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Título do CONDUTAS PARA INVESTIGAÇÃO DA TRANSMISSÃO E 18/11/2020 Próxima revisão:
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SARS-COV-2
RICARDO MALAGUTI
Chefe do Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial
ELABORAÇÃO
André Bon Fernandes da Costa - Hospital Universitário da Universidade de Brasília/UNB
Angelita Fernandes Druzian – Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian/UFMS
Alexandre Vargas Schwarzbold - Hospital Universitário de Santa Maria/UFSM
Bernardo Montesanti Machado de Almeida - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná/UFPR
Claudia Fernanda de Lacerda Vidal – Hospital das Clínicas de Pernambuco da Universidade Federal
de Pernambuco/UFPE
Claudia Siqueira Besch - Diretoria de Gestão de Pessoas/EBSERH Sede
Debora Otero Britto Passos Pinheiro -Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro/UFF
Eduardo Martins Netto - Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da
Bahia/HUPES
Evelyne Santa Girão - Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará/UFCE
Francelli Aparecida Cordeiro Neves - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas
Gerais/UFMG
Gabriela de Oliveira Silva - Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde/EBSERH Sede
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SARS-COV-2
Ac Anticorpos
Ag Antígeno
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CAT Comunicação de Acidente de Trabalho
CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CDC Centers for Disease Control and Prevention
CDC-USA Centers for Diseases Control and Prevention - United States of America
CGC Coordenadoria de Gestão da Clínica
COVID-19 Coronavirus Disease 2019
CTVS Câmara Técnica de Vigilância em Saúde
DEPAS Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde
EBSERH Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EPI Equipamento de Proteção Individual
FIO2 Fração inspirada de oxigênio
HEPA High Efficiency Particulate Arrestance
IgA Imunoglobulina A
IgG Imunoglobulina G
IgM Imunoglobulina M
LT-CD4+ Linfócitos T-CD4+ (auxiliar)
MERS Middle East Respiratory Syndrome
NEPI Núcleo de Epidemiologia Hospitalar
NF Nasofaringe
OMS Organização Mundial da Saúde
PaO2/FiO2 Pressão arterial de oxigênio / Fração inspirada de oxigênio
PCR Reação em cadeia de polimerase
RDC Resolução de Diretoria Colegiada
RJU Regime Jurídico Único
RNA Ácido ribonucleico
RT-PCR Reação em cadeia da polimerase – transcriptase reversa
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SARS-COV-2
Sumário
III. FUNDAMENTAÇÃO.................................................................................................................................11
1. VIAS DE TRANSMISSÃO ..........................................................................................................................12
2. DEFINIÇÕES DE TRANSMISSÃO ..............................................................................................................12
3. ALOCAÇÃO DE PACIENTES SUSPEITOS E CONFIRMADOS ......................................................................12
4. IDENTIFICAÇÃO DE CASOS DE COVID-19 ...............................................................................................13
5. TRANSMISSÃO INTRA-HOSPITALAR DO SARS-COV-2 E INVESTIGAÇÃO DE SURTO ...............................13
6. ESTRATÉGIAS DE TESTAGEM LABORATORIAL ........................................................................................14
7. PLANO DE GERENCIAMENTO DE SURTOS DE COVID-19 ........................................................................15
8. PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO DE SURTO ...........................................................................................16
8.1. Definição ................................................................................................................................................16
8.2. Investigação ...........................................................................................................................................16
8.3. Testagem ................................................................................................................................................17
8.4. Testes recomendados de acordo com o tempo do contato ..................................................................17
8.5. Quando realizar o teste RT-PCR .............................................................................................................18
8.6. Quando realizar o teste de anticorpos...................................................................................................19
8.7. Interpretação dos testes e manejo de pacientes ou profissionais suspeitos e confirmados ................20
9. AFASTAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E RETORNO ÀS ATIVIDADES.......................................21
10. MANEJO E ORIENTAÇÕES GERAIS PARA CONTATANTES DE PACIENTES INTERNADOS .........................26
11. DESCONTINUAÇÃO DE PRECAUÇÕES BASEADAS NAS VIAS DE TRANSMISSÃO/ISOLAMENTO PARA
PACIENTES COM COVID-19 (CDC, agosto 2020)...............................................................................................26
12. CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
(IRAS) ASSOCIADAS AO SARS-COV-2 NOS SERVIÇOS DE SAÚDE. .....................................................................28
13. MEDIDAS DE CONTROLE RECOMENDADAS ...........................................................................................28
14. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE SURTO..............................................................29
15. FECHAMENTO DO SURTO E RELATÓRIO FINAL ......................................................................................29
IV. EXPECTATIVA..........................................................................................................................................29
V. REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................30
VI. GLOSSÁRIO E CONCEITOS ......................................................................................................................34
VII. HISTÓRICO DE REVISÃO .........................................................................................................................36
APÊNDICE A - Fluxograma para organização da investigação epidemiológica de caso de transmissão intra-
hospitalar da COVID-19 em hospitais da rede EBSERH. ...................................................................................38
APÊNDICE B - Definição de casos de COVID-19 ................................................................................................39
APÊNDICE C - Ficha de investigação de surto de COVID-19 no ambiente intra-hospitalar..............................42
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SARS-COV-2
I. APRESENTAÇÃO E OBJETIVO
Trata-se de um guia da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde (DEPAS) visando
orientar os Hospitais Universitários Federais com relação à investigação de surto e estratégias para
prevenção da transmissão intra-hospitalar e o controle da disseminação da infecção pelo SARS-CoV-
2.
