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PROTOCOLO DE GESTÃO DE ANTIBIÓTICOS: Emissão: 27/01/2022 Próxima revisão:
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ANTIMICROBIANOS

SUMÁRIO
1. SUMÁRIO .......................................................................................................................... 1
2. SIGLAS E CONCEITOS ......................................................................................................... 2
2.1. Siglas ................................................................................................................................ 2
2.2. Conceitos .......................................................................................................................... 2
3. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 3
3.1. Geral................................................................................................................................. 3
3.2. Específicos ........................................................................................................................ 3
4. JUSTIFICATIVAS ................................................................................................................. 3
5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO .......................................................................... 3
6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES........................................................ 4
7. HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO (Não se aplica) ............................................................ 4
8. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS (Não se aplica) .......................................................... 4
9. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO .............................................................. 5
10. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO (Não se aplica) ..................................................................... 34
11. CRITÉRIOS DE MUDANÇA TERAPÊUTICA (Não se aplica) ................................................... 34
12. CRITÉRIOS DE ALTA OU TRANSFERÊNCIA (Não se aplica) .................................................. 34
13. FLUXOGRAMAS (Não se aplica) ....................................................................................... 34
14. MONITORAMENTO (Não se aplica) .................................................................................. 34
15. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 34
16. HISTÓRICO DE REVISÃO................................................................................................... 36
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2. SIGLAS E CONCEITOS

2.1. Siglas
MODS: Síndrome de Disfunção SIRS: síndrome da resposta
ATB: antibiótico
de Múltiplos Órgãos inflamatória sistêmica

ATM: antimicrobiano MR: multirresistente SVD: sonda vesical de demora

ATMp: antimicrobiano MRSA: Staphylococcus aureus


TC: tomografia
profilático resistente a meticilina

MSSA: Staphylococcus aureus TCE: traumatismo crânio-


CVC: cateter venoso central
sensível a meticilina encefálico

DM: diabetes mellitus PAM: pressão arterial média TGI: trato gastrointestinal

DPOC: doença pulmonar PAC: pneumonia adquirida na TSA: teste de sensibilidade aos
obstrutiva crônica comunidade antimicrobianos

ESBL: betalactamase de PAVM: pneumonia associada à


USG: ultrassonografia
espectro ampliado ventilação mecânica

UTI: unidade de terapia


EV: endovenoso PAD: pressão arterial diastólica
intensiva

VHS: velocidade de
ISC: infecção de sítio cirúrgico PAS: pressão arterial sistólica
hemossedimentação

ITU: infecção de trato urinário PCR: proteína C reativa VM: ventilação mecânica

LPP: lesão por pressão RTU: Ressecção transuretral

2.2. Conceitos
A utilização de antimicrobianos em hospitais, de forma adequada ou não, interfere
tanto na microbiota local quanto na patogênica do paciente, de forma a selecionar cepas
resistentes. A pressão seletiva exercida pelo uso geralmente contínuo e excessivo destas drogas é o
principal fator no desenvolvimento da resistência bacteriana e na aquisição, pelos pacientes, de
infecções por patógenos multirresistentes.
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Além do impacto sobre a ecologia hospitalar o uso excessivo e inadequado de


antimicrobianos produz ainda consequências danosas para os pacientes na forma de múltiplas
toxicidades decorrentes, mesmo que em doses adequadamente prescritas. Reações de
hipersensibilidade imediata ou tardia, reações adversas medicamentosas outras relacionadas ao
diferentes órgãos e sistemas do corpo.
Os impactos econômicos são também de grande importância por elevar
expressivamente os custos hospitalares, com prescrições de antimicrobianos de alto custo quando
outros menos caros poderiam ser escolhidos.

3. OBJETIVOS

3.1. Geral
Fornecer aos profissionais uma abordagem padronizada para o uso racional de
antimicrobianos para o tratamento de infecções em adultos, sejam elas comunitárias ou
nosocomiais.

3.2. Específicos
Abordar terapia em diferentes focos de infecções, assim como tratamento de
infecções de sítios cirúrgicos e antibioticoprofilaxia cirúrgica.

4. JUSTIFICATIVAS
Os antimicrobianos são a segunda classe de medicamentos mais utilizada em
hospitais e responsável por 20 a 50% das despesas hospitalares com medicamentos. Este amplo uso
pode afetar significativamente tanto a microbiota do indivíduo quanto a do ambiente hospitalar.
Assim, o controle e a prevenção da disseminação da resistência microbiana aos
antimicrobianos é imperativo nos dias atuais. Nesse aspecto, uma das abordagens para combater
esse problema é o desenvolvimento de programas de gerenciamento de uso de antimicrobianos.

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO


Critérios de Inclusão – Serão incluídos todos os pacientes que apresentem sinais e/ou
sintomas, exames laboratoriais, microbiológicos ou de imagem que indiquem processo infeccioso
ativo.
Critérios de Exclusão – Não se aplica.
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6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES


Médicos, farmacêuticos e enfermeiros.

7. HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO (Não se aplica)


8. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS (Não se aplica)
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9. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO


SEPSE
A sepse existe em um continuum de gravidade que varia de infecção e bacteremia a sepse e choque séptico, que pode levar à síndrome de disfunção de
múltiplos órgãos (MODS) e morte.
*A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) não está mais incluída na definição, pois nem sempre é causada por infecção.
Considerações
**Não se recomenda a utilização do qSOFA (comparado à SIRS, NEWS ou MEWS) como uma ferramenta de rastreio para sepse ou choque séptico.
gerais
Sepse: disfunção orgânica causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção.
Choque séptico: pacientes em sepse que apesar da ressuscitação adequada com fluidos, requerem vasopressores para manter uma PAM ≥65 mmHg e têm
lactato> 2 mmol/L.
Hemoculturas (sempre duas amostras em sítios distintos); culturas de focos primários suspeitos; Lactato sérico das 3h e 6h; Gasometria arterial;
Exames
Hemograma; PCR; Bilirrubinas; Ureia; Creatinina; Radiografia de tórax.
Sem foco definido/TGI/Abdome Alternativas:
Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Metronidazol 500mg EV 8/8h Piperacilina/Tazobactam; Ampicilina/Sulbactam + Gentamicina; Ertapenem.
Pele e partes moles Alternativas:
Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Clindamicina 600mg EV 6/6h Piperacilina/Tazobactam.
INFECÇÕES COMUNITÁRIAS

Pé diabético: Cefepime + Metronidazol. Pé diabético: Ceftazidima + metronidazol, Piperacilina/Tazobactam.


Infecções do trato urinário Alternativas:
Ceftriaxona 1g EV 12/12h Cefepime, Ertapenem, Gentamicina.
Opções Infecções do trato respiratório Alternativas:
terapêuticas PAC: Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Azitromicina 500mg EV/VO 24/24h PAC: Ceftriaxona + Levofloxacino; Ampicilina/Sulbactam + Azitromicina
Broncoaspiração: Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Clindamicina 600mg EV 6/6h Broncoaspiração: Piperacilina/Tazobactam.
DPOC: Cefepime 2g EV 8/8h + Azitromicina 500mg EV/VO 24/24h DPOC: Ceftazidima ou Piperacilina/Tazobactam + Azitromicina
Neutropenia febril: Alternativas:
Cefepime 2g EV 8/8h Piperacilina/Tazobactam, Ampicilina/Sulbactam + Amicacina.
Meningite/Meningococcemia: Alternativas:
Ceftriaxona EV 2g 12/12h Cefotaxima 2 g EV a cada 4 a 6 horas; Cefepime 2g EV 8/8h.
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SEPSE

Sem foco definido/TGI/Abdome Alternativas:


Vancomicina 1g EV 12/12h + Meropenem 1g EV 8/8h Teicoplanina + Imipenem-cilastatina.

