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Cópia controlada HUJM-UFMT /

EBSERH 28/08/2022

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER

Tipo do POP.STDT.UBCME.003 - Página 1/7


PROCEDIMENTO/ROTINA
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Título do Emissão: 28/08/2022 Próxima revisão:
MONTAGEM DE SALA CIRÚRGICA
Documento Versão: 3.0 28/08/2024

1. APRESENTAÇÃO
A montagem da sala cirúrgica consiste na colocação dos aparelhos e materiais em condições
de uso antes de iniciar a cirurgia proposta. Tem por objetivo garantir o bom desenvolvimento do
ato cirúrgico, diminuindo os imprevistos e atrasos.
A montagem da sala do recém-nascido consiste na preparação da sala para recepcionar
neonatos tanto hígidos/com boa vitalidade quantos aqueles que necessitarem de manobras de
reanimação ou situações especiais como, por exemplo: mecônio, gestante HIV, prematuridade e
outros. O material deve ser destinado à reanimação, manutenção da temperatura, aspiração de vias
aéreas, ventilação, administração de medicações e assistência em geral (SPB, 2013).

2. OBJETIVO(S)
Organizar e padronizar a realização dos procedimentos no âmbito do Centro Cirúrgico.

3. DESCRIÇÃO
3.1 Montagem da Sala Cirúrgica:
Enfermeiro:
1. Confirmar o mapa para que o técnico proceda a montagem da sala. O enfermeiro deve
designar o técnico de enfermagem para a sala cirúrgica que ele está escalado durante o
plantão e mudar de sala quando necessário e supervisionar a montagem.
2. Comunicar ao técnico/auxiliar em enfermagem qualquer alteração do mapa
previamente.
3. Comunicar, em caso de mau funcionamento de algum item necessário a
manutenção/engenharia clínica.

Técnico em Enfermagem:
1. Observar o mapa para confirmar o procedimento.
1. Higienizar as mãos conforme recomendações PRT.SGQVS.SCIH.012.2021.V.1.0 - Protocolo
de higienização das mãos.
2. Adentrar na sala, acender as luzes e certificar-se da limpeza da mesma.
3. Auxiliar no preparo do carrinho de anestesia, oferecendo os materiais necessários e
solicitados pela equipe de anestesiologia (ver checklist dos materiais anestésicos).
4. Testar o funcionamento do aspirador, do foco principal e auxiliares.
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5. Ligar as tomadas para comprovar o funcionamento do monitor, carrinho de anestesia, bisturi


elétrico, bombas de infusão (quando se fizerem necessárias), etc.
6. Testar o funcionamento da mesa cirúrgica realizando as diferentes posições necessárias e
travá-las.
7. Acomodar as torres de vídeo na sala, em caso desse tipo de cirurgia, e testar o seu
funcionamento, bem como verificar o cilindro de gás.
8. Dispor sobre as mesas auxiliares os materiais têxtis como aventais e campos, caixas de
instrumentais cirúrgicos e demais materiais provenientes dos kits para o procedimento, bem
como os solicitados pela equipe de cirurgia. (Ver checklist das cirurgias)
9. Conferir os materiais no carrinho monta-carga como extensões, cubas, tesouras, cabos de
bisturis, etc, e observar sua integridade e validade. (Ver checklist das cirurgias)
10. Providenciar os impressos necessários (Ver checklist das cirurgias)
11. Encaminhar o paciente para a sala assim que já estiver montada, juntamente com
prontuário, exames, formulários devidamente preenchidos e assinados.

Equipe de anestesia:
1. Confirmar o procedimento a ser feito e o tipo de anestesia selecionada para o caso.
2. Testar o funcionamento do carrinho de anestesia e comunicar a equipe de enfermagem em
caso de dano ou falha.
3. Selecionar e organizar juntamente com o técnico/auxiliar em enfermagem os materiais
necessários para a anestesia.
4. Conferir os materiais a serem utilizados.
5. Verificar as medicações necessárias na psicobox e solicitar junto a farmácia satélite outras
medicações não contempladas na caixa.

