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2.) OBJETIVOS
os MMR são classificados em três categorias: MDR (Multidrug-resistant) – quando são resistentes
a um ou mais antimicrobiano de três ou mais categorias testadas. XDR (Extensivelydrug-resistant)
– quando são resistentes a um ou mais antimicrobianos em quase todas as categorias. PDR
(Pandrug-resistant) – resistente a todos os agentes antimicrobianos testados.
3.4. Infecção: São danos decorrentes da invasão, multiplicação ou ação de produtos tóxicos de
agentes infecciosos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica. A presença de sinais e
sintomas caracteriza a doença ou a síndrome infecciosa.
3.6. Surto: Tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica geralmente
pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, entre
outros).
As culturas para KPC e NDM podem ser colhidas em dois momentos distintos:
- Na admissão para paciente que tenha permanecido internado em outro hospital ou UPA nos
últimos 60 dias por um período superior a 72h.
- Em vigilância, com a finalidade de conhecer o perfil epidemiológico do local e estabelecer
medidas de prevenção de transmissão.
Atenção! Todos os pacientes que na admissão for verificada a necessidade de coleta de cultura de
vigilância, deve-se adotar as medidas de precauções de contato em adição às precauções padrão,
até a liberação da análise dos resultados da cultura de vigilância.
Observação: Não está prevista a coleta de swab de vigilância para pacientes cirúrgicos em
reinternação neste mesmo serviço.
4.2.1. UTI: Será solicitado swab retal a todo paciente quando completar 15 dias de internação e
repetida a cada 15 dias, exceto nos pacientes previamente positivos.
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4.2.2. Emergência psiquiátrica: não será colhida cultura de vigilância como rotina, apenas nos
casos em que o paciente tiver necessidade de transferência para algum setor de internamento
(clínicas ou UTI) e que tenha ficado internado na EP por mais de 72h.
4.2.3. Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e Pediatria: Não está previsto neste protocolo a coleta
de swab de vigilância de forma sistematizada nesses setores durante o período de internamento.
* Não há consenso sobre o período de isolamento de pacientes com cultura multirresistente, visto
que não existe a garantia de que dentro de um determinado prazo haverá a descolonização do
paciente. Neste sentido, a repetição da cultura é válido para verficar se ainda existe o foco de
infecção e a colonização (urocultura, cultura de secreção traqueal e hemocultura – conforme o sítio
de infecção).
** Nos casos de pacientes com cultura positiva em swab retal, é possível suspender o isolamento
desde que se tenha duas culturas de swab retal negativas – com intervalo de uma semana entre
as coletas.
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Além dessas medidas para identificação de um caso de MMR, também se faz necessária a
comunicação para:
- Os demais profissionais do setor (técnicos de enfermagem, fisioterapia, higienização);
- Acompanhante (caso houver);
- Recepção, para que as medidas para controle de entrada de visitantes sejam tomadas (um
visitante por horário).
Neste contexto, vale reforçar as orientações sobre a higienização das mãos e sobre as medidas
adotadas para precauções de contato. O paciente deverá permanecer em quarto privativo (sempre
com a porta fechada), e todos aqueles que entrarem neste quarto deverão fazer uso dos
equipamento de proteção descritos na placa informativa de isolamento.
DESINFECÇÃO CONCORRENTE
- Orientar o paciente/familiar a manter mesa de cabeceira com menos objetos possível;
- Fazer a desinfecção concorrente a cada turno dos itens que o paciente tem contato e das
superfícies ambientais, como: mesa de cabeceira, leito, móveis e utensílio peri-leito com
Optigerm®;
DESINFECÇÃO TERMINAL:
- Na alta do paciente, verificar se todos os pertences foram retirados com o mesmo;
- Recolher todo resíduo encontrado (compressas, gazes, ampolas, frascos vazios...) e descartá-los
adequadamente;
- Recolher cuidadosamente, com menor agitação possível, a fim de evitar a dispersão de partículas
contaminadas, os materiais de reuso (ex. Oxigenioterapia/inaloterapia) e acondicioná-los em saco
plástico branco leitoso identificado como “contaminado” para encaminhá-los à central de material
estéril (CME);
- Recolher material permanente (comadre, papagaio...) em saco plástico branco leitoso e
encaminhar para o expurgo da unidade para limpeza e desinfecção;
- Realizar limpeza com Optigerm® dos equipamentos (respiradores, bomba de infusão, oxímetros,
extensores);
- Liberar enfermaria para equipe de higienização realizar a limpeza terminal.