Por solicitação da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde e da Coordenadoria de
Gestão da Clínica (CGC), este Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial (SGCA), que é responsável
pela implementação e melhoria da gestão dos processos de prestação de cuidados junto aos
pacientes, encaminha o presente documento elaborado pela Câmara Técnica de Infectologia1, em
conjunto com a Câmara Técnica de Vigilância em Saúde (CTVS) e com o Serviço de Saúde
Ocupacional e Segurança do Trabalho (SSOST).
1
Portaria-SEI nº 12, de 22 de abril de 2020, Boletim de Serviço nº 806, de 22 de abril de 2020.
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SARS-COV-2
III. FUNDAMENTAÇÃO
Universalmente, medidas de prevenção e controle de infecção devem ser implementadas
pelos profissionais de saúde para evitar ou mitigar a transmissão de microrganismos durante a
assistência. Além disso, o serviço de saúde deve garantir que as políticas e as boas práticas
minimizem a exposição a patógenos, incluindo o SARS-CoV-2.
As medidas de prevenção e controle devem ser implementadas em todas as etapas do
atendimento do paciente no serviço de saúde, desde sua chegada, triagem, espera, durante toda a
assistência prestada, até a sua alta/transferência ou óbito, conforme disposto na Nota Técnica nº
04/2020 GVIMS/GGTES/ANVISA, Nota Técnica nº 07/2020/GVIMS/GGTES/ANVISA e a Nota Técnica
- SEI nº 5/2020/SGQ/CGC/DAS-EBSERH, ou outras que as substituírem e/ou atualizarem.
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SARS-COV-2
1. VIAS DE TRANSMISSÃO
A transmissão do SARS-CoV-2 ocorre, usualmente, por meio de gotículas respiratórias ou
aerossóis, pelo contato direto com pessoas infectadas ou contato indireto por objetos ou superfícies
contaminadas. A transmissão pode ocorrer na fase pré-sintomática, sintomática ou mesmo se o
indivíduo permanecer assintomático. O período de incubação da COVID-19 (tempo entre a
exposição ao vírus e o início dos sintomas) é, em média, de 5 a 6 dias, no entanto, pode variar de 1
a 14 dias.
2. DEFINIÇÕES DE TRANSMISSÃO
• Transmissão pré-sintomática: ocorre durante o período "pré-sintomático", já que o
SARS-CoV-2 pode ser detectado de 1 a 3 dias antes do início dos sintomas da COVID-19;
• Transmissão sintomática: ocorre quando o caso índice é identificado em indivíduo que
desenvolveu sinais e sintomas compatíveis com COVID-19. O SARS-CoV-2 é transmitido no início do
curso da doença, principalmente a partir do 3o dia após o início dos sintomas;
• Transmissão assintomática: o SARS-CoV-2 também pode ser transmitido por pessoas
assintomáticas; assim, a transmissão assintomática refere-se à transmissão do vírus de uma pessoa
infectada, sem manifestação clínica da COVID-19, mas com confirmação laboratorial do vírus.
2
Os critérios de alto risco foram classificados de acordo com a exposição e definidos pelo SSOST na
Nota Técnica – SEI nº 5/2020/SGQ/CGC/DEPAS - Estratégia de Afastamento Laboral e Protocolo de
Testagem.
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SARS-COV-2
8.2. Investigação
A investigação será deflagrada após registro de 2 ou mais casos autóctones em Unidades
(ex.: unidade de internação, UTI, enfermaria de oncologia etc.) quando não destinado ao
atendimento de casos suspeitos/confirmados de COVID-19).
Deve-se suspeitar principalmente quando houver 2 casos confirmados de COVID-19 em
intervalo de 72h. Pode-se avaliar a necessidade de investigação de contatantes em situações de alto
risco de transmissão (transmissão por aerossóis – ex: UTI Neonatal) com apenas 1 caso autóctone.
