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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

HOSPITAL DE CLÍNICAS

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PROTOCOLO CLÍNICO
Documento
Título do SUPLEMENTAÇÃO ENTERAL DE POLIVITAMÍNICOS Emissão: 20/3/2023 Próxima revisão:
Documento E OLIGOELEMENTOS NO RECÉM-NASCIDO PRÉ- Versão: 1 20/3/2025
TERMO

SUPLEMENTAÇÃO ENTERAL DE
POLIVITAMÍNICOS E OLIGOELEMENTOS
NO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

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SUMÁRIO

1. SIGLAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
2. OBJETIVOS-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
3. JUSTIFICATIVAS ------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ..........................---------------------------------------------------------------- 3
5. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES ------------------------------------------------ 3
6. INDICAÇÕES DE SUPLEMENTAÇÃO -------------------------------------------------------------------------3
6.1. Ferro ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------3
6.2. Polivitamínicos -------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
6.3. Vitamina K -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
6.4. Zinco --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
7. REFERÊNCIAS -----------------------------------------------------------------------------------------------------8
8. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO ------------------------------------------------------------------- 9

1. SIGLAS
AAP – Academia Americana de Pediatria
DMED – Divisão Médica
ESPGHAN – The European Society for Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition
Fe – Ferro
g – grama
HC-UFTM – Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
IG – Idade Gestacional
mg – miligrama
PRORN - Programa de atualização em neonatologia
PRT – Protocolo
RN – Recém-nascido
RNPT – Recém-nascido pré-termo
RNT – Recém-nascido a termo
SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria
STGQ – Setor de Gestão da Qualidade
UI – Unidades Internacionais

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2. OBJETIVOS
Orientar quanto à suplementação enteral de vitaminas e oligoelementos nos recém-nascidos
prematuros (RNPT) e uniformizar as condutas em todos os setores do Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) que atendem aos pacientes neonatos.

3. JUSTIFICATIVAS
Os RNPT apresentam de forma geral, deficiência de micronutrientes. Este fato se justifica
devido aos baixos estoques, dieta insuficiente e necessidades metabólicas aumentadas.
Em um primeiro momento, muitos desses RNPT vão necessitar desses nutrientes por via
parenteral, em decorrência de sua imaturidade e de adaptações fisiológica, cardiovascular,
respiratória e metabólica nas primeiras horas. É essencial, no entanto, a introdução precoce e
adequada da nutrição enteral para favorecer o desenvolvimento das funções digestivas e
metabólicas.
Assim, a suplementação é indicada para suprir as necessidades recomendadas de ingestão
diária e prevenir deficiências.

4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Estão incluídos todos os RNPT atendidos no HC-UFTM.

5. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES


Profissional médico: atentar-se às necessidades nutricionais do RNPT e iniciar
suplementação enteral de vitaminas e oligoelementos, conforme indicação.

6. INDICAÇÕES DE SUPLEMENTAÇÃO

6.1. Ferro
Durante o período fetal, o Ferro (Fe) é crítico para o desenvolvimento dos órgãos,
particularmente do cérebro. O suprimento de Fe durante a gestação é essencial para que o feto
possa garantir a formação de estoques adequados, que sustentem o seu crescimento nos primeiros
6 meses de vida. Aproximadamente 80% do Fe é transferido ao feto durante o terceiro trimestre de
gestação. Assim, enquanto a maior parte dos recém-nascidos a termo (RNT) possui ao nascimento
concentrações aumentadas de hemoglobina (15–17g/dL) e estoques adequados de Fe durante os
primeiros 6 meses de vida, os RNPTs contam com estoques insuficientes, apesar das demandas
aumentadas devido ao rápido crescimento. Outro fator que influencia os estoques de Fe no RN é o
tempo de clampeamento do cordão umbilical. Há fortes evidências de que o clampeamento tardio
do cordão umbilical, quando possível, melhora significativamente os estoques corporais de Fe do
RN, o que faz com que essa prática seja amplamente recomendada.
A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta a suplementação de Fe da seguinte forma:

