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Plano de Gerenciamento de

Resíduos de Serviços de
Saúde (PGRSS)

MARÇO / 2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................1
2. IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR..............................................................................3
3. OBJETIVO ESPERADO.................................................................................................4
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.....................................................5
5. IDENTIFICAÇÃO DO TÉCNICO RESPONSÁVEL PELO PGRSS........................7
6. DEFINIÇÕES...................................................................................................................8
a. RESÍDUOS SÓLIDOS.....................................................................................................8
b. RSS.....................................................................................................................................8
c. MANEJO...........................................................................................................................9
d. SEGREGAÇÃO................................................................................................................9
e. ACONDICIONAMENTO................................................................................................9
f. PERICULOSIDADE DE UM RESÍDUO......................................................................9
g. TOXICIDADE..................................................................................................................9
h. AGENTE TÓXICO........................................................................................................10
i. PATOGENICIDADE.....................................................................................................10
j. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS........................................................10
k. CLASSIFICAÇÃO DOS RSS.......................................................................................11
l. O PGRSS.........................................................................................................................16
m. LEGISLAÇÕES PERTINENTES AOS RSS..........................................................16
7. RESÍDUOS GERADOS.................................................................................................19
8. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS – ETAPAS DE MANEJO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS...............................................................................................................21
8.1 PROGRAMA DE REDUÇÃO NA FONTE GERADORA....................................21
8.2 SEGREGAÇÃO / ACONDICIONAMENTO..........................................................22
8.3 COLETA E TRANSPORTE INTERNO DOS RESÍDUOS..................................26
8.4 ESTOCAGEM TEMPORÁRIA...............................................................................27
8.5 PRÉ-TRATAMENTO................................................................................................28
8.6 TRANSPORTE EXTERNO......................................................................................30
8.7 TRATAMENTO EXTERNO....................................................................................30
8.8 DISPOSIÇÃO FINAL................................................................................................31
8.9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL.....................................................................................31
9. CONCLUSÃO.................................................................................................................32
10. PLANO DE CONTIGÊNCIA........................................................................................33
11. SEGURANÇA E SAÚDE...............................................................................................34
12. RESPONSABILIDADES...............................................................................................35
13. REFERÊNCIAS..............................................................................................................37
1.
INTRODUÇÃO
Consumir é uma atividade sempre em crescimento nos povos do terceiro
milênio. Proporcional a esse crescimento consumista da sociedade mundial está à
geração de resíduos sólidos. Tais resíduos, se não possuírem um correto gerenciamento
podem causar graves ou até irreversíveis impactos ao meio ambiente e coloca em risco
o desafio do crescimento mundial com sustentabilidade.

Até pouco tempo atrás, em boa parte do Brasil, a gestão dos resíduos dos
serviços de saúde era feita sem distinção com os resíduos sólidos urbanos. Sendo os
mesmos coletados, transportados, tratados e dispostos juntamente com resíduos
domiciliares e públicos.

Com relação ao perigo, os RSS apresentam riscos para a saúde de quem


manipula os resíduos, mais especificamente para os profissionais de saúde e para os
empregados que atuam nos serviços de limpeza e higienização das unidades de saúde.

Nas dependências das unidades de saúde, o manejo inadequado dos RSS


poderá contribuir para o aumento da incidência de infecção hospitalar.

Quanto à questão ambiental, os RSS quando lançados em lixões contaminam


os corpos hídricos e aquíferos subterrâneos pelo chorume e contribuem para a
proliferação de doenças através de vetores atraídos pelos resíduos.

O PGRSS se aplica a todos os estabelecimentos prestadores de serviços de


saúde em operação ou a serem implantados, conforme dispõe o Regulamento Técnico
da Resolução da ANVISA RDC nº. 306/2004 e o art. 1º da Resolução CONAMA nº.
358/2005.

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XI - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
- PGRSS: documento integrante do processo de licenciamento
ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na
minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações
relativas ao seu manejo, no âmbito dos serviços mencionados no art.
1º desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à
saúde pública e ao meio ambiente;

XIV - redução na fonte: atividade que reduza ou evite a geração de


resíduos na origem, no processo, ou que altere propriedades que lhe
atribuam riscos, incluindo modificações no processo ou equipamentos,
alteração de insumos, mudança de tecnologia ou procedimento,
substituição de materiais, mudanças na prática de gerenciamento,
administração interna do suprimento e aumento na eficiência dos
equipamentos e dos processos.

