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EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES

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SARS-COV-2

OSWALDO DE JESUS FERREIRA


Presidente

EDUARDO CHAVES VIEIRA


Diretor Vice-Presidente Executivo

GIUSEPPE CESARE GATTO


Diretor de Atenção à Saúde

ROSANA REIS NOTHEN


Coordenadora de Gestão Clínica

RICARDO MALAGUTI
Chefe do Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial

ELABORAÇÃO
André Bon Fernandes da Costa - Hospital Universitário da Universidade de Brasília/UNB
Angelita Fernandes Druzian – Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian/UFMS
Alexandre Vargas Schwarzbold - Hospital Universitário de Santa Maria/UFSM
Bernardo Montesanti Machado de Almeida - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná/UFPR
Claudia Fernanda de Lacerda Vidal – Hospital das Clínicas de Pernambuco da Universidade Federal
de Pernambuco/UFPE
Claudia Siqueira Besch - Diretoria de Gestão de Pessoas/EBSERH Sede
Debora Otero Britto Passos Pinheiro -Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro/UFF
Eduardo Martins Netto - Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da
Bahia/HUPES
Evelyne Santa Girão - Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará/UFCE
Francelli Aparecida Cordeiro Neves - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas
Gerais/UFMG
Gabriela de Oliveira Silva - Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
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Graciele Trentin – Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC


José Humberto Caetano Marins – Hospital das Clínicas da Universidade de Uberlândia/UFU
Leili Mara Mateus da Cunha – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
Lourival Rodrigues Marsola - Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal
do Pará/UFPA
Luisa Barros Pimenta – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
Márcia Amaral Dal Sasso – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
Marta Pinheiro Lima - Diretoria de Gestão de Pessoas/EBSERH Sede
Ricardo Malaguti - Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
Rogéria Aparecida Pereira Valter De Lucena – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à
Saúde/EBSERH Sede
Rosana Reis Nothen - Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
Tâmela Beatriz Matinada da Silva – Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
Wanessa Trindade Clemente - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Ac Anticorpos
Ag Antígeno
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CAT Comunicação de Acidente de Trabalho
CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CDC Centers for Disease Control and Prevention
CDC-USA Centers for Diseases Control and Prevention - United States of America
CGC Coordenadoria de Gestão da Clínica
COVID-19 Coronavirus Disease 2019
CTVS Câmara Técnica de Vigilância em Saúde
DEPAS Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde
EBSERH Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EPI Equipamento de Proteção Individual
FIO2 Fração inspirada de oxigênio
HEPA High Efficiency Particulate Arrestance
IgA Imunoglobulina A
IgG Imunoglobulina G
IgM Imunoglobulina M
LT-CD4+ Linfócitos T-CD4+ (auxiliar)
MERS Middle East Respiratory Syndrome
NEPI Núcleo de Epidemiologia Hospitalar
NF Nasofaringe
OMS Organização Mundial da Saúde
PaO2/FiO2 Pressão arterial de oxigênio / Fração inspirada de oxigênio
PCR Reação em cadeia de polimerase
RDC Resolução de Diretoria Colegiada
RJU Regime Jurídico Único
RNA Ácido ribonucleico
RT-PCR Reação em cadeia da polimerase – transcriptase reversa
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SARS-CoV-1 Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus


SARS-CoV-2 Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2
SCIH Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
SGCA Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial
SGQ Serviço de Gestão da Qualidade
SGQVS Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde
SpO2 Saturação periférica de oxigênio
SRAG Síndrome Respiratória Aguda Grave
SSOST Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho
UGRA Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais
UTI Unidade de Terapia Intensiva
UVS Unidade de Vigilância em Saúde
VIGIHOSP Aplicativo de Vigilância em Saúde e Gestão de Riscos Assistenciais
Hospitalares
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Sumário

III. FUNDAMENTAÇÃO.................................................................................................................................11
1. VIAS DE TRANSMISSÃO ..........................................................................................................................12
2. DEFINIÇÕES DE TRANSMISSÃO ..............................................................................................................12
3. ALOCAÇÃO DE PACIENTES SUSPEITOS E CONFIRMADOS ......................................................................12
4. IDENTIFICAÇÃO DE CASOS DE COVID-19 ...............................................................................................13
5. TRANSMISSÃO INTRA-HOSPITALAR DO SARS-COV-2 E INVESTIGAÇÃO DE SURTO ...............................13
6. ESTRATÉGIAS DE TESTAGEM LABORATORIAL ........................................................................................14
7. PLANO DE GERENCIAMENTO DE SURTOS DE COVID-19 ........................................................................15
8. PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO DE SURTO ...........................................................................................16
8.1. Definição ................................................................................................................................................16
8.2. Investigação ...........................................................................................................................................16
8.3. Testagem ................................................................................................................................................17
8.4. Testes recomendados de acordo com o tempo do contato ..................................................................17
8.5. Quando realizar o teste RT-PCR .............................................................................................................18
8.6. Quando realizar o teste de anticorpos...................................................................................................19
8.7. Interpretação dos testes e manejo de pacientes ou profissionais suspeitos e confirmados ................20
9. AFASTAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E RETORNO ÀS ATIVIDADES.......................................21
10. MANEJO E ORIENTAÇÕES GERAIS PARA CONTATANTES DE PACIENTES INTERNADOS .........................26
11. DESCONTINUAÇÃO DE PRECAUÇÕES BASEADAS NAS VIAS DE TRANSMISSÃO/ISOLAMENTO PARA
PACIENTES COM COVID-19 (CDC, agosto 2020)...............................................................................................26
12. CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
(IRAS) ASSOCIADAS AO SARS-COV-2 NOS SERVIÇOS DE SAÚDE. .....................................................................28
13. MEDIDAS DE CONTROLE RECOMENDADAS ...........................................................................................28
14. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE SURTO..............................................................29
15. FECHAMENTO DO SURTO E RELATÓRIO FINAL ......................................................................................29
IV. EXPECTATIVA..........................................................................................................................................29
V. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................30
VI. GLOSSÁRIO E CONCEITOS ......................................................................................................................34
VII. HISTÓRICO DE REVISÃO .........................................................................................................................36
APÊNDICE A - Fluxograma para organização da investigação epidemiológica de caso de transmissão intra-
hospitalar da COVID-19 em hospitais da rede EBSERH. ...................................................................................38
APÊNDICE B - Definição de casos de COVID-19 ................................................................................................39
APÊNDICE C - Ficha de investigação de surto de COVID-19 no ambiente intra-hospitalar..............................42
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APÊNDICE D - Formulário para Automonitoramento ou Monitoramento Ativo .............................................45


APÊNDICE E - Vigilância Epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) associadas
ao SARS-CoV-2 dentro dos serviços de saúde ..................................................................................................47
APÊNDICE F - Orientações para elaboração de relatório de surto ...................................................................49
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I. APRESENTAÇÃO E OBJETIVO
Trata-se de um guia da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde (DEPAS) visando
orientar os Hospitais Universitários Federais com relação à investigação de surto e estratégias para
prevenção da transmissão intra-hospitalar e o controle da disseminação da infecção pelo SARS-CoV-
2.
Por solicitação da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde e da Coordenadoria de
Gestão da Clínica (CGC), este Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial (SGCA), que é responsável
pela implementação e melhoria da gestão dos processos de prestação de cuidados junto aos
pacientes, encaminha o presente documento elaborado pela Câmara Técnica de Infectologia1, em
conjunto com a Câmara Técnica de Vigilância em Saúde (CTVS) e com o Serviço de Saúde
Ocupacional e Segurança do Trabalho (SSOST).

II. RESUMO EXECUTIVO


1. CONTEXTUALIZAÇÃO
O surto de COVID-19 em instituição de saúde se define por uma aglomeração de casos de
COVID-19 com relação temporal e espacial confirmada, ou seja, identificação de dois ou mais casos
entre pacientes e/ou profissionais de saúde que compartilhem a mesma área física em um
setor/unidade não destinado a atendimento de pacientes com suspeita/confirmação de COVID-19.

2. ORIENTAÇÕES PARA INVESTIGAÇÃO E ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE SURTO


2.1. Notificação e Fluxo
Informar ao Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde (SGQVS) do hospital a
ocorrência de surtos por meio das notificações no Vigihosp.
Nos casos em que o surto resulte em interrupção temporária do atendimento, o SGQVS
deverá informar ao Serviço de Gestão da Qualidade/CGC/DAS, da EBSERH Sede a ocorrência do
surto por meio do e-mail vigilancia.sede@ebserh.gov.br. Notificar os órgãos públicos responsáveis
pela vigilância epidemiológica e sanitária.
O fluxograma para organização da investigação epidemiológica de caso de transmissão
intra-hospitalar da COVID-19 em hospitais da rede EBSERH, pode ser visualizado no Apêndice A

2.1.1. Descrição do Microrganismo


Os coronavírus pertencem a uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O
novo coronavírus denominado SARS-CoV-2 é o causador da doença COVID-19 e foi recentemente
reconhecido (dezembro de 2019).

1
Portaria-SEI nº 12, de 22 de abril de 2020, Boletim de Serviço nº 806, de 22 de abril de 2020.
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2.1.2. Definição de casos suspeitos e confirmados de COVID-19


O enquadramento de casos descartados, suspeitos e confirmados de COVID-19 deve seguir
as definições do Ministério da Saúde, constantes no Apêndice B deste documento. Possíveis
atualizações podem ser acompanhadas no site: https://coronavirus.saude.gov.br/definicao-de-
caso-e-notificacao.
Recomenda-se ainda seguir os 10 passos orientados pelo documento do Ministério da
Saúde, constante no documento Guia para Investigação de Surtos ou Epidemias, disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_investigacao_surtos_epidemias.pdf

2.2. Protocolo de Investigação de Surto


2.2.1. Início da investigação
A investigação deve ser deflagrada após registro de ≥ 2 (dois) casos autóctones em
Setores/Unidades não destinadas ao atendimento de casos suspeitos/confirmados de COVID-19,
principalmente se os casos forem reconhecidos em intervalo de 72h. Pode-se avaliar a necessidade
de investigação de contatantes em situações de alto risco de transmissão.

