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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PRT.SVSSP.007 - Página 1/5
PROTOCOLO
Documento
Título do PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES E Emissão: 12/02/2021 Próxima revisão:
Documento COLONIZAÇÕES POR ENTEROCOCCUS RESIS- Versão: 2 12/02/2023
TENTE À VANCOMICINA (VRE) E KLEBSIELLA
PNEUMONIAE CARBAPENEMASE (KPC).

1. OBJETIVO
Estabelecer as medidas de prevenção e controle das infecções e colonizações por Enterococcus
resistente à vancomicina (VRE) e Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) e prevenir a
transmissão destes agentes no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(HC-UFTM).

2. MATERIAL
 Swab para cultura de vigilância
 Antisséptico para higienização das mãos e desinfecção de superfícies
 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

3. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Unidades de Internação e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do HC-UFTM.

4. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

4.1 Medidas de prevenção e controle das bactérias multirresistentes

 Infecção por bactérias multirresistentes


 Confirmar pelo isolamento dos agentes em líquidos ou secreções estéreis (sangue, urina,
líquido pleural, etc.);
 Registrar no prontuário “Infecção por bactérias multirresistentes”;
 Identificar o leito com a placa de “PRECAUÇÃO DE CONTATO”;
 Utilizar quarto privativo ou em grupos separados pela presença de um mesmo agente
infeccioso (coorte).

 Colonização por bactérias multirresistentes


 Coletar swab retal para vigilância de colonização dos pacientes que apresentam algum fator
de risco;
 Em caso de positividade, as coletas deverão ser repetidas a cada semana, até que haja dois
resultados negativos consecutivos do paciente;
 Registrar no prontuário “Colonização por bactérias multirresistentes”;
 Identificar o leito com a placa de “PRECAUÇÃO DE CONTATO”;
 Utilizar quarto privativo ou em grupos separados pela presença de um mesmo agente
infeccioso (coorte);
 Não postergar a alta hospitalar dos pacientes colonizados assintomático.

 Higiene das mãos


 A higienização das mãos deve ser realizada com antisséptico degermante (clorexidina 2%);
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
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 Utilizar produto alcoólico rotineiramente e caso as mãos estiverem visivelmente sujas utilizar
água e antisséptico.

 Cuidados e orientações à equipe


 Utilizar avental descartável, luva de procedimento máscara e, nos casos de risco de contato
de fluidos com a face do profissional, utilizar óculos de proteção e máscara cirúrgica;
 Retirar os EPIs antes de sair do quarto, calçar novas luvas de procedimento para descartar
os materiais utilizados na limpeza e higienizar as mãos;
 O material utilizado na assistência deve ser individual, levar ao leito apenas o que será
utilizado; utilizar preferencialmente o material disponível na unidade, higienizando após o uso;
 Não guardar em geladeira coletiva, qualquer produto que tenha vindo do quarto do
paciente;
 A deambulação no corredor, de pacientes em precaução de contato é permitida, desde que
não haja riscos de dispositivos invasivos tocarem superfícies e contaminarem o ambiente; os
pacientes em precaução devem evitar permanecer em ambientes comuns;
 Roupas devem ser dispostas diretamente no hamper.

 Cuidados com as superfícies e ambiente


 Utilizar detergente e quaternário de amônio nos pisos e paredes;
 Utilizar varredura úmida;
 Realizar limpeza concorrente com água e sabão e desinfecção com álcool 70% a cada turno;
 Realizar limpeza terminal entre pacientes e no mesmo paciente semanalmente;
 Evitar o excesso de materiais de consumo expostos no ambiente, como caixas de luvas,
medicamentos de uso coletivo, produtos de higiene pessoal;
 Quando da transferência do paciente para outros setores, descartar ou enviar, se possível,
para a unidade de destino os materiais de consumo diário (esparadrapo, fita, pacotes de gaze e
compressa etc.);
 Realizar limpeza e desinfecção com água e sabão e álcool 70% na cadeira ou maca utilizadas
no transporte.

 Cuidados com equipamentos


 Estetoscópio, termômetro e manguitos de pressão não invasiva devem ser
preferencialmente de uso individual;
 Quando não for possível o uso individual, realizar limpeza e desinfecção entre um paciente
e outro, bem como outros materiais reutilizáveis.

