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TOCANTINS
HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS
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PROTOCOLO
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Título do MANEJO INICIAL DA PANCREATITE AGUDA Emissão: Emissão: Próxima revisão:
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1. SUMÁRIO
3.OBJETIVOS .................................................................................................................................3
4.JUSTIFICATIVAS .........................................................................................................................3
9. PROGNÓSTICO..........................................................................................................................7
10.2 ANALGESIA........................................................................................................................8
10.3 DIETA................................................................................................................................9
10.4 ANTIBIÓTICOS....................................................................................................................9
14. ANEXOS............................................................................................................................................12
15. REFERÊNCIAS...................................................................................................................................19
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2. SIGLAS E CONCEITOS
PA: Pancreatite Aguda
SIRS: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
TNF: Fator de Necrose Tumoral
IL: Interleucinas
SDRA: Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo
LSN: Limite Superior da Normalidade
CPRE: Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica
Na: Sódio
K: Potássio
PCR: Proteína C-Reativa
GGT: Gamaglutamiltranspeptidase
TGO: Transaminase Glutâmico-Oxalacética
TGP: Transaminase Glutâmico-Pirúvica
FC: Frequência Cardíaca
bpm: batimentos por minuto
mmHg: Milímetros de mercúrio → unidade para medir a pressão arterial
PAM: Pressão Arterial Média
FR: Frequência Respiratória
irpm: incursões respiratórias por minuto
mmoL/L: milimol por litro
mg/dL: miligrama por decilitro
BUN: Blood Urea Nitrogen (BUN(mg/dL) = uréia X 0,467). Valor de Referência para
mulheres 6-21 mg/dL e para homens 8-24 mg/dL
Cr: creatinina
UTI: Unidade de Terapia Intensiva
RL: Ringer Lactato
mEq/L: miliequivalente por litro
ITU: Infecção do Trato Urinário
DAC: Doença Arterial Coronariana
DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
PaCO2: Pressão parcial de gás carbônico
DM: Diabetes Mellitus
HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana
HCV: Vírus da Hepatite C
LDH: Desidrogenase láctica
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3. OBJETIVOS
Orientar os profissionais médicos sobre o diagnóstico e manejo inicial da pancreatite
aguda, para que os pacientes diagnosticados com esta patologia sejam atendidos de forma
sistematizada.
4. JUSTIFICATIVAS
Necessidade de padronização das condutas na área assistencial médica em relação
aos casos de pancreatite aguda diagnosticados no Hospital Universitário de Doenças Tropicais do
Tocantins - HDT-UFT.
pancreáticas (fosfolipase, elastase, tripsina, etc) e citocinas inflamatórias (TNF, fator de ativação
plaquetária, IL 1, 6 e 8), que são liberadas na corrente sanguínea pelo pâncreas inflamado, podendo
levar a quadros sistêmicos como, por exemplo, SDRA, insuficiência renal, choque, miocardite, etc.
A pancreatite aguda pode ser classificada em:
Leve ausência de falência orgânica e complicações locais ou sistêmicas.
Moderada falência orgânica transitória (que se resolve em menos de 48
horas) e/ou complicações locais ou sistêmicas sem persistência de falência
orgânica.
Severa / Grave persistência de falência orgânica (um ou múltiplos órgãos) por
mais de 48 horas.
O diagnóstico de pancreatite aguda é feito quando temos, pelo menos, dois dos três
seguintes critérios:
- Sintomas condizentes com pancreatite aguda
- Amilase ou lipase elevadas (pelo menos 3X o LSN)**
- Imagem radiológica compatível com pancreatite aguda.
Quanto à etiologia, a pancreatite pode ser idiopática em até 30% dos casos (quadros
em que o fator desencadeante não pode ser identificado). Etiologia biliar e ingestão de álcool
podem ser responsáveis por até 80% dos casos.
Patogênese Etiologia
- PCR
- Amilase
- Lipase
- Glicose sanguínea
- TGP
9. PROGNÓSTICO
Diversos escores prognósticos são utilizados para predizer o prognóstico da
pancreatite aguda (ver tabelas 6-9 nos anexos).
Dados clínicos como presença de SIRS na admissão e sua persistência, sem evidência
de melhora, em 48 horas, prediz um quadro de maior severidade. A SIRS quando persistente está
associada a uma mortalidade de até 25% se comparada com 8% em casos de SIRS transitória.
O exame de PCR na admissão e seriada tem sido um bom marcador para controle de
presença e evolução da resposta inflamatória de pacientes acometidos pela pancreatite aguda.
