de Isolamento
Clínica Médica 2 Terceiro Andar Atendimentos Clínicos 3721-9161 / 9157
Atendimentos Cirúrgicos (pré e pós-
Clínica Cirúrgica 1 Quarto Andar 3721-9159 / 9172
operatório)
Atendimentos Cirúrgicos (pré e pós-
Clínica Cirúrgica 2 Quarto Andar 3721-9860 / 9862
operatório)
Unidade de Terapia Cuidados Intensivos para pacientes
Quarto Andar 3721-9193 / 8051 / 8049
Intensiva Adulto Adultos
Tab. 3. Unidades e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico (exames complementares). (Fonte: Carta de serviços ao
cidadão HU-UFSC 2021)
SETOR LOCALIZAÇÃO SERVIÇOS OFERTADOS RAMAL / HORÁRIO
DE FUNCIONAMENTO
RADIOLOGIA Andar Térreo RX, Ultrassonografia, Exames Eletivos:
Tomografia Seg a Sex 7 às 19h; Atendimento
Computadorizada, em sobreaviso para
Mamografia, Punção Guiada Urgências 24h
Contato: 3721-9128
CARDIOLOGIA Andar Térreo Teste de Esforço, Segunda a Sexta das 7 às 19h;
Ecocardiograma Adulto e Contato: 3721-9125
Infantil, Eletrocardiograma
OTORRINOLARINGOLOGIA Andar Térreo - Videolaringoscopia Segunda a Sexta das 7 às 19h;
Área F Contato: 3721-9121
HEMODINÂMICA Andar Térreo Cateterismo Cardíaco, Segunda a Sexta das 7 às 19h;
Arteriografia, Cirurgia Contato: 3721-9866
Endovascular,
Colangiopancreatografia
Endoscópica Retrógrada
(CPRE)
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d. Ensino
O HU-UFSC serve de campo para o desenvolvimento de atividades de ensino de graduação,
pós-graduação strictu e latu sensu, e estágios curriculares, para diversos cursos da UFSC vinculados
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a diversos centros de ensino. Hoje somos campo de estágio para todos os cursos do Centro de
Ciências da Saúde (Medicina, Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Odontologia, Farmácia, e
Fonoaudiologia), e acolhemos ainda outros centros com os cursos de Serviço Social, Arquivologia,
Engenharia Biomédica, Administração, Economia, Engenharia Sanitária, Engenharia de Produção,
entre outros. Abrimos ainda nossos espaços para outras instituições públicas como o curso de
Fisioterapia da UDESC e Curso Superior de Tecnologia em Radiologia (IFSC), além de cursos técnicos
de nível médio. Ainda somos referência para instituições de ensino superior e cursos técnicos na
área da saúde para a realização de estágios curriculares, sempre dentro do que preconiza a
legislação vigente e o regulamento interno da UFSC.
O HU-UFSC possui ainda programas de Residência Médica e Multiprofissional vinculados
aos Departamentos de Ensino da UFSC.
Em relação às atividades de ensino técnico, o HU serve de campo de estágio para os cursos
de técnicos de enfermagem e técnico em Radiologia.
e. Pesquisa
O HU-UFSC busca promover pesquisa e inovação tecnológica por meio do desenvolvimento
de projetos em parceria com os departamentos de ensino da UFSC, especialmente com os
Programas de Pós-Graduação. Incentiva ainda as parcerias interinstitucionais e pesquisas
multicêntricas.
Todos os projetos de pesquisa são avaliados dentro de um fluxo estabelecido pela Gerência
da Área, visando discussão coletiva das atividades desenvolvidas e participação dos serviços
assistenciais envolvidos. Após a avaliação interna, os projetos são submetidos ao Comitê de Ética
em Pesquisa da UFSC, obedecendo aos trâmites institucionais e legais. (Fonte: Carta de serviços ao
cidadão HU-UFSC 2021)
f. Características do estabelecimento
• Número de funcionários: 1.824 colaboradores.
• Tipos de serviços terceirizados: Limpeza e Higienização; Serviços Clínicos; Processamento de
Roupas; Recepção; Portaria; Vigilância; Coleta, Transporte, Tratamento e Destinação Final de
Resíduos.
• Abastecimento de água: Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – CASAN.
