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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO CUANZA-SUL
INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE NÚCLEO DA CELA

WACO-KUNGO

TRABALHO DE E.P.M.C

TEMA:
Pacientes portadores de doenças do aparelho urinário
(Cistite)

Grupo nº: 01
Classe: 12ª
Turma: A
Sala: 01
Período: Tarde
Curso: Técnico de Saúde
Especialidade: Enfermagem geral

A DOCENTE

_____________________

Lic: Esmeralda A. Capópia

Waco-Kungo, 2024
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO CUANZA-SUL
INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE NÚCLEO DA CELA

WACO-KUNGO

Grupo nº: 01
Classe: 12ª
Turma: A
Sala: 01
Curso: Técnico de Saúde
Especialidade: Enfermagem geral

Integrantes

Nº Nome Classificação
01 Adriano Madureira
02 Albertina Frederico
03 Albina Maquinó
04 Almeida Eduardo
05 Amélia Viana
06 Ana Bimbi
07 AndréMartinho
08 Anilda Salucamba

Waco-Kungo, 2024
ÍNDICE
Introdução........................................................................................................... 1
2 Cistite............................................................................................................2
2.1 Revisão anatómica.................................................................................2
2.2 Sinais e intomas.....................................................................................3
2.3 Tipos de cistite.......................................................................................3
2.3.1 Cistite aguda....................................................................................3
2.3.2 Cistite intersticial..............................................................................4
2.4 Possíveis causas................................................................................... 4
2.4.1 Cistite na gravidez...........................................................................5
2.5 Diagnóstico da cistite.............................................................................5
2.6 Tratamento.............................................................................................6
2.7 Possíveis complicações.........................................................................6
2.8 Prevenção..............................................................................................6
2.9 Remédios para cistite............................................................................7
3 Cuidados de enfermagem............................................................................ 8
3.1 Avaliação do Paciente:...........................................................................8
3.2 Coleta de Amostras:...............................................................................8
Administração de Medicamentos.....................................................................8
3.3 Hidratação:.............................................................................................8
3.4 Educação do Paciente:..........................................................................8
3.5 Descanso Adequado:.............................................................................8
3.6 Monitoramento dos Sintomas:................................................................9
3.7 Seguimento:...........................................................................................9
4 Educação para saúde...................................................................................9
4.1 Higiene Pessoal:....................................................................................9
4.2 Hidratação Adequada:...........................................................................9
4.3 Urinar Regularmente:.............................................................................9
4.4 Evitar Irritantes:......................................................................................9
4.5 Banho Adequado:................................................................................10
4.6 Uso Responsável de Antibióticos:........................................................10
4.7 Procurar Ajuda Médica:........................................................................10
CONCLUSÃO....................................................................................................11
Referências Bibliográficas.................................................................................12
Introdução

No presente trabalho o grupo procurou de forma concisa e coesa debruçar de


um tema bastante pertinente no âmbito da disciplina de cirurgia, sobre
pacientes portadores de doenças do aparelho urinário, especialmente a Cistite,
onde de uma forma detalhada, falaremos sobre os sequintes subtemas:
Revisão anatómica, sinais e sintomas, causas, diagóstico, complicações,
tratamento, prevenção, cuidados de enfermagem e educação para saúde.

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1 Cistite

A cistite é uma infecção e inflamação da bexiga que pode causar sintomas


como vontade frequente de urinar, mas com pouco volume de urina, sensação
de peso na parte inferior da barriga e ardência ou queimação ao urinar.

A cistite geralmente é causada pela Escherichia coli, uma bactéria que se


encontra naturalmente presente no intestino e no trato urinário, mas que pode
se multiplicar e migrar até à bexiga.

1.1 Revisão anatómica

A revisão anatômica da cistite compreende o entendimento das estruturas


envolvidas no trato urinário e como elas podem ser afetadas nesta condição.

O sistema urinário inclui os rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. Em conjunto,


esses órgãos funcionam para filtrar o sangue, remover resíduos, criar urina e
transportar a urina para fora do corpo. Os rins filtram os resíduos do sangue; os
ureteres transportam a urina dos rins até a bexiga, que armazena a urina; e a
uretra é o canal pelo qual a urina é excretada para fora do corpo.