Pele e partes moles Alternativas:


INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Vancomicina 1g EV 12/12h + Teicoplanina ou Daptomicina +


Piperacilina/Tazobactam 4,5g EV 6/6h Meropenem ou Imipenem-cilastatina

Infecções do trato urinário Alternativas:


Ertapenem 1g EV 24/24h Meropenem, Gentamicina, Amicacina.

Infecções do trato respiratório Alternativas:


Opções Piperacilina/Tazobactam 4,5g EV 6/6h Meropenem, Imipenem-cilastatina.
terapêuticas
*Se suspeita de MRSA: Vancomicina 1g EV 12/12h *Se MRSA: Teicoplanina.

Neutropenia febril: Alternativas:


Meropenem 1g EV 8/8h Imipenem-cilastatina.

Infecção de Corrente Sanguínea/CVC Alternativas:


Vancomicina 1g EV 12/12h + Meropenem 1g EV 8/8h Teicoplanina ou Daptomicina + Imipenem-cilastatina.

*Após diagnóstico microbiológico, dirigir terapia conforme teste de sensibilidade aos antimicrobianos.
** Sugerimos pedir avaliação da Infectologia do hospital para auxílio no escalonamento ou descalonamento dos antibióticos utilizados em Infeccções
Relacionadas à Assistência à Saúde.
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Infecções do Trato Respiratório


Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) - A apresentação clínica da PAC varia desde pneumonia leve caracterizada por febre e tosse produtiva, até
pneumonia grave com desconforto respiratório e sepse. Deveremos tratar adequadamente a PAC e considerar a internação sempre que houver sepse, sinais
de disfunção orgânica ou fatores de risco significativos como: idade > 65 anos, doenças crônicas, imunossupressão, pneumonias virais, baixa proteção da via
Quando aérea, entre outros. Considerar: Streptococcus Pneumoniae; germes atípicos: Mycoplasma, Chlamydia, Legionella spp; H. Influenzae; vírus respiratórios;
tratar? Klebsiella pneumoniae; Staphylococcus aureus.
Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) - deverá ser diagnosticada e tratada prontamente tomando como base a epidemiologia hospitalar, até
que haja os resultados das culturas de secreção respiratória (aspirado traqueal e/ou lavado broncoalveolar) e hemoculturas. Considerar: Pseudomonas
aeruginosa e outros bacilos gram negativos, Staphylococcus aureus MRSA.
PAC – complementar o exame clínico com hemograma, PCR, função renal e hepática, radiografia e/ou tomografia de tórax, além de hemoculturas. CURB-65:
(C) Confusão mental; (U) Uréia >50mg/dl; (R) Freq Resp >30/min; (B) PAS <90 mmHg ou PAD <60 mmHg; (65) Idade > 65 anos => (0-1) tratamento ambulatorial;
Considerações (2) considerar internamento; (≥ 3) internar paciente; (4-5) considerar UTI.
gerais PAVM – Paciente com mais de 2 dias de VM, apresentando sinais/sintomas de infecção, com novo achado em exame de imagem, apresentando secreção
purulenta, desconforto respiratório ou piora de trocas gasosas, podendo haver identificação microbiológica do patógeno. *Verificar critérios da ANVISA para
diagnóstico de PAVM.
Alternativas:
PAC (enfermaria ou UTI)
- Enfermaria:
Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Azitromicina 500mg EV/VO 24/24h
Ampicilina/Sulbactam 3g EV 6/6h + Azitromicina 500mg EV 24/24h
Levofloxacino 750mg EV 24/24h
Se broncoaspiração:
- UTI: Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Levofloxacino 750mg EV 24/24h
Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Clindamicina 600mg EV 6/6h
Ampicilina/Sulbactam 3g EV 6/6h + Azitromicina 500mg EV 24/24h
Opções
PAVM
terapêuticas
Precoce (até o 5° dia de VM): Piperacilina + Tazobactam 4,5g EV 6/6h
Alternativas:
Tardia (a partir do 6° dia): Meropenem 1g EV 8/8h
Precoce: Meropenem 1g EV 8/8h
*Considerar associação com Vancomicina 1g EV 12/12h se suspeita de MRSA.
Tardia: Imipenem-cilastatina 500mg EV 6/6h
*MRSA: Teicoplanina.
*Após diagnóstico microbiológico, dirigir terapia conforme teste de
sensibilidade aos antimicrobianos.
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Infecções do Trato Respiratório


Exacerbação infecciosa em DPOC – Sugerimos o tratamento com antibióticos empíricos em pacientes com exacerbação moderada a grave da DPOC (definida
como tendo ≥2 de 3 sintomas cardinais: aumento da dispneia, aumento do volume / viscosidade da expectoração ou aumento da purulência da expectoração)
ou uma exacerbação da DPOC que requer hospitalização e/ou suporte ventilatório (invasivo ou não invasivo).
Bronquiectasias infectadas não fibrocísticas - A antibioticoterapia é a base do tratamento das exacerbações da bronquiectasia, para reduzir a carga
Quando bacteriana, que por sua vez reduz os mediadores inflamatórios sistêmicos e nas vias aéreas. O regime inicial de antibióticos para exacerbações agudas de
tratar? bronquiectasias é adaptado para culturas de escarro anteriores e sensibilidades quando possível, em vez de escolhido empiricamente.
Fibrose cística - Para exacerbações leves (sem hipoxemia ou desconforto respiratório significativo), utilizar antimicrobianos por via oral, de acordo com o
resultado da última cultura de secreção respiratória. Para exacerbações graves ou com intolerância por medicamentos por via oral, o tratamento
intravenoso é recomendado, mas a escolha das drogas depende das culturas prévias de secreção respiratória e do histórico do paciente. Para Pseudomonas
aeruginosa, recomenda-se a combinação de dois ou mais antibióticos (geralmente um beta-lactâmico e um aminoglicosídeo).
Em pacientes com doenças pulmonares crônicas, obstrutivas ou bronquiectásicas, devemos considerar a presença de colonização bacteriana crônica das vias
Considerações aéreas inferiores, que constitui um importante estímulo inflamatório e, dessa forma, contribui para a frequência das agudizações.
gerais Considerar: Pseudomonas aeruginosa (especialmente tipos mucóides), Haemophilus influenzae , Moraxella catarrhalis , Staphylococcus aureus, Streptococcus
pneumoniae. A probabilidade de organismos resistentes tende a aumentar com o número de cursos anteriores de antibióticos.
DPOC Alternativas:
Cefepime 2g EV 8/8h + Azitromicina 500mg EV/VO 24/24h Ceftazidima ou Piperacilina/Tazobactam + Claritromicina
Broquiectasia infectada
Alternativas:
-Primeira exacerbação: considerar tratamento de PAC.
Opções -Primoinfecção por P. aeruginosa
Beta-lactâmicos: Ceftazidima, Piperacilina /Tazobactam, Imipenem-cilastatina
terapêuticas Cefepime 2g EV 8/8h + Amicacina 20-30mg/kg/dia
-Paciente com múltiplas exacerbações ou evidência de MDR
Aminoglicosídeos: Gentamicina.
Meropenem 2g EV 8/8h + Amicacina 20-30mg/kg/dia
Polimixina B (se alergia a beta-lactâmico ou aminoglicosídeo, ou, se falha
*Após diagnóstico microbiológico, dirigir terapia conforme teste de
terapêutica do esquema duplo).
sensibilidade aos antimicrobianos.
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Infecções do Trato Urinário (ITU)


Deveremos prescrever antibioticoterapia nas ITUs e realizar/manter internação se: sepse, febre persistentemente alta ou dor sem controle, debilidade
acentuada ou incapacidade de manter a hidratação.
- Cistite (trato urinário inferior): disúria, polaciúria, dor em hipogástrio, sensação de esvaziamento incompleto.
Quando
- Pielonefrite (trato urinário superior): febre, dor lombar à punho percussão, alteração do aspecto urinário, sinais infecciosos sistêmicos.
tratar?
*NÃO deverão ser tratados pacientes portadores de bacteriúria assintomática (colonização), exceto se gestação ou programação de manipulação cirúrgica do
trato urinário.