2.2.2. Descrição do Grupo de Trabalho


Um grupo responsável deve ser constituído a cada surto ou seguir as orientações gerais de
composição de cada hospital. Considera-se que a atividade de investigação é multidisciplinar.

2.2.3. Etapas na realização do rastreamento de contato


O rastreamento de contatos deve ser conduzido para todos os casos confirmados e para
casos suspeitos, mesmo na ausência de capacidade de testagem abrangente.

2.2.4. Quem deve ser testado em caso de surto


Paciente ou profissional de saúde com sintomatologia OU com exame de imagem
compatível com COVID-19 OU que teve contato com caso confirmado (situação de alto risco),
mesmo que assintomático desde que haja (ou conquanto exista) associação temporal e espacial
com o “cluster” de casos.

2.2.5. Realização e Interpretação de Testes


Os testes recomendados para o diagnóstico laboratorial e as possibilidades de
interpretação dos resultados podem ser visualizados nas Figuras 1 e 2 deste Guia.
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2.3. Orientações em relação aos profissionais de saúde quanto ao afastamento e retorno às


atividades profissionais
O profissional de saúde deve ser avaliado pelo SSOST para cumprimento dos dispostos das
Partes 1, 2 e 3 do Anexo 12, presente na Nota Técnica – SEI nº 5/2020/SGQ/CGC/DEPAS/EBSERH, e
atualizações, conforme descrito a seguir.
a) Verificação do registro de exposição, conforme estabelecido pelo Anexo 12/Parte 2 –
Avaliação e Registro da Exposição Laboral ao SARS-CoV-2.
b) Classificação do risco de exposição e definição da estratégia de afastamento, conforme
protocolo presente no Anexo 12 – Parte 1 – Afastamento e Testagem.
c) Preenchimento de Relatório de Investigação de Acidente de Trabalho nos casos
sintomáticos e, se necessário, abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho e
SINAN, conforme Anexo 12 – Parte 3 – Investigação e Registro de Acidente.
O SSOT poderá indicar avaliação remota do profissional de saúde durante o período de incubação
após a exposição ocupacional ou na presença de sintomas respiratórios.
2.4. Orientações em relação aos pacientes internados
a) Definir os pacientes expostos e estabelecer precauções respiratória e de contato para os
pacientes suspeitos e confirmados.
b) Estabelecer estratégia de investigação dos contatantes (testar todos os contatantes ou
apenas aqueles suspeitos).
c) Acompanhar os contatantes rigorosamente para estabelecimento de tempo mínimo
necessário de precauções e isolamento.
d) Manter os contatantes assintomáticos em precauções/isolamento por 14 dias após o último
contato com o(s) paciente(s) confirmado(s) levando em consideração o período de
incubação da doença. Os contatantes sintomáticos deverão ser considerados suspeitos de
COVID-19.

2.5. Descontinuação de precauções baseadas nas vias de transmissão/isolamento para pacientes


com COVID-19 (CDC, agosto 2020)
A decisão de interromper as precauções baseadas na transmissão para pacientes com
infecção confirmada por SARS-CoV-2 deve ser tomada usando uma estratégia baseada em
sintomas. O período de tempo considerado dependerá da gravidade da doença do paciente e se
eles são gravemente imunocomprometidos.
Diante de paciente com pelo menos 24 horas do último pico febril sem o uso de
medicamentos para redução da febre, e melhora dos sintomas (por exemplo, tosse, falta de ar),
recomenda-se pelo menos 10 dias do início dos primeiros sintomas para os casos de doença leve a
moderada e não gravemente imunocomprometido, e de 10 até 20 dias se paciente com doença
grave a crítica ou gravemente imunocomprometidos.
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2.6. Medidas de controle de transmissão


a) Determinar uso de precauções conforme risco de exposição (para gotículas ou aerossóis e
contato, além das precauções padrão).
b) Treinar e estimular o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPI).
c) Reforçar normas e fluxos de boas práticas e realizar treinamentos para higienização de mãos.
d) Revisar fluxo entre setores, Medicina do Trabalho e Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar (SCIH), comunicação imediata de casos e condutas.
e) Utilizar instrumento único para investigação de casos, considerando tempo de contato e
relato de febre, sintomatologia gripal, diarreia OU QUALQUER quadro clínico compatível
com COVID-19.
f) Reforçar a rotina de limpeza concorrente e desinfecção terminal.
g) Discutir no grupo técnico e alta governança sobre a possibilidade de fechamento da Unidade
para novas admissões até controle da situação epidêmica e transferência de pacientes NÃO
COVID-19 para Unidade intermediária ou de Transição, até resultado de exames.

2.7. Fechamento do surto e relatório final


a) Fechamento do surto após 14 dias do último caso identificado;
Relatório final até 30 dias do fechamento do surto.

2.7.1. Conteúdo do Relatório


O relatório da investigação de surto deve conter informações sobre o microrganismo, vias
de transmissão, setor/unidade de ocorrência, descrição do grupo de trabalho, estratégias para
monitoramento e acompanhamento de casos confirmados, suspeitos e contatantes, orientações
para exames complementares, rotinas de higiene e limpeza, notificação e fluxos.

III. FUNDAMENTAÇÃO
Universalmente, medidas de prevenção e controle de infecção devem ser implementadas
pelos profissionais de saúde para evitar ou mitigar a transmissão de microrganismos durante a
assistência. Além disso, o serviço de saúde deve garantir que as políticas e as boas práticas
minimizem a exposição a patógenos, incluindo o SARS-CoV-2.
As medidas de prevenção e controle devem ser implementadas em todas as etapas do
atendimento do paciente no serviço de saúde, desde sua chegada, triagem, espera, durante toda a
assistência prestada, até a sua alta/transferência ou óbito, conforme disposto na Nota Técnica nº
04/2020 GVIMS/GGTES/ANVISA, Nota Técnica nº 07/2020/GVIMS/GGTES/ANVISA e a Nota Técnica
- SEI nº 5/2020/SGQ/CGC/DAS-EBSERH, ou outras que as substituírem e/ou atualizarem.
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1. VIAS DE TRANSMISSÃO
A transmissão do SARS-CoV-2 ocorre, usualmente, por meio de gotículas respiratórias ou
aerossóis, pelo contato direto com pessoas infectadas ou contato indireto por objetos ou superfícies
contaminadas. A transmissão pode ocorrer na fase pré-sintomática, sintomática ou mesmo se o
indivíduo permanecer assintomático. O período de incubação da COVID-19 (tempo entre a
exposição ao vírus e o início dos sintomas) é, em média, de 5 a 6 dias, no entanto, pode variar de 1
a 14 dias.

2. DEFINIÇÕES DE TRANSMISSÃO
• Transmissão pré-sintomática: ocorre durante o período "pré-sintomático", já que o
SARS-CoV-2 pode ser detectado de 1 a 3 dias antes do início dos sintomas da COVID-19;
• Transmissão sintomática: ocorre quando o caso índice é identificado em indivíduo que
desenvolveu sinais e sintomas compatíveis com COVID-19. O SARS-CoV-2 é transmitido no início do
curso da doença, principalmente a partir do 3o dia após o início dos sintomas;
• Transmissão assintomática: o SARS-CoV-2 também pode ser transmitido por pessoas
assintomáticas; assim, a transmissão assintomática refere-se à transmissão do vírus de uma pessoa
infectada, sem manifestação clínica da COVID-19, mas com confirmação laboratorial do vírus.

3. ALOCAÇÃO DE PACIENTES SUSPEITOS E CONFIRMADOS


A alocação dos pacientes suspeitos ou confirmados deve ser realizada, preferencialmente,
em um quarto privativo com porta fechada e bem ventilado (com janelas abertas).
Os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser realizados, preferencialmente,
em uma unidade de isolamento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA (High Efficiency
Particulate Arrestance). Na ausência desse tipo de unidade, deve-se colocar o paciente em um
quarto individual com portas fechadas, janelas abertas e restringir o número de profissionais
durante estes procedimentos.
Além disso, deve-se orientar a obrigatoriedade do uso da máscara de proteção respiratória
com filtração de 95% de partículas e dos demais elementos para a paramentação adequada dos
profissionais de saúde, conforme especificado em Nota Técnica nº 04/2020 GVIMS/GGTES/ANVISA
e Nota Técnica nº 07/2020 GVIMS/GGTES/ANVISA e Anexo 9 –Equipamentos de Proteção Individual
– EPI da Nota Técnica - SEI nº 5/2020/SGQ/CGC/DAS-EBSERH, ou outros que os substituam.
Considerando a possibilidade do aumento do número de casos, se o serviço de saúde não
possuir quartos privativos disponíveis, deve ser estabelecida a acomodação dos pacientes em
coorte, ou seja, alocar esses pacientes em uma mesma enfermaria ou área. Essa coorte pode ser
realizada em todas as unidades ou setores que forem receber pacientes suspeitos ou confirmados
de infecção pelo SARS-CoV-2.
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4. IDENTIFICAÇÃO DE CASOS DE COVID-19


Deve-se estabelecer uma ESTRATÉGIA ESPECÍFICA para a identificação de casos suspeitos
de COVID-19 e considerar incluir como suspeitos as apresentações atípicas. Em condições de
transmissão sustentada, pacientes hospitalizados com quadro de infecção respiratória aguda e
pneumonia são suspeitos de COVID-19. É importante que as equipes de saúde mantenham um alto
nível de suspeita de COVID-19 para que seja possível a identificação rápida de pacientes, mesmo
com quadros atípicos como fenômenos tromboembólicos e diarreia, por exemplo.
O alto índice de alerta permite a identificação de casos suspeitos de COVID-19 não somente
entre os pacientes, acompanhantes/visitantes, como também dentre os próprios profissionais do
serviço de saúde. As definições de casos descartados, suspeitos ou confirmados de COVID-19 estão
descritas no Apêndice B.
Algumas estratégias de triagem e de vigilância podem ser adotadas dentro dos serviços de
saúde, como o rastreamento passivo ou ativo (presencial ou remoto) entre os profissionais. Essa
orientação está referendada pela EBSERH, na Nota Técnica – SEI nº 5/2020/SGQ/CGC/EBSERH que
trata da estratégia de afastamento laboral e protocolo de testagem.

