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CURSO DE ENFERMAGEM
TRÊS CORAÇÕES
SETEMBRO/2021
FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA TRICORDIANA DE EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO VERDE
ALUNOS:
Bruna Alzira de Souza Costa
Caroline Oliveira de Almeida
Lucas Mateus de Jesus da Silva
Maria Eduarda Lima Teodoro
Samantha Mosti Gomes
Tanismara Correa
Três Corações
Ano 2021
RESUMO
Apendicite é uma inflamação aguda que acomete o Apêndice Cecal, de modo a ocasionar uma obstrução luminal
do mesmo, o que acaba resultando em uma isquemia da mucosa. Caso não haja intervenção, essa isquemia tende
a se agravar cada vez mais evoluindo para uma isquemia transmural. Em seguida, o quadro evolui para uma
apendicite perfurada, o que leva, por conseguinte, a desencadear um quadro de peritonite. Por ser um caso
comum e muita das vezes negligenciado, e que pode gerar muitas complicações em vários sistemas do corpo o
mesmo foi selecionado para enriquecer nossa formação através deste estudo de caso detalhado.
ABSTRACT
Appendicitis is an acute inflammation that affects the Cecal Appendix, causing a luminal obstruction of the
same, which ends up resulting in mucosal ischemia. If there is no intervention, this ischemia tends to worsen
more and more, evolving into transmural ischemia. Then, the condition evolves into a perforated appendicitis,
which leads, therefore, to trigger peritonitis. As it is a common and often neglected case, which can generate
many complications in various body systems, it was selected to enrich our training through this detailed case
study.
Figura 01 – TC de Tórax............................................................................................... 15
Figura 02 – TC de Abdômen ....................................................................................... 16
LISTA DE TABELAS
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11.5. Risco de hipotermia perioperatória ........................................................................... 18
11.6. Dor Aguda .................................................................................................................... 18
12 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM .................................................................. 18
13 AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM ......................................................................... 19
13.1. Risco de infecção no sítio cirúrgico ............................................................................ 20
13.2. Integridade da pele prejudicada ................................................................................ 20
13.3. Risco de recuperação cirúrgica retardada ................................................................ 21
13.4. Risco de sangramento.................................................................................................. 22
13.5. Risco de hipotermia perioperatória ........................................................................... 22
13.6. Dor aguda ..................................................................................................................... 22
14 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM ......................................................................... 23
15 CONCLUSÃO.............................................................................................................. 24
16 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 25
17 APÊNDICES ................................................................................................................ 27
18 ANEXOS ...................................................................................................................... 29
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1 INTRODUÇÃO
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1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
13 anos Solteiro
Masculino Estudante
Branca Mãe J. M. S.
2 QUEIXA PRINCIPAL
Falta de ar, dor no peito, dor abdominal, dor de cabeça e febre depois de quadro de
Covid-19 há 2 meses.
3.1. Complicações
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4 HISTÓRIA PESSOAL E SOCIAL
SIC da mãe informa manter boa aceitação das dietas orais oferecidas e alta ingesta hídrica,
sono normal, hábitos intestinais e diureseespontânea sem anormalidades.
Atualmente a paciente encontra-se realizando tratamento para Adenóide, faz uso domiciliar de
Busonid.
6 HISTÓRICO FAMILIAR
SIC da mãe relata histórico em avô materno portador de diabetes, hipertensão e problemas de
coração dos quais não soube especificar.
7 EXAME FÍSICO
DA PA FC TAX FR
TA (mmHg) (bpm) (º C) (irpm)
19/0 100x60 66 36,6 26
8/21
Tabela 01 – Sinais Vitais Fonte: Elaborado pelos autores
DATA ECG
19/08/21 15
Tabela 02 – Escala de Coma de Glasgow
Fonte: Elaborado pelos autores
Paciente mantendo abertura ocular espontânea, resposta verbal normal, resposta
motora obedecendo aos comandos.
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7.3. Avaliação dos Sistemas do Corpo
7.3.4. Abdômen
Inspeção em superfície da parede abdominal sem presença de pelos, com presença de incisão
cirurgica de mcburney. Cicatriz umbilical dentro da normalidade. Não há presença de
herniações, RH presente nos quatro quadrantes, impossibilitado aos testes de Murphy e
Giordano, abdome globoso indolor à palpação superficial exceto na região da incisão
cirúrgica.