Solicitar: sempre coletar sumário de urina e urocultura pareadas, do jato médio, com higiene rigorosa. Hemoculturas quando houver sinais de sepse.
Se houver sonda vesical de demora, avaliar trocar dispositivo e coletar urina na passagem do novo.
Considerações
Considerar:
gerais
- ITU comunitária: Escherichia coli, outros Gram negativos de trato digestivo baixo, Staphylococcus saprophyticus (em mulheres sexualmente ativas).
- ITU relacionada à assistência: E. coli, Enterococcus spp, P. aeruginosa, Klebsiella spp, Candida spp.
Após resultados das culturas, dirigir tratamento conforme Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos.

ITU comunitária: Alternativas:


Cistite: Ceftriaxona 1g EV 12/12h Cistite: Amoxicilina/Clavulanato, Sulfametoxazol/Trimetoprima, Ciprofloxacino.
Pielonefrite: Ceftriaxona 1g EV 12/12h Pielonefrite: Gentamicina, Cefepime, Ertapenem.

Opções
ITU relacionada à assistência:
terapêuticas
Cistite: Amicacina 20-30mg/kg/dia Alternativas:
Pielonefrite: Ertapenem 1g EV 24/24h Cistite: Cefepime, Piperacilina/Tazobactam, Ertapenem.
Pielonefrite: Meropenem, Gentamicina.
*RETIRAR/TROCAR SVD relacionada à infecção, se dispositivo
instalado há mais de 7 dias.
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Infecções Abdominais
Infecções adquiridas na comunidade de baixo risco - Para pacientes com infecções leves a moderadas (por exemplo, apêndice perfurado ou abscesso
apendicular) que não têm fatores de risco para resistência a antibióticos ou falha no tratamento, a cobertura de estreptococos, Enterobacteriaceae não
resistentes e (na maioria dos casos) anaeróbios é geralmente suficiente.
Infecções adquiridas na comunidade de alto risco - Para infecções graves ou em pacientes de alto risco para resultados adversos ou resistência, uma
Quando
cobertura mais ampla é garantida na tentativa de minimizar o risco de tratamento empírico inadequado. Incluímos um agente com atividade gram-negativa
tratar?
ampla o suficiente para cobrir P. aeruginosa e Enterobacteriaceae resistentes, além de cobertura contra estreptococos entéricos e anaeróbios.
Infecções associadas aos cuidados de saúde - além da cobertura contra estreptococos e anaeróbios, os regimes devem incluir agentes com espectro
expandido de atividade contra bacilos gram-negativos (incluindo P. aeruginosa e Enterobacteriaceae resistentes). Considerar também terapia anti-
enterocócica para pacientes com infecção intra-abdominal associada a cuidados de saúde, particularmente aqueles com infecção pós-operatória.
Coletar laboratório com hemograma, PCR, função renal, enzimas hepáticas, canaliculares e bilirrubinas.
Considerações
Realizar hemoculturas em 2 amostras de sítios distintos, além de solicitar culturas das coleções cirúrgicas, caso existam.
gerais
A tomografia de abdome auxilia no diagnóstico, mas preferimos ultrassonografia nas infecções de vias biliares.
Comunitárias (baixo risco): Alternativas:
Ceftriaxona 1g EV 12/12h + Metronidazol 500mg EV 8/8h Ampicilina/Sulbactam; Ciprofloxacino + Metronidazol.

Comunitárias (alto risco): Alternativas:


Cefepime 2g EV 8/8h + Metronidazol 500mg EV 8/8h Ampicilina/Sulbactam + Gentamicina; Piperacilina/Tazobactam.

Opções Alternativas:
Associadas à assistência:
terapêuticas -Não complicadas: Piperacilina/Tazobactam; Cefepime + Metronidazol.
-Não complicadas: Ertapenem 1g EV 24/24h
-Complicadas: Tigeciclina, Meropenem.
-Complicadas: Imipenem-cilastatina 500mg EV 6/6h
*Alternativas:
*Considerar terapia contra Enteroccocus spp:
Teicoplanina, Ampicilina/Sulbactam.
Vancomicina 1g EV 12/12h
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Colite por Clostridioides difficile


A infecção por Clostridioides difficile (CDI) é uma das infecções hospitalares mais comuns, além de uma causa cada vez mais frequente de morbidade e
mortalidade entre pacientes hospitalizados. O C. difficile coloniza o trato intestinal humano após a flora normal ter sido alterada e é o organismo causador da
colite associada a antibióticos, incluindo colite pseudomembranosa.
Quando
tratar?
O tratamento é garantido para pacientes com manifestações típicas de CDI (diarreia aguda [≥3 fezes amolecidas em 24 horas] sem explicação alternativa
óbvia) e um teste laboratorial de diagnóstico positivo. Além disso, o tratamento empírico é razoável no cenário de suspeita clínica muito alta para CDI
(particularmente para pacientes com sintomas de colite grave ou fulminante).
Os antibióticos mais frequentemente associados à CDI são: Fluoroquinolonas, Clindamicina, Penicilinas e combinações (amplo espectro), Cefalosporinas
(2ª,3ª e 4ª gerações) e Carbapenêmicos. Entretanto, qualquer antibiótico pode predispor à colite.
Considerações
Doença não grave: diarreia aquosa (≥3 fezes amolecidas em 24 horas) é o sintoma cardinal da CDI. Outras manifestações incluem dor abdominal baixa e
gerais
cólicas, febre baixa, náusea e anorexia.
Colite grave e fulminante: diarreia, dor abdominal difusa ou no quadrante inferior, distensão abdominal, febre, hipovolemia, acidose láctica,
hipoalbuminemia, creatinina elevada e leucocitose acentuada. A colite fulminante pode ser caracterizada por hipotensão ou choque, íleo ou megacólon.
Doença não grave:
Metronidazol 500 mg por via oral 8/8h por 10 a 14 dias
Doença grave:
Vancomicina 125 mg por via oral 6/6h por 10 a 14 dias *
Opções Doença fulminante:
terapêuticas Vancomicina 500 mg por via oral/enteral 6/6h +
Metronidazol 500 mg por via intravenosa 8/8h
*Obs: No Brasil, não temos a comercialização de Vancomicina em formulação oral. No entanto, a literatura nos dá segurança para adaptar a sua apresentação
em pó (injetável) para a administração oral/enteral, da seguinte forma:
Vancomicina 500mg (pó para sol. Injetável) – Diluir em 10 ml de água destilada (50mg/ml) e administrar 2,5ml (125mg) por via oral ou enteral a cada 6/6h.
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Infecções de Pele/Partes moles