Ressalta-se que o uso dos testes sorológicos on site na medicina ocupacional traduziu a
preocupação da empresa em cumprir seu papel de fornece métodos rápidos para confirmação
diagnóstica tempestiva dos sintomáticos respiratórios, garantir aos trabalhadores que
desenvolveram COVID-19 o direito de emissão de CAT, uma vez que no início da pandemia nem
todos os HUFs dispunham de testes RT-PCR para os trabalhadores, nem se conhecia bem a
performance dos testes em geral. Vale assinalar também que diuturnamente o diagnóstico e
triagem para fins ocupacionais do SARS-CoV-2 seguem sendo reavaliados e frequentemente
reposicionados, devido ao comportamento heterogêneo, inusitado e desafiador que o vírus e a
doença apresentam.
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SARS-COV-2
8.3. Testagem
A definição dos pacientes e profissionais a serem testados deve seguir os critérios descritos
abaixo:
a) Paciente suspeito internado com sintomatologia OU com exame de imagem
compatível com COVID-19;
b) Paciente com contato de caso confirmado, mesmo que assintomático*;
c) Profissional de saúde com ou sem sintomatologia respiratória OU com exame de
imagem compatível com COVID-19, considerando-se o grau de exposição a casos
suspeitos ou confirmados.
*Considerar acordo com LACEN ou instituição conveniada/contratada tendo em vista
excepcionalidade da situação. Deve-se incluir, quando indicado, o Registro de Acidente de Trabalho
por COVID-19. (Anexo 12 – Parte 3 – Investigação e Registro de Acidente da Nota Técnica-SEI nº
5/2020/SGQ/CGC/EBSERH presente no Processo-SEI nº 23477.002311/2020-64).
Os testes sorológicos devem ser usados com cautela, devido ao desempenho variável entre
os ensaios disponíveis, baixo valor preditivo positivo em situações de baixa soroprevalência e
correlação ainda incerta de imunidade.
De maneira geral, no momento, a performance de TESTES DE ANTICORPOS é muito
variável, principalmente se a modalidade for de TESTE RÁPIDO e sua principal utilidade se refere a
determinação de soroprevalência e soroconversão. Ressalta-se que a interpretação da detecção de
IgM em TESTES DE ANTICORPOS é ainda mais controversa. Para maiores detalhe, vide Nota Técnica
- SEI nº 12/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH - Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
Rede Ebserh a respeito do Manejo Propedêutico da Infecção pelo SARS-CoV-2; Nota Técnica - SEI nº
18/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH - Teste para detecção de anticorpos COVID-19-IgG/IgM - ECO Test
e Nota Técnica - SEI nº 7/2020/SGCA/CGC/DEPAS-EBSERH - Orientações aos Hospitais Universitários
Federais da Rede Ebserh a respeito da abordagem clínica do Paciente Adulto - COVID -19.
Assim, considerando-se o exposto e tendo em vista relatos de investigação de surto,
orienta-se realizar preferencialmente:
• RT-PCR entre o 5º e o 7º dia da exposição nos casos assintomáticos;
• RT-PCR até o 10º dia do início dos sintomas, preferencialmente entre o 3º e 7º dia, nos
casos sintomáticos;
• Sorologia após, pelo menos, 7 dias da exposição, preferencialmente 14-21 dias após a
exposição.
Nota: A figura acima mostra um fluxograma de decisão para interpretar os resultados dos
testes de anticorpos de acordo com a sintomatologia (fase sintomática, pós-sintomática,
assintomática ou subclínica) e se o paciente é ou não um caso suspeito. Presume-se aqui que testes
de anticorpos com a maior sensibilidade e especificidade possíveis sejam utilizados e que a
sintomatologia esteja ocorrendo no início da pandemia, quando a soroprevalência é baixa e antes
da disponibilidade de uma vacina. Para SARS-CoV-2, a precisão dos resultados dos testes de
anticorpos e a interpretação apropriada dos testes dependem do contexto clínico. Em algumas
situações, o contexto clínico não permite uma única interpretação. Por exemplo, um teste de
anticorpos positivo em uma população de baixo risco pode ser o resultado de uma infecção prévia
ou um resultado falso-positivo. Da mesma forma, um teste de anticorpos negativo em uma
população de alto risco não pode diferenciar “a priori” entre pré-conversão, soroconversão
indetectável, resultado falso-negativo ou ausência de infecção. Observa-se que, durante o processo
de investigação, outro diagnóstico possa ser confirmado, fato que impacta no grau de suspeição.