• Abastecimento de água quente: caldeiras geradoras de vapor com capacidade de 2000 kg/h,
alimentada por diesel e caldeira com capacidade de 1000 kg/h, alimentada por energia elétrica.
• Horário de funcionamento: 24 horas.
• Classificação da instituição: Hospital de médio porte.
• Número de leitos: 220 leitos.
• Quantidade de prédios: 22 prédios.
• Número de pavimentos por prédio: 4 pavimentos.
• Sistema de tratamento de efluentes líquidos: O HU/UFSC não possui Estação de Tratamento de
Esgoto.
358/05, com o objetivo de minimizar a geração e os problemas decorrentes do manejo dos resíduos
sólidos e líquidos, buscando alternativas que favorecem a reciclagem, redução dos riscos na área de
saneamento ambiental e da saúde pública.
Os resíduos sólidos, de acordo com a Norma Brasileira (NBR) 10004/2004 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são resíduos nos estados sólido e semissólido,que resultam
de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,
aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou
corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor
tecnologia disponível.
De acordo com a Resolução do CONAMA, nº 358, de 29 de abril de 2005 e Resolução
RDC da Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018, resíduos de saúde, são todos resíduos gerados
relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência
domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios,
funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses;
distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais
e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de
acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares.
O gerenciamento de resíduos deve basear-se em ações preventivas, preferencialmente, às
ações corretivas, e ter uma abordagem multidisciplinar, considerando que os problemas ambientais
e suas soluções são determinados não apenas por fatores tecnológicos, mas também por questões
econômicas, físicas, sociais, culturais e políticas. Um PGRSS deve utilizar o princípio da
responsabilidade objetiva, na qual o gerador dos resíduos é o responsável pelo seu correto
tratamento e descarte (individual ou coletivo), mesmo após sua saída do local onde é gerado.
Após a obtenção e sistematização de dados e informações, é possível realizar um
diagnóstico em que sejam identificados os problemas, as deficiências e as lacunas existentes e suas
prováveis causas. Esta primeira fase subsidia a elaboração do diagnóstico, que contém a concepção
e o desenvolvimento do plano de gerenciamento, de acordo com a legislação vigente, atendendo
todas as etapas do gerenciamento.
Diante disso, para a elaboração do PGRSS foi realizado um diagnóstico em todos os setores
levantando todas as etapas, analisando a situação de cada setor (in loco) e em seguida, realizadas
propostas e medidas de adequação, que serão monitoradas no decorrer dos anos seguintes,
contemplando assim, as atualizações contínuas do PGRSS.
Sacos Recipientes
• Devem ser constituídos de material resistente a • Devem ser resistentes o suficiente às ações de
ruptura e vazamento, impermeável, respeitando a punctura, ruptura e para evitar vazamentos, e
capacidade de armazenamento de cada saco. compatíveis com a geração diária de cada tipo de
• Sob hipótese alguma os sacos devem ser resíduo.
reaproveitados ou esvaziados. • Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em
• Quanto a cor do saco para os resíduos recipientes resistentes, rígidos e estanques, com
infectantes (Grupo A), o uso deve estar embasado tampa rosqueada, vedante e compatível com o líquido
nos art. 15 e 16 da RDC 222/2018. armazenado.
Quadro 1 – Características dos sacos e recipientes.
➢ Coleta, transporte, destinação e disposição final: são etapas que requerem muita atenção no
processo de gerenciamento por apresentarem riscos quanto à alteração da qualidade dos
resíduos gerados, podendo ser alterada a classe, caso os resíduos sejam misturados. É preciso
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A1 A2 A3 A4 A5 B C D D E
A Identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta
interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento,
em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo
aos parâmetros referenciados na NBR 7500 da ABNT, além de outras exigências relacionadas à
identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos.
Considerando a necessidade de aprimoramento, atualização e complementação dos
procedimentos relativos ao Gerenciamento de Resíduos nos serviços de saúde, desde o momento
de sua geração até a sua destinação final, os órgãos responsáveis pela regulamentação do assunto
aprovaram e publicou a RDC N° 222, de 28 de março de 2018, da ANVISA e Resolução nº 358, de 29
de abril de 2005, do CONAMA, que classificam os resíduos em grupos distintos, conforme
discriminado a seguir.