Equipe de cirurgia:
1. Confirmar o procedimento a ser realizado na sala.
2. Confirmar com a Equipe de Enfermagem os materiais necessários ao ato cirúrgico, como fios
especiais, drenos, sondas, etc. (este já deve ter sido enviado via formulário de marcação de
cirurgia)
3. Observar se os materiais solicitados estão previstos em sala.

Desvios/Ações
• Se for observado defeito equipamentos ou materiais, este deve ser comunicado
imediatamente ao enfermeiro para acionar manutenção para engenharia clínica ou
providenciar troca na CME ou almoxarifado.
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• Se algum material solicitado não for de uso rotineiro no hospital ou se o mesmo estiver em
falta, comunicar o enfermeiro imediatamente.
• Se houver falha na montagem da sala, poderá haver atrasos e/ou suspensão do
procedimento por falta do material ou equipamento adequado.

3.2 Montagem da Sala do Recém-Nascido:


Sala de parto e/ou de reanimação com temperatura ambiente de 23-26º C e:

• Mesa de reanimação com acesso por 3 lados


• Fontes de oxigênio umidificado e de ar comprimido, com fluxômetro
• Blender para mistura oxigênio/ar
• Aspirador a vácuo com manômetro
• Relógio de parede com ponteiro de segundos

Material para manutenção de temperatura

• Berço de calor radiante com acesso por 3 lados;


• Termômetro ambiente digital
• Campo cirúrgico e compressas de algodão estéreis
• Saco de polietileno de 30x50cm para prematuro
• Touca de lã ou algodão
• Termômetro clínico digital

Material para avaliação

• Estetoscópio neonatal
• Oxímetro de pulso com sensor neonatal
• Monitor cardíaco de 3 vias com eletrodos
• Bandagem elástica para fixar o sensor do oxímetro e os eletrodos

Material para aspiração

• Sondas: traqueais Nº 6, 8 e 10 e gástricas curtas Nº 6 e 8


• Dispositivo para aspiração de mecônio
• Seringas de 10 mL
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Material para ventilação

• Reanimador manual neonatal (balão autoinflável com volume máximo de 750 mL,
reservatório de O2 e válvula de escape com limite de 30-40 cmH2O e/ou manômetro)
• Ventilador mecânico manual neonatal em T com circuitos próprios
• Máscaras redondas com coxim Nº 00, 0 e 1
• Máscara laríngea para recém-nascido Nº 1

Material para intubação traqueal

• Laringoscópio infantil com lâmina reta Nº 00, 0 e 1


• Cânulas traqueais sem balonete, de diâmetro interno uniforme 2,5/ 3,0/ 3,5 e 4,0 mm
• Material para fixação da cânula: fita adesiva e algodão com SF
• Pilhas e lâmpadas sobressalentes para laringoscópio
• Detector colorimétrico de CO2 expirado

Medicações

• Adrenalina 1/10.000 em 1 seringa de 5,0 mL para administração única endotraqueal


• Adrenalina 1/10.000 em seringa de 1,0 mL para administração endovenosa
• Expansor de volume (soro fisiológico) em 2 seringas de 20 mL
• Fitomenadiona (vitamina K) dose prescrita em uma seringa de 1ml para administração
intramuscular;

Importante! Após a diluição, as seringas com adrenalina devem ser cobertas, para não ficarem
expostas à luz. Se devidamente acondicionada, essa medicação diluída tem validade por 24h.

Material para cateterismo umbilical

• Campo fenestrado esterilizado;


• Fita cardíaca;
• Gaze estéril;
• Pinça tipo kelly reta de 10cm;
• Pinça íris reta 10cm;
• Cabo de bisturi com lâmina Nº 21;
• Porta agulha de 11cm;
• Fio agulhado mononylon 4.0;
• Tesoura de sutura 11 cm;
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• Cateter umbilical nº 3F, 3,5F ou 5F de PVC ou poliuretano;


• Torneira de 3 vias;

