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POLICLÍNICA

DR. CLÓVIS AMORA VASCONCELOS

Plano de Gerenciamento de Resíduos


Sólidos de Serviços de Saúde
PGRSS

PLA-INS-001
Versão: XX

BATURITÉ – CE
XX / XX / XXXX
Policlínica Dr. Clóvis Amora Vasconcelos
Consórcio Público de Saúde do Maciço de Baturité
CNPJ: 11.490.043/0001-19. CNES: 6697518
Rua São José, s/n, Centro. CEP 62760-000. Baturité – Ceará.
Fone: (85) 3347-1837. Fax (85) 3347-1810

Versão Descrição Revisão / Data


1 Primeira versão do documento xx / xx / xxxx
SUMÁRIO
POLICLÍNICA
DR. CLÓVIS AMORA VASCONCELOS
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
SETOR: SETOR INSTITUCIONAL
DATA DA IMPLANTAÇÃO: CÓDIGO: VERSÃO: PÁGINA:
XX/XX/XXXX PLA-INS-001 01 4 de 18

1. INTRODUÇÃO
A geração de resíduos sólidos nos ambientes domésticos e nos setores de serviços
constitui-se hoje em um dos principais desafios da problemática ambiental. A ausência de
ações que incentivem a minimização de sua geração e a fragilidade no seu
gerenciamento tem contribuído para o comprometimento da saúde pública e do meio
ambiente.
Para o gerador de serviços, esse problema representa, além de encargos financeiros, a
responsabilidade legal por eventuais danos que possam ocorrer às pessoas ou ao meio
ambiente. No conjunto desses geradores é relevante a categoria dos estabelecimentos de
saúde que, pelos procedimentos, complexidade dos tratamentos medico-odontológicos e
clientela, representam possibilidade de ocorrência de acidentes no manuseio e de
contaminação ambiental na disposição final dos resíduos sólidos.
Os resíduos sólidos de serviços de saúde ocupam um lugar de destaque nas
preocupações dos ambientalistas, entidades públicas e população, pois, quando estes
são descartados ou operados inadequadamente, propiciam impactos negativos de grande
proporção no meio biótico e, por conseguinte, resulta em problemas ambientais, sanitários
e sociais.
O gerenciamento adequado dos resíduos sólidos de serviços de saúde é, antes de ser
uma obrigação legal, uma responsabilidade sócio-ambiental. Nesse aspecto, ressalta-se
em primeiro plano a preocupação com a minimização da geração de resíduos, ao mesmo
tempo em que se estimula a correta segregação dos resíduos, incluindo ações de
aproveitamento da parte reciclável, através da coleta seletiva dos resíduos com esta
potencialidade, visto que a médio e longo prazo essas ações propiciam menores gastos
para a atividade de gerenciamento dos resíduos.
A elaboração e a aplicação de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos
constituem-se instrumentos adequados para alcançar esses propósitos e atender aos
requisitos legais em vigor, entre os quais as resoluções do Conselho Nacional do Meio
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DR. CLÓVIS AMORA VASCONCELOS
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
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Ambiente – CONAMA, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e da


Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, além de outros instrumentos normativos
de competência estadual e municipal.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde – PGRSSS é,
também, documento integrante do processo de licenciamento ambiental, pois aponta e
descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, eliminando ou reduzindo o
potencial grau de infecção no ambiente de trabalho e o impacto ambiental durante o
transporte externo, tratamento e disposição final dos resíduos.
Este Plano elaborado para A Policlínica Dr. Clóvis Amora Vasconcelos é resultado de uma
intensa investigação aplicada ao dia a dia e às condições operacionais desta modalidade
de unidade de saúde, vista à luz do que determinam as normas relacionadas ao tema
resíduos sólidos de serviços de saúde e a necessária adoção das ações de minimização
de desperdício e da geração de resíduos e suas formas tecnicamente apropriadas para
tratamento e disposição final.
É sabido, contudo, que em qualquer estabelecimento, seja de natureza pública ou
privada, não havendo o comprometimento da direção e a motivação dos funcionários,
dificilmente se alcançarão às mudanças necessárias à superação de atos mecânicos e da
visão acrítica dos processos. Assim, a eficiência e eficácia deste Plano dependerão do
compromisso coletivo e do planejamento participativo das atividades visando sua
implementação.
Dessa forma, a partir deste documento, serão definidas e implementadas as atividades
operacionais do estabelecimento, levando-se em conta os seguintes aspectos:
• O comprometimento da direção da Unidade;
• O requisito de trabalhar de forma consensual e uniforme em relação aos
procedimentos de manejo dos resíduos intra-unidade;
• Ter como objetivo minimizar a quantidade de resíduos que possam ser produzidos,
pela visão integrada do processo de geração de resíduos, e pela sensibilização e
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capacitação de todos os colabores do estabelecimento de saúde e dos usuários


dos serviços;
• A necessidade de estimular programas de coleta seletiva e reciclagem; eliminar ou
reduzir o potencial de infecção e contaminação; e prevenir e minimizar riscos de
poluição e a contaminação do meio ambiente.

2. CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Tabela 1 – Caracterização da Unidade


NOME DO ESTABELECIMENTO Policlínica Dr. Clóvis Amora Vasconcelos

Rua São José S/N – Centro – Baturité – Ceará –


ENDEREÇO
CEP 62.760-000

Serviços Médicos Ambulatoriais nas áreas de:


Clínica Médica Cirurgia Geral, Cardiologia,
TIPO DE UNIDADE Dermatologia, Ginecologia Obstetrícia,
Gastroenterologia, Mastologia, Neurologia,
Oftalmologia, Otorrino, Traumatologia e Urologia.
ESFERA ADMINISTRATIVA Pública Estadual

Administração indireta – Consórcio Público de


NATUREZA DA ORGANIZAÇÃO
Saúde do Maciço de Baturité – CPSMB
NÚMERO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS 12 especialidades
ESTIMATIVA DO NÚMERO DE COLABORADORES 72 colaboradores
ESTIMATIVA DE ATENDIMENTOS/DIA 420 pacientes/dia
DIREÇÃO GERAL Marcos Roberto Arruda Bastos
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA/FINANCEIRA Jairo de Carvalho Castelo Branco
INÍCIO DO FUNCIONAMENTO 04 de Abril de 2011

3. EQUIPE GESTORA DO PGRSSS


A Policlínica de Baturité possui uma Equipe Gestora do PGRSSS, composta por
profissionais da área de higienização e limpeza, medicina, enfermagem, administrativa e
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apoio do Consórcio Público de Saúde do Maciço de Baturité – CPSMB, que é o


responsável geral pelo gerenciamento da unidade. Toda a equipe tem a responsabilidade
de implantar e assegurar a manutenção do Plano, incluindo no processo a mobilização,
sensibilização e capacitação continuada junto aos funcionários bem como aos clientes.
A seguir serão apresentados os setores preferenciais para compor a Equipe Gestora do
PGRSSS e as sugestões de atividades e das responsabilidades de cada membro
representante setorial.