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por sua característica de
maior virulência ou concentração podem apresentar risco de infecção e contaminação. Enquadram-
se nesse grupo, dentre outros:
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A1:
• Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto
os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de micro-organismos vivos, atenuados ou
inativados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de
culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
• Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou
animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, micro-
organismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido.
• Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por
má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.
• Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais
resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma
livre.
A2:
• Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a
processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações, e os
cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo
anatomopatológico ou a confirmação diagnóstica.
• Resíduos contendo micro-organismos com alto risco de transmissibilidade e alto potencial de
letalidade. Observação: A geração desse resíduo é decorrente da atividade de ensino e pesquisa.
A3:
• Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20
semanas, que não tenham valor científico ou legal, e não tenha havido requisição pelo pacienta ou
por familiares.
A4:
• Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
• Filtros de ar ou gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento
médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
• Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,
provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de
risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou micro-organismo
causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo
de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
• Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de
cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
• Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue
ou líquidos corpóreos na forma livre.
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A5:
• Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou
confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou
animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta
infectividade para príons.
• Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos
órgãos sanitários competentes.
As frases de risco e de segurança são normatizadas pelas Normas R – códigos e frases de
risco e Normas S – códigos e frases de segurança mais usuais no mundo e que provavelmente são
encontradas nos rótulos dos produtos químicos e/ou nas Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos e devem fazer parte das rotinas padronizadas para o local e devem ser mantidas
em local de fácil acesso para situações de emergência.
Para maior segurança quanto ao manuseio dos produtos químicos é imprescindível que o
fabricante apresente essas fichas de informação, contendo dados sobre cada substância, tais como:
sinônimo, nome em inglês, nome químico, fórmula química, identificação dos danos, equipamento
que deverá ser usado, código de armazenamento, medidas para vazamento acidental.
Resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública e ao meio
ambiente dependendo de suas características de corrosividade, inflamabilidade, reatividade e
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quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a
reutilização é imprópria ou não prevista.
Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos,
provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia,
segundo a resolução CNEN – 6.05 e em volume próprio, tendo como referência a publicação CDTN
n°857/99.
Esse tipo de resíduo não é gerado nesta instituição.
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares e não apresentam riscos ao meio
ambiente quando descartados de forma correta.
Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário,
resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclise, equipo de
soro, sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resto alimentar e do preparo de alimentos,
resíduos provenientes das áreas administrativas (plástico, copo descartáveis, papel carbono, etc..),
resíduos de varrição, flores, podas e jardins, resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde,
resíduos recicláveis (papelão, papeis, vidros, metais, frascos de pet, frascos de soro, galões de
plástico).
É todo material que, após ser utilizado pode ser aproveitado para a fabricação de novos
produtos.
São aqueles materiais e/ou objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou
protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar.
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi,
lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas, e todos os utensílios de vidro
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
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SASC X X
Radiologia X X X
Emergência COVID adulto X X X
UTI Covid Adulto X X X
Emergência Covid Pediátrica X X X
Caldeira X X
Setores Administrativos X
Corredores X
Banheiros X
Copas, refeitório, Serviço de Nutrição e X
Dietética, Lactário
Manutenção X X X
Farmácia X X X
Internação e Triagem Ginecológica X X X X
AAHU X
Almoxarifado X X
Hemodinâmica X X X
Cardiologia X X
Ambulatórios A, B, C X X X X
Ambulatório Pediatria X X X X X
Oftalmologia, Proctologia, X X X
Urologia, Colonoscopia
Otorrinolaringologia X X
NUPAIVA X X X X
Projeto HPV X X X X
Broncoscopia X X X
CIT X X X
Citogenética X X
Núcleo de Engenharia Clínica X
Tomografia X X X
Fonte: Setor de Hotelaria Hospitalar- SHH 2021.
2.5 Segregação
É obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no momento da geração, de acordo com
suas características, para fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos,
garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente.
A segregação é uma das operações fundamentais para permitir o cumprimento dos
objetivos de um sistema eficiente de manuseio de resíduos e consiste em separar ou selecionar
apropriadamente os resíduos segundo a classificação adotada. Essa operação deve ser realizada na
fonte de geração e está condicionada à prévia capacitação do pessoal de serviço.