O fluxo para abordagem dos profissionais da saúde expostos ao vírus SARS-CoV-2- COVID-
19, pode ser visto na Figura 3. Os profissionais de saúde devem ser avaliados de acordo com Anexo
12 – Parte 1 – Afastamento e Testagem da Nota Técnica – SEI Nº 5/2020/SGQ/CGC/DEPAS/EBSERH,
expostos de maneira sucinta abaixo:
a) Profissionais de saúde ASSINTOMÁTICOS com exposição de baixo risco: não afastar das
atividades laborais. Indica-se a coleta do RT-PCR entre o 5º e 7º dia após a exposição, desde
que não interfira na disponibilidade desse exame para pacientes e profissionais sintomáticos
ou que tenham tido exposição de alto/médio risco;
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SARS-COV-2
Quadro 2 - Ações a serem tomadas quando um trabalhador de serviço de saúde foi exposto ao vírus SARS-CoV-2 em
estabelecimentos de saúde e no domicílio.
(a) Contato restrito entre profissionais de saúde e pacientes imunocomprometidos até 14 dias após a remissão dos
sintomas. Para mais informações sobre quarentena, consulte: Organização Mundial da Saúde (Brasil). Considerations
for quarantine of individuals in the context of containment for coronavirus disease (COVID-19): interim guidance, 19
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SARS-COV-2
Figura 3 - Fluxo para abordagem dos profissionais da saúde expostos ao vírus SARS-CoV-2- COVID-19
• Ter pelo menos 24 horas do último pico febril sem o uso de medicamentos para
redução da febre; E
• Apresentar remissão dos sintomas (por exemplo, tosse, falta de ar);
• Considerar discussão com a CCIH para definição de condutas.
CLASSIFICAÇÃO DE
GRAVIDADE CONTEXTO CLÍNICO-PROPEDÊUTICO
Indivíduos com frequência respiratória > 30 respirações por minuto, SpO2 <94%
no ar ambiente ao nível do mar (ou, para pacientes com hipoxemia crônica,
Doença Grave diminuição da linha de base > 3%), razão da pressão parcial arterial de oxigênio
fração de oxigênio inspirado (PaO2 / FiO2) <300 mmHg ou infiltrado pulmonar>
50%.
Os estudos utilizados para informar essas orientações não definiram claramente o termo
“gravemente imunocomprometidos”. Para os fins desta orientação, o CDC (2020) usou a seguinte
definição:
• Algumas condições, como quimioterapia para câncer, infecção por HIV não tratada
com contagem de linfócitos T CD4 <200 (LT-CD4+), distúrbio primário de
imunodeficiência combinada e recebimento de prednisona > 20mg / dia por mais de
14 dias, podem causar um maior grau de imunocomprometimento e afetar decisões
relativas à duração das precauções baseadas na transmissão.
• Outros fatores, como idade avançada, diabetes mellitus ou doença renal em estágio
terminal, podem representar um grau muito menor de imunocomprometimento e não
afetam claramente as decisões sobre a duração das precauções baseadas na
transmissão.
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SARS-COV-2
IV. EXPECTATIVA
A execução das orientações abordadas por esse Guia pretende reforçar a importância da
transmissão intra-hospitalar do SARS-CoV-2 e nortear a investigação de surto e estratégias para o
controle da sua disseminação no âmbito intra-hospitalar. Recomenda-se sua utilização durante a
investigação e controle de surto de infecção pelo novo coronavírus - SARS-CoV-2.
Pelo exposto, a Câmara Técnica de Infectologia e a Câmara Técnica de Vigilância em Saúde
da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde encaminham o presente Guia para ser utilizado
por todos os Hospitais Universitários, pautado na melhor evidência científica disponível até o
momento e que poderá ser atualizado à medida que mais informações, baseadas em novas
evidências e amparadas pelas boas práticas clínicas, estiverem disponíveis.
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SARS-COV-2
V. REFERÊNCIAS
1. AIPING WU et al Genome Composition and Divergence of the Novel Coronavirus (2019-
nCoV) Originating in China. Cell Host Microbe. 2020 Mar 11;27(3):325-328. DOI:
10.1016/j.chom.2020.02.001.
2. ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA N° 4/2020. Medidas de prevenção e controle
que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de
infecção pelo novo coronavírus (COVID-19). (08.05.2020). Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-
2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28.Acesso em 07 de jul
2020.
3. ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA No. 7/2020. Orientações para a prevenção
da transmissão de COVID-19 dentro dos serviços de saúde (05.08.2020).
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+-GIMS-
GGTES-ANVISA+N%C2%BA+07-2020/f487f506-1eba-451f-bccd-06b8f1b0fed6). Acesso em
21 de ago 2020.
4. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Investigação de Eventos Adversos
em Serviços de Saúde – Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde.
Brasília, 2016.
5. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
5/2020/SGQ/CGC/DAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da Rede
Ebserh a respeito de COVID-19. 1ª. VERSÃO. Processo SEI Nº 23477.002311/2020-64 -
Documento 5955944.
6. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
7/2020/SGCA/CGC/DEPAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
Rede Ebserh a respeito da abordagem clínica do Paciente Adulto - COVID -19. Processo SEI
Nº 23477.004777/2020-02 – Documento 7483378.
7. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
12/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
Rede Ebserh a respeito do Manejo Propedêutico da Infecção pelo SARS-CoV-2. Processo SEI
Nº 23477.003286/2020-36 – Documento 7751555.
8. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
18/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH. Teste para detecção de anticorpos COVID-19-IgG/IgM -
ECO Test. Processo SEI Nº 23477.005874/2020-12 – Documento 8023829.
9. BRASIL. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Nota Técnica - SEI nº
24/2020/SGCA/CGC/DAS-EBSERH. Orientações aos Hospitais Universitários Federais da
REDE EBSERH quanto à crescente notificação de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde
(IRAS) e o isolamento de bactérias multirresistentes (MDR) em pacientes com a COVID-19,
com vistas ao reforço da adesão às boas práticas e prevenção de infecções nesse contexto.
Processo SEI n° 23477.007089/2020-96 – Documento 8624700.
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SARS-COV-2
10. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde amplia testes para profissionais de saúde e segurança.
Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46596-saude-amplia-
testes-para-profissionais-de-saude-e-seguranca. Acesso em 21 de ago 2020.
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Definição de Caso e Notificação. Disponível em:<
https://coronavirus.saude.gov.br/definicao-de-caso-e-notificacao>. Acesso em: 02 out
2020.
12. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal do Sistema de Informação de Agravos de Notificação -
SINAN. Disponível em:
<http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/DTA/Surto_DTA_v5.pdf>.
Acesso em 02 out 2020.
13. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
das Doenças Transmissíveis. Guia para Investigações de Surtos ou Epidemias / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. p.64.
14. CDC. Centers for Disease Control and Prevention. Interim U.S. Guidance for Risk Assessment
and Work Restrictions for Healthcare Personnel with Potential Exposure to COVID-19. May
29, 2020.
15. CDC. Centers for Disease Control and Prevention. Discontinuation of Transmission-Based
Precautions and Disposition of Patients with COVID-19 in Healthcare Settings (Interim
Guidance), Updates 17 July 2020.
16. CDC. Centers for Disease Control and Prevention. Discontinuation of Transmission-Based
Precautions for Patients Confirmed SARS-CoV-2 Infection. Updated Aug, 10, 2020.
17. CHENG et al. Serodiagnostics for Severe Acute Respiratory Syndrome–Related Coronavirus-
2. Annals of Internal Medicinehttps. Disponível em: //doi.org/10.7326/M20-2854).
18. ECDC: Contact tracing: public health management of persons, including healthcare workers,
having had contact with COVID-19 cases in the European Union – second update 8 April
2020.
19. FERIOLI, M. Protecting healthcare workers from SARS-CoV-2 infection: practical Indications.
Disponível em: https://doi.org/10.1183/16000617.0068-2020.
20. HANSON K et al. Infectious Diseases Society of America – IDSA. Guidelines on the Diagnosis
of COVID-19. CID. Disponível em: https://doi.org/10.1093/cid/ciaa760).
21. HEINZERLING A. et al. Transmission of COVID-19 to Health Care Personal During Exposures
to a Hospitalized Patient – Solano County, California, February 2020. Centers for Disease
Control and Prevention – MMWR. Vol.69. Apr 2020.
22. HUANG, C. et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan,
China. Lancet 395, 497–506 (2020).
23. INTERNATIONAL COUNCIL OF NURSES. High proportion of healthcare workers with COVID-
19 in Italy is a stark warning to the world: protecting nurses and their colleagues must be the
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SARS-COV-2
37. World Health Organization. (2020). Operational considerations for COVID-19 management
in the accommodation sector: interim guidance, 30 April 2020. World Health Organization.
Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/331937.
38. World Health Organization. Initial care of persons with acute respiratory illness (ARI) in the
context of coronavirus disease (COVID-19) in healthcare facilities: assess the risk, isolate,
refer. Interim recommendations, version 1 (12 April 2020). Disponível em:
https://iris.paho.org/handle/10665.2/52031?show=full.
39. XIE, M. & CHEN, Q. Insight into 2019 novel coronavirus - an updated interim review and
lessons from SARS-CoV and MERS-CoV. Int. J. Infect. Dis. (2020). doi:
10.1016/j.ijid.2020.03.07124. World Health Organization. (2020). Contact tracing in the
context of COVID-19: interim guidance, 10 May 2020. Disponível em:
https://apps.who.int/iris/handle/10665/332049.
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SARS-COV-2
Agravo: qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por
circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou
heteroinfligidas.
