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INTRODUÇÃO

• O risco a saúde ambiental, decorrente da geração de resíduos,


tem aumentado com o progresso da tecnologia e com o aumento
populacional.

- Industrias químico-farmacêuticas;

- Descarte de fármacos.
MAS, QUAL O É O PROBLEMA?

-A maioria das pessoas não sabe a maneira correta de realizar o


descarte;

- Não há postos de recolhimento;

“As drogarias e farmácias não têm obrigação legal para aceitá-los


e, além disso, haveria risco de comercialização indevida do
produto”,
(Luiz Carlos da Fonseca e Silva, médico e especialista em Vigilância Sanitária da
Anvisa -Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
-Os medicamentos são manipulados para serem persistentes.

- 50% a 90% é eliminado através das fezes e urina.


(metabólitos)

- Resistentes a vários processos convencionais de tratamento de


água.
•COMO É REALIZADO O
DESCARTE.
-Descarga de banheiro,

- Lixo doméstico,

- Descartado em lotes vagos,

•POR QUE OCORRE ?


-Excesso de medicamentos utilizados,

- Grande quantidade de amostras grátis,

- Não existe lei específica sobre a


destinação final dos fármacos.
DESTINO DOS FÁRMACOS NO MEIO AMBIENTE
“ DE PRÍNCIPES A VILÕES! ”
ALTERNATIVAS PARA EVITAR O DESCARTE
INDEVIDO

-Criação de pontos para coleta dos remédios vencidos;

- Incineração

- Doação de remédios ? (polêmica)

-Redução de amostra grátis

-Consumo consciente.
LEGISLAÇÃO

 CONAMA:
Resoluções 05/93 e 283/01

Artigo 12º Os resíduos sólidos pertencentes ao grupo "B"


deverão ser submetidos a tratamento e disposição final
específicos, de acordo com as características de toxicidade,
inflamabilidade, corrosividade e reatividade, segundo
exigências do órgão ambiental competente.
GRUPO B - QUÍMICOS

 Resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à


saúde pública ou ao meio ambiente, independente de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade.

Produtos hormonais de uso sistêmico e tópico; produtos


antibacterianos de uso sistêmico e tópico; medicamentos citostáticos;
medicamentos antineoplásicos; medicamentos digitálicos;
medicamentos imunossupressores; medicamentos imunomoduladores;
medicamentos anti-retrovirais; medicamentos controlados pela
Portaria MS 344/98 e suas atualizações.
LEGISLAÇÃO

 ANVISA:
Resolução RDC 33/03 - Regulamento Técnico para o
gerenciamento dos RSS

Artigo 3º É de responsabilidade do fabricante e do importador de


produto que gere resíduo classificado no Grupo B fornecer
informação documentada referente ao risco inerente ao manejo e
destinação final do produto ou do resíduo. Estas informações devem
acompanhar o produto até o gerador do resíduo.
LEGISLAÇÃO

 Lei no 9.605 de 12 de fevereiro de 1998: Política Nacional de


Resíduos Sólidos

Artigo 3o  Entende-se por resíduos sólidos: material,


substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades
humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável ao seu lançamento na rede pública
de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções
técnica.  
LEGISLAÇÃO MINEIRA

 Lei 7031/96

Artigo 1º Esta Lei estabelece normas de ordem pública e de


interesse social, regulamentando as atividades relacionadas à saúde
desenvolvidas por entidades públicas e privadas, no Município.
CONSEQUÊNCIAS PARA O MEIO
AMBIENTE
 Principais drogas encontradas nas ETEs
 Antibióticos
 Estrogênios

 Feminilização de Peixes

 Seleção de Bactérias resistentes

 Alteração na produção de ovos nas tartarugas

 Ambientes aquáticos são os mais afetados


Tabela de concentração média de fármacos descartados no
meio ambiente
CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE DO
HOMEM
 Até 95% do fármaco administrado pode ser excretado na
forma original.

 Distúrbios endócrinos

 Câncer de mama, testicular e de próstata

 Ovários policísticos
 Programas de recolhimento de medicamentos vencidos (Itália
e USA)

 Conscientização da população sobre a importância do descarte


seguro
Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde - PGRSS

 O que é?
Documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo
dos resíduos sólidos, no âmbitos dos estabelecimentos de assistência à
saúde (EAS).

 Objetivo
- Minimizar a produção de resíduos;
- Planejar o manuseio seguro, visando a proteção dos trabalhadores, a
preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Geradores de Resíduos de Serviços de Saúde
(Ministério da Saúde, 2004)
Geradores de Resíduos de Serviços de Saúde
(Ministério da Saúde, 2004)
Órgão Regulamentares

 Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;

 Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA;

 Belo Horizonte:
- Secretaria Municipal de Saúde, através da Gerência de Vigilância
Sanitária (GEVIS) e Superintendência de Limpeza Urbana (SLU): Alvará de
Autorização Sanitária;

- Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA): Alvará de


Licença Ambiental.
Legislação
 RDC ANVISA nº 306/04 e RS CONAMA nº 358/05:

- Definiram a obrigatoriedade dos serviços de saúde de elaborarem o


PGRSS;

- Dispõem sobre a classificação, geração, segregação,


acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição
final;

 RDC ANVISA nº 50/02, regulamenta os parâmetros mínimos para a


construção dos abrigos de recipientes de resíduos.

 Decreto Municipal 12.165/05, dispõe sobre o RT para a apresentação do


PGRSS.
Implantação do PGRSS nos EAS de Belo
Horizonte (Costa e Cunha, 2010)
 Objetivo:
Descrever a trajetória de elaboração, aprovação e implantação do
PGRSS nos EAS de BH, no período de 2008 e 2009.

 Números Evidenciados: 68 hospitais pesquisados.

- 16 hospitais da rede pública municipal e estadual;


- 36 da rede privada;

- 16 da rede filantrópica.
- PGRSS aprovado pela SLU: 55 estabelecimentos;

- PGRSS aprovado pela VISA: 59 estabelecimentos;


Implantação do PGRSS nos EAS de Belo
Horizonte (Costa e Cunha, 2010)
 Conclusão:
- PGRSS elaborado e aprovado: 84% dos hospitais;
- PGRSS implantado: 16 hospitais;
- PGRSS não implantado, apesar da aprovação: 42 hospitais;
- Demais hospitais em fase de elaboração e aprovação.

 Principais motivos para a falta de implantação:


- Falta de área para construção dos abrigos, atendendo as normas
técnicas de construção, por se tratar de edificações antigas;

- Altos custos de implantação;

- Grande rotatividade de pessoal.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/237770/lei-7031-96-belo-horizonte-mg
 Bila, D. M., Dezott, M. Fármacos no Meio Ambiente. Quim. Nova, Vol. 26, No. 4, 523-
530, 2003
 http://www.camaramafra.sc.gov.br/noticias/113/
Camara+de+Mafra+aprova+projeto+de+lei+para+descarte+de+medicamentos.html
 Resoluções 05/93 e 283/01 – CONAMA
 Resolução RDC 33/03 – ANVISA
 Lei no 9.605/98 - Política Nacional de Resíduos Sólidos
 Lei Municipal 7031/96
 Fármacos no meio ambiente, Daniele Maia Bila; Márcia Dezotti, acessado em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422003000400015
 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, Costa e
Cunha, 2010.

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