Tabela 2 – Funções e atribuições dos integrantes da Equipe Gestora


PESSOAL RESPONSÁVEL IDENTIFICAÇÃO RESPONSABILIDADES
Direção Administrativa  Proporcionar a
implementação e assegurar a
sustentação do PGRSSS.
Coordenador Geral do PGRSS Raimundo José Arruda Bastos  Coordenar a elaboração,
CRM: 2929 revisão, desenvolvimento e a
CPF: 104.630.033-49 manutenção do PGRSSS;
 Realizar a avaliação
sistemática da sua
implementação;
 Garantir a realização das
mudanças quando
necessárias;
 Cuidar da comunicação entre
os membros da equipe de
trabalho e de meios e
mecanismos de divulgação e
sensibilização dos demais
funcionários.
Responsável Técnico pelo PGRSS Iara Mara Carlos Barros  Elaborar, implementar e
COREN: 295398 assegurar a aplicação das
CPF: 035.748.213-10 normas de segurança e
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legislação específica da
saúde e do meio ambiente;
 Avaliar os resultados
quantitativos e qualitativos
dos serviços de limpeza e
elaborar relatório de
acompanhamento dos
serviços;
 Realizar a caracterização
física dos resíduos de acordo
com o estabelecido no
PGRSSS;
 Preparar relatório das ações
do PGRSSS.
Serviço de Higienização e  Aldaiz Nara Ferreira Lima  Programar sistematicamente
Limpeza
 Ana Cristina Silva dos Santos as quantidades necessárias
 Carmem Julia Silva dos Santos de sacos e recipientes, por
 Cleicia Lopes de Castro tipo e tamanho;
 Francisco Weyne Holanda Martins  Dispor recipientes e sacos,
 José Evandir Barbosa da Silva adequados, para
 Liliane Alexandre da Silva acondicionamento dos
 Raimunda Pereira da Silva resíduos sólidos;
 Executar a coleta e
transporte aos pontos de
armazenamento, incluindo os
materiais recicláveis;
 Realizar a higienização dos
ambientes, das ferramentas e
equipamentos de trabalho,
incluindo a lavagem
sistemática das lixeiras e
contentores;
 Realizar a pesagem dos
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resíduos por tipo e fontes de


geração, de acordo com o
estabelecido no PGRSSS;
 Comunicar, tempestivamente,
à Administração Superior os
acidentes e outras
ocorrências fora dos
procedimentos normais
adotados no manejo dos
RSS;
 Apresentar relatório e parecer
específico mensal sobre o
manejo de resíduos da
Unidade de Saúde.
Serviço de Manutenção DIOTEC – manutenção preventiva  Assegurar as boas condições
de 15 em 15 dias e até 48 horas de uso dos recipientes,
em caso de detecção de problema equipamentos e infra-
em algum equipamento. estrutura predial do manejo
dos RSS e de outros serviços
de interesse do setor de
Higienização e Limpeza.
 Auxiliar nas ações de
sensibilização e divulgação.
Recursos Humanos Consórcio Público de Saúde do  Selecionar pessoal
Maciço de Baturité
capacitado para o Setor de
Higienização e Limpeza.
 Capacitar e realizar, em
parceria com o Serviço de
Higienização e Limpeza, o
treinamento continuado do
pessoal responsável pelo
manejo dos RSS.
 Realizar, em parceria com o
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Serviço de Higienização e
Limpeza, atividades de
motivação e integração de
zeladores e demais
colaboradores da unidade de
saúde de modo que cada
indivíduo reconheça suas
responsabilidades e o correto
manejo dos resíduos.
Setor de Compras --

4. ASPECTOS LEGAIS

4.1. INSTRUMENTOS NORMATIVOS


A legislação aplicada aos resíduos sólidos de serviços de saúde é constituída por leis,
decretos e portarias, e, principalmente, resoluções do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, da
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, e normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT.
Entre as leis cabe destacar a Lei Federal no 9.605/98, que dispõe sobre as sanções
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Esta Lei tipifica os crimes ambientais, inclusive na modalidade dolosa e apresenta um
elenco de situações e punições, importantes de serem conhecidas.
No âmbito local do Estado do Ceará, destacam-se a Portaria Estadual Nº 395 de 26 de
abril de 1994, que expede normas técnicas sobre acondicionamento, coleta, transporte e
retenção para entrega a coleta pública dos resíduos provenientes de serviços de saúde e
similares e a Lei Estadual Nº 13.103 de 24 de janeiro de 2000 e o Decreto Nº 26.604 de
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16 Maio de 2002 que dispõem sobre a política estadual de resíduos sólidos e dão
providências correlatas.
Pela legislação vigente o gerador de resíduos sólidos de serviços de saúde é obrigado a
apresentar um plano de gerenciamento de resíduos a ser avaliado pelas autoridades
ambientais e de saúde pública locais. Compete às Secretarias de Saúde Estaduais e
Municipais, em conjunto com os Órgãos de Meio Ambiente e de Limpeza Urbana, e a
Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, no que lhe for pertinente, divulgar,
orientar e fiscalizar o cumprimento destas determinações.
Os normativos mais relevantes que orientaram a elaboração deste Plano foram as
seguintes Resoluções da ANVISA e do CONAMA:
• Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância sanitária –
RDC ANVISA, nº 306, de 7 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
• RDC ANVISA nº 50, de 21 de fevereiro de 200, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
• Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento
e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde.
• Resolução CONAMA Nº 275 de 25 de abril de 2001 que estabelece o código de
cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de
coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta
seletiva.
Os normativos em referência definem que são os estabelecimentos prestadores de
serviços de saúde os responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os resíduos por
eles gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua
geração até a sua destinação final. Estabelecem que a segregação dos resíduos seja
efetuada no momento e local de sua geração, permitindo com isso reduzir o volume de
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resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais, dentre outros benefícios à


saúde pública e ao meio ambiente.
Destaca-se, como aspectos relevantes da RDC nº 306/04 da ANVISA, a necessidade de a
unidade de saúde ter um responsável técnico, registrado em conselho profissional, pela
atividade de gerenciamento dos resíduos sólidos e responsável pelo estabelecimento nos
seguintes aspectos:
● Promova a capacitação, o treinamento e a manutenção de programa de educação
continuada para o pessoal envolvido na gestão e manejo dos resíduos.
● Faça constar nos termos de licitação e de contratação, sobre os serviços referentes
ao tema, as exigências de comprovação de capacitação e treinamento dos
funcionários das firmas prestadoras de serviço de limpeza e conservação bem
como do transporte, tratamento e destinação final dos resíduos.
● Requisite das empresas prestadoras de serviços terceirizados de coleta, transporte
ou destinação final dos resíduos de serviços de saúde, licença ambiental ou de
operação.
● Manter registro de operação de venda ou de doação dos resíduos destinados à
reciclagem ou compostagem.