Automonitoramento: monitoramento, pelos próprios profissionais de saúde, dos sinais e sintomas
respiratórios, bem como de febre, quando expostos ao risco de infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Os
profissionais da saúde devem notificar o serviço de saúde onde trabalham ou seguir os
regulamentos locais.
Caso: pessoa infectada ou doente apresentando características clínicas, laboratoriais e/ou
epidemiológicas específicas.
Caso autóctone: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência.
Caso esporádico: caso que, segundo informações disponíveis, não se apresenta
epidemiologicamente relacionado a outros já conhecidos.
Caso importado: caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O emprego dessa expressão
dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a origem da infecção em uma zona conhecida.
Caso-índice: primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente relacionados.
O caso-índice é muitas vezes identificado como fonte de contaminação ou infecção.
Caso secundário: caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do contato com um caso-
índice.
Doença: uma enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que
represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos.
Doença respiratória aguda: síndrome clínica caracterizada por febre e pelo menos um sinal ou
sintoma como tosse (seca ou produtiva) ou dificuldade de respirar. No caso da COVID-19 seriam
duas apresentações principais: a síndrome gripal (SG) e a síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Endemia: é a presença contínua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona
geográfica determinada.
Epidemia: denominação utilizada em situações em que a doença envolve grande número de
pessoas e atinge uma larga área geográfica.
Evento: manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar doença.
Evento de Saúde Pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública,
como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no
padrão clínico-epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação,
a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias
ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes.
Exposição de alto risco: contato próximo com um caso de COVID-19 na comunidade ou em casa;
prestando cuidados diretos (exame físico, cuidados de enfermagem, realização de procedimentos
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SARS-COV-2
geradores de aerossol, coleta de amostra de secreção de vias aéreas) ou contato com seus fluidos
corporais ou ambiente contaminado, sem o uso adequado de equipamentos de proteção individual
(EPI).
Exposição de baixo risco: prestar cuidados diretos a pessoa com suspeita ou confirmação de COVID-
19, seguindo as recomendações para uso de EPI segundo o grau de exposição.
Investigação epidemiológica: método de trabalho utilizado para esclarecer a ocorrência de
doenças, emergências de saúde pública, surtos e epidemias a partir de casos isolados ou
relacionados entre si (BRASIL, 2009), envolvendo a identificação dos comunicantes com os casos
com o objetivo de identificar os diversos elos da cadeia de transmissão.
Monitoramento ativo: monitoramento, pelos profissionais de saúde, de sinais e sintomas
respiratórios, além de febre, com NOTIFICAÇÃO ATIVA às autoridades sanitárias ou às autoridades
de saúde ocupacional do hospital, seguindo as regulamentações locais.
Profissionais dos serviços de saúde: refere-se a todos aqueles que atuam em espaços e
estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios e
outros locais. Compreende tanto os profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem, nutricionistas etc.), quanto os profissionais de apoio (recepcionistas, seguranças,
pessoal da limpeza etc.) com potencial de exposição direta ou indireta a pacientes ou materiais
infecciosos, incluindo substâncias corporais, suprimentos, dispositivos e equipamentos médicos.
Rastreamento de contatos: é o processo de identificação, avaliação e gerenciamento de pessoas
que foram expostas a uma doença com o objetivo de mitigar o risco de transmissão subsequente e
realizar o diagnóstico precoce.
Surto ou evento inusitado em saúde pública: situação em que há aumento acima do esperado na
ocorrência de casos de evento ou doença em uma área ou entre um grupo específico de pessoas,
em determinado período.
Transmissão comunitária: ocorre quando a transmissão é intensa, abrangendo principalmente
contatos domiciliares, profissionais de saúde, ambientes fechados de alto risco (dormitórios,
instituições, casas de repouso) e contatos vulneráveis.
Vigilância passiva: refere-se ao envio de informações, de forma rotineira e periódica, sobre os
eventos sujeitos à vigilância.
Vigilância ativa: refere-se à busca intencional de casos do evento sujeito à vigilância. Os
profissionais da equipe de saúde buscam diretamente os dados objetos de vigilância, revisando até
mesmo os registros rotineiros do serviço de saúde e de atenção às pessoas.
Vigilância sentinela: baseia-se na informação proporcionada por um grupo selecionado como fonte
de notificação do sistema ("unidades sentinelas") que se comprometem a estudar uma amostra pré-
concebida ("amostra sentinela") de indivíduos de um grupo populacional específico, no qual é
avaliada a presença de um evento de interesse para a vigilância ("condição sentinela").