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Tabela 1: Recomendação de suplementação medicamentosa profilática de ferro em lactentes


RNT, peso adequado para a idade gestacional (IG), Suplementar 1 mg/Fe elementar/kg/dia, iniciando
em aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, aos 180 dias de vida até o 24º mês de vida
SEM FATOR DE RISCO
RNT, peso adequado para a IG, independentemente Suplementar 1 mg/Fe elementar/kg/dia, iniciando
do tipo de alimentação, COM FATOR DE RISCO aos 90 dias de vida até o 24º mês de vida
RNT com peso de nascimento menor que 2.500g ou Suplementar 2 mg/Fe elementar/kg/dia, iniciando
RNPT com peso de nascimento superior a 1.500g. com 30 dias de vida, durante um ano. Após este
prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano
RNPTs com peso de nascimento entre 1.500 e Suplementar 3 mg/Fe elementar/kg/dia, iniciando
1.000g com 30 dias de vida, durante um ano. Após este
prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano
RNPTs com peso de nascimento abaixo de 1.000g Suplementar 4 mg/Fe elementar/kg/dia, iniciando
com 30 dias de vida, durante um ano. Após este
prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano
RNPT que receberam mais de 100 ml de Devem ser avaliados individualmente pois podem
concentrado de hemácias durante a internação não necessitar de suplementação de Fe com 30 dias
de vida, mas sim posteriormente
* Fatores de risco:
1. Baixa reserva materna: gestações múltiplas com pouco intervalo entre elas; dieta materna deficiente
em ferro; perdas sanguíneas; não suplementação de ferro na gravidez e lactação.
2. Aumento da demanda metabólica: Prematuridade e baixo peso ao nascer (< 2.500g).
3. Diminuição do fornecimento: clampeamento do cordão umbilical antes de um minuto de vida;
aleitamento materno exclusivo prolongado (superior a seis meses).
4. Alimentação complementar com alimentos pobres em ferro ou de baixa biodisponibilidade: consumo
de leite de vaca antes de um ano de vida; consumo de fórmula infantil com ferro de baixa
biodisponibilidade; dietas vegetarianas sem orientação de médico/nutricionista; ausência ou baixa adesão
à suplementação profilática com ferro medicamentoso, quando recomendada.
4. Perda sanguínea: traumática ou cirúrgica; hemorragia gastrintestinal (exemplo: doença inflamatória
intestinal, polipose colônica, drogas anti-inflamatórias não esteroides, verminoses, colites alérgicas);
discrasias sanguíneas.
5. Má absorção do ferro: síndromes de má-absorção (doença celíaca, doença inflamatória intestinal);
gastrite atrófica, cirurgia gástrica (bariátrica, ressecção gástrica); Redução da acidez gástrica (antiácidos,
bloqueadores H2, inibidores de bomba de prótons).
Fonte: Consenso sobre Anemia ferropriva - Atualização: destaques 2021. Departamentos Científicos de Nutrologia e
Hematologia -SBP. Agosto/2021.

6.2. Polivitamínicos

Vitamina A
A Vitamina A tem importante papel na resposta imune, função visual, crescimento e
diferenciação celular pulmonar, bem como na integridade do epitélio pulmonar. Sua
deficiência está associada a infecções recorrentes e displasia broncopulmonar. A dose

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enteral preconizada pela ESPGHAN é de 400-1000mcg/kg/d ou de 1210 a 2466 UI/100Kcal (1mcg =


3,3UI). A administração de vitamina A, na forma de megadoses, encontra-se indicada apenas para
as crianças nas regioes de alta prevalencia de hipovitaminose A que tenham diagnóstico de
hipovitaminose, a cada 4 a 6 meses, aps realizar investigacao alimentar de deficiência.