5. TRANSMISSÃO INTRA-HOSPITALAR DO SARS-COV-2 E INVESTIGAÇÃO DE SURTO


O objetivo da investigação de surto é a compreensão do processo de transmissão intra-
hospitalar do SARS-CoV-2, visando o controle da disseminação e a prevenção de transmissões
futuras.
Define-se como epidemia ou surto a ocorrência de um novo evento ou aumento do número
de casos acima do esperado, em determinada população e num período de tempo.
Deve-se, nesse contexto, estudar o grupo populacional, sua distribuição espacial, e o tempo
de ocorrência para determinar a(s) exposição(ões) que predispuseram ao surto, seus mecanismos
de transmissão e grupos mais vulneráveis. Para tanto, utiliza-se instrumento da epidemiologia
hospitalar que permite avaliar as características do agravo com objetivo de identificação dos fatores
de risco e planejamento das ações para prevenção e controle, através da vigilância epidemiológica,
conforme Apêndice C.
Considerando que o Brasil se enquadra no momento como “transmissão sustentada”, a
investigação desse evento está diretamente relacionada à identificação de aglomeração de casos
com relação temporal e espacial confirmada.
A definição de contato de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, pode ser
visualizada no Apêndice B. A identificação de contatos na assistência à saúde pode ser realizada por
meio de entrevista com o paciente com diagnóstico de COVID-19, ou com o seu acompanhante. O
Quadro 1 orienta o processo do rastreamento de contatos em instituição de saúde.
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Quadro 1 - Identificação de contato nas configurações de assistência à saúde

CONTEXTO CONTATO ESPECÍFICO POR CONTEXTO FORMAS DE IDENTIFICAR OS CONTATOS

• Profissionais de saúde: qualquer profissional • Identificar todos os profissionais que


que tenha tido contato direto com um tiveram contato direto com um paciente
paciente com COVID-19, onde o com COVID-19 ou que podem ter estado a
cumprimento estrito ao uso do EPI falhou. um metro do paciente com COVID-19 sem
EPI por mais de 15 minutos sem contato
• Contatos expostos durante internação:
direto (por ex.: um capelão).
qualquer paciente internado no mesmo
quarto ou que compartilha um banheiro • Examinar a lista de pacientes internados
com um paciente com COVID-19, visitas ao no mesmo quarto ou quarto que divide o
Locais de paciente, ou outro paciente no mesmo mesmo banheiro.
assistência à saúde quarto; outras situações conforme a
– contexto • Lista de pessoas que visitaram o paciente
avaliação de risco.
conhecido, mas ou outro paciente no mesmo quarto
contatos • Contatos expostos durante consultas durante o período em questão.
desconhecidos ambulatoriais: Qualquer pessoa que tenha
• Fazer uma avaliação de risco local para
estado na sala de espera ou em um
determinar se outras exposições podem
ambiente fechado equivalente ao mesmo
ser relevantes, como refeitórios e toaletes
tempo em que um indivíduo com COVID-19
de uso comum.
deve ser listado como contato.
• Qualquer pessoa que tenha ficado a um
metro de um paciente com COVID-19 em
qualquer parte do hospital por mais de 15
minutos.

Fonte: Adaptado de OMS, 2020.

6. ESTRATÉGIAS DE TESTAGEM LABORATORIAL


A testagem do paciente ou colaborador sob risco para COVID-19 pode variar quanto à
estratégia, tipo de teste (molecular ou teste de anticorpos) ou amostra.
Existem várias estratégias para o acompanhamento do colaborador sob risco de infecção
pelo SARS-CoV-2. De maneira geral, tem-se 3 principais abordagens: Testagem Universal, Testagem
Direcionada (Seletiva) e Testagem do Sintomático.
a) TESTAGEM UNIVERSAL: na estratégia de testagem em massa na abordagem
UNIVERSAL, todos os profissionais são testados por RT-PCR (ou afim) com intervalo
semanal e sorologia quinzenal. Tal estratégia identifica colaboradores pré-
sintomáticos (ou assintomáticos) na coorte do hospital (nessa situação, todas as
categorias de profissionais: colaboradores EBSERH, servidores do Regime Jurídico
Único (RJU), terceirizados - devem ser envolvidos, pois todos estão expostos). Em
teoria, esse intervalo seria estabelecido considerando o turnover de replicação viral ou
produção de anticorpos, respectivamente.
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b) TESTAGEM DIRECIONADA: na estratégia de testagem em massa na abordagem


DIRECIONADA, os testes seriam realizados naqueles profissionais com grau de
exposição maior2 ou exposição inadvertida - sem o EPI adequado - ou em situação de
surto OU paciente sob investigação de surto. Nos casos assintomáticos, recomenda-se
testagem com RT-PCR entre o 5º e 7º dia após a exposição e, permanecendo a suspeita
de contágio, realizar teste sorológico após a 2a semana.

c) TESTAGEM DO SINTOMÁTICO: a abordagem de testagem do SINTOMÁTICO é


fundamental, pois se refere ao diagnóstico da INFECÇÃO AGUDA e demanda exame
molecular (dependendo do tempo de sintomas), além de avaliação laboratorial mais
ampla e de imagem, quando indicado. Ver Nota Técnica COVID-19 - Orientações aos
Hospitais Universitários Federais da Rede EBSERH a respeito da Abordagem Clínica do
Paciente Adulto - COVID-19 contido na Nota Técnica – SEI nº
7/2020/SGCA/CGC/DEPAS, ou outra que a substitua.
Para uma testagem em massa por técnica molecular (RT-PCR ou afim) devem ser
consideradas opções do teste individual ou teste em “pool” (custo-efetividade). Quanto às
amostras, pode-se utilizar secreção do trato respiratório superior, a exemplo de “swab” ou lavado
de nasofaríngeo e a saliva, essa última sendo de coleta mais cômoda. Ressalta-se que, se em
qualquer estratégia for obtido resultado de TESTE de ANTICORPOS – tipo IgM positivo, deve-se
reconsiderar o resultado, tendo em vista a elevada percentagem de falso-positividade, portanto, se
possível, associar o teste molecular preferencialmente até o 7º dia dos sintomas (o Ministério da
Saúde considera a possibilidade de fazer RT-PCR até o 10º dia) ou, quando a realização do RT-PCR
for inviável, aguardar a viragem sorológica por IgG para confirmação diagnóstica.

7. PLANO DE GERENCIAMENTO DE SURTOS DE COVID-19


Cada hospital deve elaborar um plano de gerenciamento de surtos de COVID-19 que
contemple as “Definições de Casos Operacionais de COVID-19”, a definição de contatos e um plano
de isolamento. O plano de gerenciamento de surtos deve incluir as seguintes descrições:
a) O local ou locais onde os casos suspeitos serão isolados;
b) Como serão gerenciadas as comunicações necessárias entre os setores (por exemplo,
assistencial, limpeza, apoio, administrativo) em relação às pessoas isoladas;
c) O gerenciamento clínico de casos suspeitos enquanto eles permanecerem no hospital;
d) O procedimento de limpeza e desinfecção para áreas potencialmente contaminadas;
e) Como os contatos do caso suspeito serão gerenciados;

2
Os critérios de alto risco foram classificados de acordo com a exposição e definidos pelo SSOST na
Nota Técnica – SEI nº 5/2020/SGQ/CGC/DEPAS - Estratégia de Afastamento Laboral e Protocolo de
Testagem.
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f) Procedimentos para localização de contatos de caso suspeito de COVID-19.


O rastreamento de contatos deve acontecer no momento de detecção de caso suspeito de
COVID-19. O hospital deve seguir todas as recomendações do plano de contingência a fim de mitigar
o risco de exposição de pessoas com casos suspeitos e confirmados de COVID-19.
De acordo com o Plano de contingência da EBSERH (versão 1: 30/04/2020) os hospitais da
Rede participarão em vários níveis de assistência e a capacidade de atendimento a casos de COVID-
19 será baseada na prevalência local da doença, estrutura do hospital e dependendo da capacidade
instalada ou das condições para a expansão planejada. Reforça-se que o delineamento de
investigação de surto intra-hospitalar é dinâmico e as medidas para busca ativa de casos dependerá
do número de casos admitidos na instituição e da saturação do serviço de saúde, considerando o
censo de leitos.

8. PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO DE SURTO


8.1. Definição
A definição da investigação deve refletir claramente as informações sobre o tempo, lugar
e pessoa, sendo o tempo o período de X a Y; o lugar, identificação do serviço de saúde e do
município e UF; a pessoa, pacientes ou profissionais que tiveram contato com o caso-índice ou com
caso secundário durante a investigação do surto.
Com o desenvolvimento do processo investigativo e com a obtenção de informações mais
detalhadas sobre o evento que permitam uma análise preliminar dos dados, a definição de caso
pode ser revisada e aumentar a especificidade.

