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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PRT.DM.018 - Página 1/6
PROTOCOLO CLÍNICO
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Título do ADMISSÃO E ALTA EM UNIDADE DE TERAPIA Emissão: 18/08/2020 Próxima revisão:
Documento INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA Versão: 1 18/08/2022

ADMISSÃO E ALTA EM UNIDADE DE


TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E
PEDIÁTRICA

Cópia Eletrônica não Controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
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SUMÁRIO

1. OBJETIVOS ........................................................................................................................................2
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................................2
3. CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO ............................................................................................................2
4. CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO NA UTI NO PERÍODO NEONATAL .......................................................4
5. CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO NA UTI NO PERÍODO PEDIÁTRICO ......................................................4
6. CRITÉRIOS DE ALTA DA UTI NO PERÍODO NEONATAL......................................................................5
7. CRITÉRIOS DE ALTA DA UTI NO PERÍODO PEDIÁTRICO ....................................................................5
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................5
9. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO ............................................................................................6

SIGLAS E CONCEITOS
DM – Divisão Médica
FIO2 - Fração inspirada de oxigênio
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
PRT - Protocolo
UTI – Unidade de Terapia Intensiva

1. OBJETIVOS
 Racionalizar a conduta para admissão e alta em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal
e pediátrica, especialmente quando os leitos são escassos.
 Destinar leitos de UTI para o atendimento de pacientes graves ou de risco potencialmente
recuperáveis. Devido ao alto custo, insuficiência de oferta e a alta demanda, sua solicitação deverá
ser criteriosa no momento da indicação, com grupos etários específicos:
 Neonatal: pacientes de 0 a 28 dias de vida;
 Pediátrico: pacientes de 29 dias de vida a 13 anos 11 meses e 29 dias;
 Adulto: pacientes maiores de 14 anos.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
UTI Neonatal e Pediátrica do HC-UFTM para admissão de pacientes da Pronto Socorro Infantil,
Centro Cirúrgico, Enfermaria de Pediatria, Berçário e Alojamento Conjunto

3. CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO


 Alguns critérios devem ser levados em consideração ao indicar um leito de UTI,
especialmente devido ao número reduzido de leitos disponíveis e a demanda, conforme a área de
abrangência de atendimento.
 A UTI neonatal e pediátrica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro (HC-UFTM) conta com 20 leitos; destes, 2 leitos são de isolamento e 18 leitos são

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distribuídos para internação em igual proporção para pacientes neonatais e pediátricos, conforme
a necessidade do serviço.
Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 2.156/2016
Art. 1º As admissões em unidade de tratamento intensivo (UTI) devem ser baseadas em:
I) diagnóstico e necessidade do paciente;
II) serviços médicos disponíveis na instituição;
III) priorização de acordo com a condição do paciente;
IV) disponibilidade de leitos;
V) potencial benefício para o paciente com as intervenções terapêuticas e prognóstico.
Art. 2º A admissão e a alta em unidade de tratamento intensivo (UTI) são de atribuição e
competência do médico intensivista, levando em consideração a indicação médica.
Art. 3º As solicitações de vagas para unidade de tratamento intensivo (UTI) deverão ser
justificadas e registradas no prontuário do paciente pelo médico solicitante.
Art. 4º A admissão e a alta do paciente da unidade de tratamento intensivo (UTI) devem ser
comunicadas à família e/ou responsável legal.
Art. 5º São considerados critérios de admissão em unidade de tratamento intensivo (UTI)
instabilidade clínica, isto é, necessidade de suporte para as disfunções orgânicas, e
monitoração intensiva.
Art. 6º A priorização de admissão na unidade de tratamento intensivo (UTI) deve respeitar
os seguintes critérios:
§ 1º – Prioridade 1: Pacientes que necessitam de intervenções de suporte à vida, com alta
probabilidade de recuperação e sem nenhuma limitação de suporte terapêutico.
§ 2º – Prioridade 2: Pacientes que necessitam de monitorização intensiva, pelo alto risco de
precisarem de intervenção imediata, e sem nenhuma limitação de suporte terapêutico.
§ 3º – Prioridade 3: Pacientes que necessitam de intervenções de suporte à vida, com baixa
probabilidade de recuperação ou com limitação de intervenção terapêutica.
§ 4º – Prioridade 4: Pacientes que necessitam de monitorização intensiva, pelo alto risco de
precisarem de intervenção imediata, mas com limitação de intervenção terapêutica.
§ 5º –Prioridade 5: Pacientes com doença em fase de terminalidade, ou moribundos, sem
possibilidade de recuperação. Em geral, esses pacientes não são apropriados para admissão
na UTI (exceto se forem potenciais doadores de órgãos). No entanto, seu ingresso pode ser
justificado em caráter excepcional, considerando as peculiaridades do caso e condicionado
ao critério do médico intensivista.

3.1 Se a UTI dispor de apenas 1 vaga


 Priorização de paciente para admissão:
 Considerar a classificação de risco/prioridade;
 O paciente considerado prioridade I deve ter prioridade em relação ao de prioridade II e este
sobre o de prioridade III e assim sucessivamente;
 Indicadores a serem utilizados:
 Patologias;
 Sinais vitais;
 Exame físico;
 Exames complementares.

