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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PRT.UDI.001 - Página 1/5
PROTOCOLO
Documento
Título do METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DO EXAME DE Emissão: 11/06/2021 Próxima revisão:
Documento TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO Versão: 1 11/06/2023
TÓRAX

METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DO EXAME


DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO
TÓRAX

Cópia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2019, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
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1. OBJETIVO
Este documento é uma padronização da metodologia/orientações para realização de exames de
tomografia computadorizada (TC) do tórax na Unidade de Diagnóstico por Imagem do Hospital de
Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM).

2. SIGLAS E CONCEITOS
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EV – Endovenoso
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
PRT – Protocolo
ROI – Region of Interest
TC – Tomografia computadorizada
TEP – Tromboembolismo Pulmonar
UDI – Unidade de Diagnóstico por Imagem
UH - Unidade Hounsfield

3. JUSTIFICATIVAS
A Tomografia Computadorizada (TC) é uma modalidade de imagem diagnóstica que
emite radiação ionizante (raios X) para irradiar o paciente em diversas projeções e, assim, gerar
imagens do plano anatômico axial, que podem passar por um processamento computacional, para
gerar imagens multiplanares e tridimensionais.

Uma desvantagem da TC é o risco gerado aos indivíduos expostos aos raios X. Além
disso, o exame de TC pode necessitar da utilização de soluções iodadas como agentes de contraste.
Em exames de TC, os agentes de contraste, também chamados de meios de contraste ou
simplesmente contraste, são administrados ao paciente por via endovenosa (EV), e servem para
auxiliar a caracterização, a diferenciação e o comportamento das estruturas radiografadas.
O contraste iodado pode ser classificado, quanto a sua capacidade de dissociação,
em iônico ou não iônico. O contraste iodado iônico é aquele que, quando em solução, dissocia-se
em partículas com carga negativa e positiva, enquanto os não iônicos não liberam partículas com
carga elétrica. A quantidade de partículas em relação ao volume de solução determina a
osmolalidade do contraste. Portanto, o contraste iodado iônico tem maior osmolalidade do que o
não iônico.
Outras propriedades do contraste dizem respeito à sua densidade e viscosidade.
Quanto maior a densidade e a viscosidade, maior será a resistência ao fluxo do contraste, o que
torna menor a velocidade de injeção e dificulta sua diluição na corrente sanguínea. Todas estas
propriedades estão relacionadas à eficácia e à segurança dos agentes de contraste iodado, pois,
embora haja benefícios para o diagnóstico, o uso de contraste apresenta alguns riscos ao paciente,

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tais como a hipersensibilidade, a nefrotoxicidade, reações cardiocirculatórias, hepatotoxicidade e


tireotoxicidade.
É importante salientar que os médicos radiologistas têm autonomia para conduzir os
seus casos, não devendo necessariamente seguir o que está escrito neste protocolo. A equipe de
enfermagem e os técnicos em radiologia devem consultar o médico responsável pelo exame e seguir
a conduta preconizada por ele.

4. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Indicação ROTINA
kV / mAs 120 / Automática
Colimação / FOV Menor área possível (sem cortar estruturas)
Extensão da varredura Corte inicial: nível do corpo vertebral de C7
Corte final: nível do corpo de L2 incluindo polo superior dos rins.
Filtro Partes Moles – Variado por fabricante
Pulmão – Variado por fabricante
Contraste -
Fases ✓ Sem contraste, em inspiração.
✓ Acrescentar fase expiratória se asma, bronquite, DPOC (Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou tosse crônica.
Reconstrução ✓ Axial do parênquima, em alta resolução (1 mm de espessura), com
janelas para parênquima pulmonar e mediastino.
✓ Sagital e coronal com 3,0 mm de espessura.

Indicação TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)


kV / mAs 100 / Automática
Colimação / FOV Menor área possível (sem cortar estruturas)
Direção da varredura Crânio-caudal
Extensão da varredura Corte inicial: nível da fúrcula esternal.
Corte final: nível da transição toracoabdominal.
Filtro Partes Moles – Variado por fabricante
Contraste Venoso (cateter intravenoso Jelco 20)
Iodado e não-iônico (concentração de 300 mg Iodo/ml)
Dosagem: 1,5 ml/kg (máximo de 150 ml)
Velocidade de injeção: 4 ml/s
Fases ✓ Fase arterial: Início da aquisição por detecção automática do
contraste (bolus tracking), marcando a ROI (region of interest) na
artéria pulmonar. Alternativamente (quando necessário), programar
o tempo de início para 25 segundos.
Reconstrução ✓ Axial do parênquima, em alta resolução (1 mm de espessura), com
janelas para parênquima pulmonar e mediastino.
✓ Sagital e coronal com 3,0 mm de espessura.