Art. 3º Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao


responsável legal, referidos no art. 1º desta Resolução, o
gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de
forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública e saúde
ocupacional, sem prejuízo de responsabilização solidária de todos
aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente,
causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os
transportadores e operadores das instalações de tratamento e
disposição final, nos termos da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Art. 4º Os geradores de resíduos de serviços de saúde constantes do


art. 1ºdesta Resolução, em operação ou a serem implantados, devem
elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde-PGRSS, de acordo com a legislação vigente,
especialmente as normas da vigilância sanitária.

É importante lembrar que o gerenciamento destes resíduos deve abranger o


planejamento de recursos físicos, recursos materiais e, principalmente, a capacitação
dos profissionais envolvidos no manejo dos resíduos de serviço de saúde (RSS).

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2. IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR

CNPJ: 07.539.640/0001-13

RAZÃO SOCIAL: LABIOCENTER - CENTRO DE ANALISES LABORATORIAIS


LTDA
NOME FANTASIA: LABIOCENTER

ENDEREÇO: RUA MIGUEL PALMEIRA, 751, FAROL.

CIDADE / ESTADO: MACEIÓ – AL CEP: 57.055-330.

ATIVIDADE DA
Exames laboratoriais.
EMPRESA:

CNAE PRINCIPAL: 86.40-2-02 - Laboratórios clínicos

GRAU DE RISCO: 03 (três).

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3. OBJETIVO ESPERADO

O objetivo principal do Projeto de Gerenciamento de Resíduos de Serviços


de Saúde - PGRSS que é apresentado para o LABIOCENTER é o correto manejo dos
resíduos sólidos gerados pela empresa, o que demonstra o seu compromisso com o meio
ambiente interno e externo, a segurança e a saúde de seus colaboradores. Ao decidir
pela implantação do PGRSS, a direção da empresa assume compromissos, elenca
objetivos, metas e ações de curto, médio e longo prazo que deverão ser atingidas ao
longo de todo o processo.

Desta forma, resultará no controle e diminuição dos riscos, tanto para a


comunidade em geral, como para a sociedade e meio ambiente. Com isso a melhoria da
qualidade e eficiência do serviço em atendimento à Legislação vigente.

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4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A mais de 10 anos no mercado o Centro de Análises Laboratoriais –


LABIOCENTER vem desenvolvendo um trabalhado consolidado no campo das análises
clinicas em laboratório. Em virtude do avanço tecnológico e técnico, o
LABIOCENTER investiu grandes recursos financeiros em modernos equipamentos e
mão de obra especializada.
As áreas de hematologia, bioquímica, uranálise e parasitologia são as
especialidades da empresa, sendo realizados diversos exames, tais como: hemograma
completo com plaquetas, glicose, TGO, TGP, creatinina, parasitológico, coprocultura,
micológico, gama GT, VDRL, hepatite B, hepatite C, ureia, cultura da orofaringe,
micológico (unha) dentre outros utilizando equipamentos como: microscópios, estufa,
banho-maria, centrífuga, estufa, espectrofotômetro, fotômetro de chama, contadores
gama presentes na empresa. A seguir estão algumas fotos das estruturas físicas do
LABIOCETER:

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Figuras 1 – 7: Estruturas físicas, áreas de coleta e análises do laboratório LABIOCENTER.

5. IDENTIFICAÇÃO DO TÉCNICO
RESPONSÁVEL
PELO PGRSS

ERIC AVILINO BATISTA

Engenheiro Ambiental e Sanitarista


Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CONFEA: 210645482

Fone: (82) 99687-5667

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6. DEFINIÇÕES

a. RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com a ABNT 10.004/2004, definem-se como geradores de resíduos


sólidos os resíduos nos estados sólido ou semissólido, que resultam das atividades da
comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de
estações de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades torne inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos
d’água, ou exigem, para isso, soluções técnica e economicamente inviáveis em face a
melhor tecnologia disponível.

b. RSS

De acordo com a RDC ANVISA 306/2004 e CONAMA 358/2005, definem-se


como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde
humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de
campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços
onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação);
serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de
zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e
produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de
atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, lavanderias, dentre
outros similares.
Os resíduos de serviços de saúde são parte importante do total de resíduos
sólidos urbanos, não necessariamente pela quantidade gerada (cerca

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de 1% a 3% do total), mas pelo potencial de risco que representam à saúde e ao meio
ambiente.

c. MANEJO

Manejo é o conjunto de ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados.