Erisipela: atinge as camadas mais superficiais da pele, causando vermelhidão, calor local, edema, febre e dor. Possui margens bem delimitadas e
frequentemente apresenta comprometimento linfático. Considerar: estreptococos beta-hemolíticos e, se erisipela bolhosa, estafilococos.
Celulite: atinge camadas mais profundas da pele, com dor, sinais flogísticos e febre. As margens da lesão são mal delimitadas. Os estafilococos e os
estreptococos do grupo A são os agentes mais envolvidos.
Tipos
Abscesso: coleções purulentas associadas a dor, febre e sinais flogísticos. Principal agente: Staphyloccocus aureus.
Fasceíte necrotizante: infecção dos tecidos moles profundos que resulta na destruição progressiva da fáscia muscular e da gordura subcutânea sobreposta.
O tecido muscular é frequentemente poupado. Tipo 1: polimicrobiana (Streptococcus spp, S. aureus, Anaeróbios, Klebsiella, E. coli, Enterococcus spp). Tipo 2:
monomicrobiana (Streptococcus do grupo A, Clostridia, S. aureus MRSA, Aeromonas, Vibrio vulnificus).
Priorizar cultura de coleções e/ou tecidos. Realizar hemoculturas em caso de sepse secundária.
Exames de imagem como USG, tomografia e ressonância magnética auxiliam no diagnóstico, principalmente na avaliação de coleções e extensão.
Considerações
A abordagem cirúrgica é fundamental no tratamento dos abscessos. Além disso, na Fasceíte Necrotizante, além de fornecer o diagnóstico, constitui a principal
gerais
medida terapêutica. Ou seja, os antibióticos são adjuvantes ao debridamento amplo.
A síndrome de Fournier consiste na fasceíte necrotizante que acomete a região perineal.
Erisipela: Alternativas:
Ceftriaxona 1g EV 12/12h Penicilina G cristalina, Ampilicina/Sulbactam, Levofloxacino, Amoxicilina/Clavulanato.
*Erisipela bolhosa: Oxacilina 2g EV 4/4h *Erisipela bolhosa: Clindamicina, Sulfametoxazol/Trimetroprima.
Celulite ou Abscesso: Alternativas:
Opções
Oxacilina 2g EV 4/4h Clindamicina, Levofloxacino, Sulfametoxazol/Trimetroprima.
terapêuticas
Fasceíte Necrotizante:
Alternativas:
Clindamicina 600mg EV 6/6h + Ceftriaxona 1g EV 12/12h
Piperacilina/Tazobactam, Cefepime + Metronidazol, Imipenem-cilastatina.

*Se suspeita de MRSA: Vancomicina 1g EV 12/12h Alternativas: Daptomicina, Tigeciclina.


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ANTIMICROBIANOS

Infecções de Pele/Partes moles


Lesões por pressão (LPP): são áreas localizadas de dano à pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, como resultado de pressão,
com ou sem cisalhamento (por exemplo, sacro, calcâneo, ísquio). Todas as úlceras abertas são colonizadas por bactérias, mas apenas infecções clinicamente
Tipos evidentes devem ser tratadas com antibióticos.
Pé diabético: o tratamento de úlceras de pé diabético infectadas inclui terapia antimicrobiana e desbridamento cirúrgico. Os antibióticos escolhidos e a
duração da terapia dependem da profundidade e gravidade da infecção.
Priorizar cultura de coleções e/ou tecidos. Realizar hemoculturas em caso de sepse secundária.
A presença de biofilme bacteriano pode prejudicar a cicatrização de feridas.
Solicitar sempre a avaliação da Comissão de Feridas, fundamental no processo de recuperação de pacientes com úlceras.
Considerações Pacientes com feridas profundas devem ser avaliados quanto à presença de osteomielite.
gerais Em casos de lesões extensas com áreas de necrose e tecidos desvitalizados, é de suma importância o desbridamento químico/cirúrgico no controle do foco
infeccioso.
* São infecções POLIMICROBIANAS, onde deveremos considerar bactérias Gram positivas (incluindo S. aureus), Gram negativas (incluindo P. aeruginosa)
e anaeróbios.
Lesões por pressão (LPP): Alternativas:
Comunidade: Clindamicina 600mg EV 6/6h + Cefepime 2g EV 8/8h Comunidade: Clindamicina + Ciprofloxacino, Cefepime + metronidazol;

Hospitalizado: Piperacilina/Tazobactam 4,5g EV 6/6h Hospitalizado: Vancomicina + Meropenem; Teicoplanina + Imipenem-


* Pode-se associar Vancomicina. cilastatina

Opções Pé diabético: Alternativas:


terapêuticas Comunidade: Comunidade:
Leve/Moderada- Clindamicina 600mg EV 6/6h + Ciprofloxacino 400mg EV 12/12h Leve/Moderada- Clindamicina + Ceftriaxona ou Levofloxacino.
Grave- Ertapenem 1g EV 24/24h Grave- Piperacilina/Tazobactam, Cefepime + metronidazol.

Hospitalizado: Piperacilina/Tazobactam 4,5g EV 6/6h Hospitalizado: Meropenem; Imipenem-cilastatina.

*Se suspeita de MRSA: Vancomicina 1g EV 12/12h Alternativas: Daptomicina, Tigeciclina.


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ANTIMICROBIANOS

Infecções do Sistema Nervoso Central


Sinais/Sintomas: febre, cefaleia, vômitos em jato, rigidez de nuca, alteração do nível de consciência.
A tomografia de crânio auxilia no diagnóstico de hipertensão intracraniana e na avaliação da segurança para punção lombar.
Exame do líquor: coloração de Gram; leucócitos>200 (predomínio de polimorfonucleares); Proteínas>40mg/dl; Glicose < 2/3 do sangue periférico.
Considerações
Devemos considerar:
gerais
* 1 mês < idade < 50 anos: Neisseria meningitidis, Streptococcus spp e Haemophilus influenzae.
** Idade > 50 anos: Streptococcus pneumoniae, N. meningitidis, Listeria monocytogenes.
***Neurocirurgia/TCE: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Pseudomonas spp.
Meningite bacteriana: Alternativas:
Ceftriaxona 2g EV 12/12h Cefotaxima 2 g EV a cada 4 a 6 horas
Opções Idade > 50 anos: adicionar Ampicilina 2g EV 4/4h Penicilina G Cristalina 4 milhões de unidades EV a cada 4 horas
terapêuticas Neurocirurgia ou TCE: Alternativas:
Cefepime 2g EV de 8/8h + Meropenem 2g EV de 8/8h +
Vancomicina 15 a 20 mg/kg/dose EV de 12/12h Vancomicina 15 a 20 mg/kg/dose EV de 12/12h
Esquema quimioprofilático para contatos em meningite bacteriana
DROGA IDADE DOSE INTERVALO DURAÇÃO
< 1 mês 5mg/Kg
Rifampicina 12/12h 2 dias
≥ 1 mês e adultos 10mg/kg (dose máxima 600mg)
Neisseria < 12 anos 125mg, Intramuscular
Ceftriaxona
meningitidis ≥ 12 anos 250mg, Intramuscular Dose única
Ciprofloxacino > 18 anos 500mg, uso oral
<1 mês 10mg/kg (dose máxima 600mg)
Haemophilus Rifampicina >1 mês até 10 anos 20mg/kg (dose máxima 600mg) 24/24h 4 dias
influenzae
Adultos 600mg
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ANTIMICROBIANOS

