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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

HOSPITAL DE CLÍNICAS

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PROTOCOLO MULTIPROFISSIONAL
Documento
Título do TRAQUEOSTOMIA: INDICAÇÕES E Emissão: 9/1/2023 Próxima revisão:
Documento ORIENTAÇÕES DE CUIDADO AO PACIENTE Versão: 2 9/1/2025
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TRAQUEOSTOMIA: INDICAÇÕES E
ORIENTAÇÕES DE CUIDADO AO PACIENTE
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SUMÁRIO
1. OBJETIVOS ................................................................................................................................3
2. JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................................3
3. INDICAÇÕES ..............................................................................................................................3
4. COMPLICAÇÕES .........................................................................................................................5
5. CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA ................................................................................................5
6. CUIDADOS ANTES DO PROCEDIMENTO .....................................................................................7
7. O PROCEDIMENTO DE TRAQUEOSTOMIA ..................................................................................8
8. CUIDADOS NO PÓS OPERATÓRIO ............................................................................................10
9. DECANULAÇÃO.........................................................................................................................14
10. ORIENTAÇÕES PARA DOMICÍLIO .............................................................................................15
11. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES............................................................17
12. REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................19
13. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO ...................................................................................21
14. APÊNDICES ..............................................................................................................................22

SIGLAS
CPAM – Comissão de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais
Ebserh - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
HC-UFTM – Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
O2 – Oxigênio
PRT – Protocolo
RT – Responsável Técnico
UTI – Unidade de Terapia Intensiva

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1. OBJETIVOS
Padronizar entre a equipe interdisciplinar do Hospital de Clínicas da Universidade Federal
do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(Ebserh), a indicação da traqueostomia e as condutas de cuidado ao paciente adulto antes, durante e
após a realização do procedimento.

2. JUSTIFICATIVA
A traqueostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na abertura da parede anterior
da traqueia, comunicando-a com o meio externo por meio de uma cânula, possibilitando a
permeabilidade da via aérea. Tem como objetivo primário servir como alternativa artificial e segura
para a passagem do ar quando existe alguma obstrução nas vias aéreas naturais do paciente.
Trata-se de um dos procedimentos mais realizados em unidades de terapia intensiva (UTI)
e sua opção é vantajosa em relação à intubação orotraqueal, uma vez que: facilita a alimentação do
paciente; facilita a aspiração de secreções da traqueia, bem como a mobilização dessas secreções,
trazendo maior conforto; diminui a incidência de pneumonias; facilita o desmame ventilatório;
promove o retorno precoce da fala; facilita a respiração, por diminuir o espaço morto e a resistência
ao fluxo aéreo. A comunicação da traqueia com o meio externo, possibilitada pela traqueostomia,
permite uma redução de 10 a 50% no espaço morto anatômico.
É importante ressaltar que alguns pacientes ficarão com a traqueostomia
temporariamente, enquanto outros permanecerão com ela pelo resto da vida.

3. INDICAÇÕES
As indicações para a realização da traqueostomia são: permitir ventilação mecânica em
intubações orotraqueais prolongadas (isto é, quando a extubação é improvável entre 10 a 14 dias de
intubação orotraqueal); liberar uma obstrução de vias aéreas superiores; permitir higiene pulmonar,
incluindo indivíduos com aspiração laringotraqueal; e permitir a ventilação em pacientes com
debilidade na musculatura respiratória por diminuir o espaço morto.

3.1 Traqueostomia
Algumas condições clínicas, como as descritas no quadro 1, a seguir, podem levar à
necessidade de traqueostomia no adulto.

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Quadro 1 - Principais indicações da traqueostomia no adulto


Alérgicas Angioedema, anafilaxia e asma.
Metabólicas Fibrose cística, coma devido a diabetes, uremia e síndrome da angústia
respiratória.
Profiláticas Cirurgia de cabeça e pescoço, neurocirurgia, cirurgia cardíaca, intubação
prolongada, idade avançada, higiene das vias aéreas.
Degenerativas/Idiopáticas Paralisia abdutora das cordas vocais; distúrbios de deglutição grave.
Deficiência do Sistema Síndrome de Guillain-Barré, polimiosite, miastenia grave, botulismo, parada
Nervoso Central ou cardíaca e parada respiratória.
Neuromuscular
Desordens do Sono Apneia do sono.
Congênitas Estenoses glóticas, subglóticas ou de traqueia superior, cistos laríngeos e
de valécula e hemangioma de laringe.
Trauma Lesões maxilofaciais graves, fraturas ou transecções da laringe ou da
traqueia, lesões cervicais que tornam difícil ou inviável a intubação oro ou
nasotraqueal para manipulação e abordagem das vias aéreas (necessidade
de cricoidostomia ou traqueostomia de urgência), corpo estranho,
queimaduras.
Tóxico Aspiração de conteúdos químicos ou lacerações traqueais.
Infecção Epiglotite aguda e laringotraqueobronquite recorrente (em casos de
dificuldade de intubação traqueal ou ausência do broncoscópio).
Neoplasia Tumores avançados de laringe, tonsilas, faringe ou traqueia superior com
consequente estridor e colapsos mecânicos.
Fonte: própria

3.2 Cricotireoidostomia
Em algumas situações emergenciais, quando existe obstrução das vias aéreas superiores
e é preciso desobstruir rapidamente a passagem de ar, pode-se optar pela realização da
critotireoidostomia. Ela é uma opção quando a intubação não é bem sucedida e não há tempo de
se fazer uma traqueostomia. Essa situação pode ocorrer, por exemplo, em edema de glote por
reação anafilática ou por queimadura após inalação de gases em altas temperaturas ou por
politrauma com lesões maxilofaciais graves.
Trata-se de um procedimento que deve ser realizado por médico capacitado,
preferencialmente um cirurgião, e que se baseia na ruptura por bisturi ou outros instrumentos
cirúrgicos da membrana cricotireoidea, com seguinte colocação de uma cânula comunicando a luz
da traqueia com o meio externo. A critotireoidostomia deve ser realizada respeitando técnicas de
antissepsia e anestesia do paciente. Devido aos riscos de complicações graves, deve ser convertida
em traqueostomia em até 48 a 72 horas, isto é, o mais rápido possível.
Assim, em última análise, a critotireoidostomia torna-se uma indicação absoluta de
traqueostomia.