Deve focar os aspectos intra e extra estabelecimento, indo desde a geração até a
disposição final.

d. SEGREGAÇÃO

Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de


acordo com as características físicas, químicas, e biológicas; do seu estado físico e dos
riscos envolvidos.

e. ACONDICIONAMENTO
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados em recipientes que evitem
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura.
f. PERICULOSIDADE DE UM RESÍDUO

Característica apresentada por um resíduo que, em função de suas


propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode apresentar:
- Risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou
acentuando seus índices;
- Riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma
inadequada.

g. TOXICIDADE

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Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou
menor grau, um efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo.

h. AGENTE TÓXICO

Qualquer substância ou mistura cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea


tenha sido cientificamente comprovada como tendo efeito adverso (tóxico,
carcinogênico, mutagênico, teratogênico ou ecotoxicológico).

i. PATOGENICIDADE

Um resíduo é caracterizado como patogênico é aquele que contiver ou se houver


suspeita de conter, microrganismos patogênicos, proteínas virais, ácido
desoxirribonucleico (DNA) ou ácido ribonucleico (RNA) recombinantes, organismos
geneticamente modificados, plasmídeos, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes
de produzir doenças em homens, animais ou vegetais.

j. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com a NBR 10.004/04, a classificação de resíduos envolve a


identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e
características e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e
substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. Seguindo esta
definição, a classificação dos resíduos se divide em:

 RESÍDUOS CLASSE I – PERIGOSOS

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São aqueles que apresentam em suas características a periculosidade ou algumas
propriedades químicas como: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da mortalidade
ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando
manuseados ou dispostos de forma inadequada.
 RESÍDUOS CLASSE II – NÃO PERIGOSOS
Resíduos que não se enquadram na classe I e se subdividem em resíduos inertes
e não inertes.

 RESÍDUOS CLASSE II A – NÃO INERTES.

São resíduos que possuem algumas das seguintes propriedades:


biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

 RESÍDUOS CLASSE II B – INERTES.

Quaisquer que, quando amostrados de forma representativa, e submetidos a contato


estático ou dinâmico com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente,
conforme teste de solubilização, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados
a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, executando-se os
padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

k. CLASSIFICAÇÃO DOS RSS

De acordo com a RDC ANVISA no 306/04, os RSS são classificados em cinco


grupos: A, B, C, D e E. O Critério de classificação usado nessa portaria foi
risco para a saúde e tipos de tratamento ou disposição final.

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 GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características,
podem apresentar risco de infecção.

A1
- Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos,
exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados;
meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de
culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.

- Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou


certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com
relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente
que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido.

- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por


contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
oriundas de coleta incompleta.

- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes


e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem
como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores
de microrganismos de relevância

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epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo
anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
A3
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais,
com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha
havido requisição pelo paciente ou familiares.

A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.

- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de


equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.

- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,


provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes
Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de
disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido
ou com suspeita de contaminação com príons.

- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro


procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.

- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não


contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

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- Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos
cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.

- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não


submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem
como suas forrações.

- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. A5


- Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e
demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita
ou certeza de contaminação com príons.

 GRUPO B
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.

- Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;


imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; antirretrovirais, quando descartados
por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou
apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela
Portaria MS 344/98 e suas atualizações.

- Resíduos de saneantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes


para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.

- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).

- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.

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- Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR
10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

 GRUPO C
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas
normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.

- Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com


radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina
nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.

 GRUPO D
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde
ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

- papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário,


resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de
venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1;

- sobras de alimentos e do preparo de alimentos;

- resto alimentar de refeitório;

- resíduos provenientes das áreas administrativas;

- resíduos de varrição, flores, podas e jardins;

- resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.

