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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Revisão em


COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
01/2022
Controle de Transmissão de Microrganismos Multirresistentes (MMR)

CONTROLE DE TRANSMISSÃO DE MICRORGANISMOS


MULTIRRESISTENTES (MMR)
1.) DEFINIÇÃO

As infecções causadas em decorrência de microrganismos multirresistentes, tem se tornado tema


relevante para a saúde pública em todo mundo. Sabe-se que os pacientes acometidos por tais
infecções dispendem de maior período de internação, maior probabilidade de complicações e
agravamento do estado de saúde e mortalidade, e de tratamentos farmacológicos mais onerosos,
quando comparadas à pacientes com infecções sensíveis aos antimicrobianos disponíveis nas
redes.
A resistência microbiana é um fenômeno mundial, que ocorre de forma natural, a partir do
momento em os microrganismos desenvolvem resistência a maior parte dos antimicrobianos que
antes eram indicados para o seu tratamento.
O conhecimento sobre a transmissibilidade de doenças comunitárias para o âmbito hospitalar, além
das novas formas de resistência antimicrobiana que tem sido identificadas na literatura científica,
torna pertinente a reavaliação dos métodos utilizados para o isolamento deste perfil de paciente em
nosso hospital.

2.) OBJETIVOS

- Orientar os profissionais de saúde quanto aos cuidados na prevenção, e disseminação de MMR


no Hospital Municipal de Maringá;
- Respaldar os profissionais quanto às medidas de isolamento;
- Prevenir a ocorrência de surtos e transmissão cruzada de MMR;
- Instituir rotina para a vigilância de pacientes potenciais para a transmissão de MMR;
- Padronizar orientações de alta ao paciente com colonizado por BMR.

3.) CONCEITOS GERAIS

3.1. Microrganismos multirresistentes (MMR): São microrganismos com desenvolvimento de


resistência à antimicrobianos. De acordo com os critérios epidemiológicos, clínicos e laboratoriais,
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os MMR são classificados em três categorias: MDR (Multidrug-resistant) – quando são resistentes
a um ou mais antimicrobiano de três ou mais categorias testadas. XDR (Extensivelydrug-resistant)
– quando são resistentes a um ou mais antimicrobianos em quase todas as categorias. PDR
(Pandrug-resistant) – resistente a todos os agentes antimicrobianos testados.

3.2. Contaminação: Presença transitória de microrganismo em superfícies sem invasão tecidual ou


relação de parasitismo. A contaminação pode ser identificada tanto em objetos inanimados
(exemplo: termômetros, estetoscópio, bacias...) como nos organismos vivos (exemplo: flora
transitória das mãos).

3.3. Colonização: É o crescimento e multiplicação de um organismo em superfícies epiteliais do


hospedeiro, sem que haja uma complicação clínica ou imunológica para o hospedeiro (exemplo:
microbiota humana normal).

3.4. Infecção: São danos decorrentes da invasão, multiplicação ou ação de produtos tóxicos de
agentes infecciosos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica. A presença de sinais e
sintomas caracteriza a doença ou a síndrome infecciosa.

3.5. Epidemia: É a elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado


lugar e período de tempo, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à frequência
esperada.

3.6. Surto: Tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica geralmente
pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, entre
outros).

3.7. Transmissão cruzada: Termo utilizado para referir-se à transferência de microrganismos de


uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa, resultando necessariamente em uma infecção.
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4. INDICAÇÃO DE PESQUISA DE MMR EM PACIENTES POR CULTURA DE


VIGILÂNCIA

As culturas para KPC e NDM podem ser colhidas em dois momentos distintos:
- Na admissão para paciente que tenha permanecido internado em outro hospital ou UPA nos
últimos 60 dias por um período superior a 72h.
- Em vigilância, com a finalidade de conhecer o perfil epidemiológico do local e estabelecer
medidas de prevenção de transmissão.

4.1. DURANTE ADMISSÃO


Recomenda-se a coleta de swab de vigilância para KPC e NDM na admissão para pacientes:
• Com histórico de internamento clínico prévio por mais de 72 horas nos últimos 60 dias;
• Institucionalizados ou população privada de liberdade;
• Provenientes da psiquiatria (transferência psiquiatria para outros setores) e que tenham
permanecido no setor por mais de 72h.