 Controle de fluxo na Unidade


 Restringir a circulação de pessoas, sejam estudantes, estagiários, visitantes ou
acompanhantes;
 Estimular a higienização das mãos do paciente, visitantes e acompanhantes;
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 Utilizar avental de preferência de manga comprida quando em contato com o paciente;


 A precaução de contato deve ser mantida em casos de vigilância até o resultado de duas
culturas negativas com prazo de sete dias;
 Na UTI, quando da positividade de um paciente, instituir precaução de contato por coorte e
proceder à coleta de cultura de vigilância para TODOS os pacientes que estão no mesmo espaço
físico;
 A presença de acadêmicos da graduação e da pós-graduação deverá ocorrer sob a orientação
direta do preceptor/tutor/staff/docente e, em situações de surto, a Gerência de Ensino e
Pesquisa do HC será informada para as cabíveis restrições de fluxo.

 Transporte intra-hospitalar
 Durante o transporte intra-hospitalar aplicar as medidas de precauções de contato para os
profissionais que entram em contato direto com o paciente, incluir o reforço nas medidas de
higiene do ambiente;
 Comunicar o setor de destino se o paciente é infectado ou colonizado por micro-organismos
multirresistentes.

 Cultura de Vigilância
 A investigação de vigilância e de controle será obtida pela cultura da amostra retal, por meio
do método de coleta por swab, conforme orientação específica para rastreio;
 A coleta de cultura admissional, quando indicada, pode ser realizada na emergência, sempre
que possível, ou na unidade de internação nas primeiras 24 horas do contato com caso índice;
 As coletas de rotina deverão ser realizadas pelas unidades em que o paciente estiver
internado; todas as amostras microbiológicas devem ser adequadas, desde a identificação,
coleta, armazenamento e transporte para obtenção de resultados confiáveis respeitando as
normas de biossegurança.

 Controle de visitas e acompanhantes


 Para pacientes em precaução de contato as visitas serão restritas a um visitante por vez, em
qualquer unidade, respeitados os horários definidos pela instituição; manter as medidas de
precaução por contato;
 Os acompanhantes devem ser orientados sobre as rotinas do serviço e dos cuidados, devem
permanecer no quarto, evitando circular pela unidade e manter as medidas de precaução por
contato.

 Terapia renal substitutiva


 O paciente em isolamento por KPC e/ou VRE, quando possível, deve ser dialisado em sala
separada dos demais, ou no leito de origem, em caso deste estar internado.

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 Critérios para retirada de isolamento


 Os pacientes colonizados por VRE e KPC poderão ser retirados da precaução de contato após
2 culturas de swab negativos.

 Considerações gerais
 Bloquear a enfermaria em que o caso índice foi identificado. Não realizar novas admissões e
nem a transferência dos pacientes em rastreio para outras enfermarias;
 Realizar banho com clorexidina degermante 2% nos casos suspeitos e confirmados três vezes
na semana;
 Os casos de colonização e infecção por VRE e KPC devem ser alocados de preferência na
mesma unidade de internação, para otimizar o uso de recursos humanos e evitar a transmissão
cruzada.

5. REFERÊNCIAS

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Nota Técnica nº 01/2013: Medidas de Prevenção
e Controle de Infecções por Enterobactérias Multirresistentes. Abril de 2013.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Nota Técnica n° 1/2010: Medidas para
Identificação, Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à saúde por
Microrganismos Multirresistentes. Outubro de 2010.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Investigação e controle de bactérias


multirresistentes. Maio de 2007.

Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de infecção relacionada a assistência a saúde.


Precauções e Isolamento.2ª. edição. 2012.

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6. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
VERSÃO
22/01/2021 Atualização do protocolo (PRT)
2

Elaboração – versão 1 Data: 11/12/2017


Eva Claudia Venancio de Senne, chefe da Unidade de Vigilância em Saúde e Qualidade Hospitalar
Luciana Paiva Romualdo, enfermeira da Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais (UGRA)
Patrícia Borges Peixoto, chefe da UGRA
Revisão
Daniela Galdino Costa, enfermeira do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente (SVSSP)
Validação
Cristina Hueb Barata, chefe do SVSSP
Registro, Análise e Revisão
Alice Prudente Borges, assistente administrativo da Unidade de Planejamento
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Colegiado Executivo

Revisão e atualização da equipe – versão 2 Data: 22/01/2021


Luciana Paiva Romualdo, responsável pela UGRA
Validação
Rodrigo Juliano Molina, chefe do SVSSP substituto Data: 22/01/2021
Registro, Análise e Revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da UP Data: 12/02/2021
Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde Data: 12/02/2021

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