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 GRUPO E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear,
agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas;
espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

l. O PGRSS

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é um documento


integrante do processo de licenciamento ambiental que consiste no conjunto de
operações desenvolvidas no interior do estabelecimento prestador de serviço de saúde,
compreendendo a geração, segregação, descarte, acondicionamento, identificação,
tratamento preliminar, coleta interna, transporte interno, armazenamento temporário e
externo, higienização, segurança ocupacional, transporte externo e destinação final, com
propósito de assegurar a preservação do meio ambiente e a saúde pública. O PGRSS a
ser elaborado deve ser compatível com as normas federais, estaduais e municipais, e
ainda deve estar de acordo com os procedimentos institucionais de Biossegurança final.

m. LEGISLAÇÕES PERTINENTES AOS RSS

O interesse brasileiro com a legislação ambiental nasceu verdadeiramente em


1980 com a implantação da Política Nacional do Meio Ambiente – PMNA com a Lei n o
6.938/81. A partir dai a evolução na legislação cada vez mais incisiva, foi uma marca
nas questões ambientais do Brasil.

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Nos resíduos sólidos a regra não foi diferente. Os resíduos sólidos brasileiros
estão amparados por leis cada vez mais atualizadas. Abaixo, estão listadas legislações
para os resíduos de serviço de saúde que foi base para elaboração deste trabalho.

- LEI Nº 6.437 DE 20 DE AGOSTO DE 1977 - Configura infrações à legislação


sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências.

- LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 - Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.

- NBR 9.191/02 – Sacos Plásticos para Acondicionamento de Lixo – Requisitos e


Métodos de Ensaio

- NBR 10.004/87 – Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde pública.

- NBR 12.808/93 – Resíduos de serviços de saúde – classificação.

- NBR 12.809/93 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde – procedimentos.

- NBR 12.810/93 – Coleta de resíduos de serviços de saúde – procedimentos.

- NBR 13.853/97 – Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou


cortantes – requisitos e métodos de ensaio.

- NBR 14652/01 - Estabelece os requisitos mínimos de construção e de inspeção dos


coletores-transportadores rodoviário de resíduos de serviços de saúde do grupo A.

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- NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE - Esta
Norma Regulamentadora (NR) tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para
a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos
serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.

- RESOLUÇÃO – RDC Nº 50 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para


planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde.

- RESOLUÇÃO CONAMA 006/91 - Dispõe sobre o tratamento de resíduos sólidos


provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos.

- RESOLUÇÃO CONAMA 237/97 - Dispõe sobre o Licenciamento Ambiental.

- RESOLUÇÃO CONAMA 316/02 - Dispõe sobre procedimentos e critérios para o


funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.

- RESOLUÇÃO CONAMA 275/01 - Estabelece código de cores para os diferentes tipos


de resíduos na coleta seletiva.

- RESOLUÇÃO CONAMA 358/05 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final


dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
- RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 306, de 07 de dezembro de
2004 - Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde.

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7. RESÍDUOS GERADOS

Na tabela abaixo, está descrita uma estimativa os resíduos comumente gerados


pelo LABIOCENTER - CENTRO DE ANALISES LABORATORIAIS LTDA,
acompanhados de suas classificações, frequência de geração, local de estocagem e o
destino final adequado.

 UNIDADE GUARULHOS
Resíduos Grupo Frequência de Local de Destino Adotado
geração Estocagem
(aproximadamente)
Resíduos D 40 quilos por mês Estocagem Empresa contratada
Classe II A de resíduos licenciada
externa
RSS A, B e E 6 Bombonas de 50 litros Baia de Empresa contratada
a cada 30 estocagem licenciada
dias de resíduos

OBS 1: Por ser grande gerador e gerador de resíduo perigoso, o


LABIOCENTER - CENTRO DE ANALISES LABORATORIAIS LTDA
possui
empresas recolhedoras de resíduos contratadas devidamente licenciadas para o
recolhimento de todos os seus resíduos gerados. O quantitativo desses resíduos será
contabilizado através da emissão do MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) que
ficará em poder da empresa com algumas cópias em anexo a este plano.

OBS 2: Seguem ilustrações da “guarda de resíduos” onde são armazenados. As


características devidas dessas salas estão descritas no item
8 deste documento. Além das ilustrações dos recipientes instalados no laboratório para
coleta dos resíduos gerados. As características ideais destes recipientes estão descritas
no item 8 deste documento.