O ideal é que tal operação seja pensada como um processo contínuo. Ela deve se expandir
a todos os tipos de resíduos progressivamente, tendo em vista a segurança, o reaproveitamento e
redução de custo no tratamento ou reprocessamento deles. Devem-se sempre observar as
exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si para que acidentes sejam evitados.
Figuras dos adesivos para identificação das lixeiras dos diferentes tipos de resíduos:
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Fig. 10. Adesivo para lixeiras de resíduos reciclados Fig. 11. Adesivo para lixeira de resíduo comum.
Desta forma o gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde deve seguir os princípios
da minimização com vistas na redução dos custos diretamente ligados ao tratamento dos resíduos
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2.6 Acondicionamento
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em saco ou recipientes que evitem
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo, e os limites
de enchimento devem ser obedecidos 2/3 da capacidade.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente
a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os limites
de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Os sacos devem estar contidos em recipientes (lixeiras) de material lavável, resistente à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual,
com cantos arredondados e ser resistente ao tombamento.
Os recipientes de acondicionamento existentes as salas de parto e nas salas cirúrgicas do
Setor de Cirurgia Ambulatorial e do Setor de Hemodinâmica não necessitam de tampa para vedação.
Isso vale também para as lixeiras de recicláveis das salas administrativas. Os resíduos líquidos devem
ser acondicionados em recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado,
resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. O HU padronizou lixeiras nos
seguintes tamanhos: 15, 25, 50 e 75 litros, com diferentes funções
do Distrito Federal exigirem o tratamento indiscriminado de todos os RSS do Grupo A, exceto para
acondicionamento dos RSS do subgrupo A5.
Fig. 13. Sacos de resíduos infectantes Incineração. Fig. 14. Sacos de lixo para material infectante.
Fig. 15. Recipiente Rígidos Quimioterápicos. Fig. 16. Saco de resíduos para químicos
(quimioterápicos).
Fig. 17. Sacos de resíduo comum Fig. 18. Sacos de resíduos reciclados
“janelas” são de tijolos vazados e possuem tela de proteções acopladas para evitar a entrada de
pequenos animais, ficando localizadas a dois metros do chão. O abrigo recentemente passou por
reparos, foi colocado cobertura nas áreas para conter as goteiras e a formação de mofo. A rampa
existente facilita a quebra dos contentores, pois sua altura não é compatível aos carros de coleta.
O armazenamento externo dos resíduos recicláveis está sendo feito em dois contêineres,
localizados a esquerda, próximo ao armazenamento do resíduo do grupo D, nas tendas para
acondicionamento dos contentores.
O novo abrigo de resíduos está sendo planejado para execução, em 13/08/2021,
juntamente com a Gerência Administrativa, definiu-se que o Novo Abrigo de Resíduos permanecerá
no local atual (aos fundos da edificação da Engenharia Sanitária da UFSC). Esta obra depende dos
seguintes passos: 1 elaboração de Projeto Arquitetônico; 2 licitações dos Projetos Complementares
(Engenharia); 3 Elaboração e entrega dos Projetos Complementares (Engenharia); 4 Licitação da
Obra; 5 Execução e entrega da obra. No que tange ao prazo, estima-se que ao longo de 2022
possamos regularizar esta situação. Iniciaremos a elaboração deste Projeto Arquitetônico em 2022.
Os sacos contendo resíduos após coleta interna I são armazenados em contentores nas
seguintes cores:
Os contentores são trocados a cada coleta, conforme horários estabelecidos pela empresa
terceirizada. O funcionário recolhe os contentores cheios (e leva até a área de transbordo) e deixa
outro contentor vazio devidamente identificado com o tipo de resíduo.
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A coleta dos resíduos é feita por quatro funcionários, que ficam localizados na área de
transbordo, cumprindo uma escala de 12X36 h, enquanto o motorista cumpre uma carga horária
diarista de 44 h semanais. Tais funcionários deverão estar paramentados, uniformizados, portando
crachá, utilizando os seguintes EPI’s conforme a NBR 12180:
• Para a coleta dos resíduos comum: luvas de cano longo, máscara descartável, touca descartável,
botas e avental impermeável.