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4. COMPLICAÇÕES
As complicações já verificadas pela literatura científica abarcam desde o período
intraoperatório até o pós-operatório tardio. Elas podem ser significativamente minimizadas com
treinamento profissional para seu manuseio, utilização de materiais para os cuidados e autocuidado
do paciente. Em termos de garantia de uma via aérea superior prolongada, as complicações da
traqueostomia são significativamente menores do que a intubação orotraqueal ou a
critotireoidostomia.
As principais complicações da traqueostomia são: hemorragia, pneumotórax,
enfisema cirúrgico, infecção local, deslocamento da cânula traqueal (devido ao ato cirúrgico ou
posicionamento do circuito do ventilador mecânico), extremidade da cânula bloqueada, caso esteja
pressionada contra a carina ou a parede traqueal, obstrução do tubo por secreção, herniação do
balonete (causando obstrução da cânula), irritação traqueal, ulceração e necrose (causadas,
geralmente, pela hiperinsuflação do balonete ou excessiva movimentação da cânula),
traqueomalácea, estenose traqueal, fistula traqueoesofágica e infecção da árvore traqueobrônquica.

5. CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA
As cânulas de traqueostomia podem ser metálicas, plásticas ou siliconadas; com ou sem
cânula interna; com ou sem balonete (cuff); e fenestradas ou não. As cânulas fenestradas possibilitam
a passagem do ar por meio da cânula e das cordas vocais, permitindo a fala. É importante a inserção
de uma cânula interna sólida para a aspiração.
As cânulas contêm um mandril (guia) em seu interior, que é um pouco mais longo do que
a cânula, de ponta romba, servindo como um condutor no momento da introdução na traqueia.
Com relação ao comprimento, é importante que a cânula não seja muito curta, pois pode
causar lesão da parede posterior da traqueia com consequente ulceração e obstrução; nem muito
longa, o que pode levar à erosão da parede anterior da traqueia e acometimento de outras estruturas
anatômicas, como o tronco braquiocefálico.
Já quanto ao diâmetro, a cânula deve ter aproximadamente 75% do diâmetro da traqueia
(como valores aproximados, podemos ter cânula plástica n° 7 para mulheres e n° 8 para homens).
Esses valores podem se alterar conforme a anatomia do paciente, por isso durante o procedimento,
caso o tamanho previsto não seja o ideal, é importante que outros tamanhos estejam facilmente
acessíveis.

Figura 1 – Cânula plástica à


esquerda e metálica à direita. A
cânula metálica está separada
em cânula externa (A), cânula
interna (B) e mandril (C).

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5.1 Cânulas plásticas


As cânulas plásticas são frequentemente utilizadas pois possuem baixo custo e estão
amplamente distribuidas no mercado, mas sua durabilidade é questionável. Nas UTIs, a cânula
Portex® é mais comumente utilizada, por possuir conexão com Ambu® e com a ventilação
mecânica, com apresentações com ou sem balonete. Entretanto, não contém cânula interna e
pode possuir furos do balonete, rachaduras e maior propensão a infecções.
Nos adultos, a preferência é pela cânula Shiley® que tem menos dessas desvantagens,
porém custos mais elevados. Possui válvula de fonação própria, cânula interna e podem ter ou não
conexão com a ventilação mecânica ou balonetes.
Para pacientes com alterações anatômicas na traqueia, pode ser importante utilizar uma
cânula mais longa, por exemplo, Tracheoflex®.

5.2 Cânulas metálicas


As cânulas metálicas (Jackson®) são constituídas de uma cânula externa, uma interna e
um mandril (guia). (Figura 1). São feitas de aço inoxidável ou prata esterlina, possuem sistema de
travamento da cânula interna, não possuem conexões para equipamento respiratório e por
possuírem maior durabilidade, são utilizadas por pacientes traqueostomizados por longo prazo.
Antes de alguns exames ou tratamentos, a cânula metálica precisa ser substituída por
uma cânula plástica ou o procedimento deve ser realizado sem cânula. Nesse contexto, é
necessária a avaliação do profissional responsável sobre as condições do paciente suportar o
procedimento.
A cânula metálica não pode ser utilizada em pacientes que estão em tratamento
radioterápico na região da cabeça e pescoço, exames de ressonância magnética, tomografia da
cabeça e pescoço ou por contraindicação médica.