Ainda quanto às normas da ANVISA, os estabelecimentos de saúde, sempre que


necessitem implementar construções ou reforma em suas unidades, devem atender a
RDC no 50/02, no que se refere ao planejamento, programação, elaboração e avaliação
de projetos físicos de estabelecimentos assistências de saúde.

4.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS


A classificação de resíduos de serviços de saúde consiste no agrupamento por classes de
resíduos, em função dos riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente, e tem
como finalidade propiciar o adequado gerenciamento desses resíduos no âmbito interno e
externo dos estabelecimentos de saúde e possibilitar a implementação da segregação na
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origem visando aos processos e às instalações disponíveis para tratamento e as vias


possíveis de minimização.
A classificação adotada tem como referência a Resolução ANVISA – RDC Nº 306/04, e
agrupa o conjunto de resíduos gerados nas unidades de saúde conforme se segue:

● Grupo A – Resíduos biológicos com risco de infecção

● Grupo B – Resíduos com risco químico

● Grupo C – Resíduos com risco radioativo

● Grupo D – Resíduos comuns, equiparados aos resíduos domiciliares

● Grupo E – Resíduos perfurocortantes ou escarificantes

A seguir serão detalhados apenas os grupos e tipos de resíduos encontrados nos


ambientes da Policlínica.

Grupo A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características
podem apresentar risco de infecção.
 Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação
diagnóstica.
 Sobras de amostras de laboratório contendo sangue e materiais resultantes do
processo de assistência a saúde.
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 Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não


contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
 Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Grupo B
Resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao
meio ambiente, independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.
 Resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados;
reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
 Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; antirretrovirais, quando
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de
medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos
Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.
 Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004
da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). A exemplo de resíduos
comuns impregnados com estes produtos.

Grupo C
São considerados resíduos com risco radioativo quaisquer materiais resultantes de
atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos
limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria ou não prevista.
Não há esse tipo de resíduo na Policlínica de Baturité.
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Grupo D – Resíduos comuns


Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
 Papel de uso sanitário, absorventes higiênicos, resto alimentar, material utilizado
em anti-sepsia e outros similares não classificados como A1.
 Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
 Resto alimentar de refeitório.
 Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de
vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e
hemostasia de venóclise, equipo de soro e outro similares não classificados como
biológicos.
 Resíduos provenientes das áreas administrativas.
 Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.

Grupo E – Perfurocortantes
São os instrumentos e objetos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas
e agudas, capazes de cortar ou perfurar. Os materiais perfurocortantes ou escarificantes
produzidos na Policlínica são: agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas de bisturi e
barbear, lancetas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados e outros similares.

5. GERAÇÃO DE RESÍDUOS
A geração de resíduos decorre da categoria, porte e complexidade do estabelecimento;
dos serviços especializados prestados; da frequência das atividades exercidas; das
tecnologias utilizadas; dos processos de compra de produtos e equipamentos
implementados; e do controle e eficiência no desempenho dos serviços.
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O dimensionamento dos resíduos sólidos gerados na Policlínica Regional Baturité nos


anos de 2015 está representado na tabela abaixo, seguindo de referência para os
próximos anos.

Tabela 3 – Indicadores de referência da Policlínica de Baturité – 2015


Total/média
Indicadores
2015
Total de colaboradores 72
Total de atendimentos/dia 420
Total de resíduos (kg/mês) 699,25
% médio de resíduos recicláveis 22,50%
% médio de resíduos infectantes 5,70%
% médio de resíduos comuns não recicláveis 71,80%
Kg de resíduos/servidor (mês) 9,7
Kg de resíduos/atendimento (mês) 1,7
Fonte: Policlínica de Baturité

Estes indicadores médios, aplicados às informações do número de funcionários e


atendimentos/dia, projetados para a Policlínica de Baturité possibilitarão o monitoramento
da geração de resíduos.
A partir de janeiro de 2016 foram reformulados os critérios de pesagem de resíduos visto
que materiais provenientes de poda de árvores e grama não estavam sendo
contabilizados, bem como os resíduos recicláveis não estavam tendo o destino esperado.

5.1 - MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


DEFINIÇÕES
As definições a seguir visam compreender melhor as terminologias empregadas nas
normas sobre o manejo de resíduos e sintetizam o aspecto processual à medida que
apresentam fases encadeadas e interdependentes.
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 MANEJO: O manejo é a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra


e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as
seguintes etapas:
 SEGREGAÇÃO: Consiste na separação dos resíduos no momento e local de
sua geração.
 ACONDICIONAMENTO: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados,
em sacos ou recipientes.
 IDENTIFICAÇÃO: Consiste no conjunto de medidas que permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes
 TRANSPORTE INTERNO: Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de
geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento
externo, assim constituído:
a) COLETA INTERNA I: operação de transferência dos recipientes com
resíduos do local de geração para o ARMAZENAMENTO
TEMPORÁRIO.
b) COLETA INTERNA II: operação de transferência dos recipientes do
ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO para o ARMAZENAMENTO
EXTERNO.
 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO: Consiste na guarda temporária dos
recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos
pontos de geração.
 TRATAMENTO: Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que
modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao
meio ambiente.
 ARMAZENAMENTO EXTERNO: Consiste na guarda dos recipientes de
resíduos até a realização da etapa de coleta externa.
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 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS: Consistem na remoção dos RSS do


abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou
disposição final.
 DISPOSIÇÃO FINAL: Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente
preparado para recebê-los.
O gerenciamento dos resíduos contempla ainda os processos de higienização e limpeza;
as ações a serem adotadas em situações de emergência e acidentes; os cuidados em
relação a prevenção da saúde do trabalhador; ações de capacitação; as medidas
preventivas e corretivas de controle integrado de insetos e roedores; e ações que
possibilitem o encaminhamento dos materiais recicláveis para a reciclagem industrial.

6. FLUXO GERAL NO MANEJO DE RESÍDUOS


Conceitualmente foi apresentado no ponto anterior o conjunto de definições nas etapas de
manejo dos resíduos, entretanto, no que diz respeito a Policlínica, no fluxo a seguir será
suprimida a fase de ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO, visto inexistente neste caso, o
que redundará em apenas uma modalidade de coleta interna.
O fluxo a seguir visa reforçar a compreensão geral do manejo dos resíduos gerados na
Policlínica, estimulando, portanto o comprometimento socioambiental dos seus geradores
para as formas de gerenciamento menos impactantes ao meio ambiente e à saúde
pública.