• Material:
- Cary-Blair (swab)
- Soro fisiológico estéril
- Pedido do exame
• Procedimento:
- Identificar parte externa do Cary-Blair com os dados do paciente (nome, material, data e hora da
coleta);
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- Orientar paciente e familiar (caso houver) sobre o procedimento que será realizado;
- Umidecer swab com soro fisiológico estéril (abir somente no momento do uso);
- Colocar paciente em decúbito lateral;
- Introduzir o swab no esfíncter anal por aproximadamente 4 cm;
- Aplicar movimentos rotatórios por duas vezes para haja absorção do material;
- Coloque-o no meio de Cary-Blair;
- Encaminhar material para o laboratório junto com pedido de exame assinado e carimbado.
Cary-Blair (swab)
É direito de todo paciente com idade inferior a 18 anos e superior a 60 anos a ter um
acompanhante durante o período de internação.
Deste modo, é assegurado para estes pacientes, mesmo em isolamento, a permanência de um
acompanhante, porém, deve-se respeitar os horários estabelecidos pelo hospital.
Com relação aos visitantes, será restringida a entrada de apenas uma visita por horário. Naqueles
casos em que for verificada a necessidade de suspensão das visitas devido ao risco biológico de
transmissão, o setor em conjunto com a CCIH terá autonomia para fazê-la.
• Necessidade de higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel antes e após entrar
em contato com o paciente;
• Utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) conforme o tipo de isolamento,
quando estiver dentro do quarto do paciente;
• Nos casos de isolamento com precaução de contato, utilize o avental descartável e luvas
sempre que for ter contato com o paciente;
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• Evitar permanecer nas áreas comuns do hospital como corredores e sala de TV. Quando for
necessário sair do quarto, deve-se retirar o avental e luvas e em seguida, lavar as mãos e
higienizá-las com álcool em gel;
• Em nenhuma hipótese é permitida a entrada do acompanhante em outros quartos;
• Evitar o manuseio de celulares e outros objetos enquanto estiver no quarto. Quando for
necessário, lave sempre as mãos antes de manusear o aparelho;
• Restrição em trazer roupas, cobertores, travesseiros, objetos e outros materiais de casa, pois
esses objetos podem ser um veículo de transmissão de bactérias hospitalares para a casa e
para demais familiares.
Não há necessidade de precauções adicionais dentro do ambiente domiciliar para o paciente com
cultura positiva para BMR. Mesmo nos casos em que o paciente esteja colonizado, há
possibilidade de descolonização fora do ambiente hospitalar.
Deve ser adotada a precaução padrão na assistência ao paciente com cultura positiva para BMR
quando este for morador de uma ILPI, e nos casos em que há indicação (conforme protocolo),
deve-se incluir adicionalmente as precauções para gotículas ou aerossóis.
Abaixo são descritas as medidas a serem implandas nas ILPI, no atendimento a todos os
moradores, incluindo aqueles não colonizados por BMR:
sabonete líquido ou com fricção com solução alcoólica 70% (desde que as mãos não
estejam visivelmente sujas)
2. Para faciltar a higienização das mãos dos profissionais, é necessária disponibilização de pia
e sabonete líquido. As soluções alcoólicas 70% deverão estar disponíveis nos locais onde
ocorre o contato do profissional com o morador, devendo ser avaliado o risco de ingestão
acidenteal pelos moradores.
3. Utilizar luvas de procedimentos quando houver risco de contato das mãos do profissional
com secreção/excreções (ex.: sangue, fezes, urina, secreções respiratórias, e pele não
íntegra – feridas e lesões). É importante reforçar que o uso de luvas não substitui a
higienização das mãos, e que esta deve ser realizada antes de colocar luvas e logo após a
retirada destas.
4. Deverá ser realizada a desinfecção de ambientes pelo menos uma vez ao dia com álcool
70%, de superfícies como colchão impermeável. A desinfecção não substitui a limpeza
diária. Recomenda-se a desinfecção do banheiro com hipoclorito de sódio (água sanitária).
14. RESPONSABILIDADE
Profissionais de saúde envolvidos direta e indiretamente na assistência ao paciente.
REFERÊNCIAS
HISTÓRICO DE REVISÃO
Revisão 01 – Dezembro/2018 por: Ana Cristina Medeiros Gurgel (Médica CCIH)
Revisão 02 – Setembro/2019 por: Fernanda Borges (Enfermeira CCIH)
Revisão 03 – Janeiro/2022 por: Ana Cristina Medeiros Gurgel (Médica CCIH)
Fernanda Borges Salgado (Enfermeira CCIH)