Outros

• Avental estéril
• Luvas de procedimento
• Luvas estéreis 6,0; 6,5; 7,0 e 8,0.
• Óculos de proteção individual
• EPI`S
• Fita métrica
• Infantômetro
• Capacetes de Hood de tamanhos diferentes;
• Umidificador de O2;
• Coletor de perfurocortantes;
• Papel toalha.
• Kit para curativo de RN;
• Tesoura de ponta romba
• Clampeador de cordão umbilical
• Clorexidina alcoólica
• 02 Seringas de 01mL;
• 01 Seringa de 5mL;
• 01 Seringa de 10mL;
• 03 Seringas de 20 mL;
• 04 Agulha 40x12;
• 01 Agulha 13x4,5;
• Pulseira de identificação do RN;

Técnico, Auxiliar em enfermagem, Enfermeiro


1. Higienizar as mãos conforme recomendações do PRT.SGQVS.SCIH.012.2021.V.1.0 -
Protocolo de higienização das mãos.
2. Dispor sobre a bancada o material:
3. Dispor no berço de calor radiante: oxímetro de pulso, reanimador manual neonatal,
estetoscópio. O saco de polietileno deve ser colocado à disposição quando o RN for baixo
peso (<1500g), juntamente com as toucas térmicas destinadas a prematuros;
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4. Forrar colchonete do berço de calor radiante com dois cueiros (um envolvendo o
colchonete e outro com as bordas soltas para envolver o RN);
5. Deixar sobre o colchonete forrado uma sonda gástrica nº 8 para aspiração;
6. Conectar extensão de silicone no frasco aspira ligado à rede de ar comprimido, e deixá-la
sobre o carrinho;
7. Conectar extensão de silicone na saída de O2 (umidificador) do berço de calor radiante e
encaixá-la no reanimador manual neonatal (ambú);
8. Conectar o respirador em T à saída do blender do berço aquecido;
9. Deixar capacetes de Hood disponíveis, em local visível;
10. Forrar balança com papel toalha;
11. Verificar condições dos coletores de perfurocortantes e trocá-los quando necessário.
12. Realizar anotações no prontuário, carimbar e assinar.

4. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E
CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (SOBECC). Práticas recomendadas SOBECC. 6.ed. São
Paulo: Manole/SOBECC, 2013.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Reanimação neonatal em sala de parto: Documento


Científico do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria. 2021.
Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/DiretrizesSBP-
ReanimacaoPrematuroMenor34semanas-MAIO_2021.pdf e
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/DiretrizesSBP-ReanimacaoRN_Maior34semanas-
MAIO_2021.pdf

5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

1.0 27/01/20216 Aprovação do documento.

2.0 19/03/2018 Revisão sem alteração do documento.

3.0 28/08/2022 - Adequação do documento conforme NO.SGQ.001.2019. V2 –


Elaboração e Controle de Documenntos Institucionais.
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Elaboração
Assinado eletronicamente via processo SEI
Cyndielle Barcelos da Rocha - Enfermeira nº23532.009352/2022-31

Natalia Arnaut Antiqueira Rodrigues - Enfermeira


Unidade do Bloco Cirúrgico e Processamento Material
Esterilizado

Revisão
Assinado eletronicamente via processo SEI
Mariane Carli de Almeida Gimenes – Enfermeira nº23532.009352/2022-31
Unidade do Bloco Cirúrgico e Processamento Material
Esterilizado
Camila Louzada de Souza- Enfermeira
Unidade do Bloco Cirúrgico e Processamento Material
Esterilizado
Flávia Lúcia Venâncio Mineo
Serviço de Controle de Infecções relacionadas à Assistência
à Saúde
Chefe da Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do
Paciente

Validação
Assinado eletronicamente via processo SEI
Edilene Gianelli Lopes nº23532.009352/2022-31
Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente
Setor de Gestão da Qualidade

Aprovação Assinado eletronicamente via processo SEI


nº23532.009352/2022-31
Márcio Alencar de Sousa
Chefe da Unidade do Bloco Cirúrgico e Processamento
Material Esterilizado

Loidjane Lopes Marques Trajano


Chefe Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

Shirley Barbosa Ortiz Lima


Chefe da Divisão de Gestão do Cuidado e Apoio
Diagnóstico e Terapêutico

Eglivani Felisberta Miranda


Chefe da Divisão de Enfermagem

Michele Andraus
Gerente de Atenção à Saúde

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte.

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