Figura 1– Fluxo geral dos resíduos – da geração à disposição final


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6.1. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DA UNIDADE


A IDENTIFICAÇÃO dos resíduos1 visa fornecer informações para o correto manejo dos
RSS e deve estar aposta:
• Nos sacos de acondicionamento;

• Nos recipientes de coleta e transporte;

• Nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização.

1 Ver NBR 7500 da ABNT


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Os símbolos a serem utilizados neste processo de identificação estão definidos na NBR-


7500 da ABNT e seguem os padrões a seguir apresentados.
Junto às simbologias identificadoras serão descritos os tipos de resíduos gerados na
Policlínica.

Grupo A (potencialmente infectantes)


O símbolo que representa este grupo é o de substância infectante, constante na NBR-
7500 da ABNT de março de 2000, Figura 4.2, com rótulos de fundo branco, desenho e
contornos pretos.

Figura 2 – Símbolo que representa resíduos do Grupo A

R IS C O
B IO L Ó G IC O

Esta identificação deve ser colocada nos equipamentos de transporte interno e nos
ambientes que contiverem os resíduos com esta característica.
Apesar de o Grupo A estar representado pelos subgrupos A1, A2, A3, A4 e A5, a sua
presença na Policlínica restringe-se ao subgrupo A4 e A5, com exclusividade nos
ambientes dos consultórios, estando estes a seguir discriminados:
 Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
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 Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de


procedimentos cirúrgicos.
 Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Grupo B (Químicos)
Conforme NBR 7500, os ambientes ou recipientes onde contenham resíduos ou produtos
com esta característica devem estar identificados com o símbolo de Risco Químico
associado (Figura 4.3) e com discriminação de substância química e frases de risco.

Figura 3 – Símbolo para resíduos do Grupo B

R IS C O
Q U ÍM IC O

No caso dos recipientes e coletores utilizados no manejo interno dos resíduos a


orientação deve ser a mesma da NBR 7500.
Os resíduos do Grupo B são gerados potencialmente nos consultórios, no almoxarifado e
no setor de serviços gerais da Policlínica, estando discriminados a seguir:
 Resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados;
reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
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 Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;


imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; antirretrovirais, quando
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de
medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos
Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações;
 Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004
da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). A exemplo de resíduos
comuns impregnados com estes produtos.

Grupo C (REJEITOS RADIOATIVOS)


Não há presença deste grupo de resíduos na Policlínica Regional.

Grupo D (RESÍDUOS COMUNS)


Não há simbologia específica para os resíduos do GRUPO D. Entretanto a Resolução
CONAMA Nº 275/01 no seu Art.1º, estabelece código de cores para identificação de
coletores e transportadores de resíduos e para campanhas de coleta seletiva. Para os
resíduos do Grupo D as cores indicadas são as seguintes:

Tabela 4 – Resíduos do Grupo D (classificados por cor)


AZUL Papel / papelão
VERMELHO Plástico
VERDE Vidro
AMARELO Metal
PRETO Madeira
MARROM Resíduos orgânicos
CINZA Resíduo geral não-reciclável ou misturado
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Além das cores indicadas, os materiais recicláveis como plásticos, vidros, metais e
papéis, recebem simbologia convencional defendida pelas indústrias e organizações pró-
reciclagem que estão indicadas no PLANO DE COLETA SELETIVA E RECICLAGEM
deste documento.
Os resíduos do Grupo D – comuns recicláveis e não recicláveis são gerados em todos os
ambientes da Policlínica Regional, estando discriminados a seguir:
 Papel de uso sanitário, absorventes higiênicos, resto alimentar, material utilizado
em antissepsia e outros similares não classificados como A1;
 Sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
 Resto alimentar de refeitório;
 Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de
vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e
hemostasia de venóclise, equipo de soro e outros similares não classificados como
biológicos;
 Resíduos provenientes das áreas administrativas;
 Resíduos de varrição, flores, podas e jardins;
 Vale salientar que destes desatacam-se os resíduos potencialmente recicláveis
como: papéis, papelões, plásticos, vidros e latas de alumínio e aço.

Grupo E – PERFUROCORTANTES
O símbolo que representa o Grupo E, é o símbolo de substância infectante constante na
NBR-7500 da ABNT de março de 2000, com rótulos de fundo branco, desenho e
contornos preto, acrescido da inscrição RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o
risco que apresenta aquele resíduo.
Os resíduos do Grupo E são gerados especificamente nos consultórios, estando
discriminados a seguir:
 Materiais perfurocortantes ou escarificantes (agulhas, escalpes, ampolas de vidro,
lâminas de bisturi e barbear, lancetas; espátulas);
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 Utensílios de vidro quebrados e outros similares;

Figura 4 – Símbolo para resíduos do Grupo E

PERFUROCORTA NTE

7. PROCEDIMENTOS

7.1. SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO


A responsabilidade pela segregação e acondicionamento é do gerador dos resíduos, ou
seja, de todos os profissionais lotados no estabelecimento e dos clientes.
Apesar da diferença no significado, a segregação e o acondicionamento deverão ser
abordados de forma agrupados neste plano. No manejo de resíduos sólidos, o ato de
segregar pressupõe onde e em que depositar, pois a segregação não é um ato
meramente mental, ela se traduz concretamente no acondicionamento diferenciado de
cada grupo de resíduos.
A segregação e acondicionamento de cada grupo de resíduos reduzem o risco no
manuseio; facilita o controle quantitativo e qualitativo da geração; e permite trabalhar a
política da minimização, da reutilização e da reciclagem. Assim, os riscos e os custos de
tratamento e disposição final podem ser menores, muito embora possam ocorrer custos
adicionais no manuseio.
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A NBR 12.809/93 orienta que todo resíduo, no momento de sua geração, tem que ser
acondicionado próximo ao local de geração e a NBR 9.190/93, quando se refere a classe
de sacos apropriados ao acondicionamento de resíduos, indica o uso de sacos classe I,
para resíduos domiciliares e sacos classe II, para acondicionamento de resíduos
infectantes.
Esta forma de segregação e acondicionamento objetivam:
 Fazer com que os resíduos dos GRUPOS A, B, e E (infectantes, químicos e
perfurocortantes) não contaminem os resíduos do GRUPO D (comuns);
 Garantir medidas de segurança apenas onde for necessário e facilitar a ação
simultânea de limpeza e descontaminação, em caso de acidente ou emergência;
 Facilitar o manuseio, o armazenamento e as ações de gerenciamento intra e extra-
estabelecimento de saúde e com isso prevenir acidentes ocupacionais;
 Possibilitar a coleta diferenciada por tipo de resíduo para atender ao processo de
tratamento;
 Possibilitar a coleta diferenciada por tipo de resíduo a ser levado diretamente à
disposição final;
 Viabilizar o encaminhamento à reciclagem de parte dos resíduos do GRUPO D;
 Fazer com que se tenha uma movimentação segura dos resíduos do ambiente de
geração até o armazenamento externo, e por todas as etapas do manejo fora do
estabelecimento (transporte, tratamento e disposição final).
Os critérios para segregação e acondicionamento seguro dos resíduos devem contemplar
no mínimo:
 Segregar e acondicionar os resíduos em sacos plásticos e em recipientes de
características compatíveis a cada grupo de resíduo, conforme disposições
indicadas nas NBR 9191/00, 13853/97 e 9259/97 da ABNT reafirmadas pela
Resolução RDC 306/04 da ANVISA;
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 Manter em toda unidade geradora o número suficiente de recipientes (lixeiras) para