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Figuras 8 – 12: “Guarda de resíduos” e recipientes onde são estocados temporariamente
os resíduos gerados pelo LABIOCENTER.
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8. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS –
ETAPAS DE MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Estão listadas abaixo as etapas de manejo dos resíduos sólidos de serviços


em saúde a serem seguidas pelo LABIOCENTER:

 Programa de redução na fonte geradora


 Segregação / acondicionamento
 Coleta e transporte interno dos resíduos
 Estocagem temporária
 Pré-tratamento
 Transporte externo
 Tratamento externo
 Disposição final
 Educação ambiental
Logo após, está o processo que será adotado em cada etapa pelo
LABIOCENTER:

8.1 PROGRAMA DE REDUÇÃO NA FONTE GERADORA

Este tarefa é realizada para todos os insumos utilizados: embalagens, materiais


descartáveis - que são bastante utilizados -, restos e sobras alimentares, produtos
químicos etc. A reutilização do material descartado para a redução da geração dos
resíduos pode ser aplicada a alguns frascos e vasilhames sendo realizado um processo
de desinfecção e limpeza. Outro método de minimizar é a reciclagem de resíduos que
consiste no encaminhamento de materiais recicláveis para reaproveitamento.
Todos os processos que envolvem redução, reutilização e reciclagem devem
ser cuidadosamente planejados e executados, considerando o princípio

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da precaução, para evitar que se coloque em risco a saúde dos trabalhadores envolvidos,
bem como a dos pacientes, ou, até mesmo, impedindo a contaminação do meio
ambiente.

8.2 SEGREGAÇÃO / ACONDICIONAMENTO

Esta etapa consiste na separação apropriada dos resíduos de serviços de saúde,


de preferência na própria unidade geradora, segundo a classificação adotada. A boa
execução desta etapa propicia uma maior probabilidade de reaproveitamento e
reciclagem de resíduos, assim como a redução de volume de resíduos perigosos ou de
difícil tratamento.

Estão apresentados abaixo os grupos dos resíduos de serviços de saúde gerados


e as suas classificações de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada a – RDC nº
306, de 07 de dezembro de 2004.

A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a


geração diária de cada tipo de resíduo. Observam-se, ainda os sacos de
acondicionamento e os recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de
transporte interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser identificados de
tal forma a permitir fácil visualização, de forma indelével, que as cores e os modelos
dos recipientes que vão abrigar os resíduos devem estar em conformidade com as
normas específicas de armazenamento como NBR 9.191 (ABNT), NBR 10.004
(ABNT) e NBR 7.500 (ABNT), conforme abaixo:

• Grupo A

Os resíduos biológicos devem ser coletados em bombonas da cor Branco


Leitoso com identificação seguindo a NBR 9191, como modelos indicados abaixo:

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Coletor para resíduo de saúde Classe A Simbologia do resíduo Classe A

• Grupo B

Os resíduos químicos devem ser armazenados em coletores da cor Laranja


seguindo identificação descrita na NBR 10.004. A ilustração a seguir exemplifica o
modelo a ser seguido:

Simbologia do resíduo Classe B que deve conter nos coletores.

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• Grupo C

São representados pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante


(trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da
expressão. Segue ilustração:

Simbologia do resíduo Classe C.

• Grupo D
Os resíduos comuns podem ser destinados à reciclagem ou à reutilização.
Quando adotada a reciclagem, sua identificação deve ser feita nos recipientes e nos
abrigos de guarda de recipientes, usando código de cores e suas correspondentes
nomeações, baseadas na Resolução CONAMA no 275/01, e símbolos de tipo de
material reciclável devendo ser encaminhado à coleta seletiva oficial.

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Símbolo e cores de Resíduos Classe Coletores identificados de Resíduos
D. Classe D.

• Grupo E
Os coletores dos resíduos perfurocortantes são identificados pelo símbolo de
substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos,
acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que
apresenta o resíduo. Segue ilustrações com exemplo de coletor seguindo a NBR 13.853.

Simbologia do resíduo Classe E. Coletores identificados de Resíduos


Classe E.

25
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e
vazamento e impermeáveis, de acordo com a NBR 9191/2000 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além
de ser proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de


descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de abertura
sem contato manual, e possuir cantos arredondados.

Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes


resistentes à punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de descontaminação utilizado
pelo laboratório.

8.3 COLETA E TRANSPORTE INTERNO DOS RESÍDUOS

A coleta e transporte internos consistem no recolhimento e remoção dos RSS


das unidades geradoras e salas de resíduos até o abrigo externo de armazenamento final.
São necessárias ações planejadas para garantir uma movimentação segura dos RSS, sem
oferecer riscos ao meio ambiente e à saúde dos funcionários e da população.