7.3.5. Membros
Exame dos MMSS: Normocorado, sem edema, unhas com formatos normais, pele hidratada,
contratura muscular dentro da normalidade, rede venosa e linfática normais, sem lesões.
Temperatura da pele dentro da normalidade, pulsos radial e braquial normais, perfusão
tecidual, tônus e força muscular dentro do normal.
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Exame dos MMII: Coloração normal, sem edemas, unhas com formato normais, pele
hidratada, contratura muscular dentro da normalidade. Teste de cacifo negativo, temperatura
da pele dentro da normalidade, pulso poplíteo normal, tônus e força muscular dentro do
normal.
8 MEDICAÇÕES
Medicamento indicado para o alívio dos sintomas e tratamento crônico de rinites alérgicas,
não alérgicas e da polipose nasal (tecidos aumentados que se desenvolvem no revestimento
interno do nariz) (CONSULTA REMÉDIOS, 2019).
Paciente utiliza um spray em cada narina quando o nariz ficava muito congestionado.
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8.2.3. Ceftriaxona 1g
• Para que serve: é um antibiótico;
• Ação: Tem uma ação bactericida contra uma série de bactérias Gram-positivas e Gram-
negativas mediante a inibição da síntese dos mucopeptídeos na parede celular das bactérias;
• Possíveis reações: eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, erupção cutânea e
aumento das enzimas hepáticas.
• Indicação: Paciente utilizava 1 ampola EV de 12/12 horas.
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9 DIAGNÓSTICOS MÉDICOS
Devido as queixas relatadas, o paciente pediátrico foi submetido a exames para investigar sua
condição de saúde e a origem dos sintomas, o qual apresentava febre e náuseas intensas e dor
abdominal, além disso o paciente se encontrava com dessaturação, o que inicialmente levantou
a suspeita de embolia pulmonar, por isso foram solicitados os exames de angio tomografia
computadorizada do tórax e do abdômen total, além do exame clínico.
No exame clínico, após a coleta dos sinais vitais foi realizada a palpação no abdômen, onde o
paciente apresentou dor à palpação no quadrante inferior direito e dor a descompressão - sinal
de McBurney (UNASUS, 2020), um dos indicativos de apendicite, no entanto, devido a falta
de ar, o diagnóstico não era completamente claro.
Então, em internação de urgência, o médico responsável ao avaliar o exame de Tomografia
Computadorizada (TC) do tórax, descartou a possibilidade de tromboembolismo pulmonar,
conforme expresso na figura 01, abaixo:
Figura 01 – TC de Tórax
Fonte: Disponibilizado pela responsável do Paciente
Logo, sendo que os resultados do exame do tórax não apresentavam nenhuma condição
considerável que justificasse a dessaturação do paciente.
Então a investigação seguiu para a análise da TC do abdômen (figura 02)
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Figura 02 – TC de Abdômen
Fonte: Disponibilizado pela responsável do Paciente
Conforme acima, o exame apresentou evidências de apendicite aguda, sendo compatível então
com o exame clínico, demonstrando a necessidade da cirurgia de remoção de apêndice,
denominada apendicectomia, sendo de extrema importância os cuidados de enfermagem pré e
pós-cirúrgico, especialmente em pacientes pediátricos, pois as consequências deste
diagnóstico podem ser gravíssimas, requerendo muita capacitação e solicitude dos
profissionais (SANDES, et al., 2020), tendo em vista ainda que o exame demonstrou presença
de líquido livre na cavidade pélvica, o que indica que já houve a ruptura do órgão, e quando
ocorre a perfuração do apêndice, o líquido em seu interior (pus) é derramado na cavidade
abdominal, podendo produzir uma peritonite bacteriana, demonstra urgência cirúrgica
(MONTANDAN et al., 2007) (figura 02).
9.1. Apendicite
Apendicite é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão parecido com o dedo de uma luva,
localizado na primeira porção do intestino grosso. Qualquer pessoa corre o risco de ter uma
inflamação do apêndice, o que, sem o tratamento adequado, pode levar a graves complicações
(BVS, 2018).
Em mulheres, a inflamação das tubas uterinas, do útero ou dos ovários também provoca dor do
lado direito do abdômen, motivo pelo qual é preciso estabelecer o diagnóstico com auxílio de
exames de imagem, como ultrassom e tomografia.