As mulheres possuem uma uretra mais curta, o que significa que as bactérias
têm um percurso menor para alcançar a bexiga, aumentando o risco de
infecção e, consequentemente, de cistite. A proximidade do meato uretral ao
ânus também facilita a contaminação por bactérias, especialmente a
Escherichia coli, que é a causa mais comum de cistite

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Cistite é uma inflamação ou infecção da bexiga, geralmente causada por
bactérias. É mais comum em mulheres e pode ser classificada como aguda ou
intersticial.

1.2 Sinais e sintomas

O principal sintoma deste grupo de doenças é a dor vesical/suprapúbica ("baixo


ventre"), que tipicamente aumenta à medida que bexiga enche e alivia com o
seu esvaziamento. Esta dor leva ao aumento da frequência urinária, uma vez
que os doentes evitam que a bexiga encha demasiado para que não tenham
dor.

Os sintomas mais sugestivos da cistite são:

 Dor ao urinar (disúria)


 Sensação de urgência e realização de um maior número de micções em
pequena quantidade (polaquiúria)
 Pode ocorrer hematúria (presença de sangue na urina)
 Desconforto na região pélvica
 Sensação de pressão na região abdominal inferior
 Febre pouco elevada
 A urina tende a ser mais escura, turva e com um odor forte

Nas crianças, a cistite pode traduzir-se pela ocorrência de episódios diurnos de


enurese (micção involuntária).

1.3 Tipos de cistite

Os principais tipos dessa infecção são a cistite aguda e a intersticial

1.3.1 Cistite aguda

A cistite aguda é uma infecção e inflamação na bexiga que começa de repente


e piora rapidamente. Neste tipo de infecção, a pessoa pode apresentar dor ao
urinar e vontade frequente para urinar, mas com pouco volume de urina.

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Os sintomas podem incluir dor ao urinar, necessidade frequente e urgente de
urinar, urina escura, turva ou com cheiro forte, e dor na parte inferior do
abdômen. Em crianças pequenas, os sintomas também podem incluir febre
alta, inapetência e vômitos. Se os sintomas forem severos ou persistirem por
mais de três dias, é importante consultar um médico.

O tratamento para a cistite aguda frequentemente envolve uma prescrição de


antibióticos para combater a infecção bacteriana. Além disso, recomenda-se
beber bastante água e evitar bebidas irritantes como café e álcool

1.3.2 Cistite intersticial

Esse tipo de cistite é uma inflamação das paredes da bexiga, que causa o seu
espessamento e diminui a capacidade de armazenar a urina, causando dor
durante a relação sexual, dor na ejaculação, nos homens, e dor durante a
menstruação, nas mulheres. Conheça mais sobre a cistite intersticial.

Os sintomas incluem dor pélvica e pressão na bexiga, além de urgência e


frequência urinária 9. O diagnóstico pode ser complexo e incluir exames como
histórico médico, exame pélvico e até cistoscopia.

O tratamento para a cistite intersticial é individualizado, pois não há uma


terapia única que funcione para todos. Algumas abordagens incluem
fisioterapia, alterações dietéticas, medicamentos orais e técnicas de
estimulação nervosa.

1.4 Possíveis causas

A cistite não complicada é causada por um escasso número de espécies


bacterianas e mais de 95% são produzidas por microrganismos aeróbios Gram-
negativos provenientes do cólon, dada a proximidade entre a região anal e a
zona urogenital. Entre essas bactérias, a Escherichia coli é a mais comum.

Uma minoria de episódios possui uma causa exógena, isto é, acontecem por
microrganismos ambientais que são introduzidos nas vias urinárias durante a

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sua manipulação para fins diagnósticos ou terapêuticos. Como tal, estes casos
ocorrem sobretudo em ambiente hospitalar.