5.3 Cânulas com cuff e sem cuff


Algumas cânulas são equipadas com cuff (do inglês: punho da manga, manguito), um
balonete instalado por fora da cânula que é insuflado e toma a forma da traqueia (figura 2).
O balonete (cuff) é indicado quando há necessidade de vedação das vias aéreas, ou seja,
quando o ar insuflado precisa de exclusividade de passagem apenas para as vias aéreas inferiores.
O cuff é indicado para pacientes que precisam respirar com ajuda de aparelhos por um
tempo prolongado (tempo maior que 10 a 14 dias) e em pacientes traqueostomizados que
apresentam risco de broncoaspiração.
A pressão do balonete deverá ser insuflada e aferida através do manômetro de cuff ou
cuffômetro. Quando situadas entre 25-35 mmHg ou entre 20-30 quando realizada a medida em
cmH2O, são consideradas seguras para evitar lesões. A pressão do cuff deverá ser monitorada
periodicamente pelo fisioterapeuta e/ou pelo enfermeiro.
As cânulas sem cuff são indicadas aos pacientes fora da ventilação mecânica, que não
precisam de manter altas pressões pulmonares e que não apresentam distúrbio gastroesofágico.

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Figura 2 - Modelo de cânula para traqueostomia com cuff

6. CUIDADOS ANTES DO PROCEDIMENTO


A traqueostomia é um procedimento com potenciais riscos para o paciente e, se
complicações ocorrerem, pode vir a prejudicar a ventilação e causar danos maiores, como sequelas
neurológicas permanentes e até óbito. Por isso deve ser realizada somente por equipe capacitada e
em ambiente que ofereça segurança para possíveis complicações emergenciais intraoperatórias. O
profissional responsável pela execução traqueostomia é o médico cirurgião geral ou cirurgião torácico
ou, eventualmente, cirurgião de cabeça e pescoço, uma vez que essas especialidades possuem
capacidade técnica para realização desse procedimento.
Além disso, é essencial avaliar o quadro clínico do paciente e os riscos anestésicos
cirúrgicos. Se for um procedimento que pode ser realizado de modo eletivo, deve ser priorizado dessa
maneira, com consulta pré-operatória antes do procedimento. Ao anestesiologista cabe realizar
investigação do histórico clínico do paciente, possíveis alergias e medicações em uso, além de checar
todos os parâmetros clínicos do paciente e otimizando-os para que ele tenha as melhores condições
possíveis para o procedimento. Contemplando as diretrizes do checklist de cirurgia segura, explicar
aos familiares em período apropriado sobre o procedimento anestésico, assim como coleta do termo
de consentimento livre e esclarecido em Anestesiologia.
É importante que o médico assistencial, quando identificada a necessidade da realização
da traqueostomia, solicite exames pré-operatórios como hemograma (especialmente para avaliar o
valor de hemoglobina e corrigir, se necessários, anemias, bem como contagem plaquetária), função
renal (creatinina, ureia e taxa de filtração glomerular) e coagulograma (tempo de protrombina e
tempo de troboplastina parcial ativada). Assim, o cirurgião, quando for realizar o procedimento, terá
maior segurança para a sua realização e as chances de complicações são reduzidas.
É importante explicar antecipadamente à família, a necessidade do procedimento,
esclarecendo os motivos, a técnica cirúrgica e as consequências benéficas ou maléficas que a
traqueostomia pode oferecer. Se possível, deve-se pedir o documento de autorização do
procedimento cirúrgico. Caso seja feito de forma emergencial, deve-se comunicar a família os
motivos.

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7. O PROCEDIMENTO DE TRAQUEOSTOMIA
A traqueostomia deve ser realizada por um cirurgião, acompanhado por um cirurgião
auxiliar, um anestesiologista e, quando disponível, um instrumentador. É recomendável que seja um
procedimento realizado no bloco cirúrgico.
Na literatura, constam duas técnicas: a de Griggs, mais frequentemente realizada e
considerada convencional, e a percutânea. A primeira envolve a abertura dos planos anatômicos e
secção da traqueia para sua abertura, a partir da qual será inserida a cânula. Já a segunda,
compreende a punção por agulha entre os anéis cartilaginosos da traqueia, que é usada como guia
para se colocar uma cânula. Apesar de aparentar mais simples, menos invasiva e ter menos
complicações que a técnica de Griggs, a técnica percutânea tem mais contraindicações, como
obesidade mórbida, bócio tireoidiano, incapacidade de hiperextensão cervical e traqueostomia
prévia. Ainda existe discussão na literatura científica sobre qual é a melhor técnica. Os trabalhos têm
evidenciado menores taxas de complicações na técnica percutânea, mas, quando ocorrem, têm maior
gravidade como falso trajeto, pneumotórax e morte. Como não existe um consenso, fica a cargo do
cirurgião decidir a melhor técnica de acordo com o paciente e sua experiência.
Durante a técnica de Griggs, ocorre dissecção do tecido cutâneo, músculo platisma e
músculos pré-traqueais. Assim, encontra-se o istmo da tireoide (geralmente entre o primeiro e
segundo anel traqueal). Após atravessar o ismo, é rompida a fáscia pré-traqueal, permitindo a
visualização dos anéis traqueais. Pode-se fazer o estoma traqueal em formato de U invertido, T ou H.
Em seguida, posiciona-se a cânula e é feita a sutura entre o flap traqueal e o tecido subcutâneo (ponto
de Bjork), que facilita o acesso à traqueia em caso de decanulação acidental.
Já no procedimento percutâneo, as mesmas estruturas são atravessadas pela agulha e em
seguida é posicionada a cânula. Inicia-se com a palpação da cartilagem cricoide para localizar o
segundo e o terceiro anel traqueal. Entre essas estruturas, perfura-se a membrana, coloca-se um
dilatador e em sequência um fio guia para posicionar a cânula. Ainda vale ressaltar que a
broncofibroscopia pode auxiliar na realização desse procedimento e melhorar a orientação da técnica
cirúrgica, especialmente se for necessário extubar uma intubação orotraqueal antes.
Outro aspecto fundamental é a anestesia. Se o paciente já estiver sob sedação, ainda
assim o anestesiologista deve estar acompanhando o procedimento, avaliando os parâmetros clínicos
do paciente e ajustando a ventilação. Se não estiver, a presença do anestesista torna-se ainda mais
essencial e deve ser ele a conduzir a sedação/hipnose do paciente para viabilizar o procedimento
cirúrgico. A escolha do fármaco devido para anestesia fica a cargo do anestesista, que deve considerar
disponibilidade da instituição, qualidade dos medicamentos, indicações e contraindicações
individuais de cada paciente, técnicas usuais e alergias ou complicações prévias do paciente.