cada grupo de resíduos;
 Minimizar a colocação de recipientes nos corredores, de forma a evitar segregação
e acondicionamento inadequados por parte de pacientes e profissionais da
unidade;
 Separar, na origem, os resíduos comuns (GRUPO D) com possibilidade de
reciclagem, evitando qualquer possibilidade de contaminação, transportando-os de
forma segura e estocando-os corretamente em local de uso exclusivo;
 Adotar as técnicas de acondicionamento por grupo de resíduos, de forma a manter
todo o recipiente identificado e bem fechado, de modo a não possibilitar
vazamento;
 Fechar previamente os sacos plásticos e removê-los imediatamente da unidade
geradora para armazenamento externo, proibindo sua abertura, esvaziamento e
reaproveitamento, bem como sua compactação.
Tantos os recipientes rígidos como os sacos plásticos somente deverão ser preenchidos
até 2/3 de sua capacidade volumétrica. Os sacos deverão ser totalmente fechados, de tal
forma que não permita o derramamento do conteúdo, mesmo que virados de boca para
baixo.
Os procedimentos de acondicionamento a serem adotados na Policlínica de Baturité são
abordados a seguir, exclusivamente para os resíduos gerados nos seus ambientes.

Resíduos do Grupo A
Os resíduos deste Grupo deverão ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente
à ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados
os limites de peso de cada saco. O saco devidamente identificado com o símbolo de
substância infectante, conforme NBR 7500 de março de 2000, e a inscrição “RESÍDUOS
DE SERVIÇO DE SAÚDE”.
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O saco deve estar contido em recipiente de material lavável de cor branca, resistente à
punctura, ruptura e vazamento, possuindo cantos arredondados, ser provido de tampa e
sistema de abertura sem contato manual (pedal), e ser resistente ao tombamento.

Resíduos do Grupo B
As informações da composição e dos riscos de manuseio desses resíduos são condições
básicas para a tomada de decisão quanto ao manejo desses resíduos.
Os resíduos sólidos do Grupo B devem ser ACONDICIONADOS em recipientes de
material rígido, adequados para cada tipo de substância química, respeitadas as suas
características físico-químicas e seu estado físico. Para isso devem ser obtidas
informações da composição e dos riscos de manuseio desses resíduos.
Os procedimentos de manuseio devem seguir a legislação sanitária em vigor e as
orientações dos fabricantes/fornecedores2 e das FISPQ – Ficha de Informações de
Segurança de Produtos Químicos. A FISPQ é o instrumento técnico baseado no Decreto
Federal 2657 de 03 de julho de 1998, que apresenta as informações básicas sobre os
produtos químicos e recomendações sobre produção, manuseio, armazenamento,
transporte, destinação dos resíduos, emissões, manutenção e limpeza, e está definida na
norma da ABNT – NBR 14725.
Devem ser observados os cuidados indicados no APÊNDICE V – Tabela de
Incompatibilidade das principais substâncias utilizadas em Serviços de Saúde, da RDC
306/04 da ANVISA, utilizando-se frascos de material compatível com o líquido

2 Essas informações devem ser exigidas do fornecedor, o que é assegurado pelo Código de Defesa do
Consumidor, Lei Federal n° 8.078, de 11 de setembro de 1990, como explícito nos artigos sexto, oitavo e
nono; na Resolução 358/05 do CONAMA (Art. 21); e no decreto estadual de No 26.604 de 16/05/02, artigo
45.
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armazenado, sempre que possível de plástico, resistentes, rígidas e estanques, com


tampa rosqueada e vedante.
De uma maneira geral, os procedimentos de SEGREGAÇÃO e ACONDICIONAMENTO
dos resíduos do Grupo B devem levar em consideração:
 As informações contidas na embalagem do produto;
 O tempo de vida útil ou inativação química do produto;
 A identificação das embalagens com os seguintes dados: nome do componente
químico, data, local, tempo de vida útil e rubrica do profissional responsável.
Os resíduos líquidos com substâncias químicas devem ser ACONDICIONADOS em
recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistentes,
rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante, deixando-se no local em local
seguro no local de geração e programando-se o seu deslocamento para o local no
armazenamento externo definido para seu abrigo.
A segregação/acondicionamento dos resíduos visando seu tratamento e/ou disposição
final deve ser em saco branco leitoso, classe II conforme NBR 9191/00 da ABNT;
impermeável, resistente a ruptura e vazamento, contendo o símbolo de substância tóxica,
conforme NBR 7500, e a inscrição “SUBSTÂNCIA QUÍMICA”.

Resíduos do Grupo D
Segundo a Resolução Nº 306/04 da ANVISA, “os resíduos do GRUPO D deverão ser
acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza urbana,
utilizando-se sacos impermeáveis, contidos em recipientes e receber identificação”
conforme as cores padronizadas para cada tipo de resíduo componente deste GRUPO.
Para o atendimento às diretrizes deste Plano, os resíduos do Grupo D, segregados como
não recicláveis, deverão ser acondicionados em sacos impermeáveis de cor preta, classe
I conforme NBR 9191/00 da ABNT, impermeável e resistente a ruptura e vazamento
conforme a RDC Nº 306/04 de ANVISA. O saco deve estar contido em recipiente de
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material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento, possuindo cantos


arredondados, ser provido de tampa e sistema de abertura sem contato manual (pedal), e
ser resistente ao tombamento.
Os resíduos recicláveis deverão ser gerenciados de acordo com o determinado no Plano
de Coleta seletiva e Reciclagem. Entretanto, visando diferenciá-lo dos demais resíduos do
Grupo D, sugere-se a utilização de sacos de cor verde ou azul, também de classe I,
conforme NBR 9191/00 da ABNT, impermeável e resistente a ruptura e vazamento
conforme a RDC Nº 306/04 de ANVISA.
Os resíduos deste grupo, em geral, representam a maior quantidade, em peso, nas
unidades de saúde. Entretanto, como já foi sinalizado anteriormente, devem-se tomar
todas as precauções para que os resíduos do Grupo D não sejam acondicionados junto
com outros resíduos de natureza infectante ou química.
A garantia para que isto não ocorra está diretamente relacionada com o ato de
segregação a ser feito pelo seu gerador. Assim, o conhecimento e compromisso de todos
os funcionários lotados na unidade de saúde são condições básicas para garantir que os
resíduos do GRUPO D mantenham suas características de origem.