Vários fatores aumentam o risco de infeção na mulher em fase de pré-


menopausa:

 Grau de atividade sexual (o maior fator de risco é ter mantido relações


sexuais recentes)
 Uso de espermicidas
 Atraso na micção pós-coito
 História de infeção urinária recente
 Fatores genéticos

Para além dos mencionados, existem outros motivos que contribuem para o
risco de cistite:

 O uso de diafragma, sobretudo quando associados a espermicidas


 A gravidez induz alterações hormonais que aumentam igualmente esse
risco
 A presença de cálculos na bexiga ou de uma próstata aumentada, uma
redução das defesas (diabetes, infeção pelo VIH/SIDA, tratamentos
imunosupressores) ou o uso prolongado de uma algália.

1.4.1 Cistite na gravidez

A cistite na gravidez pode ser mais frequente porque nesta fase a mulher
possui um comprometimento natural do sistema imunológico, favorecendo o
desenvolvimento de microrganismos e a ocorrência de infecções urinárias. A
cistite na gravidez causa os mesmos sintomas da infecção urinária e o
tratamento deve ser orientado pelo ginecologista.

1.5 Diagnóstico da cistite

A história clínica e o exame médico são elementos de análise muito


importantes.

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Para a realização do diagnóstico da infeção urinária, a prova utilizada com
maior frequência é a tira reativa e, no caso do resultado desta ser negativo,
recorre-se ao estudo laboratorial da urina, avaliando o seu sedimento e
realizando provas culturais que permitem identificar o microrganismo. A
ecografia, cistoscopia ou estudos por imagem podem ser úteis nalgumas
circunstâncias.

1.6 Tratamento

O tratamento é variado. Podem ser utilizados diversos tipos de antibióticos,


com diferentes doses, posologias e durações de tratamento. Com a
combinação destes tratamentos e acompanhamento adequado, é possível
controlar os sintomas e melhorar muito a qualidade de vida dos doentes com
este problema.

1.7 Possíveis complicações

Quando a cistite não é tratada adequadamente, as bactérias podem migrar da


bexiga para os rins, causando a pielonefrite. O tratamento da pielonefrite deve
ser iniciado rapidamente para evitar que as bactérias cheguem à corrente
sanguínea e causem septicemia, que é uma infecção grave e que pode levar
ao óbito.

Outras possíveis complicações da cistite incluem trombose das vias renais,


insuficiência renal aguda e prostatite, que é uma inflamação da próstata,
causando sintomas como dor, queimação ao urinar e febre. Conheça mais
sobre a prostatite.
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1.8 Prevenção

As seguintes medidas podem ajudar a prevenir:

 Fazer higiene cuidadosa dos órgãos genitais depois do ato sexual

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 Usar sabonetes neutros e sem perfume na higiene íntima; fazer o
movimento de limpeza no sentido da frente para trás;
 Esvaziar completamente a bexiga ao urinar, não adiando a micção;
 Evitar roupa interior e calças apertadas, preferir roupa de algodão;
 Os doentes com algália/ cateteres devem pedir ajuda a equipa de
enfermagem.

É previsível que a maioria das mulheres tenha pelo menos um episódio de


cistite durante a sua vida e muitas terão mais do que um.

Quando a cistite surge em homens e crianças é importante consultar sempre o


médico. É mais provável que a cistite masculina resulte de outra condição
subjacente, como infeção, obstrução ou aumento da próstata ou cancro.
Homens com relações homoafetivas são mais propensos a ter cistite. Na
maioria dos casos de cistite masculina, o tratamento precoce resolve o
problema de maneira eficaz, mas infeções na bexiga não tratadas podem levar
a inflamações ou danos nos rins ou na próstata.

1.9 Fármacos para cistite

Os remédios mais usados para o tratamento de cistite são:

 Amicacina
 Amoxicilina + Clavulanato de Potássio
 Ampicilina Sódica
 Androfloxin
 Bacteracin e Bacteracin-F
 Cipro
 Clocef
 Clordox
 Cloridrato de Lidocaína
 Bactrim
 Ceclor
 Cefalotina
 Ciprofloxacino

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 Clavulin
 Cystex
 Doxiciclina
 Flanax

2 Cuidados de enfermagem
A cistite é uma inflamação da bexiga, geralmente causada por uma infecção
bacteriana. Os cuidados de enfermagem para pacientes com cistite incluem:

2.1 Avaliação do Paciente:

Realizar uma entrevista detalhada para coletar informações sobre os sintomas,


histórico médico e fatores de risco.