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A seguir, pode-se observar as figuras das duas técnicas cirúrgicas: a primeira pela técnica
de Griggs (figura 3) e a segunda pela técnica percutânea (figura 4).

Figura 3 – Traqueostomia pela técnica de Griggs

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Figura 4 – Traqueostomia pela técnica percutânea

8. CUIDADOS NO PÓS-OPERATÓRIO
No período de pós-operatório imediato, o paciente deve ser monitorizado continuamente
e deve ser realizada radiografia de tórax para avaliar a distância da cânula em relação à carina. O
paciente deve ser posicionado com o decúbito elevado (entre 30 e 45°) e com a cabeça posicionada
de forma que não oclua a traqueostomia.
É essencial manter umidificação adequada (entre 36 e 40mgH2O/L), o ar umidificado deve
ser oferecido continuamente para reduzir a tendência de acúmulo de secreções e promover a
patência do tubo. A cânula deve ser mantida limpa por aspirações sempre que haja indicações clínicas
de obstrução. A primeira troca de tubo, assim como a retirada de fios inabsorvíveis, deve ser realizada
a critério do médico assistente do paciente.

8.1 Umidificação
É absolutamente essencial a realização da umidificação artificial para a manutenção da
umidade e da temperatura do ar inspirado. Com a temperatura mantida em torno de 32 a 34°C, a
umidade deve ser entre 36 a 40mgH2O/L. Para isso, podem ser utilizados nebulizadores,
umidificadores aquecidos ou umidificadores trocadores de calor e de umidade, ou ainda filtros
hidroscópicos.

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Quando a umidificação do ar não acontece corretamente, a secreção se torna mais


espessa e será mais difícil eliminá-la através da tosse, o que aumenta o risco de obstrução do tubo.
A correta umidificação exerce importante papel na fluidificação da secreção. É preciso prestar
sempre atenção na viscosidade do muco e se há traços de sangue no mesmo e oferecer uma
quantidade razoável de líquido para manter a fluidificação do muco. Se forem notadas rolhas de
secreção, será necessário que se faça aspiração para retirá-las e, caso não consiga, é preciso trocar
a cânula de traqueostomia.
Em casos de sangramento na traqueostomia, pode-se utilizar soro fisiológico 0,9% gelado
durante a aspiração, na intenção de amenizar o quadro. Para a resolução, muitas vezes, são
necessárias medidas com medicamentos para conter o sangramento local.

8.2 Aspiração
A aspiração de secreções deve ser realizada quando clinicamente indicada (ausculta
pulmonar, secreções visíveis e/ou audíveis, queda na saturação de oxigênio, cianose, expansão
torácica diminuída, alterações nos valores gasométricos, alteração na frequência respiratória e/ou
padrão respiratório, bradicardia/taquicardia e/ou agitação sem outra causa, aumento na pressão
de pico do ventilador), nos casos em que o paciente é incapaz de expectorar as secreções por conta
própria. O fisioterapeuta e/ou enfermeiro devem avaliar sistematicamente a necessidade de
realização do procedimento.
É necessário nebulizar e pré-oxigenar o paciente e limpar o cateter de sucção com a ponta
em solução salina estéril antes do procedimento. Também é importante atentar quanto ao
posicionamento correto do paciente, decúbito elevado com cabeceira de 30 a 45°.
Na aspiração, a sonda deve ter pressão de aspiração entre 100 e 120 mmHg (para que
haja remoção das secreções sem lesões na mucosa) e deve ser introduzida com cautela, com o
vácuo desligado e até a ponta da sonda sentir resistência. Em seguida, o vácuo é ligado e a sonda
é retirada suavemente com movimentos giratórios.
O cateter de sucção deve possuir múltiplos orifícios para diminuir o risco de lesões na
mucosa. Deve-se evitar dobrar e soltar o cateter na mucosa, uma vez que tal procedimento resulta
na aplicação de vácuo intenso, podendo causar maiores danos.
Quanto ao tamanho do cateter de aspiração, o calibre da sonda não deve ultrapassar dois
terços do calibre da cânula. Isso permite um fluxo de ar ao redor do cateter para evitar atelectasia
durante a aspiração. Uma outra consideração na escolha do cateter é a habilidade para remover
secreções adequadamente e detectar tubos parcialmente obstruídos.
A profundidade da aspiração não deve ultrapassar o comprimento da cânula, para evitar
traumatismos na traqueia. Um cateter largo e firme pode ser facilmente inserido e remover
secreções rapidamente, sendo esse um fator importante, pois as aspirações lentas podem resultar
em atelectasia.
Ainda é importante lembrar que se trata de uma técnica estéril: o profissional deve fazer
uso de avental, luvas, máscaras e óculos, além de cateteres estéreis para o procedimento de
aspiração. Assim, esse método deve ser utilizado no ambiente hospitalar. Após a aspiração, o
paciente deve ser reavaliado pela equipe.
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8.3 Troca da fixação