Resíduos do Grupo E
Os materiais perfurocortantes deverão ser descartados separadamente, no local de sua
geração, imediatamente após o uso, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura,
ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, baseados nas normas da
ABNT, NBR 13853/97 e NBR 9259/97.
As agulhas descartáveis deverão ser desprezadas de forma segura sendo proibido
reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente. O descarte ocorrerá quando o
preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nível de preenchimento ficar 5cm de
distância da boca do referido recipiente.
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Os recipientes contendo os perfurocortantes serão acondicionados em saco branco,


classe II conforme NBR 9191/00 da ABNT, impermeável e resistente a ruptura e
vazamento, contendo o símbolo de substância infectante acrescido da Inscrição
“RESÍDUO PERFUROCORTANTE”.

7.1.1. Coleta e transporte interno


A coleta e transporte interno dos resíduos, abordados conjuntamente em função de serem
ações integradas e encadeadas, correspondem ao deslocamento dos resíduos dos
pontos de geração até o local do armazenamento externo.
Essas atividades deverão ser realizadas em horários predefinidos de forma que haja
integração entre as equipes que as realizam, e de modo a não coincidir com horários de
maior fluxo de pessoas.
Devem contemplar a coleta seletiva, de forma que se encaminhe parte dos resíduos do
GRUPO D para a reciclagem, como detalhado no Plano de Coleta Seletiva e Reciclagem.
A coleta interna deverá ser desenvolvida por funcionário(s) específico(s) para esta
atividade, e, de preferência, que a pessoa responsável pela coleta dos resíduos
recicláveis, não seja a mesma que faz a coleta dos resíduos do GRUPO A, B, D não
reciclável e E. Além da coleta e transporte desses resíduos serem por pessoas
específicas, os resíduos devem ser transportados seguindo o agrupamento descrito a
seguir.

Tabela 5 – Cores dos carros da coleta interna

Grupos de resíduos Carro coletor apropriado


Grupo A, B e E Cor branca com o símbolo e inscrição
“RESÍDUOS INFECTANTES” e
“PERFUROCORTANTES”.
Grupo D – Não reciclável Cor cinza com identificação “RESÍDUOS
COMUNS”.
Grupo D – Reciclável Cor verde com identificação “RESÍDUOS
RECICLÁVEIS”.
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Operacionalmente, o funcionário, utilizando corretamente os EPI, deverá retirar os sacos


plásticos dos recipientes (lixeiras), lacrá-los e colocá-los cuidadosamente nos carros de
coleta (contentor sobre rodízio revestidos internamente com saco de maior volume e de
cor compatível ao grupo de resíduos que está sendo coletado).
Quando totalmente cheio, o carro de coleta deverá ser deslocado imediatamente até a
área de armazenamento externo, onde serão pesados os resíduos e os sacos despejados
nos contentores aí existentes.
Não poderá ser feito armazenamento com disposição direta dos sacos sobre o piso.
Os materiais recicláveis (plásticos, papéis, papelões, e vidros dentre outros), devidamente
segregados e acondicionados pelos seus geradores, deverão ser recolhidos e levados
diretamente para o compartimento do Armazenamento que lhe for destinado.
A frequência da coleta interna deverá ocorrer de forma regular de modo a evitar o
transbordamento do lixo nos depósitos. Com exceção dos resíduos recicláveis, todos os
demais deverão ser coletados no mínimo 02 (duas) vezes durante o horário de
funcionamento da unidade de saúde, podendo em alguns setores ser em maior número
em função do fluxo de pessoas e atividades.

7.1.2. Armazenamento Externo


O armazenamento externo consiste na guarda dos recipientes contendo resíduos até a
realização da coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os
veículos coletores, não sendo permitido a disposição dos sacos de resíduos fora dos
recipientes ali estacionados (RDC 306/04).
O dimensionamento da unidade para armazenamento externo, também denominado
“abrigo de resíduos” deverá ser afastado da edificação central, com divisas de acordo
com as classes dos RSS e em consonância com o volume de geração dos resíduos, o
período de funcionamento da unidade, periodicidade e a frequência de coleta.
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O fluxo e a disposição dos resíduos devidamente acondicionados em sacos plásticos


sinalizados deverão ocorrer dentro de rotina conhecida e divulgada entre os trabalhadores
da coleta interna e aquele responsável pelo abrigo, de forma a se garantir o controle
quantitativo dos resíduos e se evitar acidentes ou misturas de resíduos.
O fluxo dos resíduos do Grupo D – comuns recicláveis seguem sentido diferente de todos
os demais resíduos de forma que a sua área de acondicionamento e a porta de acesso e
saída de resíduos durante a coleta externa seja independente.
Já o fluxo dos demais resíduos incluindo os Grupos A, B, E e D – comuns não recicláveis
seguem sentido único, porém são armazenados e acondicionados em espaços e
contentores diferenciados, preservando suas características, e tendo saída para a coleta
externa por abertura única, como pode ser observado também na planta em anexo.
Todos os resíduos, especialmente aqueles dos grupos A, B e E deverão ter um ambiente
exclusivo, identificado, em local de fácil visualização e com sinalização de segurança,
conforme NBR 7500.
Apesar de existir pouca quantidade e diversidade de substâncias químicas na Policlínica
de Baturité, visto que os serviços de laboratórios serão terceirizados e os reveladores
serão processados a vácuo, recomenda-se que seja reservado espaço para
acondicionamento de eventuais resíduos do Grupo B. Esta orientação se deve ao fato de
existir movimentação de produtos com potencial geração de resíduos químicos, inclusive
sobras de medicamentos e outros produtos vencidos na Policlínica.

7.1.3. Tratamento intra-unidade


O tratamento consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as
características biológicas ou a composição dos RSS, que leve à redução ou eliminação do
risco de causar doença. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento
gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de
segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento.
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A. Critérios para tratamento prévio de resíduos do GRUPO A e E


Considerando-se os custos para implantação de sistema próprio de tratamento e a
inexistência de unidade de tratamento próximo a referida, não haverá na Policlínica de
Baturité tratamento intra-unidade.