8.2. Investigação
A investigação será deflagrada após registro de 2 ou mais casos autóctones em Unidades
(ex.: unidade de internação, UTI, enfermaria de oncologia etc.) quando não destinado ao
atendimento de casos suspeitos/confirmados de COVID-19).
Deve-se suspeitar principalmente quando houver 2 casos confirmados de COVID-19 em
intervalo de 72h. Pode-se avaliar a necessidade de investigação de contatantes em situações de alto
risco de transmissão (transmissão por aerossóis – ex: UTI Neonatal) com apenas 1 caso autóctone.
Ressalta-se que o uso dos testes sorológicos on site na medicina ocupacional traduziu a
preocupação da empresa em cumprir seu papel de fornece métodos rápidos para confirmação
diagnóstica tempestiva dos sintomáticos respiratórios, garantir aos trabalhadores que
desenvolveram COVID-19 o direito de emissão de CAT, uma vez que no início da pandemia nem
todos os HUFs dispunham de testes RT-PCR para os trabalhadores, nem se conhecia bem a
performance dos testes em geral. Vale assinalar também que diuturnamente o diagnóstico e
triagem para fins ocupacionais do SARS-CoV-2 seguem sendo reavaliados e frequentemente
reposicionados, devido ao comportamento heterogêneo, inusitado e desafiador que o vírus e a
doença apresentam.
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8.3. Testagem
A definição dos pacientes e profissionais a serem testados deve seguir os critérios descritos
abaixo:
a) Paciente suspeito internado com sintomatologia OU com exame de imagem
compatível com COVID-19;
b) Paciente com contato de caso confirmado, mesmo que assintomático*;
c) Profissional de saúde com ou sem sintomatologia respiratória OU com exame de
imagem compatível com COVID-19, considerando-se o grau de exposição a casos
suspeitos ou confirmados.
*Considerar acordo com LACEN ou instituição conveniada/contratada tendo em vista
excepcionalidade da situação. Deve-se incluir, quando indicado, o Registro de Acidente de Trabalho
por COVID-19. (Anexo 12 – Parte 3 – Investigação e Registro de Acidente da Nota Técnica-SEI nº
5/2020/SGQ/CGC/EBSERH presente no Processo-SEI nº 23477.002311/2020-64).

8.4. Testes recomendados de acordo com o tempo do contato


Os testes moleculares que detectam o RNA do SARS-CoV-2 são geralmente muito
específicos. Embora o limite de detecção seja baixo, detectando quantidades pequenas de RNA viral,
a sensibilidade do teste depende do tipo e qualidade da amostra obtida, do tempo de doença no
momento do teste e da qualidade e tipo do ensaio utilizado. Resultados falso-negativos variam de
5 a 40% e se a suspeita for mantida, pode-se repetir o teste.
Para identificar indivíduos com infecção assintomática ou pré-sintomática, muitas
instituições também implementaram o TESTE UNIVERSAL com RT-PCR em pacientes antes de
procedimentos eletivos e após a admissão no hospital.
Na avaliação de indivíduos assintomáticos expostos ao COVID-19, considera-se que a
prevalência local pode variar de 10% a 50% com base em RELATOS DE SURTOS em grupos de
famílias, lares de idosos, vigilância ativa de passageiros em quarentena em um navio de cruzeiro ou
passageiros de voos de repatriação, funcionários de hospitais com contato próximo com pacientes
positivos ao COVID-19 e clientes e funcionários de um restaurante com transmissão do vírus.
Nesses relatos, o período médio de incubação do SARS-CoV-2 foi determinado em cinco
dias, portanto, 5-7 dias após a exposição pode ser um período de tempo razoável para considerar
os testes pós-exposição (HANSON et al, 2020).
Os testes sorológicos, por outro lado, detectam anticorpos contra SARS-CoV-2 e podem ser
realizados com amostras de sangue total, plasma ou soro. Os anticorpos detectáveis geralmente
levam vários dias a semanas para se desenvolverem; assim, os testes sorológicos têm restrita
utilidade para o diagnóstico no quadro agudo, sendo indicados para o reconhecimento da INFECÇÃO
PREGRESSA e, portanto, identificam indivíduos que já se infectaram pelo SARS-CoV-2.
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Os testes sorológicos devem ser usados com cautela, devido ao desempenho variável entre
os ensaios disponíveis, baixo valor preditivo positivo em situações de baixa soroprevalência e
correlação ainda incerta de imunidade.
De maneira geral, no momento, a performance de TESTES DE ANTICORPOS é muito
variável, principalmente se a modalidade for de TESTE RÁPIDO e sua principal utilidade se refere a
determinação de soroprevalência e soroconversão. Ressalta-se que a interpretação da detecção de
IgM em TESTES DE ANTICORPOS é ainda mais controversa. Para maiores detalhe, vide Nota Técnica
- SEI nº 12/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH - Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
Rede Ebserh a respeito do Manejo Propedêutico da Infecção pelo SARS-CoV-2; Nota Técnica - SEI nº
18/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH - Teste para detecção de anticorpos COVID-19-IgG/IgM - ECO Test
e Nota Técnica - SEI nº 7/2020/SGCA/CGC/DEPAS-EBSERH - Orientações aos Hospitais Universitários
Federais da Rede Ebserh a respeito da abordagem clínica do Paciente Adulto - COVID -19.
Assim, considerando-se o exposto e tendo em vista relatos de investigação de surto,
orienta-se realizar preferencialmente:
• RT-PCR entre o 5º e o 7º dia da exposição nos casos assintomáticos;
• RT-PCR até o 10º dia do início dos sintomas, preferencialmente entre o 3º e 7º dia, nos
casos sintomáticos;
• Sorologia após, pelo menos, 7 dias da exposição, preferencialmente 14-21 dias após a
exposição.

8.5. Quando realizar o teste RT-PCR


O teste de RT-PCR, mesmo quando validado, apresenta limitações de sensibilidade,
principalmente relacionado ao estágio pré-analítico referente ao tempo de coleta, qualidade da
amostra ou tipo de amostra e transporte da amostra.
As amostras das vias respiratórias superiores apresentam sensibilidade de
aproximadamente 30 a 70%. Indivíduos convalescentes (após o 7o dia de sintomas) mostram menor
taxa de recuperação do vírus (WANG et al, 2020). Assim, o RT - PCR deve ser considerado na 1ª
semana de exposição ou doença. A Figura 1 apresenta o fluxograma do diagnóstico laboratorial de
COVID -19.
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Figura 1 – Diagnóstico Laboratorial de COVID-19

Fonte: Adaptado do Protocolo da Junta de Castilla y Leon (2020).

8.6. Quando realizar o teste de anticorpos


Testes de anticorpos (convencionais ou rápidos) são ferramentas suplementares e não
podem ser utilizadas, ISOLADAMENTE, para diagnóstico, afastamento laboral, retorno ao trabalho
ou para emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), ou seja, a interpretação do
resultado de exames sorológicos deve ser associada a análise do quadro clínico desenvolvido e sua
temporalidade.
Esses exames são recomendados para a determinação da soroprevalência e frequência de
soroconversão dos profissionais de saúde. Para garantir performance e aumentar a segurança dos
resultados, TESTES de anticorpos devem ser realizados após a 2ª semana de sintomas ou exposição.
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8.7. Interpretação dos testes e manejo de pacientes ou profissionais suspeitos e confirmados


• RT-PCR positivo e paciente com quadro clínico e/ou radiológico compatível com
COVID-19: confirmado diagnóstico, manter medidas de precaução;
• RT-PCR negativo e paciente com quadro clínico e/ou radiológico compatível com
COVID-19: diagnóstico não descartado, manter medidas de precaução e retestar, de
acordo com o tempo decorrido do contato;
• RT-PCR negativo e paciente com quadro clínico e/ou radiológico sugestivo de
diagnóstico alternativo: reavaliar critérios para manter ou descartar suspeita de
COVID-19 (equipe assistencial).

O fluxograma da Figura 2 apresenta as possibilidades de interpretação de resultados de


TESTES DE ANTICORPOS considerando a presença ou não de sintomatologia e o grau de suspeição.

Figura 2 - Possibilidades de interpretação de resultados de testes de anticorpos

Fonte: Adaptado de CHENG et al., 2020.


Nota: SARS-CoV-2r- Teste de anticorpos reagente: A relação entre resultados positivos em TESTES DE ANTICORPOS e
imunidade protetora varia entre os ensaios e deve ser validada individualmente. Entretanto, apenas os ensaios de
TESTES DE ANTICORPOS com pesquisa de anticorpos neutralizantes podem ser utilizados nesse contexto.
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Fonte: Adaptado de CHENG et al., 2020.

Nota: A figura acima mostra um fluxograma de decisão para interpretar os resultados dos
testes de anticorpos de acordo com a sintomatologia (fase sintomática, pós-sintomática,
assintomática ou subclínica) e se o paciente é ou não um caso suspeito. Presume-se aqui que testes
de anticorpos com a maior sensibilidade e especificidade possíveis sejam utilizados e que a
sintomatologia esteja ocorrendo no início da pandemia, quando a soroprevalência é baixa e antes
da disponibilidade de uma vacina. Para SARS-CoV-2, a precisão dos resultados dos testes de
anticorpos e a interpretação apropriada dos testes dependem do contexto clínico. Em algumas
situações, o contexto clínico não permite uma única interpretação. Por exemplo, um teste de
anticorpos positivo em uma população de baixo risco pode ser o resultado de uma infecção prévia
ou um resultado falso-positivo. Da mesma forma, um teste de anticorpos negativo em uma
população de alto risco não pode diferenciar “a priori” entre pré-conversão, soroconversão
indetectável, resultado falso-negativo ou ausência de infecção. Observa-se que, durante o processo
de investigação, outro diagnóstico possa ser confirmado, fato que impacta no grau de suspeição.

9. AFASTAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E RETORNO ÀS ATIVIDADES

O fluxo para abordagem dos profissionais da saúde expostos ao vírus SARS-CoV-2- COVID-
19, pode ser visto na Figura 3. Os profissionais de saúde devem ser avaliados de acordo com Anexo
12 – Parte 1 – Afastamento e Testagem da Nota Técnica – SEI Nº 5/2020/SGQ/CGC/DEPAS/EBSERH,
expostos de maneira sucinta abaixo:
a) Profissionais de saúde ASSINTOMÁTICOS com exposição de baixo risco: não afastar das
atividades laborais. Indica-se a coleta do RT-PCR entre o 5º e 7º dia após a exposição, desde
que não interfira na disponibilidade desse exame para pacientes e profissionais sintomáticos
ou que tenham tido exposição de alto/médio risco;
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b) Profissionais de saúde ASSINTOMÁTICOS com exposição de alto/médio risco: afastar das


atividades laborais por até 14 dias, contados a partir data de exposição ocupacional de
alto/médio risco mais recente ou, excepcionalmente durante períodos de escassez
profissional, não afastar e seguir as recomendações de retorno ágil presentes no anexo
supracitado. Indica-se a coleta do RT-PCR entre o 5º e 7º dia após a exposição, caso
profissional mantenha-se assintomático;
c) Profissionais de saúde ASSINTOMÁTICOS com RT-PCR positivo: afastar das atividades
laborais por 10 dias, contados da data da coleta do material para o exame;
d) Profissionais de saúde SINTOMÁTICOS: afastar das atividades laborais até resolução da febre
e desaparecimento ou melhora dos sintomas respiratórios associados a dois resultados
negativos de RT-PCR consecutivos colhidos com intervalo maior ou igual a 24 horas entre si.
Na indisponibilidade da realização dos exames RT-PCR, vide demais estratégias esclarecidas
na referida Nota Técnica.
Ressalta-se que as informações explicitadas acima podem ser atualizadas e, para maiores
detalhes, deve-se consultar a referida Nota Técnica – SEI Nº 5/2020/SGQ/CGC/DEPAS/EBSERH,
Anexo 12 - Parte 1.

O Quadro 2 apresenta as orientações de manejo do profissional de saúde e colaboradores


em relação à exposição ao vírus SARS-CoV-2, incluindo o automonitoramento, que deve ser
realizado conforme o Apêndice D.
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Quadro 2 - Ações a serem tomadas quando um trabalhador de serviço de saúde foi exposto ao vírus SARS-CoV-2 em
estabelecimentos de saúde e no domicílio.

RISCO DE EXPOSIÇÃO ESTADO DE VIGILÂNCIA/MONITORAMENTO DE SINAIS E


SAÚDE SINTOMAS

• Monitorar o surgimento de sintomas respiratórios


e/ou febre; automonitoramento;
Profissionais de Saúde com
exposição de baixo risco em Assintomático • Procurar assistência médica se surgirem sinais e
estabelecimentos de saúde sintomas.
• Notificar a chefia.

• Monitorar o surgimento de sintomas respiratórios


ou febre (monitoramento ativo);
• Fazer rastreamento caso surjam sinais e sintomas;

Profissional de Saúde com • Quarentena domiciliar.


exposição de alto risco a pacientes Assintomático A parte 1 do anexo 12 permite que se mantenha em
com COVID-19 no serviço de saúde trabalho presencial, baseando-se no CDC, em casos
de escassez profissional, seguindo-se as orientações
de retorno ágil (não assistir imunocomprometidos,
utilizar máscara, aferir temperatura axilar 02 vezes
ao dia) (a)

• Monitorar o surgimento de sintomas respiratórios


ou febre;
• Monitoramento ativo;
• Fazer rastreamento se surgirem sinais e sintomas;
Profissional de Saúde em contato
• Quarentena domiciliar.
de alguém com COVID-19 Assintomático
confirmada em casa A parte 1 do anexo 12 permite que se mantenha em
trabalho presencial, baseando-se no CDC, em casos
de escassez profissional, seguindo-se as orientações
de retorno ágil (não assistir imunocomprometidos,
utilizar máscara, aferir temperatura axilar 02 vezes
ao dia) (a)

Profissional de Saúde com


exposição de baixo ou alto risco em • Conduta do caso clínico (b) de acordo com os
Sintomático
estabelecimento de saúde ou no protocolos locais (c)
domicílio

Fonte: Adaptado de OMS, 2020.

(a) Contato restrito entre profissionais de saúde e pacientes imunocomprometidos até 14 dias após a remissão dos
sintomas. Para mais informações sobre quarentena, consulte: Organização Mundial da Saúde (Brasil). Considerations
for quarantine of individuals in the context of containment for coronavirus disease (COVID-19): interim guidance, 19
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March 2020. World Health Organization. https://apps.who.int/iris/handle/10665/331497. License: CC BY-NC-SA 3.0


IGO.
(b) Para mais informações sobre a conduta clínica para COVID-19, consulte
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel -coronavirus-2019/technical-guidance/patient-management.
(c) Exceto para gestantes, pessoas com mais de 60 anos de idade, e pessoas com doenças que estão causando
imunossupressão no momento, ou pessoas com doenças crônicas descompensadas, que devem ser avaliadas pelo
médico assistente e pelo médico do trabalho.

Deve ser considerada exposição de maior risco se:


• Profissional sem uso de máscara cirúrgica ou respirador;
• Profissional sem protetor ocular ou facial e contato com fonte COVID-19 positivo
também sem uso de máscara cirúrgica;
• Profissional sem uso de todos EPI durante procedimento gerador de aerossol (CDC,
2020).
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Figura 3 - Fluxo para abordagem dos profissionais da saúde expostos ao vírus SARS-CoV-2- COVID-19

Fonte: Adaptado de OPAS, 2020.


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10. MANEJO E ORIENTAÇÕES GERAIS PARA CONTATANTES DE PACIENTES INTERNADOS


• Definir os pacientes expostos e estabelecer precauções respiratória e de contato para os
pacientes suspeitos e confirmados.
• Estabelecer estratégia de investigação dos contatantes (testar todos os contatantes, quando
indicado).
• Acompanhamento rigoroso dos contatantes para estabelecimento de tempo mínimo de
manutenção de isolamento.
• CONTATANTES ASSINTOMÁTICOS deverão permanecer em precauções/isolamento por 14
dias após o último contato com o(s) paciente(s) confirmado(s) (período de incubação da
doença).
• CONTATANTES SINTOMÁTICOS deverão ser considerados suspeitos de COVID-19.

11. DESCONTINUAÇÃO DE PRECAUÇÕES BASEADAS NAS VIAS DE TRANSMISSÃO/ISOLAMENTO


PARA PACIENTES COM COVID-19 (CDC, agosto 2020)
A decisão de interromper as precauções baseadas na transmissão para pacientes com
infecção confirmada por SARS-CoV-2 deve ser tomada usando uma estratégia baseada em
sintomas. O período de tempo usado dependerá da gravidade da doença do paciente e se eles são
gravemente imunocomprometidos.
A estratégia baseada em teste não é mais recomendada (com algumas exceções) porque,
na maioria dos casos, resulta em isolamento prolongado de pacientes que continuam apresentando
RNA SARS-CoV-2 detectável, mas não são mais infecciosos.
Em alguns casos, uma estratégia baseada em teste poderá ser considerada para
interromper as precauções (baseadas na transmissão) mais cedo do que a estratégia baseada em
sintomas ou para alguns pacientes (por exemplo, aqueles que são severamente
imunocomprometidos) após discussão.
Por essa razão, em caso de dúvidas, principalmente em relação ao paciente
imunocomprometido e/ou grave, orienta-se discutir com o SCIH.
a) Se paciente com doença leve a moderada e não gravemente imunocomprometido,
recomenda-se:
• Ter passado pelo menos 10 dias do início dos primeiros sintomas; E
• Estar há pelo menos 24 horas do último pico febril sem o uso de medicamentos
para redução da febre; E
• Apresentar remissão dos sintomas (por exemplo, tosse, falta de ar).
b) Se paciente com doença grave a crítica ou gravemente imunocomprometidos:
• Ter se passado de 10 a 20 dias desde que os sintomas apareceram pela primeira
vez; E
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• Ter pelo menos 24 horas do último pico febril sem o uso de medicamentos para
redução da febre; E
• Apresentar remissão dos sintomas (por exemplo, tosse, falta de ar);
• Considerar discussão com a CCIH para definição de condutas.

O Quadro 4 mostra a classificação segundo a gravidade clínica:


Quadro 3 – Classificação segundo gravidade clínica

CLASSIFICAÇÃO DE
GRAVIDADE CONTEXTO CLÍNICO-PROPEDÊUTICO

Indivíduos com qualquer um dos vários sinais e sintomas de COVID-19 (por


Doença Leve exemplo, febre, tosse, dor de garganta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular)
sem falta de ar, dispneia ou imagens anormais no peito.

Indivíduos que apresentam evidências de doenças respiratórias inferiores por


Doença Moderada avaliação clínica ou imagem e uma saturação de oxigênio (SpO 2) ≥94% no ar
ambiente ao nível do mar.

Indivíduos com frequência respiratória > 30 respirações por minuto, SpO2 <94%
no ar ambiente ao nível do mar (ou, para pacientes com hipoxemia crônica,
Doença Grave diminuição da linha de base > 3%), razão da pressão parcial arterial de oxigênio
fração de oxigênio inspirado (PaO2 / FiO2) <300 mmHg ou infiltrado pulmonar>
50%.

Indivíduos com insuficiência respiratória, choque séptico e / ou disfunção de


Doença Crítica múltiplos órgãos.

Fonte: NIH COVID-19 Treatment Guidelines, 2020.