No caso de se trocar a fixação, é importante manter a área em volta do orifício limpa para
prevenir infecções. Deve-se trocar a fixação diariamente (após o banho ou sempre que estiver
molhada ou suja). Durante a troca da fixação, um profissional deve segurar o tubo no lugar enquanto
outro remove a fixação antiga e coloca uma nova. A fixação deve ser bem executada com cadarços
ou colares limpos (velcro), com uma folga de dois dedos para não sufocar o paciente.
Precauções na fixação: nunca amarrar a fixação da traqueostomia com um nó. A fixação
deve ser amarrada com um laço, o que facilitará a sua retirada. Para se certificar que a fixação foi
bem colocada, medir o espaço com o dedo indicador entre a fixação e o pescoço.

8.4 Troca da cânula


É recomendado que a troca do tubo de traqueostomia seja feita por profissional médico
ou fisioterapeuta, sendo a frequência de troca de cânula metálica a cada 30 dias e a frequência de
troca da cânula plástica em até 14 dias. A mesma cânula plástica só pode ser utilizada por até 90
dias, devendo então ser descartada. Já a cânula metálica não tem limite de tempo de uso, não
precisando ser descartada mesmo após anos de uso, exceto se houver algum defeito no
equipamento ou se o paciente não necessitar mais da cânula.
Materiais para a troca
 Uma cânula de traqueostomia de uso adulto adequada ao paciente e uma cânula de número menor;
 Fixação adequada (cadarço convencional ou velcro);
 Tesoura de ponta arredondada;
 Coxim nas escápulas se não houver contraindicação para hiperextensão cervical;
 Lidocaína gel;
 Avental, gorro, máscara e proteção para os olhos;
 Luva estéril;
 Gaze estéril;
 Bandeja de curativos ou de traqueostomia.

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Troca de tubo sem cuff Troca de tubo com cuff


 Explicar o procedimento para paciente;  Explicar o procedimento para paciente;
 Auxiliar paciente a sentar-se no leito,  Auxiliar paciente a sentar-se no leito,
mantendo o tórax em posição elevada, mantendo o tórax em posição elevada,
apoiado pelo coxim, com o pescoço apoiado pelo coxim, com o pescoço
ligeiramente estendido ou elevar a cabeceira ligeiramente estendido ou elevar a cabeceira
do leito; do leito;
 Paramentar-se com máscara, óculos, gorro e  Paramentar-se com máscara, óculos, gorro e
luvas estéril; luvas estéril;
 Colocar o obturador dentro do novo tubo;  Desinsuflar totalmente o cuff com uma
 Uso de lidocaína gel na porção da cânula a ser seringa de 20 ml ou manômetro de cuff;
introduzida;  Uso de lidocaína gel na porção da cânula a ser
 Com a mão não-dominante, retirar a cânula introduzida;
antiga;  Com a mão não-dominante, retirar a cânula
 Retirar curativo (gaze ou almofada) ao redor antiga;
do estoma, limpar o estoma com gaze e soro  Retirar curativo (gaze ou almofada) ao redor
fisiológico 0,9%; do estoma, limpar o estoma com gaze e soro
 Com a mão dominante, rapidamente, fisiológico 0,9%;
introduzir a nova cânula com o guia  Com a mão dominante, rapidamente,
posicionado no estoma; introduzir a nova cânula com o guia
 Se não houver sucesso na passagem da posicionado no estoma;
cânula do mesmo número, tentar uma  Se não houver sucesso na passagem da
segunda vez com uma cânula menor; cânula do mesmo número, tentar uma
 Verificar posicionamento correto da cânula segunda vez com uma cânula menor;
após a troca com padrão respiratório normal  Verificar posicionamento correto da cânula
e saída de ar pelo orifício interno da cânula; após a troca com padrão respiratório normal
 Colocar a fixação; e saída de ar pelo orifício interno da cânula;
 Se a segunda tentativa com a cânula menor  Colocar a fixação;
não obtiver sucesso, providenciar fonte de  Insuflar o cuff com o manômetro de cuff
oxigênio (O2) para o paciente e com 20 cmH2O;
monitorização;  Se a segunda tentativa com a cânula menor
 Uma segunda pessoa presente deve chamar não obtiver sucesso, providenciar fonte de
ajuda em caso de falha na troca. O2 para o paciente e monitorização;
 Uma segunda pessoa presente deve chamar
ajuda em caso de falha na troca.

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9. DECANULAÇÃO
A retirada da cânula de traqueostomia e realização do curativo oclusivo do estoma é um
procedimento difícil e somente deve ser tentado após resolução da doença primária que o indicou.
Se suspeita de alterações obstrutivas, realizar endoscopia de vias aéreas superiores para diagnóstico
e tratamento prévios, pois a via aérea superior deve estar restaurada para a passagem adequada do
fluxo aéreo.
Na maioria dos casos, a cânula de traqueostomia é retirada e o estoma se fecha
espontaneamente. Em cerca de 40% dos casos ocorre falha no fechamento, sendo necessário um
fechamento cirúrgico da fístula traqueocutânea, caso essa persista por 6 meses ou mais.
A técnica tradicional de decanulação envolve uma sequência de redução do calibre do
tubo, de um período que varia de dias a várias semanas. Quando o paciente estiver apto para tolerar
o menor tubo, este é removido. Entretanto o desmame da traqueostomia e a consequente
decanulação dependem de muitos fatores e por serem processos complexos, devem levar sempre
em consideração a importância da atuação da equipe multidisciplinar.
No caso de decanulação acidental, deve-se introduzir outra cânula de mesmo calibre ou
meio número menor pelo próprio cuidador. Esses cuidadores devem ser orientados quanto a
posicionamento do paciente e cuidados na reinserção, com lubrificação e tensão da pele.

