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Procedimento Operacional Padrão

CRITÉRIOS DUPLA CHECAGEM MEDICAMENTOS ALTA VIGILÂNCIA

Área: 6.3 ASSISTENCIAL l UPA


NOME CARGO DATA ASSINATURA
CHEFE DO NUQSP
Elaboração CINTHYA RAMIRES FERRAZ 24/09/2020
UPAs
Revisão GESTÃO DO CONHECIMENTO CHEFE
NADJA REGINA VIEIRA
Aprovação SUPERINTENDENTE
CAVALCANTE CARVALHO
CO-AUTOR(ES)

1.OBJETIVO:
Estabelecer as recomendações para a identificação e a dupla checagem dos medicamentos que
possuem risco aumentado de provocar agravos significativos aos clientes em decorrência de falha no
processo de utilização.

2.LOCAL DE APLICAÇÃO:
Unidades de Pronto Atendimento do IGESDF

3.DEFINIÇÕES | SIGLAS:
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
IGESDF: Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância de Saúde
Todos os medicamentos classificados como alta vigilância/potencialmente perigosos deverão ser
administrados após a dupla checagem. A dupla checagem é a conferência dos dados do cliente e do
medicamento por dois profissionais, de modo independente e simultâneo.
As classes de medicamentos de alta vigilância/potencialmente perigosos, que deverão ser
administrados após a dupla checagem, estão listados na Lista de Medicações de Alta Vigilância (ANEXO
). Alguns dos principais são:
Drogas vasoativas (ex: Nitroglicerina, Nitroprussiato de Sódio, Norepinefrina, Vasopressina, Epinefrina,
Dopamina, Dobutamina)
Medicamentos na forma lipossomal e seus correspondentes (ex: Anfotericina Lipossomal,
Doxorrubicina lipossomal, Anfotericina B Desoxicolato, Cloridrato de Doxorrubicina)
Eletrólitos (cloreto de potássio 10%, fosfato ácido de potássio 2 mEq/mL, sulfato de magnésio 50% e
outros)
Sedativos de uso oral e endovenoso (ex: Midazolan, Propofol)
Bloqueadores neuromusculares (ex: Succinilcolina, Pancurônio, Rocurônio)

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Antiarrítmicos endovenosos (ex: Lidocaína, Amiodarona)


Nutrição parenteral
Analgésicos opióides endovenosos e de uso oral (ex: Metadona, Morfina, Nalbufina, Fentanila, Petidina)
Hipoglicemiantes orais (ex: Glibenclamida, Metformina)
Insulinas (NPH e Regular)
Antitrombóticos (ex: Heparina, Complexo Protombínico, Clopidogrel)
Quimioterápicos antineoplásicos de uso oral e parenteral
Contrastes radiológicos
Os medicamentos de alta vigilância/potencialmente perigosos dispensados pela farmácia deverão estar
envolvidos em embalagens plásticas coloridas, de acordo com classe do medicamento. Estas
embalagens deverão ser removidas somente no momento do preparo do medicamento.
Os profissionais da unidade assistencial envolvidos na dupla checagem de medicamentos de alta
vigilância/potencialmente perigosos poderão ser o enfermeiro, o farmacêutico, o médico.
Os medicamentos de alta farmacovigilância que não forem administrados por motivos justificáveis
deverão ser devolvidos à farmácia no final de cada plantão. Proibido estocagem no posto e junto às
sobras de outros medicamentos.
Os dados do cliente e do medicamento a serem duplamente checados serão: Dados do cliente: nome
completo, número do registro geral (RG), data de nascimento e número do leito.
Dados do medicamento: nome, dose, horário, diluente, vazão, volume, via, dispositivo (cateteres
gástrico, enteral, vesical, intravascular central ou periférico e outros) e método de infusão do
medicamento (bomba de infusão; equipo de micro ou macrogotas; bomba de seringa; seringa)
As técnicas de preparo e de administração do medicamento deverão seguir os passos do Procedimento
Operacional Padrão em Enfermagem (POP).
É proibido o preparo de medicamentos de diferentes clientes ao mesmo tempo pelo mesmo
profissional e/ou preparo simultâneo de medicamentos de diferentes horários.
Os medicamentos preparados que não serão administrados por infusão lenta ou contínua (vias oral,
gástrica/enteral, endovenosa rápida, intramuscular, subcutânea, sublingual e outras) deverão ter o s e u
invólucro/recipiente (seringa, copo descartável, blister e outros) identificados com os dados do clie nte
(nome completo, RG e número do leito) e do medicamento (nome, hora, dosagem e via), por me io de
fita adesiva, antes de sua administração.
Os medicamentos preparados com prescrição de infusão lenta ou contínua por meio de bomba de
infusão contínua, bomba de seringa ou por gotejamento gravitacional deverão estar identificados com
rótulo padronizado na instituição. O rótulo de soro padronizado deverá e star preenchido com: data e