Vitamina D
A saúde óssea é uma preocupação crítica no manejo de bebês prematuros. Embora
o leite humano seja fundamental para a saúde de bebês prematuros, é baixo seu teor de
cálcio, vitamina D e fósforo, em relação às necessidades dos bebês prematuros durante o
crescimento. Idealmente deve-se fortificar o leite humano para RNPT com peso de nascimento
<1.800 a 2.000 g e garantir ingestão de minerais durante a internação e após a alta hospitalar. A
suplementação da vitamina D deve ser feita para todos os RN. Recomenda-se administrar 400 UI/dia
de vitamina D aos lactentes a termo desde a primeira semana até 12 meses, e 600 UI/dia dos 12 aos
24 meses, independentemente de estarem em aleitamento materno exclusivo, frmula infantil ou
leite de vaca. Para os RNPT, especialmente os muito pré-termo (menores que 33 semanas de idade
gestacional), as necessidades de vitamina D são de 800 a 1000 UI/dia, durante a internação.

Vitamina C
A vitamina C é um antioxidante que tem importante papel na síntese de colágeno e modula
a absorção e estoque de Fe. A maioria dos prematuros recebe vitamina C nos multivitamínicos. A
dose enteral recomendada para o RNPT é 11-46mg/kg/d ou 10 a 42 mg/100Kcal.

Vitaminas do complexo B
Quanto às vitaminas do Complexo B, em geral suas deficiências são mais raras e a quantidade
oferecida pelo leite humano varia muito conforme a dieta materna. As quantidades recomendadas
por via enteral para os RNPT são: Tiamina (Vitamina B1): 140-300 µg/Kg/dia ou 125-275 µg/100Kcal;
Riboflavina (B2): 200 a 400 µg/Kg/dia ou 180 a 365 µg/100Kcal; Niacina (B3): 380 a 5500 µg/Kg/dia
ou de 345 a 5000 µg/100Kcal; Ácido pantotênico (B5): 330 a 2100 µg/Kg/dia ou 300 a 1900
µg/100Kcal; Piridoxina (B6): 180 µg/Kg/dia, e no mínimo 35 µg/100Kcal; Biotina (B7): 1,7 a 16,5
µg/Kg/dia ou 1,5 a 15 µg/100 Kcal; Ácido fólico (folato ou B90: 35 a 100 µg/Kg/dia ou 32 a 90
µg/100Kcal; cobalamina (B12): 0,1 a 0,77 180 µg/Kg/dia ou 0,08 a 0,7 µg/100Kcal.

Vitamina E
O sômr ms tv d vtmn E é  α-tocoferol, um antioxidante que impede a
propagação de radicais livres nas lipoproteínas das membranas plasmáticas, protegendo, assim, do
estresse oxidativo. É importante para o desenvolvimento do sistema nervoso, do músculo
esquelético e da retina. A dose enteral de vitamina E recomendada para o RNPT, em equivalentes a
α-tfrl (α-TE), vr d 2,2  11 mg α-TE/Kg/d u d 2  10 α-TE/100Kcal.

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Diante do exposto, nos RNPT, o Polivitamínico enteral deve ser iniciado quando o RN receber
ao menos 100 ml/Kg/dia de dieta enteral, de acordo com as necessidades nutricionais.

Tabela 2: Necessidades nutricionais enterais diárias do recém-nascido pré-termo


Vitaminas Kg/dia
Vitamina D, UI 800-1000
Vitamina A, UI 1300-3300
Vitamina E mg alfa TE 2,2 a 11
Vitamina C mg 11 a 46
Tiamina (B1) µg 140-300
Riboflavina (B2) µg 180-365
Niacina (B3) µg 380-5500
Ácido pantotênico (B5) µg 330-2100
Piridoxina (B6) µg 35-180
Biotina (B7) µg 1,7-16,5
Ácido fólico (folato ou B9)µg 35-100
Cobalamina (B12) µg 0,1-0,77
Equvlnts d tvdd d rtnl: RAE = 1 μg d rtnl = 3,33 UI. 1 mg lf
TE=1,49UI.
Fonte: PRORN C19V4, 2022.