9.1 Fatores que contraindicam decanulação


 Instabilidade hemodinâmica;
 Sinais de esforço respiratório;
 Suspeita clínica ou confirmação, de alterações obstrutivas de vias aéreas;
 Dependência de ventilação mecânica nos últimos três meses;
 Dependência da traqueostomia para a toalete pulmonar.

9.2 Critérios para decanulação


 Habilidade de tolerar o cuff desinsuflado por 24 horas;
 Ausência de secreção, de sinais de desconforto respiratório e de broncoaspiração;
 Tosse eficaz;
 Vias aéreas superiores íntegras;
 Capacidade de deglutição;
 Fala com válvula de fonação ou oclusão da traqueostomia.

A seguir pode-se conferir o fluxograma de decanulação, figura 5.

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Figura 5 – Fluxograma de decanulação

10. ORIENTAÇÕES PARA O DOMICÍLIO


Previamente à alta, é importante orientar a família quanto ao padrão respiratório do
paciente, sinais de infecção, troca de cânula, fixação, uso e troca do filtro de traqueostomia, aspiração
de secreções, manejo dos equipamentos de monitorização, oxigenoterapia, ressuscitação
cardiopulmonar básica e técnicas para alimentação adequada, o que irá permitir um bom manejo
com o paciente em domicílio.
A responsabilidade do treinamento do familiar referente ao procedimento de aspiração é
da equipe de fisioterapia e do enfermeiro, bem como a supervisão diária até a alta hospitalar.

10.1 Cuidados com o estoma


A traqueostomia é um orifício cirúrgico, sendo assim, é necessária higiene adequada e
algumas precauções observadas.
A higienização diária do estoma, ou com maior frequência, irá depender das condições
climáticas e de saúde geral do paciente, presença excessiva de secreção ou complicações locais. Não
se recomenda de rotina o uso de pomadas, exceto no caso de haver sinais de inflamação da pele
periestomal e, nesse caso, o uso deve seguir prescrição médica. A colocação de gaze entre a cânula
e a pele pode ser usada desde que não acumule umidade na região da pele periestomal.

10.2 Cuidados com aspiração


A técnica limpa é o procedimento habitualmente utilizado em domicílio. Todos os
cuidadores devem lavar bem as mãos antes e após o procedimento e as luvas de procedimento
podem ser usadas para proteção do cuidador. Após o término da aspiração, o cateter é lavado com
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água filtrada e/ou fervida, até que não haja mais secreções no lúmen e armazenado em recipiente
seco com tampa para novo uso. Cateteres individuais podem ser usados por 24 horas enquanto
permanecerem intactos e desde que seja feito inspeção para remover as secreções.
As vias aéreas superiores são revestidas por tecido delicado e cuidados precisam ser
tomados para não lesá-lo durante a aspiração. Por essa razão, a aspiração deve ser realizada de
forma intermitente e com rotação da sonda, prevenindo o trauma da mucosa da traqueia e dos
brônquios. A descida da sonda deve ocorrer sempre com o vácuo desativado e a sonda de aspiração
não deve ultrapassar o limite de 0,5 cm do final da cânula traqueal. Essa medida pode ser obtida na
embalagem da cânula e anotada para ser marcada na sonda de aspiração, pois, ultrapassar esse
limite traumatiza a carina, que é sensível à dor, e invade áreas do pulmão de maneira inadequada.
Ao chegar ao ponto desejado, deve-se acionar o vácuo e voltar aspirando.

10.3 Identificação precoce de complicações e condutas a serem tomadas


O cuidador do paciente traqueostomizado deve permanecer vigilante, ser orientado e
treinado quanto aos cuidados necessários em domicílio.
Uma informação de fácil entendimento melhora o conhecimento e o enfrentamento
do paciente com doença crônica, ajuda a desenvolver atitudes e habilidades, facilita a autonomia,
promove a adesão, torna capaz de entender como as próprias ações influenciam o padrão de saúde.
A orientação familiar é importante quanto aos cuidados com a traqueostomia, cuidados
e limpeza da pele periestoma, troca diária da fixação da cânula de traqueostomia, técnica correta
da aspiração das vias aéreas, prevenção de complicações e condutas frente às intercorrências.

10.4 Insumos necessários para os cuidados no domicílio


As famílias devem ter disponível em domicílio, ao menos, uma cânula de mesmo calibre
da atual em uso e outra de meio tamanho menor da atual em uso.

Lista de materiais necessários para cuidados com traqueostomia no domicílio por 30 dias
 Sonda de aspiração traqueal: 30 unidades
 Gaze estéril: 30 pacotes
 Luvas de procedimento: 3 caixas
 Aspirador portátil com borracha de aspiração de látex: 1 unidade
 Soro fisiológico 0,9% (flaconetes 10ml): 120 ampolas
 Borrachas para aspirador: 3 unidades
 Micropore: 1 unidade
 Xylocaína Gel ou outro lubrificante para facilitar a passagem da cânula
 Cadarço para fixação ou fixação de velcro (1 unidade/dia)
 Ambu (máscara de silicone) sem reservatório: 1 unidade
 Cânula de traqueostomia meio tamanho menor do que a em uso

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10.5 Cartão de identificação


Recomenda-se que os pacientes traqueostomizados possuam cartão de identificação
contando as seguintes informações: médico/hospital responsável, tamanho da cânula em uso,
comprimento da cânula, tamanho da sonda de aspiração, profundidade sugerida de aspiração, data
da última troca, necessidade de insuflar o balonete e o volume.