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hora do preparo; nome completo do cliente, sem abreviatura; enfermaria/leito; descrição do


medicamento – soluto-solvente-volume-vazão; primeiro nome do profissional e carimbo.
Os medicamentos deverão ser administrados no cliente após a confirmação do nome completo, do
número do registro geral (RG) e da data de nascimento, obtidos por meio da pulseira, da placa a beira
leito e, quando possível, da apresentação verbal do cliente/acompanhante. Consultar a rotina
operacional padrão “Identificação do Cliente”.
As medicações de alta vigilância/potencialmente perigosos deverão ficar sobre a responsabilidade do
enfermeiro plantonista, preferencialmente em armário trancado. Deve ser entregue ao técnico de
enfermagem o mais próximo possível do preparo e administração do mesmo.

4.RECURSOS NECESSÁRIOS:
Computador
Caneta
Prescrição Médica
Medicações de Alta Vigilância
Bomba de Infusão

5.DESCRIÇÃO | CONDUTA - RESPONSÁVEL:

Etapas Responsável
Conferir/Comparar os dados de identificação do medicamento e do Técnico de enfermagem
cliente descritos na prescrição médica.
Explicar a finalidade, a indicação e possíveis efeitos colaterais do uso da Técnico de enfermagem
medicação ao cliente e/ou familiar. Obter consentimento.
Reunir os materiais e os medicamentos e, se for o caso, fazer o cálculo da Técnico de enfermagem
dosagem.
Preparar os medicamentos, seguindo os Procedimentos Operacionais Técnico de enfermagem
Padrão.
Identificar os medicamentos preparados com os dados do cliente e do Técnico de enfermagem
medicamento, antes da administração.
Localizar o cliente, conforme o número de leito descrito na prescrição Técnico de enfermagem
médica.
Identificar o cliente, por meio da pulseira, placa a beira leito e relato Técnico de
enfermagem/Enfermeiro
verbal do cliente ou acompanhante, juntamente com outro profissional

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(DUPLA CHECAGEM)
Comparar os dados de identificação do cliente e da medicação preparada Técnico de
enfermagem/Enfermeiro
na prescrição médica, juntamente com outro profissional (DUPLA
CHECAGEM).
Solicitar ao profissional colaborador que cheque o cálculo do Técnico de
enfermagem/Enfermeiro
medicamento, quando houver (DUPLA CHECAGEM).
Instalar o medicamento, checando a via, o dispositivo e o Técnico de
enfermagem/Enfermeiro
gotejamento/vazão, juntamente com outro profissional (DUPLA
CHECAGEM).
Administrar o medicamento, seguindo os Procedimentos Operacionais Técnico de enfermagem
Padrão.
Identificar, externamente, a bomba de infusão ou a bomba de seringa Técnico de enfermagem
com o nome do medicamento, quando for o caso.
Preencher a etiqueta/fita adesiva (tamanho mínimo de 6 cm de
comprimento e de 2 cm de largura) com o nome do medicamento e
plastificá-la.
Fixar a etiqueta na parte frontal/anterior da bomba, em local visível.
Identificar o equipo, quando for o caso: Técnico de enfermagem
Registrar a data e o horário da instalação do equipo e o nome do
responsável na fita adesiva.
Fixar a fita adesiva logo após a ampola de gotejamento.
Registrar a data, o horário, a descrição do medicamento (nome, dose, Técnico de
enfermagem/Enfermeiro
volume da diluição, via, vazão/gotejamento), a realização da dupla
checagem, o nome do profissional colaborador, os resultados (desejados
e não desejados) e as condutas tomadas no relatório de enfermagem.
Exemplo:
12:00h. Administrado amiodarona 300mg/3mL (EV), em bolus, em veia
do dorso da mão (D), conforme prescrição médica. Dupla checagem com
a técnica de enfermagem Maria Ribeiro. Observado melhora clínica da
arritimia. Sem intercorrências............(Assinatura e Carimbo) *Utilizar
siglas padronizadas
• Checar o medicamento na prescrição médica.