Os estudos utilizados para informar essas orientações não definiram claramente o termo
“gravemente imunocomprometidos”. Para os fins desta orientação, o CDC (2020) usou a seguinte
definição:
• Algumas condições, como quimioterapia para câncer, infecção por HIV não tratada
com contagem de linfócitos T CD4 <200 (LT-CD4+), distúrbio primário de
imunodeficiência combinada e recebimento de prednisona > 20mg / dia por mais de
14 dias, podem causar um maior grau de imunocomprometimento e afetar decisões
relativas à duração das precauções baseadas na transmissão.
• Outros fatores, como idade avançada, diabetes mellitus ou doença renal em estágio
terminal, podem representar um grau muito menor de imunocomprometimento e não
afetam claramente as decisões sobre a duração das precauções baseadas na
transmissão.
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SARS-COV-2

• Por fim, o grau de imunocomprometimento para o paciente é determinado pelo


prestador do tratamento e as ações preventivas são adaptadas a cada indivíduo e
situação.
Em alguns casos, uma estratégia baseada em teste poderá ser considerada para
interromper mais precocemente as precauções baseadas na transmissão, em relação à estratégia
baseada em sintomas, ou para alguns pacientes em particular (por exemplo, aqueles que são
severamente imunocomprometidos), após discussão com o SCIH.
Nesse contexto PACIENTES ASSINTOMÁTICOS COM TESTE POSITIVO deverão ser mantidos
em precaução/ isolamento até 10 dias após o teste para SARS-COV-2 positivo. Outras situações
especiais como possível diagnóstico alternativo, persistência de PCR positivo em doença
progressiva, COVID-19 em imunocomprometido demandam julgamento clínico. Ademais, se outro
vírus for diagnosticado laboratorialmente (exemplo: teste positivo para Influenza e negativo para
COVID-19), deve-se orientar, após avaliação clínica, o isolamento respiratório de acordo com o vírus
isolado.

12. CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À


SAÚDE (IRAS) ASSOCIADAS AO SARS-COV-2 NOS SERVIÇOS DE SAÚDE.
Tem-se observado um crescente número de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
(IRAS) em pacientes com a COVID-19. Assim com objetivo de padronização dos critérios diagnósticos
para definição de casos suspeitos ou confirmados de infecção por SARS-CoV-2 associados aos
serviços de saúde, os casos de pacientes que se enquadrarem nas definições dos Apêndices B e E.
devem ser notificados à ANVISA, via FormSUS (https://www.gov.br/anvisa/pt-
br/assuntos/servicosdesaude/notificacoes/notificacao-de-iras-e-rm-2020).
Ressalta-se a necessidade de reforçar a adesão às boas práticas na assistência e orientações
gerais para o uso adequado de antimicrobianos conforme Nota Técnica - SEI nº
24/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH - Orientações aos Hospitais Universitários Federais da REDE
EBSERH quanto à crescente notificação de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e o
isolamento de bactérias multirresistentes (MDR) em pacientes com a COVID-19.

13. MEDIDAS DE CONTROLE RECOMENDADAS


• Treinar, periodicamente, profissionais de saúde no que diz respeito às definições de casos
e notificação imediata, se suspeita clínica.
• Determinar uso de precauções conforme risco de exposição.
• Revisar e retreinar uso e paramentação e desparamentação de EPIs.
• Reforçar normas e treinamento para higienização de mãos.
• Revisar fluxo entre setores, SSOST e Unidade de Vigilância em Saúde (UVS), comunicação
imediata de casos e condutas.
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SARS-COV-2

• Utilizar instrumento único para investigação de casos, considerando contato e relato de


febre, sintomatologia gripal, diarreia OU QUALQUER quadro clínico compatível com COVID-
19 (Apêndice C).
• Realizar desinfecção terminal e limpeza rigorosa.
• Discutir, no grupo técnico e alta governança, sobre a possibilidade de fechamento da
Unidade para novas admissões até controle da situação epidêmica e transferência de
pacientes NÃO COVID para unidade intermediária ou de transição, até resultado de
exames.
14. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE SURTO
O relatório de investigação de surto deve conter informações sobre o microrganismo, vias
de transmissão, setor/unidade de ocorrência, descrição do grupo de trabalho, estratégias para
monitoramento e acompanhamento de casos confirmados, suspeitos e contatantes, orientações
para exames complementares, rotinas de higiene e limpeza, notificação e fluxos.
Orientações para elaboração de relatório de surto devem ser consultadas nos
apontamentos descritos no Apêndice F.

15. FECHAMENTO DO SURTO E RELATÓRIO FINAL


Orienta-se que o fechamento do surto se estabeleça 14 dias após a identificação do último
caso e que a finalização do relatório ocorra até 30 dias da data do fechamento do surto.

IV. EXPECTATIVA
A execução das orientações abordadas por esse Guia pretende reforçar a importância da
transmissão intra-hospitalar do SARS-CoV-2 e nortear a investigação de surto e estratégias para o
controle da sua disseminação no âmbito intra-hospitalar. Recomenda-se sua utilização durante a
investigação e controle de surto de infecção pelo novo coronavírus - SARS-CoV-2.
Pelo exposto, a Câmara Técnica de Infectologia e a Câmara Técnica de Vigilância em Saúde
da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde encaminham o presente Guia para ser utilizado
por todos os Hospitais Universitários, pautado na melhor evidência científica disponível até o
momento e que poderá ser atualizado à medida que mais informações, baseadas em novas
evidências e amparadas pelas boas práticas clínicas, estiverem disponíveis.
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SARS-COV-2

V. REFERÊNCIAS
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nCoV) Originating in China. Cell Host Microbe. 2020 Mar 11;27(3):325-328. DOI:
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2. ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA N° 4/2020. Medidas de prevenção e controle
que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de
infecção pelo novo coronavírus (COVID-19). (08.05.2020). Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-
2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28.Acesso em 07 de jul
2020.
3. ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA No. 7/2020. Orientações para a prevenção
da transmissão de COVID-19 dentro dos serviços de saúde (05.08.2020).
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+-GIMS-
GGTES-ANVISA+N%C2%BA+07-2020/f487f506-1eba-451f-bccd-06b8f1b0fed6). Acesso em
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em Serviços de Saúde – Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde.
Brasília, 2016.
5. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
5/2020/SGQ/CGC/DAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da Rede
Ebserh a respeito de COVID-19. 1ª. VERSÃO. Processo SEI Nº 23477.002311/2020-64 -
Documento 5955944.
6. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
7/2020/SGCA/CGC/DEPAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
Rede Ebserh a respeito da abordagem clínica do Paciente Adulto - COVID -19. Processo SEI
Nº 23477.004777/2020-02 – Documento 7483378.
7. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
12/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
Rede Ebserh a respeito do Manejo Propedêutico da Infecção pelo SARS-CoV-2. Processo SEI
Nº 23477.003286/2020-36 – Documento 7751555.
8. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
18/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH. Teste para detecção de anticorpos COVID-19-IgG/IgM -
ECO Test. Processo SEI Nº 23477.005874/2020-12 – Documento 8023829.
9. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
24/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
REDE EBSERH quanto à crescente notificação de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde
(IRAS) e o isolamento de bactérias multirresistentes (MDR) em pacientes com a COVID-19,
com vistas ao reforço da adesão às boas práticas e prevenção de infecções nesse contexto.
Processo SEI n° 23477.007089/2020-96 – Documento 8624700.
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SARS-COV-2

10. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde amplia testes para profissionais de saúde e segurança.
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SARS-COV-2

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SARS-COV-2

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VI. GLOSSÁRIO E CONCEITOS

Agravo: qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por
circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou
heteroinfligidas.
Automonitoramento: monitoramento, pelos próprios profissionais de saúde, dos sinais e sintomas
respiratórios, bem como de febre, quando expostos ao risco de infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Os
profissionais da saúde devem notificar o serviço de saúde onde trabalham ou seguir os
regulamentos locais.
Caso: pessoa infectada ou doente apresentando características clínicas, laboratoriais e/ou
epidemiológicas específicas.
Caso autóctone: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência.
Caso esporádico: caso que, segundo informações disponíveis, não se apresenta
epidemiologicamente relacionado a outros já conhecidos.
Caso importado: caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O emprego dessa expressão
dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a origem da infecção em uma zona conhecida.
Caso-índice: primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente relacionados.
O caso-índice é muitas vezes identificado como fonte de contaminação ou infecção.
Caso secundário: caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do contato com um caso-
índice.
Doença: uma enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que
represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos.
Doença respiratória aguda: síndrome clínica caracterizada por febre e pelo menos um sinal ou
sintoma como tosse (seca ou produtiva) ou dificuldade de respirar. No caso da COVID-19 seriam
duas apresentações principais: a síndrome gripal (SG) e a síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Endemia: é a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona
geográfica determinada.
Epidemia: denominação utilizada em situações em que a doença envolve grande número de
pessoas e atinge uma larga área geográfica.
Evento: manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar doença.
Evento de Saúde Pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública,
como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no
padrão clínico-epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação,
a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias
ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes.
Exposição de alto risco: contato próximo com um caso de COVID-19 na comunidade ou em casa;
prestando cuidados diretos (exame físico, cuidados de enfermagem, realização de procedimentos
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geradores de aerossol, coleta de amostra de secreção de vias aéreas) ou contato com seus fluidos
corporais ou ambiente contaminado, sem o uso adequado de equipamentos de proteção individual
(EPI).
Exposição de baixo risco: prestar cuidados diretos a pessoa com suspeita ou confirmação de COVID-
19, seguindo as recomendações para uso de EPI segundo o grau de exposição.
Investigação epidemiológica: método de trabalho utilizado para esclarecer a ocorrência de
doenças, emergências de saúde pública, surtos e epidemias a partir de casos isolados ou
relacionados entre si (BRASIL, 2009), envolvendo a identificação dos comunicantes com os casos
com o objetivo de identificar os diversos elos da cadeia de transmissão.
Monitoramento ativo: monitoramento, pelos profissionais de saúde, de sinais e sintomas
respiratórios, além de febre, com NOTIFICAÇÃO ATIVA às autoridades sanitárias ou às autoridades
de saúde ocupacional do hospital, seguindo as regulamentações locais.
Profissionais dos serviços de saúde: refere-se a todos aqueles que atuam em espaços e
estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios e
outros locais. Compreende tanto os profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem, nutricionistas etc.), quanto os profissionais de apoio (recepcionistas, seguranças,
pessoal da limpeza etc.) com potencial de exposição direta ou indireta a pacientes ou materiais
infecciosos, incluindo substâncias corporais, suprimentos, dispositivos e equipamentos médicos.
Rastreamento de contatos: é o processo de identificação, avaliação e gerenciamento de pessoas
que foram expostas a uma doença com o objetivo de mitigar o risco de transmissão subsequente e
realizar o diagnóstico precoce.
Surto ou evento inusitado em saúde pública: situação em que há aumento acima do esperado na
ocorrência de casos de evento ou doença em uma área ou entre um grupo específico de pessoas,
em determinado período.
Transmissão comunitária: ocorre quando a transmissão é intensa, abrangendo principalmente
contatos domiciliares, profissionais de saúde, ambientes fechados de alto risco (dormitórios,
instituições, casas de repouso) e contatos vulneráveis.
Vigilância passiva: refere-se ao envio de informações, de forma rotineira e periódica, sobre os
eventos sujeitos à vigilância.
Vigilância ativa: refere-se à busca intencional de casos do evento sujeito à vigilância. Os
profissionais da equipe de saúde buscam diretamente os dados objetos de vigilância, revisando até
mesmo os registros rotineiros do serviço de saúde e de atenção às pessoas.
Vigilância sentinela: baseia-se na informação proporcionada por um grupo selecionado como fonte
de notificação do sistema ("unidades sentinelas") que se comprometem a estudar uma amostra pré-
concebida ("amostra sentinela") de indivíduos de um grupo populacional específico, no qual é
avaliada a presença de um evento de interesse para a vigilância ("condição sentinela").
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VII. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ATUALIZAÇÃO