10.6 Orientação multiprofissional


A interação entre médico, enfermeiro, fisioterapeuta e fonoaudiólogo permite diminuir o
tempo de uso da traqueostomia, acelerando o desmame e o tornando mais seguro para o paciente,
com menor risco de insucesso e complicações.
Além disso, destaca-se a importância dos profissionais de terapia ocupacional, psicologia
e serviço social aos pacientes em uso de traqueostomia.
A atuação de profissionais de diferentes áreas complementa os cuidados, promovendo
ainda um plano assistencial individual, o que recai na melhoria da qualidade de vida do paciente.

11. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES

Enfermeiro
 Preparar o cliente nos cuidados pré e pós-operatório.
 Identificar precocemente qualquer fator contribuinte ao evento adverso e adotar medidas
preventivas/corretivas. Notificar a ocorrência de eventos adversos no Vigihosp (sistema de
notificação de eventos adversos e queixas técnicas).
 Participar junto à equipe multiprofissional no planejamento e prestação dos cuidados.
 Envolver o cliente e sua família no planejamento diário dos cuidados, visando à alta
responsável e orientação para os cuidados domiciliares.
 Capacitar a equipe técnica de enfermagem para a implementação dos cuidados, sob sua
responsabilidade legal, e supervisionar o seu cumprimento.

Técnico em Enfermagem
 Implementar as intervenções de enfermagem prescritas para a manutenção da via aérea
artificial.
 Participar junto a equipe multiprofissional no planejamento e prestação dos cuidados.
 Preparar o cliente nos cuidados pré-operatório.
 Implementar a prescrição de enfermagem.
 Identificar precocemente qualquer fator contribuinte ao evento adverso, adotar medidas
preventivas/corretivas e comunicar a chefia imediata.
 Envolver o cliente e sua família no planejamento diário dos cuidados.
 Auxiliar/colaborar nos cuidados para decanulação.

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Psicólogo
 Auxiliar a equipe no esclarecimento da indicação de traqueostomia para a família;
 Acolher e orientar familiares sempre que necessário.

Assistente Social
 Realizar entrevista social, objetivando compreender a situação socioeconômica e familiar dos
usuários, com o intuito de identificar a realidade social e as questões referentes à programação de
alta e elaboração de estratégias de intervenção. Veiculação de informações quanto aos direitos sociais
e direitos dos usuários dos serviços de saúde.
 Encaminhar o responsável para o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), com a
documentação organizada, para requerimento do benefício de Prestação Continuada (BPC),
conforme critérios do benefício.
 Realizar contato telefônico e encaminhar e-mail para o Programa Saúde da Família (PSF)
referenciando o caso para os acompanhamentos pós alta:
 Para adultos procedentes de Uberaba: encaminhar Relatório Médico pelo e-mail
melhoremcasa@uberabadigital.com.br para o Programa Melhor em Casa, solicitando a avaliação
para os acompanhamentos pós alta;
 Encaminhamento do responsável para acesso de aquisição dos insumos e materiais para
cuidados com a traqueostomia na cidade a qual o usuário for proveniente.

Terapeuta Ocupacional
 Dificuldades transitórias ou dificuldades de comunicação. Quando uma pessoa fica impedida
de se comunicar pela fala, necessita de forma alternativa para desempenhar essa função.
 A equipe de comunicação alternativa, composta por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais
e outros profissionais de saúde, deve ser responsável por avaliação, indicação do vocabulário e
treinamento do paciente e da sua família.

Fisioterapeuta
 A atuação do fisioterapeuta é essencial, tanto no cuidado inicial quanto na preparação dos
cuidadores para o cuidado domiciliar do paciente traqueostomizado.
 As técnicas desobstrutivas e reexpansivas da fisioterapia previnem complicações como
tampões mucosos e consequentemente, a ocorrência de desconforto respiratório, infecções
pulmonares e atelectasias.
 O cuidado adequado na fase pós-operatória é imprescindível para a redução do índice de
complicações e para a decanulação precoce.

Fonoaudiólogo
 O fonoaudiólogo atuará avaliando a mobilidade e postura da musculatura orofacial, tanto em
repouso quanto durante a deglutição, verificando possíveis riscos de penetração e aspiração
laringotraqueal, seja de saliva ou de dieta.

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 Nos casos em que for possível a manutenção da dieta por via oral, adequar consistência,
temperatura, utensílios, se é necessário a utilização de manobras protetivas de vias aéreas durante
ou após deglutição, adequados a cada caso.
 Em casos de disfagia onde não é possível retorno da alimentação por via oral, atuar na
reabilitação, minimizando sequelas.
 Auxiliar em formas alternativas de comunicação.
 Em casos possíveis, atuar, junto à equipe, no processo de utilização de válvula de fala, com
um intuito de facilitar a comunicação e reduzir riscos de broncoaspiração.
 Junto à equipe, facilitar o processo de decanulação, tendo em vista o retorno de uma
alimentação segura e da vocalização.

12. REFERÊNCIAS
A. C. CAMARGO CÂNCER CENTER. Orientações para pacientes: traqueostomia. São Paulo: A. C.
Camargo Câncer Center, [20--]. Disponível em:
https://www.accamargo.org.br/sites/default/files/2018-07/manual---traqueostomia.pdf. Acesso
em: 15 maio 2020.