Preconizamos no HC-UFTM o Polivitamínico em gotas composto por Palmitato de Retinol,


Cloridrato de Tiamina, Fosfato Sódico de Riboflavina, Ácido Pantotênico, Biotina, Ácido Ascórbico,
Acetato De Tocoferol, Colecalciferol, cuja composição encontra-se descrita na Tabela 3, na dose de
12 gotas ao dia. Para atingir a dose recomendada para prematuros com IG < 33 semanas, será
necessária a complementação da oferta de vitamina D. A apresentação da solução de vitamina D é
de 200 UI/gota. Portanto, combinando 2 gotas da solução de vitamina D com as 12 gotas do
polivitamínico, serão fornecidos 800 UI de vitamina D.

Tabela 3: Composição do Polivitamínico em gotas – correspondente à porção de 12 gotas


Vitaminas Quantidade
Vitamina A 750 mcg (2272UI)
Tiamina (Vit B1) 0,4mg
Riboflavina (Vitamina B2) 0,6mg
Ácido pantotênico (vitamina B5) 3,4mg
Biotina (Vitamina B7) 5mcg
Ácido ascórbico (Vitamina C) 50mg
Vitamina E 5,4mg
Vitamina D 400UI
Conversões: Vitamina A 1UI=0,33mcg // Vitamina D 1UI=40mcg

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DOSES RECOMENDADAS:
 DURANTE INTERNAÇÃO E ATÉ ATINGIR 40 SEMANAS DE IDADE CORRIGIDA:
 RNPT com nascimento IG entre 33-36 semanas e 6 dias:
Polivitamínico - 12 gotas
 RNPT com nascimento IG < 33 semanas:
Polivitamínico - 12 gotas + solução de vitamina D - 2 gotas
 APÓS A ALTA HOSPITALAR E APÓS ATINGIR 40 SEMANAS DE IDADE CORRIGIDA, ATÉ 12 MESES
DE IDADE CRONOLÓGICA:
Polivitamínico - 12 gotas
Observação: caso houver alteração nas apresentações de Polivitamínicos e/ou Vitamina D, adequar a dose
às necessidades diárias da criança.

6.3. Vitamina K
Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), para profilaxia da Doença Hemorrágica
do RN, deve-se administrar uma dose intramuscular de 1 mg de Vitamina K para lactentes com peso
acima de 1.000g, nas seis primeiras horas após o nascimento. Para prematuros com menos peso, a
associação recomenda uma dose intramuscular de 0,3 a 0,5 mg/kg.
A administração oral de vitamina K1 na profilaxia da Doença Hemorrágica do RN é menos
eficaz e não é recomendada.
Em pacientes que não estejam com dieta plena, fornecer a Vitamina K intramuscular uma
vez por semana, até que a dieta enteral atinja pelo menos 100ml/kg/dia, caso a solução de vitaminas
da nutrição parenteral não contenha vitamina K.

6.4. Zinco
O zinco participa de várias funções corporais, principalmente durante os períodos de
aumento do metabolismo: visão, neurotransmissão, absorção intestinal de íons, divisão celular e
crescimento e na função de células T e B (imunológica). Nos prematuros, inicialmente, o zinco é
oferecido por via parenteral (400 mcg/kg/dia) e, depois, no leite humano, fórmulas de pré-termo
ou nos suplementos contendo zinco.
A recomendação é iniciar a suplementação de zinco quando o RNPT atinge as 36 semanas
de idade corrigida, na dose de 1,5 a 2,5 mg/kg/dia (máximo de 5 mg/dia) por via oral. Esse
suplemento é mantido até o 6º mês de idade corrigida.
Os pacientes enterostomizados, com intestino curto, com perda significativa de líquido e
absorção diminuída de zinco apresentam alto risco de deficiência de zinco, e a suplementação deve
ser levada em consideração.