Atenção! Todos os pacientes que na admissão for verificada a necessidade de coleta de cultura de
vigilância, deve-se adotar as medidas de precauções de contato em adição às precauções padrão,
até a liberação da análise dos resultados da cultura de vigilância.

Observação: Não está prevista a coleta de swab de vigilância para pacientes cirúrgicos em
reinternação neste mesmo serviço.

4.2. DURANTE O INTERNAMENTO


A partir da solicitação da SCIH, será solicitada a cultura de vigilância para KPC e NDM de forma
sistemática de acordo com a unidade de internamento do paciente.

4.2.1. UTI: Será solicitado swab retal a todo paciente quando completar 15 dias de internação e
repetida a cada 15 dias, exceto nos pacientes previamente positivos.
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4.2.2. Emergência psiquiátrica: não será colhida cultura de vigilância como rotina, apenas nos
casos em que o paciente tiver necessidade de transferência para algum setor de internamento
(clínicas ou UTI) e que tenha ficado internado na EP por mais de 72h.
4.2.3. Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Pediatria: Não está previsto neste protocolo a coleta
de swab de vigilância de forma sistematizada nesses setores durante o período de internamento.

5. INDICAÇÃO DE ISOLAMENTO PARA PACIENTES EM RE-INTERNAÇÃO COM


CULTURA POSITIVA PARA MMR

CULTURA POSITIVA ISOLAMENTO PERÍODO*


KPC ou NDM Quarto privativo INDETERMINADO **
Precauções de contato
VRE Quarto privativo INDETERMINADO **
Precauções de contato
ACINETOBACTER Quarto privativo INDETERMINADO **
Precauções de contato
OUTROS MR Quarto privativo INDETERMINADO **
Precauções de contato

* Não há consenso sobre o período de isolamento de pacientes com cultura multirresistente, visto
que não existe a garantia de que dentro de um determinado prazo haverá a descolonização do
paciente. Neste sentido, a repetição da cultura é válido para verficar se ainda existe o foco de
infecção e a colonização (urocultura, cultura de secreção traqueal e hemocultura – conforme o sítio
de infecção).

** Nos casos de pacientes com cultura positiva em swab retal, é possível suspender o isolamento
desde que se tenha duas culturas de swab retal negativas – com intervalo de uma semana entre
as coletas.
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6. TABELA DE ORIENTAÇÃO PARA ISOLAMENTO COM PRECAUÇÃO DE


CONTATO CONFORME RESISTÊNCIA BACTERIANA

MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES ELEGÍVEIS PARA


PRECAUÇÃO DE CONTATO
BACTÉRIA RESISTÊNCIA
BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS
Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis Vancomicina
(VRE - Enterococcus resistente a vancomicina)
Staphylococcus aureus Oxacilina
(MRSA - Staphylococcus aureus resistente a Vancomicina
meticilin EUA ou oxacilina BR) (VISA -
Staphylococcus aureus resistência intermediária a
vancomicina)
Clostridium difficille Naturalmente MR, independe do antibiograma
BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS
Acinetobacter spp. Qualquer antibiograma
Escherichia coli Quando apresentar resistência a três classes
diferentes de antibióticos
Carbapenêmicos
Klebsiella spp. Quando apresentar resistência a três classes
diferentes de antibióticos
Carbapenêmicos
Pseudomonas spp. Quando apresentar resistência a três classes
diferentes de antibióticos
Carbapenêmicos
Morganella spp. Aminoglicosídeos E cefalosporina G3 ou G4
Carbapenêmicos
Grupo CESP: Cefalosporinas G3 ou G4
Citrobacter spp. Carbapenêmicos
Enterobacter spp.
Serratia spp.
Providencia sp/Proteus spp.
Salmonella e Shigella Quinolona
Burkholderia spp. Qualquer antibiograma
Stenotrophomonas spp. Qualquer antibiograma

Cefalosporinas de 1ª geração (G1): cefalotina, cefazolina Aminoglicosídeos: amicacina, gentamicina