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Profissional responsável – Vistar/Checar ( ) o horário do medicamento


e registrar o seu primeiro nome, de forma legível, conforme exemplo:

Profissional que participou na dupla checagem – No verso da prescrição


médica, registrar o nome, item e horário do medicamento checado, fazer
um visto sobre o horário e relatar o primeiro nome do profissional, de
forma legível, conforme exemplo:

Dopamina – item 8

Registrar o nome, dosagem, vazão e via do medicamento de alta Enfermeiro


vigilância no Formulário de Investigação 24 horas, em campo específico.
Supervisionar o cumprimento das normas. Enfermeiro/
Coordenador
Enfermagem

6.PONTOS CRÍTICOS | CONTINGÊNCIA:


Se o cliente recusar a tomar o medicamento, comunicar ao enfermeiro e/ou ao médico responsável
pela prescrição.
Se houver dúvidas quanto ao cálculo do medicamento, comunicar o enfermeiro ou médico responsável.
Comunicar ao enfermeiro ou ao médico plantonista, qualquer fator que impossibilite ou que dificulte a
administração do medicamento.
Caso a etiqueta/fita de identificação não seja plastificada, ela deverá ser trocada a cada 24 horas, após
a limpeza e desinfecção concorrente da bomba de infusão.
Se identificado qualquer fator contribuinte ao erro ou ao evento adverso, notificar no MVGE.
Se identificado qualquer fator contribuinte ao erro ou ao evento adverso, tomar medidas preventivas e
propor educação em serviço.

7.FORMULÁRIOS | REGISTROS:

8.DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA:

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Ministério da Saúde. Anexo 03: Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de


medicamentos, 2013.
STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA, M.H.R. Procedimentos operacionais padrão em enfermagem. Atheneu, 2014.
442p.,
Boletim volume 4 do Instituto para Práticas Seguras – IMSP; 2019.
Manual FármacoTerapêutico do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(UFTM)
Parecer COREN-SP 040/2013-CT Dupla checagem
9.ANEXO(S):

QUADRO 1 - LISTA DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS DE USO HOSPITALAR

Classes Terapêuticas

Agonistas adrenérgicos endovenosos (ex.: EPINEFrina, FENILEFrina, NOREPinefrina)


Água estéril para injeção, inalação e irrigação em embalagens de 100 mL ou volume superior
Analgésicos opioides endovenosos, transdérmicos e de uso oral (incluindo líquidos concentrados e for - mulações de liber
Anestésicos gerais, inalatórios e endovenosos (ex.: propofol, cetamina)
Antagonistas adrenérgicos endovenosos (ex.: propranolol, metroprolol)
Antiarrítmicos endovenosos (ex.: lidocaína, amioDARONA)

Antineoplásicos de uso oral e parenteral


Antitrombóticos
• Anticoagulantes (ex.: varfarina, heparina não fracionadas e heparinas de baixo peso molecular)
• Anticoagulantes orais diretos e inibidores do fator Xa (ex.: dabigatrana, rivaroxabana, apixabana, edoxabana, fon
• Inibidores diretos da trombina (ex.: bivalirrudina, dabigatrana)
• Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (ex.: abciximabe, tirofibana)
• Trombolíticos (ex.: alteplase, tenecteplase, estreptoquinase)
Bloqueadores neuromusculares (ex.: suxametônio, rocurônio, pancurônio, vecurônio)
Cloreto de sódio hipertônico injetável com concentração maior que 0,9%
Glicose hipertônica com concentração maior ou igual a 20%
Inotrópicos endovenosos (ex.: milrinona, deslanosideo, levosimendana)
Insulina subcutânea e endovenosa (em todas formas de apresentação e vias de administração)
Medicamentos administrados por via epidural ou intratecal

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Classes Terapêuticas

Medicamentos na forma lipossomal (ex.: anfotericina B lipossomal, doxorrubicina lipossomal) e seus correspondentes m
de doxorrubicina)

Sedativos de uso oral de ação mínima ou moderada, para crianças (ex.: hidrato de cloral, midazolam, cetamina - forma p

Sedativos endovenosos de ação moderada (ex.: dexmedetomidina, midazolam, lorazepam)

Soluções cardioplégicas

Soluções para diálise peritoneal e hemodiálise

Soluções de nutrição parenteral

Sulfonilureias de uso oral (ex.: clorproPAMIDA, gliMEPIRida, glibenclamida, glipizida)

Medicamentos Específicos

Cloreto de potássio concentrado injetável

EPINEFrina subcutânea

Fosfato de potássio injetável

Metotrexato de uso oral (uso não oncológico)

NitroPRUSSIATO de sódio injetável

Ocitocina endovenosa

Prometazina injetável**

Sulfato de magnésio injetável

VASopressina endovenosa e intraóssea

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