COSTA, E. C. L.; RODRIGUES, C. F.; MATIAS, J. G.; BEZERRA, S. M. G.; ROCHA, D. de M.; MACHADO,
R. da S. et al. Cuidados para a prevenção de complicações em pacientes traqueostomizados.
Revista de Enfermagem UFPE on-line, Recife, v. 13, n.1, p. 169-178, jan. 2019.

CURCIO, A. The Laryngoscope, St. Louis, Mo, v. 113, n. 1, p. 1-10, 2003. Disponível em:
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_5.pdf. Acesso em: 15 maio 2020.

DURBIN JÚNIOR, C. G. Traqueostomy: why, when and how? Respiratory Care, Philadelphia, v. 55, n.
8, p. 1056-68, 2010.

ENGELS, P. T.; BAGSHAN, S. M.; MEIER, M.; BRINDLEY, P. G. Tracheostomy: from insertion to
decannulaltion. Canadian journal of surgery, Toronto, v. 52, n. 5, p. 427-33, 2009.

EVERITT, E. Caring for patients with a tracheostomy. Nursing times, London, v. 112, n. 19, p. 16– 20,
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MINEIRO. Procedimento Operacional Padrão “Ttraqueostomia: cuidados e decanulação”, versão 3.
Uberaba, MG: EBSERH, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/pops/pop_tqt_v3-final.pdf Acesso em 26/1/2023

FREEMAN, B. D. Tracheostomy update: when and how. Critical Care Clinics, Philadelphia, v.33, n. 2,
p. 311–22, abr. 2017.
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HEFFNER, J. E. The role of tracheotomy in weaning. Chest, Park Ridge, v.120, p. 477S-81S, 2001. Supl. 6.

LAGES, A. C. R.; VIEIRA, G. F.; SANTOS SOBRINHO, M.; FREITAS, N. S. Protocolo de cuidados e
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MENDES, F.; RANEA, P.; OLIVEIRA, A. C. T. de. Protocolo de desmame e decanulação de


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PENITENTI, R.; VILCHES, J. I. G.; OLIVEIRA, J. S. C. de; MIZOHATA, M. G. G.; CORREA, D. I.; ALONSO,
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SOARES, M. C. C. X.; WESTPHAL, F. L.; LIMA, L. C. de; MEDEIROS, J. M. Elaboração de protocolo de


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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Medicina. Traqueostomia e Cricotireoidotomia. São


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13. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO


VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
Atualização do protocolo (PRT) da Comissão de Protocolos
2 19/12/2022
Assistenciais Multiprofissionais

Elaboração Data: 24/8/2020


Vinícius Henrique Almeida Guimarães, acadêmico de medicina da UFTM; Ana Letícia de Freitas Silva,
acadêmica de medicina da UFTM; Carolina Cassiano, acadêmica de medicina da UFTM; Luciano Alves
Matias da Silveira, professor da Disciplina de Anestesiologia da UFTM e chefe da Unidade de
Especialidades Cirúrgicas do HC-UFTM; Flora Margarida Barra Bisinotto, professora da Disciplina de
Anestesiologia da UFTM; Thaís Santos Guerra Stacciarini, enfermeira da Divisão de Enfermagem e
Responsável Técnica (RT) do Serviço de Educação em Enfermagem
Validação
João Paulo Vieira dos Santos, cirúrgião torácico; Bruna Gomes Prates, RT de fisioterapia da UTI adulto
e coronariana; Ana Cláudia de Moraes Faquim, enfermeira, chefe da Unidade Bloco
Cirúrgico/RPA/CME); Andreia Duarte de Resende, chefe da Divisão Médica, coordenadora do Núcleo
de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais; Mara Danielle Felipe P. Rodrigues, chefe da Divisão de
Enfermagem; Priscila Salge Mauad Rodrigues, chefe da Unidade de Reabilitação substituta; Ivone
Aparecida Vieira Silva, chefe da Unidade de Atenção Psicossocial; Fernanda Carolina Camargo, chefe
do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente; Ivonete Helena Rocha, chefe da Divisão de
Gestão do Cuidado
Registro, análise e revisão final
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde substituta

Revisão – versão 2 Data: 9/1/2023


Sabrina Vilela Afonso, Fisioterapeuta Respiratória, UTI Tipo II
Avaliação
Luciana Paiva Romualdo, chefe do Setor de Gestão da Qualidade
Validação
Taciana Fernandes Araujo Ferreira, representante
Ivonete Helena Rocha, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado
Mara Danielle Felipe P. Rodrigues, chefe da Divisão de Enfermagem
Registro, análise e revisão final
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles Internos
Aprovação
Patrícia Naves de Resende, gerente de atenção à saúde substituta

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14. APÊNDICES

APÊNDICE A – CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE ADULTO TRAQUEOSTOMIZADO (UTILIZAÇÃO


QUANDO IMPLEMENTADO)
CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE ADULTO TRAQUEOSTOMIZADO
DADOS DO PACIENTE COM TRAQUEOSTOMIA NOME
DO PACIENTE:
HOSPITAL:
MÉDICO RESPONSAVEL:
Tamanho da Diâmetro Presença Comprimento Aspiração Tamanho sonda
Cânula Interno de cuff

Insuflação cuff Profundidade


Volume: ml da sonda: cm

Considerações aplicáveis:
Alerta: Patência de via aérea acima da cânula SIM NÃO
Data da última troca:

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