Realizar exames físicos para avaliar a gravidade dos sintomas e possíveis


complicações.

2.2 Coleta de Amostras:

Coletar amostras de urina para cultura e teste de sensibilidade, a fim de


identificar o agente causador e determinar a melhor abordagem terapêutica.

Administração de Medicamentos:

Administrar antibióticos prescritos pelo médico para tratar a infecção


bacteriana.

Oferecer analgésicos ou anti-inflamatórios para aliviar a dor e a inflamação.

2.3 Hidratação:

Incentivar a ingestão adequada de líquidos para ajudar a eliminar as bactérias


do trato urinário e aliviar a irritação na bexiga.

2.4 Educação do Paciente:

Orientar sobre a importância de completar o curso de antibióticos conforme


prescrito.

Instruir sobre a importância de beber muitos líquidos para ajudar a aliviar os


sintomas.

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Explicar medidas de higiene pessoal, como a limpeza adequada após a
evacuação e a preferência por roupas íntimas de algodão.

2.5 Descanso Adequado:

Recomendar repouso para permitir que o corpo se recupere mais rapidamente.

2.6 Monitoramento dos Sintomas:

Monitorar regularmente os sinais vitais e os sintomas para avaliar a eficácia do


tratamento.

Ficar atento a complicações, como febre persistente, dor intensa ou outros


sinais de piora.

2.7 Seguimento:

Agendar consultas de acompanhamento para garantir que a infecção tenha


sido tratada com sucesso e para abordar quaisquer preocupações persistentes.

3 Educação para saúde

A educação para a saúde relacionada à cistite envolve a prevenção, o


reconhecimento dos sintomas, o tratamento adequado e a promoção de
hábitos saudáveis. Aqui estão algumas orientações educacionais para a saúde
relacionadas à cistite:

3.1 Higiene Pessoal:

Incentive a prática de uma boa higiene pessoal, especialmente na área genital.

Recomende a limpeza adequada após usar o banheiro, sempre da frente para


trás para evitar a contaminação da uretra com bactérias do ânus.

3.2 Hidratação Adequada:

Incentive a ingestão regular de líquidos, especialmente água. A hidratação


adequada pode ajudar a diluir a urina e reduzir a concentração de substâncias
que podem irritar a bexiga.

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3.3 Urinar Regularmente:

Instrua sobre a importância de esvaziar a bexiga regularmente, não segurando


a urina por longos períodos de tempo. Isso ajuda a eliminar bactérias que
podem estar presentes na uretra.

3.4 Evitar Irritantes:

Oriente a evitar substâncias irritantes, como produtos de higiene perfumados,


sprays vaginais e banhos de espuma, que podem irritar a uretra e a bexiga.

3.5 Banho Adequado:

Recomende banhos regulares em vez de banhos de imersão, pois estes


podem introduzir bactérias na uretra.

3.6 Uso Responsável de Antibióticos:

Explique a importância de completar o curso de antibióticos prescrito pelo


médico, mesmo que os sintomas melhorem antes do término do tratamento.

3.7 Procurar Ajuda Médica:

Informe sobre os sinais de alerta da cistite e incentive a procurar ajuda médica


se houver sintomas como dor ao urinar, aumento da frequência urinária,
urgência em urinar, e presença de sangue na urina.

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CONCLUSÃO

Contudo, chegamos a concluir que a cistite é uma inflamação da bexiga,


na maioria dos casos de causa infecciosa e, "A cistite, também chamada de
infecção urinária baixa, é uma doença inflamatória ou infecciosa da bexiga
urinária, órgão responsável pelo armazenamento da urina antes de sua
eliminação para o meio externo. A cistite, geralmente, é desencadeada pela
colonização da bexiga por bactérias presentes em nosso intestino, sendo a
principal delas a Escherichia coli."

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Referências Bibliográficas

NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. nterstitial Cystitis. Disponível em:


<https://www.kidney.org/atoz/content/interstitial>. Acesso em 14 mar 2023

TREASURE ISLAND (FL): STATPEARLS PUBLISHING. Cystitis. Disponível


em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482435/>. Acesso em 14 mar
2023

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