Cefalosporinas 3ª geração (G3): ceftriaxona, ceftazidima Beta-lactâmico+inibidor: ampicilina/sulbactam, amoxicilina/clavulanato
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Cefalosporinas 4ª geração (G4): cefepime Carbapenêmicos: imipenem, meropenem, ertapenem

7. NOTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES (MMR)

A notificação de Microrganismo Multirresistentes (MMR) está subdividida em 02 (dois) grupos de


acordo com o mecanismo de resistência:

GRUPO NOTIFICAÇÃO LOCAL MICRORGANISMO RESISTÊNCIA

Enterobactérias (Escherichia coli, Polimixina


Klebsiella spp, Enterobacter spp, B/Colistina (suspeita
Citrobacter spp, entre outras) de MCR-1)
Bactérias não fermentadoras (Pseudomonas Polimixina
aeruginosa, Acinetobacter spp) B/Colistina
Carbapenêmicos,
Enterobactérias (Escherichia coli, com teste fenotípico
Klebsiella spp, Enterobacter spp, positivo para metalo-
Imediata e Citrobacter spp, entre outras) betalactamase
I FORMSUS (NDM)
obrigatória
resistência
intermediária, à
Staphylococcus aureus
vancomicina
(VRSA/VISA)
Leveduras do gênero Candida spp resultados em teste de triagem
indicativos de Candida auris
Isolados de microrganismos suspeitos de resistências emergentes
ou não usuais.
KPC cefalosporinas de
terceira/ quarta
MRSA
geração ou
II Mensalmente SONIH VRE resistentes à
Carbapenêmicos não
bactérias gram-negativas NDM
bactérias não fermentadoras Carbapenêmicos

7. ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COLONIZADO/INFECTADO POR MMR

Assim que identificado um paciente colonizado/infectado por MMR, o enfermeiro responsável


pelo setor, juntamento com equipe médica que está prestando assistência ao paciente, devem tomar
imediatamente medidas para identificação do caso, como:
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- Anotação na prescrição/evolução médica a necessidade de isolamento;


- Anotação na evolução de enfermagem;
- Identificação da capa do prontuário (impresso padrão);
- Identificação da porta da enfermaria;
- Restringir a entrada na enfermaria do paciente pelos acadêmicos em estágio;
- Em casos de colonização com MRSA, é recomendado realizar o banho do paciente com
Clorexidina Degermante, uma vez ao dia – por cinco dias.

Além dessas medidas para identificação de um caso de MMR, também se faz necessária a
comunicação para:
- Os demais profissionais do setor (técnicos de enfermagem, fisioterapia, higienização);
- Acompanhante (caso houver);
- Recepção, para que as medidas para controle de entrada de visitantes sejam tomadas (um
visitante por horário).

Neste contexto, vale reforçar as orientações sobre a higienização das mãos e sobre as medidas
adotadas para precauções de contato. O paciente deverá permanecer em quarto privativo (sempre
com a porta fechada), e todos aqueles que entrarem neste quarto deverão fazer uso dos
equipamento de proteção descritos na placa informativa de isolamento.

Os materiais e equipamentos utilizados para verificação dos sinais vitais (termômetros,


estetoscópio, oxímetro e esfigmomanômetro) devem ser de uso exclusivo do paciente. Nos casos
em que não houver quantidade suficiente de equipamentos, priorizar os casos confirmados com
uso de monitor cardíaco no quarto do paciente, devendo realizar a desinfecção do mesmo
diariamente com limpador desinfetante padronizado pelo hospital (Optigerm®).

8. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS LEITOS DE ISOLAMENTO

• Atribuições da equipe de enfermagem:


Sempre em uso da paramentação e EPIs recomendados.
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DESINFECÇÃO CONCORRENTE
- Orientar o paciente/familiar a manter mesa de cabeceira com menos objetos possível;
- Fazer a desinfecção concorrente a cada turno dos itens que o paciente tem contato e das
superfícies ambientais, como: mesa de cabeceira, leito, móveis e utensílio peri-leito com
Optigerm®;

DESINFECÇÃO TERMINAL:
- Na alta do paciente, verificar se todos os pertences foram retirados com o mesmo;
- Recolher todo resíduo encontrado (compressas, gazes, ampolas, frascos vazios...) e descartá-los
adequadamente;
- Recolher cuidadosamente, com menor agitação possível, a fim de evitar a dispersão de partículas
contaminadas, os materiais de reuso (ex. Oxigenioterapia/inaloterapia) e acondicioná-los em saco
plástico branco leitoso identificado como “contaminado” para encaminhá-los à central de material
estéril (CME);
- Recolher material permanente (comadre, papagaio...) em saco plástico branco leitoso e
encaminhar para o expurgo da unidade para limpeza e desinfecção;
- Realizar limpeza com Optigerm® dos equipamentos (respiradores, bomba de infusão, oxímetros,
extensores);
- Liberar enfermaria para equipe de higienização realizar a limpeza terminal.

9. TÉCNICA PARA COLETA DE SWAB RETAL PARA PESQUISA DE KPC

• Material:
- Cary-Blair (swab)
- Soro fisiológico estéril
- Pedido do exame

• Procedimento:
- Identificar parte externa do Cary-Blair com os dados do paciente (nome, material, data e hora da
coleta);
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- Orientar paciente e familiar (caso houver) sobre o procedimento que será realizado;
- Umidecer swab com soro fisiológico estéril (abir somente no momento do uso);
- Colocar paciente em decúbito lateral;
- Introduzir o swab no esfíncter anal por aproximadamente 4 cm;
- Aplicar movimentos rotatórios por duas vezes para haja absorção do material;
- Coloque-o no meio de Cary-Blair;
- Encaminhar material para o laboratório junto com pedido de exame assinado e carimbado.

Cary-Blair (swab)

10. ISOLAMENTOS E PRECAUÇÕES


O isolamento protetor não é previsto neste protocolo em nenhuma circustância. Para todos os
pacientes deve-se fazer uso das precauções padrão. Nos casos em que há indicação (conforme
protocolo), deve-se incluir adicionalmente as precauções para contato, gotículas ou aerossóis.
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11. ORIENTAÇÃO AOS ESTÁGIÁRIOS

Pacientes que estejam em isolamento devido a suspeita ou confirmação de infecção ou colonização


por bactérias MR não devem ser assistidos por estagiários devido ao risco de exposição para o
aluno e também para os demais pacientes por transmissão cruzada.

12. VISITAS E ACOMPANHANTES AOS PACIENTES EM ISOLAMENTO

É direito de todo paciente com idade inferior a 18 anos e superior a 60 anos a ter um
acompanhante durante o período de internação.
Deste modo, é assegurado para estes pacientes, mesmo em isolamento, a permanência de um
acompanhante, porém, deve-se respeitar os horários estabelecidos pelo hospital.

Com relação aos visitantes, será restringida a entrada de apenas uma visita por horário. Naqueles
casos em que for verificada a necessidade de suspensão das visitas devido ao risco biológico de
transmissão, o setor em conjunto com a CCIH terá autonomia para fazê-la.

12.1. ORIENTAÇÕES AOS ACOMPANHANTES E VISITANTES


Todo visitante/acompanhante de paciente que esteja em isolamento deve receber o impresso de
orientações gerais (em anexo) com as medidas necessárias a serem tomadas para garantir a
segurança do paciente e também para que o visitante não seja exposto aos microrganismos
protogênicos em questão.
Dentre essas medidas estão as orientações quanto:

• Necessidade de higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel antes e após entrar
em contato com o paciente;
• Utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) conforme o tipo de isolamento,
quando estiver dentro do quarto do paciente;
• Nos casos de isolamento com precaução de contato, utilize o avental descartável e luvas
sempre que for ter contato com o paciente;
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• Evitar permanecer nas áreas comuns do hospital como corredores e sala de TV. Quando for
necessário sair do quarto, deve-se retirar o avental e luvas e em seguida, lavar as mãos e
higienizá-las com álcool em gel;
• Em nenhuma hipótese é permitida a entrada do acompanhante em outros quartos;
• Evitar o manuseio de celulares e outros objetos enquanto estiver no quarto. Quando for
necessário, lave sempre as mãos antes de manusear o aparelho;
• Restrição em trazer roupas, cobertores, travesseiros, objetos e outros materiais de casa, pois
esses objetos podem ser um veículo de transmissão de bactérias hospitalares para a casa e
para demais familiares.