• Para a coleta do resíduo infectante: luvas de cano longo, botas, avental impermeável, máscara
de filtro, touca descartável.
• Para a coleta do resíduo químico: luvas de cano longo, botas, avental impermeável, máscara de
filtro, touca descartável.
• Para a coleta de reciclável: luvas de cano longo, máscara descartável, touca descartável, botas e
avental impermeável.
descritos na RDC nº 222/2018. Estes RSS devem ser acondicionados de maneira compatível com o
processo de tratamento conforme RDC nº 222/2018.
GRUPO A - INFECTANTES
• Resíduos do grupo A1 – devem ser encaminhados para tratamento e acondicionados em sacos
vermelhos.
• Resíduos do grupo A1 laboratório – devem ser autoclavados e após acondicionados em sacos
brancos leitosos.
• Resíduos do grupo A2 – devem ser submetidos a tratamento em equipamentos que reduzam ou
eliminem a carga microbiana compatível com nível III de inativação microbiana.
• Resíduos do grupo A3 que não tenham valor científico ou legal e que não tenham sido
conduzidos pelo paciente ou por seus familiares – devem ser encaminhados para sepultamento ou
tratamento. Se forem encaminhados para o sistema de tratamento, devem ser acondicionadas em
sacos vermelhos com a inscrição “peças anatômicas”.
• Resíduo do grupo A4 – não necessitam de tratamento.
• Resíduo do grupo A5 – devem ser submetidos à incineração.
GRUPO B – QUÍMICOS
• Resíduos químicos do grupo B, quando não foram submetidos a processo de reutilização,
recuperação ou reciclagem – devem ser submetidos a tratamento ou disposição final
ambientalmente correto respeitando suas especificidades.
• Excretas de pacientes tratados com quimioterápicos antineoplásicos – podem ser eliminadas
no esgoto, desde que haja tratamento de esgotos na região onde se encontra o serviço. Caso não
exista tratamento de esgoto, devem ser submetidas a tratamento prévio no próprio
estabelecimento, antes de liberados no meio ambiente.
• Resíduos de produtos e de insumos farmacêuticos, sob controle especial (Portaria MS 344/98)
– devem atender a legislação em vigor.
• Fixadores utilizados em diagnóstico de imagem – devem ser submetidos a tratamento e
processo de recuperação da prata.
• Lâmpadas fluorescentes – devem ser encaminhadas para reciclagem ou processo de tratamento.
• Resíduos químicos contendo metais pesados – devem ser submetidos a tratamento ou
disposição final, de acordo com as orientações do órgão de meio ambiente.
• O setor de radiologia em 2014 iniciou com a Radiologia Digital abolindo os reveladores e
fixadores.
• Medicamentos vencidos - medicamentos em geral, (exceto quimioterápicos) não mais
necessários, restos de medicamentos interditados não utilizados – devem ser submetidos a
microencapsulamento.
• Quimioterápicos não perfurocortantes e perfurocortantes – devem ser submetidos a
incineração.
• Vidrarias – vidrarias vazias inteiras ou quebradas contaminadas com substâncias químicas devem
ser submetidas ao aterro.
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GRUPO D – COMUM
Os resíduos orgânicos, flores, resíduos de podas de árvore e jardinagem, sobras de
alimento e de pré-preparo desses alimentos, restos alimentares de refeitórios e de outros que não
tenham mantido contato com secreções, excreções ou outro fluido corpóreo, podem ser
encaminhados ao processo de compostagem.
Os restos e sobras de alimentos citados acima podem ser utilizados como ração animal, se
forem submetidos e processo de tratamento que garanta a inocuidade do composto, devidamente
avaliado e comprovado por órgão competente da Agricultura e de Vigilância Sanitária do Município,
Estado ou do Distrito Federal.
Os resíduos líquidos provenientes de rede de esgoto (águas servidas) de estabelecimento
de saúde devem ser tratados antes do lançamento no corpo receptor (nos córregos etc.). Sempre
que não houver sistema de tratamento de esgoto da rede pública, devem possuir o tratamento
interno.