O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro proposto


pelo gerador e em que não coincidam horários com a distribuição de roupas e
alimentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve
ser feito de forma separada de acordo com os grupos de resíduos e em recipientes
específicos e identificados a cada grupo de resíduos. Os recipientes para transporte
interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, provido
de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados,
e serem identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles
contidos, de acordo

26
com este Regulamento Técnico (RT). Devem ser providos de rodas revestidas de
material que reduza o ruído. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os
limites de carga permitidos para o transporte pelos colaboradores, conforme Normas
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Alguns cuidados devem ser tomados quando se planeja a coleta e transporte
internos:

 Percorrer o menor percurso, sempre no mesmo sentido, sem provocar ruído,


evitando coincidência de horário com o fluxo de pessoas (público), distribuição
de roupa limpa, de alimentos, de medicamentos e de outros materiais limpos.
 Prever os intervalos de coleta, no mínimo uma vez ao dia, sempre transportando
os RSS com os sacos vedados e, se necessário, com auxílio de carro especial
(nunca arrastar os recipientes);
 Utilizar recipientes que não excedam 20 litros quando o transporte for realizado
manualmente;
 Não sobrecarregar a sala de resíduos com o volume armazenado;
 Os recipientes com mais de 400 litros de capacidade devem possuir válvula de
dreno no fundo.

8.4 ESTOCAGEM TEMPORÁRIA

A estocagem temporária dos RSS consiste no armazenamento temporário dos


recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de
geração, o que agiliza a coleta dentro do hospital e aperfeiçoa o deslocamento entre os
pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. O
procedimento deve seguir as seguintes orientações:

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 Não pode ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos
sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de
acondicionamento.
 A sala exclusiva para o armazenamento de resíduos deve estar identificada como
“Sala de Resíduos”.
 A “Sala de Resíduos” deve obedecer as seguintes medidas de segurança e
proteção ambiental:
o Piso Impermeabilizado;
o Ser coberta;
o Possuir drenagem para os líquidos percolados e derramamentos
acidentais;
o Estar em um local isolado e com sinalização;
o Não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos
recipientes ali estacionados;
o Os "containers" e os tambores devem ser rotulados e apresentar bom
estado de conservação.
o Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por
período superior a 24 (vinte e quatro) horas de seu armazenamento,
devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for possível,
serem submetidos a outro método de conservação.
o O armazenamento de resíduos químicos deve atender à NBR 12235
da ABNT.

8.5 PRÉ-TRATAMENTO

O pré-tratamento consiste na descontaminação, desinfecção ou


esterilização do RSS na origem, para converter o resíduo infectante em comum
ou minimizar a periculosidade e toxicidade dos resíduos químicos.

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TRATAMENTO PRÉVIO DOS RESÍDUOS INFECTANTES (GRUPO A):

 Descontaminar ou desinfetar os RSS infectantes antes de sua destinação para


armazenamento;
 Submeter a tratamento, na unidade geradora, o resíduo líquido infectante como
secreções, excreções e outros líquidos orgânicos, antes do lançamento na rede de
esgotos, observando as exigências dos órgãos de saúde, meio ambiente e de
saneamento competentes;
 Somente pessoal devidamente capacitado pode manusear estes RSS, atentando
para o uso de EPI.

TRATAMENTO PRÉVIO DE RESÍDUOS QUÍMICOS (GRUPO B)

 Solicitar das empresas fornecedoras a Ficha de Informações de Segurança de


Produtos Químicos (FISPQ)
 Observar características, composição, volume gerado e grau de risco dos
resíduos químicos gerados;
 Atentar para as normas de segurança no manuseio de materiais químicos, com o
uso de EPIs adequado e pessoal devidamente habilitado.
 O descarte de pilhas, baterias e acumuladores de carga contendo chumbo,
cádmio e mercúrio devem ser feito de acordo com a Resolução CONAMA nº
257/1999;
 Resíduos químicos que não apresentam riscos para a saúde ou meio ambiente
não necessitam de tratamento e devem ser submetidos a processo de
reutilização, recuperação ou reciclagem;

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8.6 TRANSPORTE EXTERNO

No momento da contratação do transporte, o Gerador (LABIOCENTER)


deverá assinar e manter disponível o Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR, pois
este será utilizado para o controle do transporte e da destinação final dos resíduos. O
responsável pela destinação dos resíduos deve apresentar as seguintes informações:

• Razão Social

• Nome Fantasia

• Endereço Completo

• CNPJ

• Responsável Legal pela Empresa (nome, CPF, telefone, fax e e-mail)

• Cópia atualizada da autorização do órgão ambiental competente

O gerador do RSS (LABIOCENTER) também deve especificar os grupos dos


resíduos, o horário, a frequência e o tipo do veiculo transportador.