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7. REFERÊNCIAS
1. Silva RPGVC, Venzon PS. Uso de oligoelementos em recém-nascidos pré-termo. In: Sociedade
Brasileira de Pediatria; Procianoy RS, Leone CR, organizadores. PRORN Programa de Atualização em
Neonatologia: Ciclo 18. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2021. p. 33–89. (Sistema de Educação
Continuada a Distância, v. 3).
2. Ferreira DMLM, Moura MRS. Necessidades vitamínicas no recém-nascido de muito baixo
peso. In: Sociedade Brasileira de Pediatria; Procianoy RS, Leone CR, organizadores. PRORN Programa
de Atualização em Neonatologia: Ciclo 19. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2022. p. 101-133.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 4).
3. Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento Cientifico de Nutrologia e Hematologia-
Hemoterapia. Consenso sobre anemia ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica!
Sociedade Brasileira de Pediatria 2018.
4. Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento Cientifico de Nutrologia e Hematologia-
Hemoterapia. Consenso sobre anemia ferropriva: Atualização: destaques 2021. Sociedade Brasileira
de Pediatria; agosto, 2021.
5. Sociedade Brasileira de Pediatria, Departamento Cientifico de Neonatologia. Seguimento
ambulatorial do prematuro de risco. Sao Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria; 2012.
6. Villela LD; Moreira MEL. Protocolo Nutricional da Unidade Neonatal. Rio de Janeiro:
Fiocruz/IFF, 2020. 39 p.
7. Sociedade Brasileira de Pediatria. Hipovitaminose D em pediatria: recomendações para o
diagnóstico, tratamento e prevenção. Departamento Científico de Endocrinologia e Metabologia.
Guia Prático de Atualização. v. 1, p. 11, 2016.
8. Sociedade Brasileira de Pediatria. Guia prático de alimentação da criança de 0 a 5 anos -
Departamentos Científicos de Nutrologia e Pediatria Ambulatorial. São Paulo: SBP, 2021. 74 f.
9. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de
saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas
e Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 4 v.
10. Sociedade de Pediatria de São Paulo. Departamento de Pediatria da Associação Paulista de
Medicina. Março lilás – Suplementação de vitaminas e oligoelementos para o prematuro. São Paulo:
Sociedade de Pediatria de São Paulo; 2020. Disponível em:
https://www.spsp.org.br/2020/03/09/suplementacao-de-vitaminas-e-oligoelementos-para-o-
prematuro/
11. Moreira, MEL. Principais questões sobre Cuidados com a Nutrição Parenteral Prolongada no
Recém-nascido. Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Atenção ao Recém-nascido. Rio de
Janeiro: Fiocruz/IFF,2019.
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12. Vittorazzi DR; Sulz CP; Soares LP. Suplementação de vitaminas e minerais em recém-nascidos
prematuros: uma revisão integrativa da literatura. Resid pediatr. 2020;0(0):
13. Darlow BA; Graham PJ; Rojas-Reyes MX. Vitamin A supplementation to prevent mortality
and short- and long-term morbidity in very low birth weight infants. Cochrane Database Syst Rev
2016;
14. Agostoni C; Buonocore G. et al. Enteral Nutrient Supply for Preterm Infants: Commentary
from the European Society of Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition Committee on
Nutrition. J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr. 2010;50:85–91.
15. Abrams SA; Bhatia, JJS; Corkins M, De Ferranti D; Golden NH; Silverstein .; Grummer-Strawn
L; Hubbard V; Marchand V; The Committee on Nutrition .et al. Calcium and Vitamin D Requirements
of Enterally Fed Preterm Infants. Pediatrics. 2013;131:e1676–e1683.
16. Staub E; Evers K, Askie LM. Enteral zinc supplementation for prevention of morbidity and
mortality in preterm neonates. Cochrane Database of Systematic Reviews 2021, Issue 3.

8. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 23/11/2022 Elaboração do protocolo (PRT)

Elaboração Data: 20/3/2023


Andrezza Rodrigues Afonso Alvim, médica pediatra
Validação
Fabiana Jorge Bueno Galdino Barsam, chefe da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal
Daniel Ferreira da Cunha, coordenador da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional
Rodrigo Juliano Molina, médico do Setor de Gestão da Qualidade (STGQ)
Luciana Paiva Romualdo, chefe do STGQ
Patrícia Naves de Resende, chefe da Divisão Médica
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles Internos
Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde

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