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• Causas: Na maioria dos casos, a apendicite é provocada pela obstrução do apêndice com
restos de fezes, resultando em inflamação.
• Sintomas:
– dor do lado inferior direito do abdome. É uma dor pontual, contínua e localizada, fraca no
início, mas que vai aumentando de intensidade;
– náuseas, vômitos e perda de apetite;
– dor na parte alta do estômago ou ao redor do umbigo;
– flatulência, indigestão, diarreia ou constipação;
– febre, que, geralmente, começa após 1 ou 2 dias;
– perda de apetite;
– mal-estar geral, que pode ser confundido com um problema alimentar.
10 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Os Diagnósticos de Enfermagem foram definidos de acordo com os sinais, sintomas e queixas
do paciente em questão. Sendo assim, todos os diagnósticos abaixo foram retirados do livro
“Diagnóstico de Enfermagem da NANDA-I: Definições e Classificação – 2021/2023”.
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10.3. Risco de recuperação cirúrgica retardada
• Domínio 11: Segurança/Proteção
• Classe 2: Lesão Física
11 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Com base nos Diagnósticos de Enfermagem definidos para o paciente, foram citados abaixo
algumas intervenções relacionadas a cada, tendo como base o livro “NIC Classificação das
Intervenções de Enfermagem, 6ª Ed., 2016”.
- Avaliar presença de sinais flogísticos (dor, calor, rubor, edema) em incisões cirúrgicas;
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• Integridade da pele prejudicada:
- Avaliar condições da incisão cirúrgica;
• Risco de sangramento
- Monitorar pressão arterial;
• Dor aguda
- Avaliar a dor através da escala;
- Notificar o médico se as medidas não forem bem-sucedidas ou se a queixa atual for uma
mudança significativa em relação à experiência anterior de dor do paciente;
12 AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
Com base em todos os diagnósticos e intervenções definidos ao paciente no processo de
sistematização de enfermagem, busca-se uma melhora no quadro clínico como um todo. As
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intervenções adotadas buscam proporcionar uma melhora no estado de saúde, melhora da dor
no pré e pós-operatório, reduzir as chances de internação prolongada e proporcionar um
processo de cicatrização tranquilo e eficaz, sem demais complicações ao paciente.
Segundo as definições do NOC, 2010, devem ser avaliados após a aplicação da SAE para
verificação dos resultados os seguintes fatores:
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12.3. Risco de recuperação cirúrgica retardada
• Apetite
• Autocuidado: Atividades da Vida Diária (AVD)
• Cicatrização de Feridas: Primeira Intenção
• Consequências da Imobilidade: Fisiológicas
• Gravidade da Infecção
• Gravidade da Perda Sanguínea
• Gravidade de Náusea e Vômitos
• Hidratação
• Locomoção
• Mobilidade
• Nível de Desconforto
• Nível de Dor
• Recuperação Pós-procedimento
• Resistência
• Autocuidado: Alimentação
• Autocuidado: Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD)
• Autocuidado: Banho
• Autocuidado: Higiene
• Autocuidado: Vestir-se
• Condição para a Alta: Vida Independente
• Conhecimento: Controle da Infecção
• Controle da Dor
• Estado Cardiopulmonar
• Estado de Autocuidados
• Estado Nutricional: Energia
• Estado Nutricional: Ingestão de Alimentos e Líquidos
• Estado Respiratório
• Função Gastrointestinal
• Função Renal
• Resposta à Medicação
• Resposta Alérgica: Sistêmica
• Satisfação do Cliente: Aspectos Técnicos dos Cuidados
• Satisfação do Cliente: Cuidados Físicos
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• Satisfação do Cliente: Segurança
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13 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM
Data Evolução
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14 CONCLUSÃO
Sendo assim, a SAE implantada à investigação clínica é essencial para dar o apoio
necessário no levantamento de dados clínicos que auxiliem o médico no fechamento do
diagnóstico principal de Apendicite Aguda do paciente e depois na conduta certeira para o
quadro. Diante disso concluiu-se que o profissional requer comprometimento com o
conhecimento, além do aprimoramento profissional, por intermédio da utilização de
procedimentos padronizados, garantindo resultados satisfatórios para monitorização,
tratamento dos sinais e sintomas para atingir melhora e conforto do paciente, além da
profilaxia sobre as possíveis complicações da doença, para isso traçando metas utilizando de
recursos técnicos-científicos para a satisfação dos dois principais atores envolvidos no
processo: o enfermeiro e o paciente.