1 10/11/2020 Elaboração inicial do Guia

Elaboração
André Bon Fernandes da Costa
Angelita Fernandes Druzian
Alexandre Vargas Schwarzbold
Bernardo Montesanti Machado de Almeida
Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Cláudia Siqueira Besch
Débora Otero Britto Passos Pinheiro
Eduardo Martins Netto
Evelyne Santa Girão
Francelli Aparecida Cordeiro Neves
Gabriela de Oliveira Siva
Data: 07/10/2020
Graciele Trentin
José Humberto Caetano Marins
Leili Mara Mateus da Cunha
Lourival Rodrigues Marsola
Luisa Barros Pimenta
Márcia Amaral Dal Sasso
Marta Pinheiro Lima
Ricardo Malaguti
Rogéria Aparecida Pereira Valter De Lucena
Tâmela Beatriz Matinada da Silva
Wanessa Trindade Clemente

Análise
Claudia Fernanda de Lacerda Vidal Data: 06/11/2020
Wanessa Trindade Clemente
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Validação
Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial Data: 12/11/2020
Serviço de Gestão da Qualidade

Aprovação:
Rosana Reis Nothen
Roseane do Nascimento Lima Santos Data: 12/11/2020
Giuseppe Cesare Gatto
Rodrigo Augusto Barbosa
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APÊNDICE A - Fluxograma para organização da investigação epidemiológica de caso de


transmissão intra-hospitalar da COVID-19 em hospitais da rede EBSERH.

Fonte: Serviço de Gestão da Qualidade, 2020.


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APÊNDICE B - Definição de casos de COVID-19

CRITÉRIO DEFINIÇÃO

Contato é toda a pessoa exposta a um caso confirmado de COVID-19, 2 dias antes e 14


dias após o aparecimento dos sintomas, nas seguintes condições:
• Estar a 1 metro de distância de caso confirmado de COVID-19 por >15 minutos;
• Contato físico direto com caso confirmado de COVID-19;
CONTATO
• Prestar atendimento direto a pacientes diagnosticados com COVID-19 sem utilizar
o EPI adequado;
• E outras definições (ver Quadro 2. Identificação de contato nas configurações de
assistência à saúde).

Caso de SG para o qual houve identificação de outro agente etiológico confirmada por
método laboratorial específico, excluindo-se a possibilidade de uma co-infecção, OU
confirmação por causa não infecciosa, atestada pelo médico responsável.
CASO DE SÍNDROME
GRIPAL DESCARTADO
Observações:
PARA COVID-19
• Ressalta-se que um exame negativo para COVID-19 isoladamente não é suficiente
para descartar um caso para COVID-19.
• Registro de casos descartados de SG para COVID-19 deve ser feito no e-SUS notifica.

Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde, 2020; WHO ,2020.

DEFINIÇÃO DE CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19

TIPO DE CRITÉRIO DESCRIÇÃO COMENTÁRIOS

Caso de Síndrome Gripal (SG) ou Síndrome


Respiratória Aguda Grave (SRAG) com
CRITÉRIO CLÍNICO confirmação clínica associado a anosmia
(disfunção olfativa) OU ageusia (disfunção
gustatória) aguda sem outra causa pregressa.

Caso de SG ou SRAG com histórico de contato


CRITÉRIO CLÍNICO- próximo ou domiciliar, nos 14 dias anteriores ao
EPIDEMIOLÓGICO aparecimento dos sinais e sintomas com caso
confirmado para COVID-19.
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Caso de SG ou SRAG ou óbito por SRAG que não Segundo o Colégio Brasileiro
foi possível confirmar por critério laboratorial E de Radiologia, quando
que apresente pelo menos uma (1) das houver indicação de
seguintes alterações tomográficas: tomografia, o protocolo é de
uma Tomografia
• OPACIDADE EM VIDRO FOSCO periférico,
Computadorizada de Alta
bilateral, com ou sem consolidação ou linhas
Resolução (TCAR), se possível
intralobulares visíveis ("pavimentação"), OU
com protocolo de baixa dose.

CRITÉRIO CLÍNICO-IMAGEM O uso de meio de contraste


• OPACIDADE EM VIDRO FOSCO multifocal de endovenoso, em geral, não
morfologia arredondada com ou sem está indicado, sendo
consolidação ou linhas intralobulares reservado para situações
visíveis ("pavimentação"), OU específicas a serem
determinadas pelo
radiologista.
• SINAL DE HALO REVERSO ou outros achados
de pneumonia em organização (observados
posteriormente na doença).

BIOLOGIA MOLECULAR: resultado DETECTÁVEL *Considerar o resultado IgG


para SARS-CoV-2 realizado pelo método RT-PCR reagente como critério
em tempo real. laboratorial confirmatório
somente em indivíduos sem
diagnóstico laboratorial
IMUNOLÓGICO: resultado REAGENTE para IgM, anterior para COVID-19.
IgA e/ou IgG* realizado pelos seguintes
métodos:
• Ensaio imunoenzimático (Enzyme-Linked
Immunosorbent Assay - ELISA);

CRITÉRIO LABORATORIAL EM
SG ou SRAG • Imunocromatografia (teste rápido) para
detecção de anticorpos

• Imunoensaio por
Eletroquimioluminescência (ECLIA)

PESQUISA DE ANTÍGENO: resultado REAGENTE


para SARS-CoV-2 pelo método de
Imunocromatografia para detecção de
antígeno.

BIOLOGIA MOLECULAR: resultado DETECTÁVEL


CRITÉRIO LABORATORIAL EM para SARS-CoV-2 realizado pelo método RT-PCR
INDIVÍDUO ASSINTOMÁTICO em tempo real.
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IMUNOLÓGICO: resultado REAGENTE para IgM


e/ou IgA realizado pelos seguintes métodos:
• Ensaio imunoenzimático (Enzyme-Linked
Immunosorbent Assay - ELISA);

• Imunocromatografia (teste rápido) para


detecção de anticorpos.

Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde, 2020.

DEFINIÇÃO DE CASOS SUSPEITOS DE COVID-19

DEFINIÇÃO DESCRIÇÃO

Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois (2) dos
seguintes sinais e sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de
cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.

Observações:
Definição 1 • Em crianças: além dos itens anteriores considera-se também obstrução nasal, na
ausência de outro diagnóstico específico.
SÍNDROME GRIPAL
(SG)
• Em idosos: deve-se considerar também critérios específicos de agravamento como
sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.

• Na suspeita de COVID-19, a febre pode estar ausente e sintomas gastrointestinais


(diarreia) podem estar presentes.

Indivíduo com SG que apresente: dispneia/ desconforto respiratório OU pressão


persistente no tórax OU saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU coloração
azulada dos lábios ou rosto.
Definição 2
SÍNDROME Observações:
RESPIRATÓRIA AGUDA
GRAVE (SRAG) • Em crianças: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz,
cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência;
• Para efeito de notificação no SIVEP-GRIPE, devem ser considerados os casos de SRAG
hospitalizados ou os óbitos por SRAG independente de hospitalização.

Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde, 2020.


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APÊNDICE C - Ficha de investigação de surto de COVID-19 no ambiente intra-hospitalar

FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE COVID-19 NO AMBIENTE INTRAHOSPITALAR

DADOS GERAIS

Agravo ou Doença: COVID-19 Data da Notificação:

Nome do Hospital: Unidade(s) do Hospital (ou outra fonte notificadora):

NOTIFICAÇÃO DE SURTO

N° de casos suspeitos/expostos até a data de notificação: Local inicial de ocorrência do surto (especificar unidade
do caso-índice) e data:

DADOS DA OCORRÊNCIA DO CASO-ÍNDICE

Outras unidades envolvidas:

SITUAÇÃO INICIAL

Data de admissão:
□ Paciente:
Procedência:

Motivo da Internação:

Lotação:
□ Profissional:
Teve contato com outros profissionais do hospital que trabalham em área coorte
para COVID-19? □ Sim □ Não

Data da investigação: Modo provável da transmissão: □ Comunitária □ Hospitalar

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Nº de entrevistados: Nº de doentes entrevistados: Nº total de doentes:

Nº de pacientes envolvidos: Nº de profissionais envolvidos: Nº de profissionais hospitalizados:

Nº de pacientes que tiveram a hospitalização prolongada: Número de óbitos:

Nº de doentes por faixa etária e sexo:


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Sexo
Faixa Etária Total
Feminino Masculino

<1

1 a 14

14 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 a 89

90 a 99

100 e +

Principais Sintomas:

□ Tosse □ Dificuldade para respirar □ Distúrbios gastrintestinais


(náusea/vômito/diarreia)
□ Febre (esforço respiratório e taquipneia)
□ Cansaço (astenia)
□ Coriza □ Perda de olfato (anosmia)
□ Diminuição do apetite (hiporexia)
□ Dor de garganta □ Alteração do paladar (ageusia)
□ Outros: □ Falta de ar (dispneia)

Período de Incubação

Mínimo (dias): Máximo (dias): Mediana (dias):

Testes para COVID-19

Nº de testes moleculares N° de testes positivos: Nº de testes N° de testes positivos:


solicitados: moleculares
solicitados:
Nº de testes negativos: Nº de testes negativos:
Nº de testes moleculares
realizados:
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Nº de testes
Nº de testes Nº de testes inconclusivos:
sorológicos
inconclusivos:
realizados:

Critérios de confirmação laboratorial e notificação dos casos (em números)

Laboratorial em indivíduo Laboratorial em Clínico: Clínico- Clínico-imagem:


sintomático: indivíduo epidemiológico:
assintomático:

Data do encerramento:

Medidas adotadas/recomendadas:

Falhas de processo identificadas:

Observações adicionais:

Fonte: Adaptado de SVS/MS, 2006.