Os pacientes que devem ser encaminhados para leito de monitoramento em UTI são
os que apresentam:
PA severa / grave
PA e um ou mais dos seguintes parâmetros
FC < 40 ou > 150 bpm
Pressão Arterial sistólica < 80 mmHg; PAM < 60 mmHg ou Pressão Arterial diastólica
> 120 mmHg
FR > 35 irpm
Na sérico < 110 mmoL/L ou > 170 mmoL/L
K sérico < 2 mmoL/L ou > 7 mmoL/L
PaO2 < 50 mmHg
pH < 7,1 ou > 7.7
Glicose sérica >800 mg/dL
Ca sérico > 15mg/dL
Anúria
Coma
Devemos considerar transferência para leito de UTI nos pacientes que seguem com
SIRS persistente por mais de 48 horas; elevação do hematócrito (>44%), BUN > 20 mg/dL ou Cr > 1,8
mg/dL; aqueles com idade superior a 60 anos e para os que são portadores de doenças crônicas
cardiológicas, pulmonares e os que apresentam obesidade.
10.2 ANALGESIA
A dor abdominal geralmente é o sintoma primordial da pancreatite aguda e, se não
controlada, pode contribuir para a instabilidade hemodinâmica do paciente.
Os opióides são as drogas de escolha para o manejo primário da dor em pacientes
com pancreatite aguda. Pode-se utilizar meperidina, morfina e até mesmo o fentanil para alívio da
dor.
Alguns estudos preferem o uso da meperidina à morfina já que esta segunda pode
causar aumento na pressão do esfíncter de Oddi, porém não existem dados clínicos suficientes que
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10.3 DIETA
Num momento inicial o paciente com diagnóstico de pancreatite aguda deve ser
mantido em jejum, porém, assim que houver melhora da dor abdominal, náuseas e vômitos e
ausência de íleo adinâmico, a alimentação por via oral deve ser reintroduzida de forma precoce,
diminuindo, assim, translocação bacteriana.
A dieta a ser iniciada deve ser branda, com baixo teor de gordura e conforme a
aceitação do paciente.
Nos casos mais severos em que a dieta por via oral não pode ser iniciada (seja por
não aceitação do paciente ou alguma contra indicação clínica), orienta-se aguardar por até, no
máximo, 5 dias e iniciar dieta por via enteral, através de sonda nasoentérica ou nasogástrica. A
dieta enteral deve ser, preferencialmente polimérica. Sugere-se, porém, que, a medida que o
paciente inicie com aceitação da dieta via oral, esta seja otimizada até a retirada por completo da
dieta enteral.
Em casos mais graves, onde o paciente não tolera dieta enteral, deve-se considerar
dieta parenteral total.
10.4 ANTIBIÓTICOS
O uso de antibioticoprofilaxia não deve ser realizado, pois não há benefícios para o
paciente com pancreatite aguda, independente da severidade da doença.
O uso de antibióticos, nestes pacientes, está restrito a casos de forte suspeita ou
confirmação de infecção associada, seja pancreática ou extra pancreática (pneumonia, ITU, etc), já
que estas estão associadas com aumento de mortalidade.
Caso a infecção suspeitada não seja confirmada por culturas ou o foco infeccioso não
seja identificado, os antibióticos instituídos devem ser descontinuados.
A classe de antibiótico a ser utilizado deve levar em consideração o foco de infecção
suspeito e o perfil epidemiológico de cada instituição.
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Ausência de dor abdominal ou dor controlada com analgésicos simples via oral.
Aceitação de dieta via oral
Queda da PCR
Ausência de sinais de gravidade ou complicações orgânicas sistêmicas.
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14.ANEXOS
Pancreatite aguda
Pancreatite crônica
Falência renal
Colecistite aguda
Obstrução ou isquemia intestinal
Úlceras duodenais
Tumores pancreáticos
DM tipo 2
Cetoacidose diabética
Infecção pelo HIV
Infecção pelo HCV
Pós CPRE
Pós trauma abdominal
Sarcoidose
Doença celíaca
Drogas
Idiopática
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Alcoolismo
Anorexia nervosa / bulimia
Cirrose
Admissão 48 horas
A presença de 1-3 critérios indica pancreatite leve. Mais que 4 critérios indicam pancreatite grave.
A mortalidade aumenta de forma significativa com 4 ou mais critérios (> 40% com 6 ou mais critérios).
Admissão 48 horas
A presença de 1-3 critérios indica pancreatite leve. Mais que 4 critérios indicam pancreatite grave.
A mortalidade aumenta de forma significativa com 4 ou mais critérios (> 40% com 6 ou mais critérios).
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15.REFERÊNCIAS