B. Critérios para tratamento prévio de resíduos do GRUPO B


As informações da composição e dos riscos de manuseio desses resíduos são condições
básicas para a tomada de decisão quanto ao seu tratamento.
A legislação em vigor não indica a necessidade de tratamento interno dos resíduos
sólidos deste grupo. No entanto, nos procedimentos de segregação e acondicionamento
deverão ser tomadas medidas visando viabilizar o tratamento externo de alguns materiais
com vistas à reciclagem.
Quanto aos recipientes originados do acondicionamento de produtos químicos utilizados
na higienização dos ambientes, estes deverão ser lavados e os recipientes reutilizados ao
máximo para acondicionamento de produtos compatíveis.

C. Critérios para tratamento prévio de resíduos do GRUPO D


Os resíduos orgânicos desse grupo podem ser encaminhados a reciclagem via
compostagem. Entretanto esta ação exige dos profissionais lotados na unidade de saúde
conhecimento e segurança quanto ao descarte seletivo de forma que não haja
contaminação dos resíduos segregados.
Assim, não deverá haver tratamento intra-unidade deste grupo de resíduos, mas sim a
segregação e coleta seletiva dos resíduos recicláveis, para que o seu tratamento, no caso
a reciclagem, seja feita nas indústrias recicladoras.

7.1.4. Armazenamento externo


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Os sacos contendo resíduos devem ser retirados dos carrinhos de coleta e colocados nos
contentores identificados para cada tipo de resíduo nas Baias existentes na CENTRAL DE
RESÍDUOS.
O aspecto estrutural da CENTRAL DE RESÍDUOS (Armazenamento Externo) será tratado
no Item 4.3, que trata da Infraestrutura para o manejo dos resíduos.
Cabe observar que este deverá ser estruturado com dimensões compatíveis para receber
toda a produção de resíduos no período de funcionamento da unidade, em conformidade
com a frequência em que deve ocorrer a coleta de resíduos, bem como atender o
conjunto de atividades correlacionadas como: área de pesagem, espaço para guarda dos
carrinhos de coleta e área de higienização dos contentores.
Toda a área deverá ser higienizada logo após a coleta externa, ou quando ocorrer
derramamentos acidentais.

7.1.5. Coleta externa, tratamento e disposição final


Caberá ao responsável legal dos estabelecimentos a responsabilidade pelo
gerenciamento de seus resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a
atender aos requisitos ambientais e de saúde pública, sem prejuízo da responsabilidade
civil solidária, penal e administrativa de outros sujeitos envolvidos, em especial os
transportadores e depositários finais.
Assim, o controle dos serviços de coleta externa, tratamento e destinação final deverão
ser rigorosos por parte da Policlínica de Baturité, pois a sua responsabilidade pelo manejo
dos resíduos não cessa com a coleta realizada pelas empresas. Quaisquer
eventualidades relacionadas aos resíduos gerados ocorridos fora do ambiente da unidade
de saúde incorrerão no mínimo corresponsabilidade.
O controle dos serviços de coleta externa deverá ter documento que ateste a pesagem
diária dos resíduos na unidade de tratamento indicando:
 Quantidade de resíduos coletados por grupo;
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 Horários de coleta e descarrego previsto para cada grupo de resíduo;


 Nomes dos responsáveis pela pesagem e transporte dos resíduos.

a) Coleta e transporte externos


A coleta e transporte externos consistem na remoção dos resíduos da CENTRAL DE
RESÍDUOS (Armazenamento Externo) até a unidade de tratamento ou área de disposição
final.
A coleta dos diversos grupos de resíduos gerados na Policlínica deverá ser realizada por
empresa(s) especializada(s) contratada(s) para esta finalidade ou pelo próprio poder
público municipal desde que atenda as exigências legais quanto a coleta diferenciada,
bem como utilize veículo, equipamentos e EPI específicos para este tipo de atividade,
conforme orienta a NBR 12.810/1999, e também atendam os requisitos dos órgãos
ambientais competentes.
A responsabilidade pelo deslocamento, lavagem e o reposicionamento dos contentores
locados no Armazenamento Externo poderá ser do pessoal da empresa contratada para
este serviço ou de pessoal próprio da unidade, desde que estejam devidamente
uniformizados e equipados para esta função.
A coleta deverá ser acompanhada por funcionário da Policlínica responsável pela
pesagem dos resíduos e organização da área de armazenamento. Este acompanhará e
registrará os dados de horário, quantitativos e eventuais acidentes em planilha específica
a ser repassado para a chefia dos serviços gerais diariamente.
Para o caso desta Policlínica a frequência da coleta externa é realizada duas vezes por
semana, para os resíduos do Grupo D (comuns não recicláveis), nos dias de terça e
quinta pela Secretaria de Infraestrutura do município de Baturité. A coleta dos resíduos
dos Grupos A, B, e E são realizadas a cada 15 dias por empresa especializada, ECO
CENTRAL, contratada pelo Consórcio Publico de Saúde do Maciço de Baturité para esta
finalidade.
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Os resíduos recicláveis devem ter coleta externa de acordo com o acúmulo de material,
sendo no mínimo a cada 15 dias, evitando excesso de material no abrigo, que poderá
provocar a atração de insetos e roedores e ocorrência de incêndios acidentais. A
frequência dessa coleta deverá observar a disponibilidade e a segurança do ambiente
definido para este armazenamento, tendo em conta que para pequenas quantidades os
custos de transporte são mais elevados, resultando em queda do valor comercial dos
resíduos para o gerador, no caso a unidade de saúde.
O horário prioritário para a coleta externa dos resíduos deverá ser organizado em comum
acordo com o(s) responsável(is) pela coleta(s), porém procurando sempre que possível
que esta ocorra nas primeiras horas da manhã de forma a reduzir os riscos decorrentes
da decomposição dos resíduos, que gera aumento da quantidade de micro-organismos
(fungos, bactérias e vírus) presentes na massa de resíduos com carga orgânica.
Adotando esse procedimento se assegura espaço para o acondicionamento de resíduos
dos turnos de trabalho subsequentes.

b) Tratamento Externo e Disposição Final


Refere-se ao tratamento dispensado aos resíduos coletados, antes de sua disposição
final. Considera-se "tratamento adequado para resíduos" qualquer processo que, em
condições de total segurança e eficiência, modifica as suas características físicas,
químicas e biológicas, ajustando-as a padrões aceitos para uma determinada forma de
disposição final.
O gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde está disciplinado pela Lei Estadual
nº13.103, de 24 de janeiro de 2001, que dispõe no artigo 32 que “O transporte, tratamento
e destinação final dos resíduos de serviços de saúde serão de responsabilidade do
gerador e deverão ser obrigatoriamente segregados na fonte, com tratamento e
disposição final em sistemas autorizados e licenciados pelos órgãos de saúde e
ambientais competentes.”
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De forma complementar, o tratamento de resíduos sépticos está orientado pelo Decreto