Infecções do Sítio Cirúrgico


ISC Incisional Superficial - ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento cirúrgico, envolvendo apenas pele e tecido subcutâneo.
ISC Incisional Profunda - ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias, se houver colocação de implantes, envolve tecidos moles profundos à
Tipos incisão (ex.: fáscia e/ou músculos).
ISC de Órgão/Cavidade - ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias, se houver colocação de implantes, envolve qualquer órgão ou cavidade
que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia.
Priorizar cultura de coleções e/ou tecidos. Realizar hemoculturas em caso de sepse secundária.
Não serão considerados os resultados de culturas positivas quando coletadas através de swabs (hastes com ponta de algodão).
Exames laboratoriais e de imagem auxiliam no diagnóstico, estes na avaliação de coleções e extensão.
Considerações
A abordagem cirúrgica é fundamental no tratamento dos abscessos.
gerais
Abrir feridas infectadas e desbridar tecidos desvitalizados.
*Considerar flora bacteriana local, assim como tempo de internamento, estabilidade clínica e condições de cada paciente (idade, comorbidades,
imunossupressão, etc.).
Preferência: Alternativas:
Oxacilina 2g EV 4/4h Clindamicina.
Se suspeita de MRSA e/ou envolvimento de Alternativas:
dispositivos: Vancomicina 1g EV 12/12h Teicoplanina, Daptomicina.
Procedimentos
limpos Se infecção do sítio de coleta de enxerto da veia Alternativas:
Opções safena: Ertapenem 1g EV 24/24h Meropenem, Imipenem-cilastatina.
terapêuticas
Sem gravidade ou uso prévio de ATB de amplo
Alternativas:
espectro: Clindamicina 600mg EV 6/6h +
Ertapenem, Piperacilina/Tazobactam.
Ceftriaxona 1g EV 12/12h
Procedimentos Com gravidade ou uso prévio de ATB de amplo Alternativas:
contaminados espectro: Vancomicina 1g EV 12/12h + Teicoplanina ou Daptomicina + Imipenem-cilastatina ou Meropenem;
Piperacilina/Tazobactam 4,5g EV 6/6h Tigeciclina.
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Neutropenia Febril

Quando
Pacientes com contagem absoluta de Neutrófilos menor que 500 e que apresentem febre, devem receber antibioticoterapia de largo espectro imediatamente.
tratar?

- Solicitar:
Culturas (hemoculturas, 02 amostras no mínimo, em sítios diferentes, punções sucessivas + urocultura + outras culturas de materiais suspeitos de infecção)
Considerações Exames laboratoriais e de imagem que possam contribuir na investigação.
gerais - Considerar:
Enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus, Streptococcus, Fungos.

Terapia empírica:
Cefepime 2g EV de 8/8h ±
Vancomicina 1g EV 12/12h *
Alternativas:
Se febre continua após 4-7 dias de terapia empírica e sem Piperacilina/Tazobactam, Meropenem ou Imipenem-cilastatina ±
identificação de foco: Teicoplanina.
- Sem uso prévio de profilaxia para fungo, considerar adição de
Opções
micafungina (100mg, EV, 1x/dia) Antifúngico alternativo: Anfotericina B Lipossomal (3-5mg/kg, EV, a cada 24h)
terapêuticas
- Com uso prévio de profilaxia para fungo, considerar adição de
Voriconazol (6mg/kg, 12/12h, EV, em duas doses e depois 4mg/kg,
a cada 12h)

* Indicações para Vancomicina: suspeita de infecção de corrente sanguínea relacionada a cateter; infecções de pele e partes moles; pneumonia; mucosite
oral ou faringeana severa; história prévia de infecção por MRSA ou colonização.
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DURAÇÃO DA ANTIBIOTICOTERAPIA EM ADULTOS


Local da infecção Diagnóstico Duração terapia
Artrite séptica não-gonocócica 14-28 dias
Articulações
Artrite séptica gonocócica 7 dias

Bacteremia c/ foco removível (exceto


Bacteremia 10-14 dias
endocardite)
S. viridans: 14-28 dias
Endocardite valva nativa Enterococcus: 28-42 dias
Coração S. aureus: 14 dias (se lado direito apenas) ou 28 dias
28 dias ou até a resolução dos sintomas e normalização dos
Pericardite (purulenta)
marcadores inflamatórios
Faringite estreptocócica Grupo A: 10 dias c/ penicilina; 5 dias se azitromicina ou
Faringe (grupos A, B ou C) cefalosporinas orais
Difteria 14 dias

Shigelose 1 dose, mas até mais de 3 dias, se não houver resposta


 Azitromicina: 5-7 dias
Febre tifóide  Ceftriaxona: 7-14 dias
Gastrintestinal  Quinolonas:7-10 dias
H. pylori 14 dias
C. difficile 10 dias
Infecção intra-abdominal Curto: 4 dias; longo:10 dias
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ANTIMICROBIANOS

DURAÇÃO DA ANTIBIOTICOTERAPIA EM ADULTOS


Local da infecção Diagnóstico Duração terapia
Uretrite não gonocócica ou cervicite
7 dias de doxiciclina ou 01 dose de azitromicina
mucopurulenta
Genital
Doença inflamatória pélvica 14 dias

Encefalite viral Herpes simples 14 – 21 dias


N. meningitidis 7 dias
H. influenzae 7 - 10 dias
Meningite S. pneumoniae Pelo menos 14 dias
L. monocytogenes 21 dias (se imunocomprometido, mais longo)
Staphilococcus aureus 10 – 14 dias

Músculo Gangrena gasosa, Clostridium 10 dias (mas varia com severidade)

Osteomielite aguda 6-8 semanas


Osso  Até normalização do VHS (frequentemente > 3 meses)
Osteomielite crônica
 Osteomielite vertebral não complicada: 6 semanas
Ouvido Otite média com efusão 5-7 dias
5-6 dias (até 3 dias depois que a inflamação aguda
Pele e partes moles Celulite
desaparecer)
Peritôneo Peritonite de flora intestinal 4 dias
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ANTIMICROBIANOS

DURAÇÃO DA ANTIBIOTICOTERAPIA EM ADULTOS


Local da infecção Diagnóstico Duração terapia
 Bactrim: 30-90 dias
Próstata Prostatite crônica
 Quinolonas: 28-42 dias
Pneumonia pneumocócica Mínimo de 5 dias e até afebril por 3-5 dias
PAC Mínimo de 5 dias e até afebril por 2-3 dias
Pneumonia por Enterobacteriaceae e
21 dias (frequentemente >42 dias)
Pseudomonas
Pneumonia estafilocócica 21-28 dias
Pulmão
Pneumonia Legionella, Mycoplasma e
7-10 dias com doxiciclina ou 5 dias com azitromicina
Chlamydia
Abscesso pulmonar 28-42 dias
Exacerbação aguda de bronquite e DPOC Curto: ≤5 dias; longo:≥ 7dias
Pneumonia Nosocomial Curto: ≤8 dias; longo:10-15 dias
Cistite aguda 3 dias
Rim
Pielonefrite 14 dias
5-7 dias (terapias longas de 10-14 dias a depender de
Seios paranasais Sinusite aguda
severidade da doença)
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Quadro 1 – Antimicrobianos padronizados no Hospital Universitário-UFS (Aracaju, 2022).