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15 REFERÊNCIAS
Biblioteca Virtual de Saúde, BVS. Apendicite, Ministério da Saúde, 2018. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/apendicite/
G1. “Ceftriaxona: o que é, pra que serve, e como usar” 2021. Pág: 1. Disponível em:
https://www.tuasaude.com/ceftriaxona-rocefin/
https://www.biosanas.com.br/uploads/outros/artigos_cientificos/14/0ac4055be9a07e3df54c72
e9651c589e.pdf
MATHIAS. F. T. “Enoxaparina sódica, para o que é indicada e para que serve?”. 2020.
Pág: 1. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/enoxaparina-sodica/bula
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Pediátricos. 2º Simpósio Int. de Esterelização e Controle de Infecção Relacionado a
assistência à saúde - SOBECC, 2020. Disponível em
https://trabalhos.simposiosobecc.com.br/wp-content/uploads/2020/11/269-Intervencoes-de-
enfermagem-no-pos-operatorio-de-apendicectomia-em-pacientes-pediatricos.pdf
SANTOS. M. T. “Dipirona: o que é, para que serve, efeitos colaterais e indicações”. 2021.
Pág: 1. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/dipirona-para-que-serve/
Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica.
12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. vol. II.
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16 APÊNDICES
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Dificuldade de Deglutir: - Sim ( ) - Não ( )
Alimenta-se via:
- Oral ( ) - SNE ( ) - SNG ( ) - Gastrotomia ( ) - NPP/NPT ( ) - Outros:
Tipo de dieta: - Geral ( ) - Restrita ( ) - Detalhes:
Mantém AVP? - Sim ( ) - Não ( ) - Onde:
Sinais Flogísticos: - Sim ( ) - Não ( ) - Detalhes:
Possui FAV? - Sim ( ) - Não ( ) - Detalhes:
Evacuações:
- Normal ( ) - Constipação ( ) - Diarreia ( ) - Dor ( ) - Hemorroida ( ) - Colostomia ( )
Apoio: - Nenhum ( ) - Laxante ( ) - Enema ( ) - Supositório ( )
Diurese:
- Normal ( ) - Nictúria ( ) - Disúria ( ) - Oligúria ( ) - Anúria ( ) - Hematúria ( ) - Piúria ( )
- Incontinência ( )
Aspecto e Cor da Urina:
Apoio: - Nenhuma ( ) - Fraldas ( ) - Sistema Camisinha ( ) - SVD ( ) - SVA ( ) - Cistossomia ( )
Tempo da SVD: Aspecto da SVD: _
Sono e repouso:
Acuidade visual: - Normal ( ) - Prejudicada ( ) - Cego ( ) - Nistagmo ( )
Detalhes visuais:
Exame Pulmonar: - Inspeção Pulmão: ( ) Simétrico ( ) Assimétrico - Ausculta Pulmonar: ( )
M.V. Ruídos Adventícios: ( ) Sibilos ( ) Roncos ( ) Estertores Finos Grossos - Percussão
do Tórax: ( ) Timpânico ( ) Maciço ( ) Hipertimpanismo - Palpação do Tórax: ( ) Presença
de Dor ( ) Crepitação ( ) Sem anormalidades.
Teste Giordano: - Positivo ( ) - Negativo ( ) - Detalhes:
Batimentos Cardíacos: - Normocardico ( ) - Bradicardico ( ) - Taquicardico ( )
Bulhas: ( ) Rítmicas ( ) Arrítmicas ( ) Hiperfonéticas ( ) Hipofonéticas ( ) Normofonéticas
Sopro: - Sim ( ) - Não ( ) - Onde?
- Detalhes Cardíacos:
Abdômen: - Flácido ( ) - Plano ( ) - Globoso ( ) - Distendido ( ) - Doloroso a palpação ( )
- Indolor a palpação ( )
Possui alguma cicatriz? - Sim ( ) - Não ( ) - Onde e Motivo:
Ruído Hidroaéreos: - Presente + ( ) - Ausente – ( ) - Hiperativo ( ) - Hipoativo ( )
Detalhes da Ausculta Abdominal:
EVOLUÇÃO DO ENFERMEIRO:
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17 ANEXOS
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