Estadual de no 26.604 de 16 Maio de 2002, através do artigo 43, que diz: “O tratamento
de resíduos sépticos provenientes de serviços de saúde será feito exclusivamente em
unidades centralizadas, sob a responsabilidade do Poder Público Municipal ou ainda de
entidades privadas, desde que submetidas a licenciamento ambiental junto aos órgãos
estaduais de meio ambiente e de saúde pública.”
Dessa forma observa-se que, embora o gerador tenha a responsabilidade pelo tratamento
e disposição final, o fato de ser exigido, conforme o disposto no artigo 43 do Decreto
26.604/02, já citado, que este tratamento seja feito “... exclusivamente em unidades
centralizadas, sob a responsabilidade do Poder Público Municipal ou ainda de entidades
privadas...”, caberá a este Poder implantar esse sistema em primeiro lugar ou viabilizar a
implantação de empreendimento privado com essa finalidade.
Assim, a opção de uso de equipamento privado como explícito no Decreto, embora
possível, deve ser avaliada sob o aspecto da sustentabilidade econômica e ambiental em
torno das alternativas possíveis, tais como: vala séptica, autoclavagem ou incineração.
No caso do Município de Baturité, considerando que atualmente os resíduos da cidade
são dispostos em lixão (rampa), somente poderia ser utilizado esse destino (lixão) caso
houvesse a viabilidade de construção de uma vala séptica e o acompanhamento de sua
operação sob a responsabilidade do município, tudo atendendo aos padrões técnicos
recomendados pelo Órgão Ambiental do Estado, a SEMACE.
Segundo informações da Secretaria das Cidades do Governo do Estado do Ceará, por
meio do Ofício GABSEC no 1.175/2009, de 01 de junho de 2009, está prevista a
construção de Aterro Sanitário Consorciado no Município de Baturité, sob a
responsabilidade do Governo do Estado, o qual atenderá os municípios de Acarape,
Aracoiaba, Barreira, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Itapiúna, Mulungu, Pacoti,
Palmácia, Redenção e Aratuba. Na seqüência deverá ser contratado o projeto executivo
do referido aterro e a execução das respectivas obras civis, estando, então, sem data
ainda definida para implantação, embora o consórcio já tenha sido firmado.
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7.1.6. Higienização dos contentores


Na Policlínica de Baturité, a higienização das lixeiras, carrinhos de coleta e contentores
será realizada semanalmente no próprio abrigo de resíduos ao final de cada coleta, sendo
a água residual decorrente desta atividade encaminhada para o sistema de esgoto da
unidade. Também a própria área deve ser higienizada após a coleta externa ou sempre
que ocorrer derramamento, conforme orienta a NBR 12.809/93.

7.2. INFRAESTRUTURA

Pelo porte e características construtivas da Unidade de Saúde projetada não será prevista
a construção de Armazenamentos Temporários, cuja função básica é agilizar a coleta
dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
destinado à apresentação para coleta externa.

7.2.1. Armazenamento Externo


A edificação destinada ao Armazenamento Externo deve ser construída para atender os
requisitos mínimos visando à prevenção de riscos de acidentes e contaminação
ambiental, e estarem de acordo com as orientações constantes das RDC 50/02 e 306/04
da ANVISA, e a NBR 12809, que determinam a necessidade de:
 Ser um ambiente exclusivo para o depósito temporário de resíduos e restrito aos
funcionários do setor.
 Possuir acesso interno para receber os resíduos da coleta interna, e externo para facilitar a
coleta externa.
 Ter locais distintos para atender o armazenamento dos diversos grupos de resíduos, inclusive
para aqueles do Grupo D considerados recicláveis, além dos seguintes espaços específicos:
para a pesagem de resíduos; para a guarda dos carros de coleta; e para a higienização de
todos os contentores.
 Ter piso e paredes revestidos com material liso, resistente, lavável e impermeável.
 Possuir abertura de ventilação com, no mínimo, 1/20 da área do piso e não inferior
a 0,20 m2, e tela de proteção contra insetos.
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 Ter porta provida de tela de proteção contra roedores e vetores, sentido de abertura para
fora, de largura compatível com as dimensões dos recipientes de coleta externa, pontos de
iluminação e de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas servidas
direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e ralo sifonado com tampa que
permita a sua vedação.
 Possuir espaço para comportar até três dias de resíduos.
 Ter identificação, em local de fácil visualização, com sinalização de segurança de
acordo com cada grupo de resíduos conforme simbologias indicadas na ABNT-
NBR 7500.
Para fins de dimensionamento desse espaço buscou-se trabalhar com uma maior
margem de segurança que a usual visando evitar danos à saúde e ao meio ambiente
caso ocorram situação anormais de acúmulo de resíduos.
Para o cálculo da área para depósito dos resíduos foram adotados critérios mais
conservadores em relação a regularidade de coleta e a segregação dos resíduos, de
modo que a infraestrutura de armazenamento de resíduos possa dispor contentores
capazes de armazenar as quantidades geradas durante os dias a seguir descritos:
 Contentores diferenciados por tipo de resíduo para comportar materiais recicláveis
recolhidos durante 15 dias;
 Contentor para comportar resíduos infectantes gerados durante sete dias;
 Contentor para comportar resíduos comuns gerados durante sete dias.
De acordo com estes dados foram definidos os seguintes equipamentos para
acondicionamento dos resíduos no armazenamento externo (CENTRAL DE RESÍDUOS):
 Dois contentores de 240 litros, um para resíduos infectantes e outro para resíduos
comuns não recicláveis;
 Dois contentores de 240 litros, um para resíduos plásticos e outro para
papéis/papelão;
 Dois contentores de 120 litros, um para vidros e outro para metais.
Os contentores devem ser de cores diferenciadas. Para a coleta interna desses resíduos,
os carrinhos coletores serão de 120 litros, um para cada tipo de resíduo, totalizando três
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carros: um branco para coleta de resíduos infectantes, um cinza para resíduos comuns
não recicláveis e um verde para resíduos recicláveis.
Consideradas as dimensões dos contentores previstos para o acondicionamento dos
resíduos, mais as áreas adicionais referentes à higienização dos equipamentos, guarda
de contentores da coleta interna, sala de pesagem e área de circulação, o espaço para
projetar o Armazenamento Externo deverá ter como base os seguintes dados referenciais:

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