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Indicação ANGIOTOMOGRAFIA DE AORTA TORÁCICA/ABDOMINAL


kV / mAs 100 / Automática
Colimação / FOV Menor área possível (sem cortar estruturas)
Extensão da varredura Corte inicial: nível da fúrcula esternal.
Corte final: nível do trocante femoral menor.
Filtro Partes Moles – Variado por fabricante.
Preparo do paciente Jejum mínimo de 4 horas.
Contraste Venoso (cateter intravenoso Jelco 20)
Iodado e não-iônico (concentração de 300 mg Iodo/ml)
Dosagem: 1,5 ml/kg (máximo de 150 ml)
Velocidade de injeção: 4 ml/s
Fases ✓ Sem contraste: Para casos de dor aguda.
✓ Fase arterial: Início da aquisição por detecção automática do
contraste (bolus tracking), marcando a ROI no arco aórtico.
Alternativamente (quando necessário), programar o tempo de início
para 25 segundos.
✓ Tardia (1 minuto): Para pós operatório de endoprotese.
Reconstrução ✓ Axial do parênquima, em alta resolução (1 mm de espessura), com
janelas para parênquima pulmonar e mediastino.
✓ Sagital e coronal com 3,0 mm de espessura.

Indicação PNEUMONIA NÃO COMPLICADA


(sem derrame e sem abscesso)
kV / mAs 100 / Automática
Colimação / FOV Menor área possível (sem cortar estruturas)
Extensão da varredura Corte inicial: nível do corpo vertebral de C7
Corte final: nível do corpo de L2 incluindo polo superior dos rins.
Filtro Partes Moles – Variado por fabricante
Contraste -
Fases ✓ Sem contraste
Reconstrução ✓ Axial do parênquima, em alta resolução (1 mm de espessura), com
janelas para parênquima pulmonar e mediastino.
✓ Sagital e coronal com 3,0 mm de espessura.

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Indicação DERRAME PLEURAL / TRAUMA / ESTADIAMENTO ONCOLÓGICO


(metástase ou neoplasia pulmonar)
kV / mAs 100 / Automática
Colimação / FOV Menor área possível (sem cortar estruturas)
Extensão da varredura Corte inicial: nível do corpo vertebral de C7
Corte final: nível do corpo de L2 incluindo polo superior dos rins.
Filtro Partes Moles – Variado por fabricante
Contraste Venoso (cateter intravenoso Jelco 20)
Iodado e não-iônico (concentração de 300 mg Iodo/ml)
Dosagem: 1,5 ml/kg (máximo de 150 ml)
Velocidade de injeção: 3 ml/s
Fases ✓ Fase arterial: Início da aquisição em 40 segundos.
Reconstrução ✓ Axial do parênquima, em alta resolução (1 mm de espessura), com
janelas para parênquima pulmonar e mediastino.
✓ Sagital e coronal com 3,0 mm de espessura.

5. REFERÊNCIAS
Bhalla AS, Das A, Naranje P, Irodi A, Raj V, Goyal A. Imaging protocols for CT chest: A
recommendation. Indian J Radiol Imaging. 2019;29(3):236-246. doi:10.4103/ijri.IJRI_34_19
Smithuis R. CT contrast injection and protocols. Radiology Assistant. Acessado em 06/04/2021.
https://radiologyassistant.nl/more/ct-protocols/ct-contrast-injection-and-protocols

6. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
1 06/04/2021 Elaboração do Protocolo (PRT)

Elaboração Data: 06/04/2021


Hugo Alaor Silva Barros, Giovani Bessa Lima, Fernando Machado Maia, Bruno Doriguetto Couto
Martins, Cristiane Zanqueta de Carvalho, Helder de Souza Lima e Silva

Validação Data:
Fernando Machado Maia, chefe da UDI

Registro, análise e revisão Data:


Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento

Aprovação Data:
Fernando Machado Maia

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