Medicamento Via Apresentação Exige avaliação do SCIRAS


EV
Pó Sol. Inj. 250mg (fr.amp.)
Aciclovir VO Sim
Comp 200mg

Amicacina EV Sol. Inj. 500 mg e 100 mg (amp) Sim

VO Cáps 500 mg
Amoxicilina Não
Pó Sol. Oral 50 mg/mL (fr)

Amoxicilina+ Clavulanato VO Pó Sol. Oral 50 mg/mL + 12,5 mg/mL (fr) Não

Ampicilina + Sulbactam EV Pó Sol. Inj. 2 g + 1 g (fr.amp) Sim


EV
Anfotericina B Complexo Lipídico Pó Sol. Inj. 50 mg (fr.amp) - Protocolo de Micoses Sistêmicas (via MS) Formulário de alto custo

Anfotericina B Desoxicolato EV Pó Sol. Inj. 50 mg (fr.amp) Sim


Anfotericina B Lipossomal EV Pó Sol. Inj. 50 mg (fr.amp) – Protocolo de Leishmaniose (via SES) Formulário Leishmaniose
Anfotericina B Lipossomal EV Pó Sol. Inj. 50 mg (fr.amp) – Casos não atendidos pelos demais protocolos Formulário de alto custo
EV Pó Sol. Inj. 500 mg (fr.amp)
Azitromicina VO Sim
Comp 500 mg

Benzilpenicilina benzatina IM Pó Sol. Inj. 1.200.000 UI (fr.amp) Não


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ANTIMICROBIANOS

Medicamento Via Apresentação Exige avaliação do SCIRAS


Benzilpenicilina cristalina EV Pó Sol. Inj. 5.000.000 UI (fr.amp) Não
Benzoilmetronidazol VO Susp. Oral 40 mg/mL (fr) Não
VO Comp 500 mg
Cefalexina Não
Susp. Oral 50 mg/mL (fr)

Cefalotina EV Pó Sol. Inj. 1 g (fr.amp) Não


Cefazolina EV Pó Sol. Inj. 1 g (fr.amp) Não
Cefepime EV / IM Pó Sol. Inj. 1 g e 2 g (fr.amp) Sim
Cefotaxima EV Pó Sol. Inj. 1 g (fr.amp) Não
Ceftazidima EV Pó Sol. Inj. 1 g (fr.amp) Sim
Ceftriaxona EV / IM Pó Sol. Inj. 1g (fr.amp) Sim
VO Comp 500mg
Ciprofloxacina EV Sim
Sol. Inj. 400 mg (fr.amp.)

Claritromicina VO Comp 500 mg Não


EV Sol. Inj. 600mg (amp)
Clindamicina VO Sim
Cáps 300 mg

Daptomicina EV Pó Sol. Inj. 500 mg (fr.amp) Sim


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ANTIMICROBIANOS

Medicamento Via Apresentação Exige avaliação do SCIRAS


Ertapenem EV Pó Sol. Inj. 1g (fr.amp) Sim
VO Comp 150 mg
Fluconazol EV Sim
Sol. Inj. 200 mg (bolsa)

Ganciclovir EV Sol. Inj. 500 mg (bolsa) Não


Gentamicina EV Sol. Inj. 80mg e 10 mg (amp.) Não
Imipenem + Cilastatina EV Pó Sol. Inj. 500 mg (fr.amp) Sim
VO Comp 500 mg
Levofloxacino EV Sim
Sol. Inj. 500 mg (bolsa)

Meropenem EV Pó Sol. Inj. 1 g (fr.amp) Sim

Metronidazol EV Sol. Inj. 500 mg (bolsa) Sim


Micafungina EV Pó Sol. Inj. 50 mg (fr.amp) Sim
Nistatina VO Susp. Oral 100.000 UI/mL (fr.) Não
Norfloxacino VO Comp 400 mg Não
Oseltamivir VO Comp 75mg Não
Oxacilina EV Pó Sol. Inj. 500 mg (fr.amp) Não
Piperacilina-Tazobactam EV Pó Sol. Inj. 4,5 g (fr.amp) Sim
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ANTIMICROBIANOS

Medicamento Via Apresentação Exige avaliação do SCIRAS


Polimixina B EV Pó Sol. Inj. 500.000 UI (fr.amp) Sim
EV
Sol. Inj. 400 mg + 80 mg (amp)
VO
Sulfametoxazol + Trimetoprima Comp 400 mg + 80 mg Não
Sol. Oral 40 mg/mL + 8 mg/mL (fr)

Teicoplanina EV Pó Sol. Inj. 400 mg (fr.amp) Sim


Tigeciclina EV Pó Sol. Inj. 50 mg (fr.amp) Sim

Vancomicina EV/VO Pó Sol. Inj. 500 mg (fr.amp) Sim


Voriconazol EV Pó Sol. Inj. 200 mg (fr.amp) Sim

Quadro 2 – Infusão prolongada para betalactâmicos

Medicamento Tempo de infusão*


Cefepime 3 horas
Imipenem 3 horas
Meropenem 3 horas
Piperacilina+Tazobactam 4 horas
Fonte: adaptado de Uptodate (2022).
* É recomendado administrar a primeira dose em 30 minutos. As doses seguintes devem ser administradas em infusão prolongada.
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Quadro 3 – Antimicrobianos que devem ter dose calculada pelo peso

Antimicrobiano Posologia Observações


Em pacientes obesos, considerar o peso ideal ou peso corporal ajustado
Aciclovir 10 mg/Kg/dose a cada 8h
(ABW).
Em pacientes subnutridos, utilizar peso corporal total. Para pacientes
Amicacina 15 – 20 mg/Kg a cada 24h não obesos, utilizar peso corporal total. Para pacientes obesos,
considerar o peso corporal ajustado (ABW).
2 g para pacientes <120 kg
Cefazolina
3 g para pacientes ≥120 kg
Em pacientes subnutridos, utilizar peso corporal total. Para pacientes
Gentamicina 5 – 7 mg/Kg a cada 24h não obesos, utilizar peso corporal total. Para pacientes obesos,
considerar o peso corporal ajustado (ABW).
Dose de ataque de 20.000–25.000 UI/Kg, seguida de 12.500 – 15.000 UI/Kg a
Polimixina B Para pacientes obesos, considerar o peso corporal ajustado (ABW).
cada 12h
400 mg, se < 85 Kg;
6 mg/Kg, via EV, se > 85 Kg.
Teicoplanina
Obs.: Em endocardite causada por S. aureus ou em queimaduras, dose de
manutenção de 12 mg/Kg, via EV, independente do peso
Dose de ataque de 25 – 30 mg/Kg
Vancomicina Em pacientes não obesos, considerar o peso corporal real.
Dose de manutenção de 15 – 20 mg/Kg a cada 12h
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ANTIBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA
Drogas Cefazolina Vancomicina Clindamicina Metronidazol Gentamicina Ampicilina/sulbactam Ciprofloxacino
Administração Push EV 1h de infusão (120 minutos 10-20 min de 1h de infusão 30 min de Push EV 1h de infusão
3-5 minutos antes da incisão cirúrgica) infusão infusão 3-5 minutos
Agentes alternativos Força da
Tipo de procedimento Agentes recomendados
em alérgicos a ß-lactâmicos evidência
TORÁCICA

Procedimentos não cardiológicos, incluindo lobectomia, Cefazolina, Clindamicina d,


A
pneumectomia, resseção pulmonar e toracotomia ampicilina-sulbactam Vancomicina d

Cirurgia de esôfago Cefazolina + metronidazol Clindamicina

Cefazolina, Clindamicina d,
Toracoscopia vídeo-assistida C
ampicilina-sulbactam Vancomicina d

GASTRODUODENAL (e)

Procedimentos envolvendo entrada no trato Clindamicina ou Vancomicina + aminoglicosídeo g ou


Cefazolina ± metronidazol A
gastrointestinal (bariátrica, pancreatoduodenectomia f) fluorquinolona h-j

Procedimentos sem entrada no trato gastrointestinal Clindamicina ou Vancomicina + aminoglicosídeo g ou