GRUPO E – PERFUROCORTANTES
Os resíduos perfurocortantes contaminados com agente biológico classe de risco 4,
microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença
emergente, que se tornem epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão
seja desconhecido, devem ser submetidos a tratamento, mediante processo físico ou outros
processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga
microbiana, em equipamento compatível com nível III de inativação microbiana.
Ao final de cada turno de trabalho, o veículo coletor deve passar por limpeza e desinfecção
simultâneas, mediante o uso de jato de água, preferencialmente quente e sob pressão. Esses
veículos não podem ser lavados em postos de abastecimento por parte do órgão que licencia o
veículo coletor.
Para a coleta de RSS do grupo B, resíduos químicos perigosos, o veículo deve atender aos
seguintes requisitos:
• Observar o Decreto Federal nº 96.044, de 18 de maio de 1988, e a Portaria Federal nº 204, de
20 de maio de 1977;
• Portar documentos de inspeção e capacitação, em validade, atestando a sua adequação,
emitidos pelo Instituto de Pesos e Medidas ou entidade por ele credenciada.
Ainda não há uma caracterização efetiva dos resíduos recicláveis gerados por setor,
dificultando seu destino final.
Os resíduos que são utilizados frequentemente na reciclagem são: papel, plástico, metal,
vidro, óleo de cozinha e papelão.
Reciclagem de papel – É a técnica que emprega papéis usados para a fabricação de novos
papéis. A maioria dos papéis é reciclável. Em um estabelecimento prestador de serviços de
saúde, essa matéria-prima está nas embalagens, papel de escritório, incluindo os de carta,
blocos de anotações, copiadoras, impressoras, revistas e folhetos.
Reciclagem de plásticos – É a conversão de resíduos plásticos descartados no lixo em novos
produtos. Em um estabelecimento prestador de serviços de saúde podem ser encontrados:
baldes, garrafas de água mineral, frascos de detergentes e de produtos de limpeza, garrafas
de refrigerantes, sacos de leite etc.
Reciclagem de vidro – O vidro é um material não poroso que resiste a altas temperaturas, sem
que haja perda de suas propriedades físicas e químicas. As embalagens de vidro podem ser
reutilizadas diversas vezes. O vidro é 100% reciclável. Assim, todas as embalagens de vidro,
que não apresentem risco biológico, radiológico e químico, encontradas em um
estabelecimento prestador de serviços de saúde, podem ser recicláveis.
Reciclagem de metais – Engloba os metais ferrosos e os não ferrosos. O de maior interesse e
valor comercial é o metal não ferroso, pois é grande sua procura pelas maiores indústrias.
Algumas embalagens, porém, não podem ser utilizadas para a reciclagem, como latas de
conservas alimentícias, de óleo, de tinta à base de água, de bebidas etc.
DESTINO
TIPO DE FORMA DE
LOCAL DE ARMAZENAGEM UTILIZAÇÃO DOS
RESÍDUOS ARMAZENAMENTO NOME LOCALIZAÇÃO
RESÍDUOS
PAPEL São armazenados em
recipientes específicos (de CCOOPERAT DOAÇÃO
PAPELÃO acordo com a legislação) IVA DE Rua Servidão
para cada tipo. Após são CATATADOR Verão Vivo -
PLÁSTICO transportados em carrinhos ES ARESP - SC Monte Cristo,
exclusivos para materiais São armazenados e Florianópolis -
GALÕES recicláveis, para o abrigo segregados SC, 88090-517
DE temporário específico até
PLÁSTICO ocorrer à coleta definitiva
ÓLEO DE São armazenados em Armazenados em Nodirtyenv Rua das DOAÇÃO
COZINHA recipientes específicos (de galões de plástico Serviços e Acacias, 278 – FABRICAÇÃO DE
acordo com a legislação) Comercio Jd Janaina – BIOCOMBUSTÍVEL
para esse tipo de resíduo. Ltda – ME 88.161.875 –
Após são transportados e Biguaçu/SC
recolhido pela empresa, AuA:
quinzenalmente. 10.918/2011
A) SEGREGAÇÃO
Admissional e Periódico para Servente de Limpeza/Resíduos:
• Riscos biológicos presentes no trabalho de limpeza e conservação de ambientes hospitalares;
• Meios de proteção – Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de Proteção
Coletiva (EPC);
• Uso correto dos EPI;
• Classes de resíduos e sua destinação (cores dos sacos e meios de acondicionamento e
transporte);
• Infecção hospitalar;
• Levantamento e transporte manual de cargas;
• Pausas para descanso muscular.