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SARS-COV-2
Elaboração
André Bon Fernandes da Costa
Angelita Fernandes Druzian
Alexandre Vargas Schwarzbold
Bernardo Montesanti Machado de Almeida
Claudia Fernanda de Lacerda Vidal
Cláudia Siqueira Besch
Débora Otero Britto Passos Pinheiro
Eduardo Martins Netto
Evelyne Santa Girão
Francelli Aparecida Cordeiro Neves
Gabriela de Oliveira Siva
Data: 07/10/2020
Graciele Trentin
José Humberto Caetano Marins
Leili Mara Mateus da Cunha
Lourival Rodrigues Marsola
Luisa Barros Pimenta
Márcia Amaral Dal Sasso
Marta Pinheiro Lima
Ricardo Malaguti
Rogéria Aparecida Pereira Valter De Lucena
Tâmela Beatriz Matinada da Silva
Wanessa Trindade Clemente
Análise
Claudia Fernanda de Lacerda Vidal Data: 06/11/2020
Wanessa Trindade Clemente
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SARS-COV-2
Validação
Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial Data: 12/11/2020
Serviço de Gestão da Qualidade
Aprovação:
Rosana Reis Nothen
Roseane do Nascimento Lima Santos Data: 12/11/2020
Giuseppe Cesare Gatto
Rodrigo Augusto Barbosa
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SARS-COV-2
CRITÉRIO DEFINIÇÃO
Caso de SG para o qual houve identificação de outro agente etiológico confirmada por
método laboratorial específico, excluindo-se a possibilidade de uma co-infecção, OU
confirmação por causa não infecciosa, atestada pelo médico responsável.
CASO DE SÍNDROME
GRIPAL DESCARTADO
Observações:
PARA COVID-19
• Ressalta-se que um exame negativo para COVID-19 isoladamente não é suficiente
para descartar um caso para COVID-19.
• Registro de casos descartados de SG para COVID-19 deve ser feito no e-SUS notifica.
Caso de SG ou SRAG ou óbito por SRAG que não Segundo o Colégio Brasileiro
foi possível confirmar por critério laboratorial E de Radiologia, quando
que apresente pelo menos uma (1) das houver indicação de
seguintes alterações tomográficas: tomografia, o protocolo é de
uma Tomografia
• OPACIDADE EM VIDRO FOSCO periférico,
Computadorizada de Alta
bilateral, com ou sem consolidação ou linhas
Resolução (TCAR), se possível
intralobulares visíveis ("pavimentação"), OU
com protocolo de baixa dose.
CRITÉRIO LABORATORIAL EM
SG ou SRAG • Imunocromatografia (teste rápido) para
detecção de anticorpos
• Imunoensaio por
Eletroquimioluminescência (ECLIA)
DEFINIÇÃO DESCRIÇÃO
Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois (2) dos
seguintes sinais e sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de
cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.
Observações:
Definição 1 • Em crianças: além dos itens anteriores considera-se também obstrução nasal, na
ausência de outro diagnóstico específico.
SÍNDROME GRIPAL
(SG)
• Em idosos: deve-se considerar também critérios específicos de agravamento como
sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência.
DADOS GERAIS
NOTIFICAÇÃO DE SURTO
N° de casos suspeitos/expostos até a data de notificação: Local inicial de ocorrência do surto (especificar unidade
do caso-índice) e data:
SITUAÇÃO INICIAL
Data de admissão:
□ Paciente:
Procedência:
Motivo da Internação:
Lotação:
□ Profissional:
Teve contato com outros profissionais do hospital que trabalham em área coorte
para COVID-19? □ Sim □ Não
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Sexo
Faixa Etária Total
Feminino Masculino
<1
1 a 14
14 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60 a 69
70 a 79
80 a 89
90 a 99
100 e +
Principais Sintomas:
Período de Incubação
Nº de testes
Nº de testes Nº de testes inconclusivos:
sorológicos
inconclusivos:
realizados:
Data do encerramento:
Medidas adotadas/recomendadas:
Observações adicionais:
Nome do profissional
exposto
Telefone
Instituição de saúde
Unidade de trabalho na
instituição
Profissão / cargo
Mês de acompanhamento
Temperatura não
Dor de garganta
Dor abdominal
Dificuldade para
Temperatura
Dor muscular
Nenhum
Calafrios
Diarreia
Outros
medida
Náuseas ou
respirar
exposição
vômitos
Coriza
Tosse
Hora
Data
10
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Paciente internado por > 14 dias, por outro diagnóstico E com infecção pelo
Critério 1: Paciente internado
SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*1 coletada
por período >14 dias
após o 14º dia de internação
Observações:
*1 Amostra de: swab de naso ou orofaringe OU aspirado de naso ou orofaringe OU aspirado traqueal OU lavado
broncoalveloar.
*2 Conforme definição de caso suspeito e confirmado do Ministério da Saúde:
https://coronavirus.saude.gov.br/definicao-de-caso-e-notificacao.