(antirrefluxo, vagotomia seletiva) para pacientes de alto Cefazolina fluorquinolona h-j A
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TRATO BILIAR
1. Clindamicina ou Vancomicina + aminoglicosídeo g ou
Cefazolina ± metronidazol, ceftriaxona k,
Procedimento aberto fluorquinolona h-j A
ampicilina-sulbactam h
2.Metronidazol + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j
Procedimento laparoscópico
Eletivo, baixo-risco l nenhum nenhum A
1. Clindamicina ou Vancomicina + aminoglicosídeo g ou
Cefazolina ± metronidazol, ceftriaxona k,
Eletivo, alto-risco l fluorquinolona h-j A
ampicilina-sulbactam h
2.Metronidazol + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j
1. Clindamicina + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j
APENDICECTOMIA (apendicite não complicada) Cefazolina ± metronidazol A
2.Metronidazol + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j
INTESTINO DELGADO
Não obstruído Cefazolina Clindamicina + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j C
Obstruído Cefazolina ± metronidazol Metronidazol + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j C
REPARO DE HÉRNIA Clindamicina ou
Cefazolina A
Hernioplastia ou herniorrafia Vancomicina

Cefazolina + metronidazol,
ampicilina/sulbactam h,
1. Clindamicina + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j
ceftriaxona + metronidazol n, A
COLORRETAL 2.Metronidazol + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j
ertapenem
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CABEÇA E PESCOÇO
Limpa nenhum nenhum B
Limpa com colocação de prótese (exceto tubos de
Cefazolina Clindamicina d C
timpanostomia)
Cefazolina + metronidazol, Clindamicina d
Limpa-contaminada oncológica A
ampicilina/sulbactam
Outros procedimentos limpo-contaminados com
Cefazolina + metronidazol, Clindamicina d
exceção de tonsilectomia e procedimentos B
ampicilina/sulbactam
endoscópicos funcionais dos seios nasais
NEUROCIRURGIA
Craniotomia eletiva, bombas intratecais, cranioplastia e Cefazolina (e vancomicina se
Vancomicina d A
procedimentos de derivação de líquor colonizado/infectado por MRSA)
Clindamicina d ou
Laminectomia Cefazolina C
Vancomicina d
Cefazolina (e vancomicina se
Fusão espinhal Vancomicina
colonizado/infectado por MRSA)
Cirurgia transfenoidal Ceftriaxona Levofloxacino

CIRURGIA GINECOLÓGICA

Parto cesareano Cefazolina Clindamicina + aminoglicosídeo g A

1. Clindamicina ou Vancomicina + aminoglicosídeo g ou


Cefazolina
Histerectomia (vaginal ou abdominal) fluorquinolona h-j A
ampicilina/sulbactam h
2.Metronidazol + aminoglicosídeo g ou fluorquinolona h-j
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ORTOPÉDICA

Cirurgia limpa envolvendo mão,joelho e pé e sem nenhuma


nenhuma C
implante de material prostético
Artroscopia Cefazolina Clindamicina
Clindamicina d ou
Cefazolina (e vancomicina se
Procedimentos na coluna, com ou sem instrumentação Vancomicina d A
colonizado/infectado por MRSA)
Clindamicina d ou
Cefazolina (e vancomicina se
Reparo de fratura de quadril Vancomicina d A
colonizado/infectado por MRSA)
Implantação de aparelhos de fixação interna (placas, Cefazolina (e vancomicina se Clindamicina d ou
C
parafusos, fios) ou material de enxerto ósseo colonizado/infectado por MRSA) Vancomicina d
Cefazolina (e vancomicina se Clindamicina d ou
Substituição total da articulação colonizado/infectado por MRSA) Vancomicina d A

UROLÓGICA
Instrumentação de trato urinário inferior com fator de
risco para infecção (inclui biópsia de próstata transretal,
Cefazolina Gentamicina
ressecção transuretral de tumor de bexiga,
ureteroscopia, cistouretroscopia)
Clindamicina d ou
Cefazolina (adição de aminoglicosídeo se
Limpa, SEM entrada no trato urinário Vancomicina d A
colocação de material prostético)
Cefazolina ou Vancomicina
Envolve implante de prótese Clindamicina + aminoglicosídeo A
+ gentamicina
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Fluorquinolona h-j ou
Cefazolina (adição de aminoglicosídeo se
Limpa, COM entrada no trato urinário Aminoglicosídeo g ± Clindamicina A
colocação de material prostético)
Fluorquinolona h-j ou
Limpa-contaminada (cistectomia radical, urostomia,
Cefazolina + metronidazol Aminoglicosídeo g + metronidazol ou clindamicina A
cistoprostatectomia, exenteração pélvica anterior)

VASCULAR (d)
Procedimentos na carótida ou braquiocefálica Não recomendado
Procedimentos em extremidades superiores com
Cefazolina Clindamicina ou Vancomicina
enxerto ou nas extremidades inferiores
Procedimentos na aorta abdominal ou incisão inguinal Cefazolina + metronidazol Vancomicina + gentamicina
TRANSPLANTES
Cefazolina + metronidazol,
Clindamicina ou Vancomicina + aminoglicosídeo g ou
Hepático q,t Piperacilina/tazobactam, B
fluorquinolona h-j
Cefazolina + metronidazol ± fluconazol
Clindamicina ou Vancomicina + aminoglicosídeo g ou
r (se paciente de alto-risco para infecção
Pâncreas, pâncreas-rim fluorquinolona h-j A
fúngica (i.e: drenagem entérica do
pâncreas)
Rim (doador vivo adulto) Cefazolina Clindamicina + fluorquinolona h-j A
CIRURGIA PLÁSTICA
Cefazolina ou
Clindamicina d ou
ampicilina/sulbactam
Limpa com fator de risco ou limpa-contaminada Vancomicina d A
± vancomicina (se colonizado/infectado
por MRSA)
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Graus de recomendação científica:


A: Estudos experimentais ou observacionais de maior consistência (metanálises ou ensaios clínicos randomizados).
B: Estudos experimentais ou observacionais de menos consistência (outros ensaios clínicos não-randomizados ou estudos observacionais ou estudos caso-controle).
C: Relatos ou séries de casos (estudos não-controlados).
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

d Para procedimentos em que são prováveis outros patógenos que não estafilococos e estreptococos, um agente adicional com atividade contra aqueles patógenos
podem ser considerados. Por exemplo, se houver dados de vigilância mostrando que organismos gram-negativos são a causa de infecções para o procedimento, os
médicos podem considerar a combinação de clindamicina ou vancomicina com outro agente (cefazolina se o paciente não é alérgico a B-lactâmicos; aztreonam,
gentamicina ou fluoroquinolona em dose única se o paciente for alérgico a B-lactâmicos.