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APÊNDICE D - Formulário para Automonitoramento ou Monitoramento Ativo

Nome do profissional
exposto

Telefone

E-mail

Instituição de saúde

Unidade de trabalho na
instituição

Profissão / cargo

Data da última exposição

Mês de acompanhamento

Sintomas (marcar todos que se aplicam)


Dias desde a última

Temperatura não

Dor de garganta

Dor abdominal
Dificuldade para
Temperatura

Dor muscular

Nenhum
Calafrios

Diarreia

Outros
medida

Náuseas ou
respirar
exposição

vômitos
Coriza
Tosse
Hora
Data

10
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11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

Fonte: Adaptado de OPAS, 2020.


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APÊNDICE E - Vigilância Epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)


associadas ao SARS-CoV-2 dentro dos serviços de saúde

CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS PARA PACIENTES PEDIÁTRICOS E ADULTOS

Paciente internado por > 14 dias, por outro diagnóstico E com infecção pelo
Critério 1: Paciente internado
SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*1 coletada
por período >14 dias
após o 14º dia de internação

Paciente internado por > 7 dias e ≤ 14 dias, por outro diagnóstico E


Não foi classificado como suspeito ou confirmado de infecção por SARS-CoV-2*2
durante os 7 primeiros dias de internação*3 E
Com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em
amostra*1 coletada após o 7º dia de internação E
Critério 2: Paciente internado
Durante a internação, teve vínculo epidemiológico de contato desprotegido*5 com:
por período > 7 dias e ≤ 14
dias* a. profissional de saúde com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em
tempo real *1, *4 OU
b. outro paciente com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo
real na mesma enfermaria ou em leito de UTI sem isolamento*1, *4 OU
c. acompanhante ou visitante com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-
PCR tempo real *1, *4

Observações:
*1 Amostra de: swab de naso ou orofaringe OU aspirado de naso ou orofaringe OU aspirado traqueal OU lavado
broncoalveloar.
*2 Conforme definição de caso suspeito e confirmado do Ministério da Saúde:
https://coronavirus.saude.gov.br/definicao-de-caso-e-notificacao.
*3 Para paciente com até 7 dias de internação, a infecção por SARS-CoV-2 será considerada de origem comunitária.
*4 Para pacientes com até 7 dias de internação, a infecção por SARS-CoV-2 será considerada de origem comunitária
ou originária de outro hospital, caso o paciente tenha internação prévia.
*5 Esse contato desprotegido do paciente com o profissional de saúde ou com outro paciente ou com
acompanhante/visitante COVID-19 positivo (por RT-PCR em tempo real*2) deve ter ocorrido a partir de 2 dias (48
horas) antes da confirmação da COVID-19 nessas pessoas (devido a fase pré-sintomática da doença).
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CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS PARA NEONATOLOGIA (0-28 DIAS)

Critério 1: Recém- RN com mais de 48 horas de vida, internado desde o nascimento*1 E


nascido internado desde Com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*2
o nascimento coletada depois de 48 horas de vida.

RN, readmitido na unidade neonatal do mesmo hospital, com menos de 7 dias após a alta,
Critério 2: Recém- com suspeita de infecção por SARS-CoV-2*3 E
nascido readmitido na
Com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*2
unidade neonatal com
coletada na admissão E
menos de 7 dias após a
alta. Sem vínculo epidemiológico domiciliar (com pessoa com COVID-19 suspeita ou
confirmada).

Critério 3: Recém- RN, procedente do domicílio, internado por período > 14 dias, por outro diagnóstico E Com
nascido internado por infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*2 coletada
período > 14 dias após o 14º dia de internação

RN, proveniente do domicílio, internado por > 7 dias e ≤14 dias, por outro diagnóstico* 4 E
Não foi classificado como suspeito ou confirmado de infecção por SARS-CoV-2 durante os
7 primeiros dias de internação*3 E
Com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*2
Critério 4: Recém- coletada após o 7º dia de internação E
nascido, internado por
Durante a internação, teve vínculo epidemiológico de contato desprotegido* 5 com:
período > 7 dias e ≤14
dias a. profissional de saúde identificado como caso confirmado de infecção pelo SARS-CoV-2
confirmada por RT-PCR em tempo real*2 OU
b. outro paciente que foi identificado como confirmado por RT-PCR em tempo real na
mesma enfermaria ou em leito de UTI sem isolamento* 2 OU
c. acompanhante ou visitante que foi identificado por RT-PCR em tempo real*2

Observações:
*1 RN com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real, coletado em uma ou mais amostras*2 nas
primeiras 48 horas de vida, considerar possível transmissão vertical.
*2 Amostra de: swab de naso ou orofaringe OU aspirado de naso ou orofaringe OU aspirado traqueal OU lavado
broncoalveloar.
*3 Conforme definição de caso suspeito e confirmado do Ministério da Saúde:
https://coronavirus.saude.gov.br/definicao-de-caso-e-notificacao.
*4 Para RN com até 7 dias de internação, a infecção por SARS-CoV-2 será considerada de origem comunitária ou
originária de outro hospital, caso o RN tenha internação prévia.
*5 Esse contato desprotegido do paciente com o profissional de saúde ou com outro paciente ou com
acompanhante/visitante COVID-19 positivo (por RT-PCR em tempo real*2) deve ter ocorrido a partir de 2 dias (48 horas)
antes da confirmação da COVID-19 nessas pessoas (devido a fase pré-sintomática da doença).
Atenção: o caso de RN confirmado para COVID-19, deve-se orientar a obstetrícia para realizar a investigação da mãe.

Fonte: Adaptado de ANVISA, 2020.


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APÊNDICE F - Orientações para elaboração de relatório de surto

Descrição do Os coronavírus são uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo coronavírus
Microrganismo denominado SARS-CoV-2 é o causador da doença COVID-19 e foi recentemente reconhecido (dez/2019).

A transmissão do SARS-CoV-2 ocorre, usualmente, por meio de gotículas respiratórias ou aerossóis, pelo
Vias de
contato direto com pessoas infectadas ou indireto por objetos ou superfícies contaminadas. A transmissão
Transmissão
pode ocorrer em qualquer fase e o período de incubação é, em média, de 5 a 6 dias (~ 1 - 14 dias).

1. Descrição do microrganismo e vias de transmissão;


2. Descrição do setor;
3. Taxa de ocupação (média e no momento);
4. Complexidade do atendimento (ex.: UTI, setor de oncologia etc.);
Conteúdo do 5. Estratégia de monitorização (ex.: avaliação sistemática de temperatura 2x ao dia + saturação de O2;
Relatório realização de testes de identificação da COVID-19 (anticorpos ou RT-PCR), se indicados);
6. Fluxo de transferências e registro de visitantes;
7. Orientações para realização de exames complementares;
8. Acompanhamento de casos suspeitos (sintomáticos), confirmados e contatantes (assintomáticos);
9. Orientações para rotina de limpeza, desinfecção terminal e tratamento de resíduos.

Um grupo responsável deve ser constituído a cada surto ou seguir as orientações gerais de composição de
cada hospital. Considera-se que a atividade de investigação é multidisciplinar e deve envolver o Setor de
Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde, com destaque para o Serviço de Vigilância Epidemiológica,
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais (UGRA);
Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SSOST), representante da Gestão*, Setor de
Descrição do Microbiologia (se próprio da instituição, não terceirizado) e coordenação de setores envolvidos.
Grupo *Obs.: A participação do gestor é essencial, pois pode ser necessário o bloqueio de novas admissões.
Responsável
As seguintes atividades deverão ser desenvolvidas pelo grupo:
• Realizar reuniões regulares, mesmo que em atividade remota;
• Implementar a notificação, investigação e análise de dados;
• Atualizar a Gestão hospitalar por meio de relatórios frequentes e informes epidemiológicos periódicos.

1. Notificar órgãos públicos responsáveis pela vigilância epidemiológica e sanitária;


2. Notificar ao Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde do Hospital (SGQVS) por meio do
VIGIHOSP;
Notificação e
3. Eventualmente, os profissionais de saúde envolvidos que entraram em contato com o(s) caso(s)
Fluxo
trabalham em regime de plantão e, concomitantemente, em outras instituições hospitalares. Solicitar
que o SSOST notifique órgão similar em outra instituição para facilitar o monitoramento;
4. Nos casos em que o surto resulte em interrupção temporária do atendimento, o SGQVS deverá
informar ao Serviço de Gestão da Qualidade/CGC/DAS, da EBSERH Sede a ocorrência do surto por meio
do e-mail vigilancia.sede@EBSERH.gov.br.

Fonte: Serviço de Gestão da Qualidade, 2020.

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