*3 Para paciente com até 7 dias de internação, a infecção por SARS-CoV-2 será considerada de origem comunitária.
*4 Para pacientes com até 7 dias de internação, a infecção por SARS-CoV-2 será considerada de origem comunitária
ou originária de outro hospital, caso o paciente tenha internação prévia.
*5 Esse contato desprotegido do paciente com o profissional de saúde ou com outro paciente ou com
acompanhante/visitante COVID-19 positivo (por RT-PCR em tempo real*2) deve ter ocorrido a partir de 2 dias (48
horas) antes da confirmação da COVID-19 nessas pessoas (devido a fase pré-sintomática da doença).
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SARS-COV-2
RN, readmitido na unidade neonatal do mesmo hospital, com menos de 7 dias após a alta,
Critério 2: Recém- com suspeita de infecção por SARS-CoV-2*3 E
nascido readmitido na
Com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*2
unidade neonatal com
coletada na admissão E
menos de 7 dias após a
alta. Sem vínculo epidemiológico domiciliar (com pessoa com COVID-19 suspeita ou
confirmada).
Critério 3: Recém- RN, procedente do domicílio, internado por período > 14 dias, por outro diagnóstico E Com
nascido internado por infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*2 coletada
período > 14 dias após o 14º dia de internação
RN, proveniente do domicílio, internado por > 7 dias e ≤14 dias, por outro diagnóstico* 4 E
Não foi classificado como suspeito ou confirmado de infecção por SARS-CoV-2 durante os
7 primeiros dias de internação*3 E
Com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real em amostra*2
Critério 4: Recém- coletada após o 7º dia de internação E
nascido, internado por
Durante a internação, teve vínculo epidemiológico de contato desprotegido* 5 com:
período > 7 dias e ≤14
dias a. profissional de saúde identificado como caso confirmado de infecção pelo SARS-CoV-2
confirmada por RT-PCR em tempo real*2 OU
b. outro paciente que foi identificado como confirmado por RT-PCR em tempo real na
mesma enfermaria ou em leito de UTI sem isolamento* 2 OU
c. acompanhante ou visitante que foi identificado por RT-PCR em tempo real*2
Observações:
*1 RN com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada por RT-PCR em tempo real, coletado em uma ou mais amostras*2 nas
primeiras 48 horas de vida, considerar possível transmissão vertical.
*2 Amostra de: swab de naso ou orofaringe OU aspirado de naso ou orofaringe OU aspirado traqueal OU lavado
broncoalveloar.
*3 Conforme definição de caso suspeito e confirmado do Ministério da Saúde:
https://coronavirus.saude.gov.br/definicao-de-caso-e-notificacao.
*4 Para RN com até 7 dias de internação, a infecção por SARS-CoV-2 será considerada de origem comunitária ou
originária de outro hospital, caso o RN tenha internação prévia.
*5 Esse contato desprotegido do paciente com o profissional de saúde ou com outro paciente ou com
acompanhante/visitante COVID-19 positivo (por RT-PCR em tempo real*2) deve ter ocorrido a partir de 2 dias (48 horas)
antes da confirmação da COVID-19 nessas pessoas (devido a fase pré-sintomática da doença).
Atenção: o caso de RN confirmado para COVID-19, deve-se orientar a obstetrícia para realizar a investigação da mãe.
Descrição do Os coronavírus são uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo coronavírus
Microrganismo denominado SARS-CoV-2 é o causador da doença COVID-19 e foi recentemente reconhecido (dez/2019).
A transmissão do SARS-CoV-2 ocorre, usualmente, por meio de gotículas respiratórias ou aerossóis, pelo
Vias de
contato direto com pessoas infectadas ou indireto por objetos ou superfícies contaminadas. A transmissão
Transmissão
pode ocorrer em qualquer fase e o período de incubação é, em média, de 5 a 6 dias (~ 1 - 14 dias).
Um grupo responsável deve ser constituído a cada surto ou seguir as orientações gerais de composição de
cada hospital. Considera-se que a atividade de investigação é multidisciplinar e deve envolver o Setor de
Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde, com destaque para o Serviço de Vigilância Epidemiológica,
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais (UGRA);
Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SSOST), representante da Gestão*, Setor de
Descrição do Microbiologia (se próprio da instituição, não terceirizado) e coordenação de setores envolvidos.
Grupo *Obs.: A participação do gestor é essencial, pois pode ser necessário o bloqueio de novas admissões.
Responsável
As seguintes atividades deverão ser desenvolvidas pelo grupo:
• Realizar reuniões regulares, mesmo que em atividade remota;
• Implementar a notificação, investigação e análise de dados;
• Atualizar a Gestão hospitalar por meio de relatórios frequentes e informes epidemiológicos periódicos.