13. ORIENTAÇÕES DE ALTA HOSPITALAR AOS PACIENTES COM BMR

13.1. ALTA PARA O DOMICÍLIO

Não há necessidade de precauções adicionais dentro do ambiente domiciliar para o paciente com
cultura positiva para BMR. Mesmo nos casos em que o paciente esteja colonizado, há
possibilidade de descolonização fora do ambiente hospitalar.

13.2. ALTA PARA INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)

Deve ser adotada a precaução padrão na assistência ao paciente com cultura positiva para BMR
quando este for morador de uma ILPI, e nos casos em que há indicação (conforme protocolo),
deve-se incluir adicionalmente as precauções para gotículas ou aerossóis.

Abaixo são descritas as medidas a serem implandas nas ILPI, no atendimento a todos os
moradores, incluindo aqueles não colonizados por BMR:

1. Reforçar a higienização das mãos do profissional no atendimento aos moradores,


principalemente daqueles que necessitem de assistência à saúde, como: administração de
medicamentos, procedimentos invasivos, curativos, uso de sonda vesical de demora e
demais cuidados à saúde. A higienização das mãos poderá ser realizada com água e
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sabonete líquido ou com fricção com solução alcoólica 70% (desde que as mãos não
estejam visivelmente sujas)
2. Para faciltar a higienização das mãos dos profissionais, é necessária disponibilização de pia
e sabonete líquido. As soluções alcoólicas 70% deverão estar disponíveis nos locais onde
ocorre o contato do profissional com o morador, devendo ser avaliado o risco de ingestão
acidenteal pelos moradores.
3. Utilizar luvas de procedimentos quando houver risco de contato das mãos do profissional
com secreção/excreções (ex.: sangue, fezes, urina, secreções respiratórias, e pele não
íntegra – feridas e lesões). É importante reforçar que o uso de luvas não substitui a
higienização das mãos, e que esta deve ser realizada antes de colocar luvas e logo após a
retirada destas.
4. Deverá ser realizada a desinfecção de ambientes pelo menos uma vez ao dia com álcool
70%, de superfícies como colchão impermeável. A desinfecção não substitui a limpeza
diária. Recomenda-se a desinfecção do banheiro com hipoclorito de sódio (água sanitária).

14. RESPONSABILIDADE
Profissionais de saúde envolvidos direta e indiretamente na assistência ao paciente.

REFERÊNCIAS

1. Hospital Universitário Regional de Maringá. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.


Microrganismos multirresistentes. Maringá, PR. 2017. Disponível online.

2. SINAN. Surto. 2016. Disponível em: <http://portalsinan.saude.gov.br/surto>.

3. Estatuto do Idoso. art. 16 da Lei 10.741/03

4. ANVISA. Investigação e Controle de Bactérias Multirresistentes.

5. ANVISA. Nota técnica n° 01/2013. Medidas de prevenção e controle de infecção por


enterobactérias multirresistentes. 2013.

6. Estado do Paraná. Secretaria de Saúde. Resolução SESA n°. 0674/2017.

7. Curitiba. Secretaria Municipal de Saúde. Nota técnica n° 01/2012: Prevenção e controle de


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bactérias multirresistentes e manejo de multirresistentes em infecções relacionadas à


assistência à saúde. Julho/2012.

Elaborado em Agosto/2018 - Fernanda Borges (Enfermeira CCIH)


Revisado por: Josimar Barbosa da Silva (Médico CCIH)

HISTÓRICO DE REVISÃO
Revisão 01 – Dezembro/2018 por: Ana Cristina Medeiros Gurgel (Médica CCIH)
Revisão 02 – Setembro/2019 por: Fernanda Borges (Enfermeira CCIH)
Revisão 03 – Janeiro/2022 por: Ana Cristina Medeiros Gurgel (Médica CCIH)
Fernanda Borges Salgado (Enfermeira CCIH)

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