8.7 TRATAMENTO EXTERNO

Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto


de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº237/97 e são
passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio
ambiente. O LABIOCENTER deve ter em mãos a cópia da Licença ambiental da
unidade receptora de seus resíduos encaminhados para tratamento externo. Alguns
métodos de tratamento dos RSS podem ser utilizados, são eles:

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• Incineração:
o Incineradores de grelha fixa
o Incineradores de leito móvel
o Fornos rotativos
• Pirólise
• Autoclavagem
• Tratamento térmico
• Radiação ionizante
• Desativação eletrotérmica
• Tratamento químico
A coleta e transporte externo dos resíduos de serviços de saúde devem ser
realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.

Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao


estabelecido na Resolução CONAMA nº. 316/2002.

8.8 DISPOSIÇÃO FINAL

Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para


recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com
licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97. A empresa
que recebe o resíduo do LABIOCENTER deve fornecer copia da licença ambiental da
atividade junto ao órgão competente.

8.9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O LABORATORIO NABUCO LOPES deve manter um programa de


educação ambiental continuada (treinamentos), para que seus colaboradores exerçam o
que foi estabelecido neste PGRSS e por fim pratiquem a conscientização ambiental.
Cartazes informativos e treinamento gerencial e

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operacional devem ser utilizados de acordo com os temas sugeridos nos tópicos do
item 10 deste documento.

9. CONCLUSÃO

Nas diretrizes do LABIOCENTER está implícito o anseio em cuidar da saúde e


do bem estar da população. Com este Manual, fica o desafio da sensibilização e
envolvimento de todos os colaboradores da empresa, pois são as pessoas que fazem toda
a diferença para a preservação do meio ambiente. Esperamos que este documento
auxilie-nos nesta tarefa, e que possa auxiliar a sanar as dúvidas dos seus profissionais,
tendo por intuito melhorar o exercício profissional, criando um ambiente mais
agradável, mais limpo e mais seguro.

Os responsáveis pela Empresa deverão acompanhar rigorosamente a


implantação do PGRSS, efetuar as implementações necessárias, buscar constantemente
novas técnicas que permitam reduzir a geração de resíduos e principalmente garantir a
manutenção do PGRSS.

A decisão pela implantação do PGRSS não deve ser vista somente como
obrigação de cumprimento da legislação ambiental e sim como uma oportunidade
(economia de materiais, desenvolvimento de novas técnicas, melhoria na qualidade dos
serviços e marketing, dentre outras), pois as empresas que não tomam essa decisão
certamente enfrentaram dificuldades financeiras (redução de clientes, perda do
credenciamento, crédito bancário, dentre outras), legais (administração de passivos
ambientais, processos trabalhistas e ambientais) em um futuro bem próximo.

O envolvimento de todos os colaboradores desde o mais simples até o mais


graduado, no acompanhamento e cumprimento do PGRSS é fator preponderante para o
sucesso do programa.

32
10. PLANO DE CONTIGÊNCIA

O sistema de manuseio dos resíduos possui um PLANO DE CONTINGÊNCIA


- PC para enfrentar situações de emergência. Os funcionários do LABIOCENTER, de
forma geral e mais especificamente os dos Serviços Gerais, estão capacitados para
enfrentar estas situações e providenciar, imediatamente, as seguintes medidas:

 Definição dos procedimentos de limpeza e assepsia, proteção dos funcionários


envolvidos, reembalagem em caso de ruptura de sacos ou recipientes e
disposição para vazamento de resíduos.
 Isolamento da área da emergência.
 Identificação do resíduo que originou a emergência.
 Descontaminar ou desinfetar a área atingida utilizando Hipoclorito de Sódio
antes de recolher.
 Lavar com água e sabão as áreas atingidas, abundantemente.

É importante e necessário que o plano de emergência possua uma relação de


hospitais, identificados pelo tipo de especialidade, de modo a tornar mais rápido o
deslocamento e a garantia do atendimento específico, em caso de emergência.

PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL


Identificação do responsável pela aplicação Executor deste programa pela empresa.
das medidas de emergência:
Estabelecimento para atendimento de Rede Pública (Setor de Emergência da
urgência /emergência Cidade de MACEIO-AL)

33
11. SEGURANÇA E SAÚDE

As medidas de segurança e saúde ocupacional permitem que os colaboradores,


além de protegerem sua própria saúde, desenvolvam com maior eficiência e
produtividade suas atividades.
Desta forma, as atividades dos colaboradores com o manuseio dos resíduos
obedecem às seguintes medidas de segurança e saúde ocupacional:

 Conhecer o cronograma de trabalho, sua natureza e responsabilidades, assim


como o risco de exposição aos resíduos.
 Vacinar-se contra Tétano, Tifo e Hepatite B.
 Submeter-se a um checkup, que consiste no mínimo de 1 (um) exame para
Tuberculose e contagem de hemoglobina, para verificação da saúde dos
colaboradores.
 Estar em perfeito estado de saúde, não ter problemas com gripes leves nem
pequenas feridas na mão ou no braço.
 Iniciar as atividades, com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Os
EPIs básicos são compostos por: guarda-pó ou macacão, luvas e botas de
borracha.
 Utilizar luvas reforçadas nas palmas e nos dedos para evitar cortes e perfurações.
As luvas devem ser colocadas por cima das mangas do guarda-pó ou macacão.
 Prender o cabelo para que não se contamine, preferencialmente usando gorro.
 Colocar a barra das calças dentro das botas.
 Não comer, mastigar ou fumar durante a execução das atividades.
 Possuir sacos de reserva para colocar sacos rasgados sem deixar resíduos no
chão.

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 Jogar fora, imediatamente, as luvas, em caso de ruptura. Em hipótese alguma,
as luvas danificadas podem ser reutilizadas.
 Lavar e desinfetar os EPIs, especialmente as luvas, uma vez terminada a rotina
diária de trabalho.
 Tomar banho, no local de trabalho, após o encerramento das atividades.

12. RESPONSABILIDADES

São numerosos os riscos que podem ocorrer no manuseio dos resíduos em


estabelecimentos de saúde. Por isso, as responsabilidades devem ser determinadas de
forma clara para que o manuseio seja seguro e não coloque em risco a comunidade em
que está localizado o LABIOCENTER.

Os Setores operacional e administrativo, visitantes e clientes contribuem direta


ou indiretamente para a geração de resíduos. A organização das atividades, a tecnologia
utilizada e a capacitação do pessoal, determinam também a quantidade e a qualidade dos
resíduos que o estabelecimento de saúde irá gerar.

Assim sendo, o (a) Diretor (a) do LABIOCENTER é o responsável pelo


manuseio dos resíduos gerados no seu estabelecimento.

Ainda, segundo a RDC nº 306/2004 da ANVISA, caberá ao Responsável Legal


do LABORATORIO NABUCO LOPES o gerenciamento de seus resíduos desde a
geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde
pública. Devendo apresentar o PGRSS para análise e aprovação dos órgãos de meio
ambiente e saúde, dentro de suas respectivas esferas de competência, de acordo com a
legislação vigente.

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• ÁREAS RESPONSÁVEIS PELO

PGRSS: I - ELABORAÇÃO:

Eric Avilino Batista Engenheiro


Ambiental e Sanitarista
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CONFEA: 210645482
Fone: (82) 9687-5667

II – IMPLANTAÇÃO, EXECUÇÃO, ACOMPANHAMENTO E MANUTENÇÃO:

Responsável Legal do LABIOCENTER

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13. REFERÊNCIAS

• LEI Nº 6.437 DE 20 DE AGOSTO DE 1977


• LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998
• Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Estado de Goiás,
Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental, Maurício da Veiga
Jardim Jácomo. Goiás, 2004.
• Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da
Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2006.
• Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos / José Henrique Penido
Monteiro [et al.]; coordenação técnica Victor Zular Zveibil. Rio de Janeiro:
IBAM, 2001.
• NBR 10.004/87
• NBR 12.808/93
• NBR 12.809/93
• NBR 12.810/93
• NBR 13.853/97
• NBR 14652/01
• NBR 9.191/02
• NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE -
• RESOLUÇÃO – RDC Nº 50
• RESOLUÇÃO CONAMA 006/91
• RESOLUÇÃO CONAMA 237/97
• RESOLUÇÃO CONAMA 275/01
• RESOLUÇÃO CONAMA 316/02
• RESOLUÇÃO CONAMA 358/05
• RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 306/2004

37
ANEXO 1: ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

38
39
ANEXO 2: DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS

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