Admissional (Sala de Aula) e Periódico (in loco) para Profissionais da Saúde, Estagiários e Alunos:
• Riscos biológicos presentes no trabalho em serviços de saúde;
• Meios de proteção – Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de Proteção
Coletiva (EPC);
• Uso correto dos EPI;
• Classes de resíduos e sua destinação (cores dos sacos e meios de acondicionamento e
transporte);
• Infecção hospitalar.
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C) TRANSPORTE EXTERNO
Periódico para os Profissionais das Empresas de Coleta e Transporte Externo:
• Riscos biológicos presentes nos RSS;
• Meios de proteção seguros no trabalho – Equipamento de Proteção Individual (EPI) e
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC);
• Uso correto dos EPI;
• Infecção hospitalar;
• Método de descarregamento nos caminhões de transporte externo.
Das obrigações
• Submeter-se aos exames médicos previstos no Programa de Controle Médico e Saúde
ocupacional – PCMSO;
• Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança do
Trabalho;
• Trabalhar com zelo visando a saúde ocupacional, segurança do trabalho, qualidade ambiental e
qualidade dos produtos;
• Comunicar imediatamente a sua supervisão toda a condição de risco no trabalho ou alteração de
processo, falha em máquinas, fator humano ou qualquer condição que comprometa o bom
desempenho da produção;
• Comunicar à sua supervisão distúrbios em sua saúde ou da saúde de colega de trabalho;
• Estar atualizados em relação as normativas contidas na RDC nº 222/2018
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3. RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Indicadores
O monitoramento e avaliação do progresso de qualquer gestão de resíduos sólidos devem
ser baseados em instrumentos de aferição, denominados indicadores, que servem para saber a
qualquer momento qual é a situação em relação ao que foi planejado. Os indicadores são descrições
operacionais (em quantidade, em qualidade, de acordo com o público – alvo ou localização) dos
objetivos e resultados do PGRSS e que podem ser medidos de maneira confiável.
A identificação dos problemas no manuseio dos RSS deve ter suas causas identificadas e
soluções deverão ser propostas e implementadas.
Para permitir a comparação da situação antes e após as intervenções, devem ser
selecionados indicadores de avaliação que permitam o monitoramento e acompanhamento das
ações.
O HU-UFSC avalia o gerenciamento de resíduos seguindo o Manual de Indicadores de
Hotelaria Hospitalar da EBSERH, disponível em:
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http://intranet.ebserh.gov.br/documents/10181/2061346/Manual+Indicadores+-
+V5.pdf/f5960ca0-de81-48cb-815f-cd51d8c76dc4.
Os indicadores da rede de gerenciamento de resíduos da rede EBSERH, bem como do
HU-UFSC, podem ser recuperados em:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMTQ4Y2QzNTYtYzQwZC00ZDE5LWIxMzAtMjlkYzVkMmR
hODNhIiwidCI6IjY0ZDM0ZGRkLWFmZjAtNGQ5NS1iN2YxLTA3MzRhNWM4NDVlNSJ9&pageName=R
eportSectione630fc563c12dcd3ea74.
Tab. 14. Quantidade média mensal de Resíduos coletados por grupo HU- 2021.
GRUPOS RESÍDUOS PESO – MÉDIA Valor (R$/kg)
A4 - Infectantes 5.092,54 Kg/mês 28.314,52
E- Infectantes 546,85 Kg/mês 2.974,86
A1 Covid 2.526,50 Kg/mês 3.739,22
B – Resíduo Químico 1.347,4 Kg/mês 6.381,87
D - Comum 14.770,00 Kg/mês
D - Orgânico 7.494,00 Kg/mês
D - Reciclados Papel 520,00 Kg/mês 260,00
Plástico 316,00 Kg/mês 600,40
Vidros 244,00 Kg/mês
Papelão 1.784,00 Kg/mês 1.248,8
Total 34.641,29 43.519,67
Fonte: Setor de Hotelaria Hospitalar- SHH 2021.
3.3 Referências
BRASIL. Ministério da saúde. Agência Nacional de Vigilância sanitária. RDC nº306. Brasília, DF, 2003.