c A profilaxia deve ser considerada para pacientes com maior risco de infecções gastroduodenais pós-operatórias, como aqueles com aumento do pH (por exemplo,
aqueles que recebem antagonistas do receptor H2 da histamina ou inibidores da bomba de prótons), perfuração gastroduodenal, diminuição da motilidade
gástrica,obstrução da saída gástrica, sangramento gástrico, obesidade mórbida ou câncer. A profilaxia antimicrobiana pode não ser necessária quando o lúmen do
tratado intestinal não é alcançado.
f Considere cobertura antimicrobiana adicional com trato biliar infectado.
g Gentamicina ou tobramicina.
h Devido ao aumento da resistência da Escherichia coli às fluoroquinolonas e ampicilina/sulbactam, os perfis de suscetibilidade da população local devem ser
revisado antes do uso.
i Ciprofloxacino ou levofloxacino.
j O risco de tendinite e ruptura de tendão relacionado à fluoroquinolona deve ser excepcionalmente pequeno com a administração de dose única. Uso de
fluoroquinolonas em crianças podem ser necessárias, mas não são a primeira escolha habitual em populações pediátricas devido ao aumento da incidência de
eventos adversos em comparação com controles em alguns ensaios clínicos.
k O uso de ceftriaxona deve ser limitado a pacientes que necessitam de tratamento antimicrobiano para colecistite aguda ou infecções agudas do trato biliar que
podem não ser determinado antes da incisão, mas não em pacientes submetidos à colecistectomia por condições biliares não infectadas, incluindo cólica biliar ou
discinesia sem infecção.
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l Fatores que indicam um alto risco de complicações infecciosas na colecistectomia laparoscópica incluem procedimentos de emergência, diabetes,duração do
procedimento, ruptura intraoperatória da vesícula biliar, idade >70 anos, conversão de colecistectomia laparoscópica para aberta, ASA ≥ 3, episódio de cólica até 30
dias antes do procedimento, reintervenção em menos de um mês para complicação não infecciosa, colecistite aguda, derrame de bile, icterícia, gravidez, vesícula
biliar não funcionante, imunossupressão, e inserção de dispositivo protético. Como vários desses fatores de risco não são possíveis de determinar antes da
intervenção cirúrgica, pode ser razoável administrar uma dose única de profilaxia antimicrobiana a todos os pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica.
n Onde há resistência crescente às cefalosporinas de primeira e segunda geração entre isolados gram-negativos de ISC, uma única dose de ceftriaxona mais
metronidazol pode ser preferível ao uso rotineiro de carbapenêmicos.
o A necessidade de continuar antimicrobianos tópicos no pós-operatório não foi estabelecida.
p A profilaxia não é indicada rotineiramente para procedimentos braquiocefálicos. Embora não existam dados de apoio, os pacientes submetidos a procedimentos
braquiocefálicos envolvendo próteses vasculares ou por exemplo, endarterectomia de carótida, podem se beneficiar da profilaxia.
q Estas diretrizes refletem recomendações para profilaxia antibiótica perioperatória para prevenir ISC e não fornecem recomendações para prevenção de infecções
oportunistas em pacientes transplantados imunossuprimidos (por exemplo, para medicamentos antifúngicos ou antivirais).
r Pacientes que têm dispositivos de assistência ventricular esquerda como ponte e que estão cronicamente infectados também podem se beneficiar da cobertura
de microrganismo infectantes.
s O regime profilático pode precisar de modificação para cobertura contra quaisquer patógenos potenciais, incluindo Gram-negativos (por exemplo, Pseudomonas
aeruginosa) ou organismos fúngicos), isolados do pulmão do doador ou do receptor antes do transplante. Pacientes submetidos a transplante pulmonar com culturas
pré-transplante negativas devem receber profilaxia antimicrobiana conforme apropriado para outros tipos de cirurgias cardiotorácicas. Pacientes submetidos a
transplante de pulmão para fibrose cística devem receber 7-14 dias de tratamento com antimicrobianos selecionados de acordo com cultura pré-transplante e
resultados de suscetibilidade. Este tratamento pode incluir agentes antibacterianos ou antifúngicos adicionais.
t O regime profilático pode precisar ser modificado para fornecer cobertura contra quaisquer patógenos potenciais, incluindo enterococcus resistentes à
vancomicina, isolados do receptor antes do transplante.
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DOSES RECOMENDADAS E INTERVALOS DE REPIQUE


PARA OS ANIBIÓTICOS DISPONÍVEIS NO HU/UFS
Dose recomendada
Meia vida Repique
Antibiótico Adultos Pediátrico (horas) (horas)

Ampicilina/Sulbactam 3g 50mg/kg (ampicilina) 0,8-1,3 2

< 120 kg: 2g


Cefazolina ≥120kg: 3g 30mg/kg 1,2-2,2 4

Ceftriaxona 2g 50-75mg/kg 5,4-10,9 não

Ciprofloxacino 400mg 10mg/kg 3-7 não

Clindamicina 600mg 10mg/kg 2-4 6

Ertapenem 1g 15mg/kg 3-5 não

Gentamicina 5mg/kg 2,5mg/kg 2-3 não

Levofloxacino 500mg 10mg/kg 6-8 não

15mg/kg
Metronidazol 500mg 6-8 não
7,5mg/kg se < 1200g

Vancomicina 15mg/kg 15mg/kg 4-8 não


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ANTIBIOTICOTERAPIA EM CIRURGIAS CONTAMINADAS / INFECTADAS


Duração do
Grupo Cirurgia Tipo específico de cirurgia Esquema preferencial Esquema alternativo
tratamento

Ortopédica/ Clindamicina 600mg 6/6h + Ceftriaxona 1g 12/12h +


Amputação com gangrena úmida infectada
Vascular Ciprofloxacina 400mg 12/12h Metronidazol 500mg 8/8h 7 dias

Ceftriaxona 1g 12/12h
Cabeça /pescoço Oncológica Infectada de Cabeça e Pescoço Ciprofloxacina 400mg, EV, 12/12h 7 dias
+ Clindamicina 600mg 6/6h

Colecistite Aguda, Colangite Ceftriaxona 1g 12/12h


Trato biliar Ertapenem 1g, 24/24h
Empiema biliar + Clindamicina 600mg 6/6h 7 dias

Cirurgia com contaminação grosseira Ceftriaxona 1g 12/12h Ciprofloxacino 400mg, 12/12h +


da cavidade (lesão víscera oca) + Clindamicina 600mg 6/6h Metronidazol 500mg 8/8h 3-5 dias
Coloproctologia

Cirurgia infectada Ceftriaxona 1g 12/12h


Ertapenem 1g, 24/24h 7 -10 dias
(peritonite, abscesso) + Clindamicina 600mg 6/6h

Ceftriaxona 1g EV 12/12h
Urológica Nefrectomia Infectada Ertapenem 1g, 24/24h 7 dias
ou dirigida por cultura
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10. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO (Não se aplica)


11. CRITÉRIOS DE MUDANÇA TERAPÊUTICA (Não se aplica)
12. CRITÉRIOS DE ALTA OU TRANSFERÊNCIA (Não se aplica)
13. FLUXOGRAMAS (Não se aplica)
14. MONITORAMENTO (Não se aplica)
15. REFERÊNCIAS
ANTHONISEN, N.R.; et al. Antibioticoterapia nas exacerbações da doença pulmonar obstrutiva
crônica. Ann Intern Med. 1987. 106: 196.
BERRÍOS-TORRES, S.I.; et al. Centers for Disease Control and Prevention Guideline for the Prevention
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Health-Syst Pharm. 2013; 70:195-283.
BRASIL. Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de
Antimicrobianos em Serviços de Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa. Brasília,
2017.
BRASIL. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 2 ed. Coordenação-Geral de Desenvolvimento
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2017.
BYRON, J.K. Urinary Tract Infection. Vet Clin North Am Small Anim Pract. 2019, Mar. 49(2):211-221.
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16. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

Elaboração

João Paulo Andrade Fonseca


Data: 27/01/2022
Cargo: Médico Residente em Infectologia.
Conforme processo SEI nº 23530.001767/2022-87
Karina Madureira Ramalho
Cargo: Médica Infectologista.

Análise

Rísia Cristina Santos de Oliveira


Data: 27/01/2022
Cargo: Médica Infectologista.
Conforme processo SEI nº 23530.001767/2022-87
Geovanna Cunha Cardoso
Cargo: Farmacêutica.

Validação
Data: 07/02/2022
Márcia Maria Macedo Lima Conforme processo SEI nº 23530.001767/2022-87
Cargo: Médica. Chefe do Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde

Aprovação
Conforme processo SEI nº 23530.001767/2022-87
Raimundo Saturnino Pereira
Cargo: Médico. Gerente de Atenção à Saúde

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte.

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