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4. CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO NA UTI NO PERÍODO NEONATAL


 Hipóxia;
 Desconforto respiratório (Boletim de Silverman-Andersen > 5);
 Apneia neonatal de repetição;
 Anóxia neonatal grave (APGAR 5 min <5);
 Necessidade de suporte ventilatório;
 Distúrbio metabólico;
 Hidroeletrolítico ou ácido-básico;
 Alteração neurológica;
 Anomalia congênita importante que ameace as funções vitais;
 Icterícia que necessite de exsanguineotransfusão;
 Infecção grave com instabilidade hemodinâmica e/ou clínica;
 Peso ao nascer <1500g e/ou idade gestacional <32 semanas;
 Enterocolite necrotizante;
 Necessidade de aminas vasoativas;
 Arritmias cardíacas;
 Pós-operatório de grandes cirurgias do período neonatal.

5. CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO NA UTI NO PERÍODO PEDIÁTRICO


 Choque;
 Coma;
 Desnutrição grave com descompensação metabólica;
 Diálise peritoneal;
 Insuficiência cardíaca;
 Insuficiência de múltiplos órgão;
 Insuficiência renal aguda;
 Intoxicação exógena;
 Ventilação mecânica;
 Patologias neurológicas que comprometem a respiração;
 Politrauma;
 Pós-operatório de grandes cirurgias;
 Sepse grave;
 Traumatismo craniano;
 Grande queimado;
 Distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos graves;
 Cetoacidose diabética de difícil condução e/ou coma cetogênico;
 Glasgow <8 ou queda >2;
 Eletrocardiograma – arritmias com instabilidade.

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6. CRITÉRIOS DE ALTA DA UTI NO PERÍODO NEONATAL


 O estado clínico do paciente admitido na UTI neonatal deve ser continuamente revisado a
fim de se identificar aqueles que não mais necessitam dos cuidados oferecidos. Assim, são critérios
de alta das UTIs neonatais, de acordo com sua complexidade:
 Peso > 1500g ou IG > 34 semanas;
 Estabilidade hemodinâmica e das funções vitais;
 Alimentação enteral ou parenteral em transição;
 Sepse controlada;
 Necessidade de oxigênio em Halo/cateter com fração inspirada de oxigênio (FiO2) < 40%;
 Quando o estado clínico do paciente se estabilizou e a monitoração e cuidado intensivo não
são mais necessários ou podem ser executados em níveis de menor complexidade (berçário ou leito
de enfermaria pediátrica).

7. CRITÉRIOS DE ALTA DA UTI NO PERÍODO PEDIÁTRICO


 Os parâmetros hemodinâmicos e clínicos devem estar estáveis e/ou controlados.
 O paciente não deve mais requerer drogas inotrópicas, vasodilatadoras ou antiarrítmicas por
via intravenosa em infusão contínua.
 A condição respiratória deve estar estável, com vias aéreas pérvias.
 A necessidade de oxigenioterapia deve ser menor do que a do critério de admissão.
 Os distúrbios hidroeletrolíticos, acidobásicos e metabólicos devem estar controlados e
estáveis.
 O suporte nutricional, deve estar adequado para suprir as necessidades de recuperação do
paciente.
 Deve existir estabilidade neurológica e controle das convulsões agudas.
 O paciente não deve mais requerer monitoração de pressão intracraniana.
 Os mantidos cronicamente em ventilação mecânica devem ter a condição crítica resolvida
para poderem voltar aos cuidados domiciliares.
 A alta para casa deve ser aprovada pela equipe multidisciplinar após avaliação e
acompanhamento em enfermaria pediátrica, sendo essencial assegurar condições plenas de
continuidade do tratamento sob forma de cuidados domiciliares, quando necessário.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Departamento de Neonatologia – Sociedade Brasileira de Pediatria. Tempo de permanência


hospitalar do recém-nascido a termo saudável. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/doc_tempo-permanencia_rn.pdf

2. Protocolo de Atenção à Saúde. Critérios de Admissão e Alta nas Unidades Neonatais da


SES/DF. Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/protocolos-aprovados/

3. Procedimento operacional padrão Admissão do recém-nascido (RN) na Unidade de Terapia


Intensiva Neonatal (UTIN). Disponível em:
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http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/multiprofissional/pop_01_admissao_recem_nasci
do_rn_unidade_terapia_intensiva_neonatal_utin.pdf

4. Protocolos da central metropolitana de leitos. UTI critérios de admissão e alta. Disponível


em:
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/PROTOCOLO%20LEITOS%20DE%20REGULAO
%20-%20CURITIBA_PR%20UNICO.pdf

5. CALDEIRA, Vanessa Maria Horta et al. Critérios para admissão de pacientes na unidade de
terapia intensiva e mortalidade. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 56, n. 5, p. 528-534, 2010.
Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
42302010000500012&lng=pt&nrm=iso

9. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
VERSÃO
1 07/07/2020 Elaboração do documento

Elaboração e validação do documento na equipe Data: 23/07/2020


Fabiana Jorge Bueno Galdino Barsam, Pávila Virgínia de Oliveira Nabuco, Valéria Cardoso
Alves Cunali, Eliene Machado Freitas Felix, diaristas da UTI Neonatal e Pediátrica
Anne Laryana Veloso Moura, residência médica em Pediatria. Residente Médica em
Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica no Hospital de Clínicas da UFTM.
Colaboração
Fernanda Brandão Berto Resende e Anália Oliveira Soares, médicas assistentes da UTI
Neonatal e Pediátrica.

Registro, análise e revisão Data: 11/08/2020


Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento

Validação Data: 14/08/2020


Caetano Galvão Petrini, chefe da Unidade Materno Infantil substituto
Fernanda Carolina Camargo, chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Data: 17/08/2020
Pacinete

Aprovação Data: 17/08/2020


Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde substituta

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