BRASIL. Ministério da saúde. Agência Nacional de Vigilância sanitária. RDC nº222. Brasília, DF, 2018.
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta Pública n° 48, de 04 de julho de 2000.
ASSADE, C., COSTA, G. & BAHIA, S.R. Manual de Higienização de Estabelecimentos de Saúde e
Gestão de seus Resíduos. Rio de Janeiro: IBAM/COMLURB, 2001.
-------------- RESOLUÇÃO CONAMA – 358 – Tratamento e Disposição Final dos Resíduos dos Serviços
de Saúde. Brasília, 2005.
-------------- , . NBR – 12.808: Resíduos de Serviços de Saúde. Classificação. Rio de Janeiro, 1993.
--------------, NBR – 12.809: Manuseio de Resíduos de Serviços de Saúde – Procedimento. Rio de
Janeiro, 1993.
---------------, NBR – 12.810: Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde. Procedimento. Rio de Janeiro,
1993.
--------------, NSRB – 7.500: Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de
Material. Rio de Janeiro, 2000.
--------------, NBR – 9191: Sacos Plásticos para Acondicionamento de Lixo – Especificação. Rio de
Janeiro, 2000.
BRASIL. Comissão nacional de Energia Nuclear. Norma NE – 6.02: Licenciamento de Instalações
Radiativas. 1984.
--------------. Lei n° 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária,
cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diário Oficial (da República
Federativa do Brasil), Brasília, jan. 1999.
---------------, Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. In Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, ago.2010.
--------------. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta Pública n° 48, de 04 de julho de 2000.
Regulamento Técnico sobre diretrizes gerais para procedimentos de manejo de resíduos de serviços
de saúde. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, jul. 2000.
-------------. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n° 275
de 25de abril 2001. Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado
na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, 18 de junho de 2001.
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TEIXEIRA, P & VALLE, S. (org.) Biossegurança. Uma Abordagem Multidisciplinar. Rio de Janeiro:
FIOCRUZ, 1988. 1ª reimp.
4. HISTÓRICO DE REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
1 08/2013 Revisão Técnica
Data: 2011
Versão 1
Maria Léa Campos
Luiz Carlos Pereira
Data: 08/2013
Versão 2
Não identificado
Data: 09/2014
Versão 3
Não identificado
Data: 07/2015
Versão 4
Eunice Maria Hirt, Enfermeira, SCIH
Data: 11/2016
Versão 5
Patrícia de Almeida Vanny, Médica, SCIH
Data: 20/01/2022
Versão 6
Mirian Lucia Dutra De Campos, Enfermeira do Setor de Hotelaria Hospitalar
(STHH)/DLIH/GAD/ HU-UFSC
Tiago Andrade Borges Santos, Biólogo do Setor de Hotelaria Hospitalar
(STHH)/DLIH/GAD/ HU-UFSC
Data: 20/01/2022
Análise
Vitor do Nascimento da Silva, Chefe do Setor de Hotelaria Hospitalar
(STHH)/DLIH/GAD/ HU-UFSC
Validação I
Taise Costa Ribeiro Klein, Enfermeira da Unidade de Vigilância em Saúde Data: 18/03/2022
(UVS)/STGQ/SUP/HU-UFSC
Tasso Hamm Lucas, Engenheiro de Segurança do Trabalho da Unidade de
Data: 26/05/2022
Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (USOST)/DIVGP/GAD/HU-UFSC
Marcio André Anzoategui, Chefe da Unidade da Unidade de Saúde
Ocupacional e Segurança do Trabalho (USOST)/DIVGP/GAD/HU-UFSC Data: 26/05/2022
Validação II
Marcus Setally Azevedo Macena, Cirurgião-dentista, Unidade de Gestão da Data: 30/09/2022
Qualidade e Segurança do Paciente (UGQSP)/STGQ/SUP/HU-UFSC
Aprovação I
Heloísa Cristina Amaral, Chefe de Divisão de Logística e Infraestrutura Data: 30/09/2022
Hospitalar (DLIH)/ GAD/HU-UFSC
Ciência
Michel Maximiano Faraco, Gerente de Administração (GAD)/HU-UFSC Data: 30/09/2022