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EBSERH 29/03/2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER
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PROTOCOLO
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Título do CUIDADOS DE ENFERMAGEM À FERIDAS Emissão: 22/03/2022 Próxima revisão:
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SUMÁRIO
1. SIGLAS E CONCEITOS
AGHUX – Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários
ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância em Saúde
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EPI – Equipamento de Proteção Individual
HUJM – Hospital Universitário Júlio Muller
LPP – Lesão por Pressão
LPTP - Lesão por Pressão Tissular Profunda
MMII – Membros Inferiores
NUAP- Nacional Pressure Ulcer Advisory Paine l
PAV - Pneumonia Associada à Ventilação
SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem
TVP -Trombose Venosa Profunda
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso
2. OBJETIVO(S)
• Padronizar as coberturas e produtos ideais para prevenção e tratamento de feridas.
• Auxiliar os profissionais de enfermagem na escolha da cobertura adequada para cada tipo de
ferida.
• Reduzir os custos em relação ao tratamento de feridas.
• Otimizar o tempo dos profissionais de enfermagem nos cuidados à feridas.
• Reduzir os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização .
• Capacitar os profissionais do Hospital Universitário Julio Muller (HUJM) para a avaliação e
tratamento de feridas de forma padronizada.
• Prevenir infecções cruzadas.
• Prestar um cuidado integral e contínuo ao usuário de forma individualizada.
• Sistematizar a Assistência de Enfermagem (SAE) no cuidado ao paciente em relação ao
tratamento da ferida.
3. JUSTIFICATIVAS
Este protocolo se justifica pela necessidade de instrumentalizar as ações dos profissionais,
sistematizar a assistência de enfermagem e padronizar o tratamento de feridas no HUJM,
considerando as tecnologias existentes e disponíveis.
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6. INTRODUÇÃO
6.1 Anatomia
A pele recobre a superfície do corpo e é constituída por a epiderme e a derme. Dependendo da
espessura da epiderme, distinguem-se a pele espessa e a fina. A pele é o maior órgão do corpo
humano, compondo 16% do peso corporal, e desempenha múltiplas funções, como proteger o
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- Inflamatória – tem início imediatamente após a interrupção da integridade da pele. É uma reação
local não especificada causada por danos no tecido ou alguma invasão bacteriana, os sinais de
inflamação são dor, rubor, calor e edema, essa etapa dura em torno de quatro a cinco dias.
- Reconstrução, nesta fase o oxigênio tecidual estimula os macrófagos para criar fatores de
angiogênese que estimula o processo de angiogênese. Os capilares não danificados estimulam a
germinação de células que crescem na direção da superfície formando uma rede dentro da ferida
fornecendo nutrientes e oxigênio (tecido de granulação).
- Epitelização, que trata-se da fase em que a ferida é coberta por células epiteliais. Nas feridas
fechadas essa fase começa logo no segundo dia. No entanto, nas feridas abertas, é necessário que
a cavidade da ferida seja preenchida com tecido de granulação antes da epitelização poder começar.
- Maturação, fase em que a ferida se torna menos vascularizada. As fibras de colágeno são
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reorganizadas de forma que formam ângulos com as margens da ferida. O tecido da cicatriz presente
é remodelado e lentamente fica igual ao tecido normal.
7. AVALIAÇÃO DA FERIDA
A avaliação deve ser registrada de forma detalhada sobre a ferida, descrevendo a localização,
etiologia, tamanho, tipo, a coloração de tecido no leito da lesão, quantidade e característica do
exsudato, odor, aspecto da pele ao redor.
A sistematização do tratamento de feridas ocorre por meio de ações simples que visam remover
as barreiras que impedem a cicatrização. Essas barreiras são expressas na palavra TIME, onde cada
letra significa uma barreira a ser removida da lesão.
As letras da sigla TIME referem-se às palavras inglesas tissue (tecido não viável), infection
(infecção/inflamação), moisture (manutenção do meio úmido) e edge (epitelização das bordas da
lesão). São quatro componentes da cicatrização da ferida importantes na preparação do leito e na
orientação das decisões terapêuticas dos profissionais. Para atingir um bom resultado é preciso
observar esses quatro princípios, sendo necessário que cada um deles apresente um status
adequado para que seja possível a progressão do processo cicatricial.
T (Tecido inviável) - Para o preparo da ferida, é necessário avaliar as condições do tecido. Se ele
estiver inviável, necrótico ou deficiente, é recomendável realizar o desbridamento, que pode ser
instrumental, autolítico, enzimático, mecânico ou biológico. O desbridamento tem a finalidade de
remover o tecido desvitalizado, restaurar a base da ferida e da matriz extracelular e obter tecido
viável no leito da ferida.
I (Infecção ou inflamação) - Trata-se aqui do tecido com alta contagem bacteriana ou inflamação
prolongada, com número elevado de citocinas inflamatórias. Atividade das proteases e baixa
atividade dos fatores de crescimento são prejudiciais para a cicatrização. Nessa situação é
necessário realizar a limpeza da ferida e avaliar as condições tópicas sistêmicas e o uso de anti-
inflamatórios e antimicrobianos.
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7.1 Mensuração
A mensuração está entre os métodos de avaliação de feridas agudas e crônicas, sendo dividida
em linear para feridas planas e bidimensional para feridas cavitárias.
Para obter a área da ferida plana deve-se multiplicar o maior eixo linear (comprimento) pelo
maior eixo perpendicular borda a borda (largura), este será mensurado por cm². Enquanto feridas
cavitárias deve-se multiplicar o maior eixo linear (comprimento) pelo maior eixo perpendicular
borda a borda (largura), acrescentando a profundidade, este será mensurado por cm³.
Para mensurar a ferida deve-se utilizar régua de papel descartável. Em casos de mensuração de
profundidade utilizar swabs, sonda, cotonete, espátula, entre outros até a parte mais profunda da
ferida e posteriormente medir na régua.
Em feridas tunelizadas e/ou com descolamento deve-se introduzir sonda na ferida e fazer
varredura da área no sentido horário, identificando tuneis e descolamento tecidual. Anotar
tamanho em centímetros e direção em horas, sendo a referência de 12 horas sentido cefálico.
A mensuração deverá ser realizada com intervalo de 7 dias para acompanhamento da redução
percentual da área. Uma redução percentual da área da ferida de 10% a 15% por semana de
tratamento prediz a cicatrização. O processo terapêutico deve ser revisto caso a área da superfície
não obtenha redução de 40% em até quatro semanas.
Essas medidas são essenciais para acompanhar a evolução do tratamento da lesão,
readequando condutas, diante de aumento ou não da redução da área lesionada. Para tanto, a
Unidade de Comunicação Social – HUJM/UFMT/EBSERH criou uma régua para ser impressa nos
setores e servir como forma de mensuração das lesões.
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7.2 Localização
A descrição da localização da ferida contribui para definição do tipo de curativo que deve ser
escolhido, tempo de troca e risco de contaminação. Também permite seguir acompanhando a
extensão da lesão, registro de novas lesões em outros locais. Também serve como forma de
comunicação multidisciplinar, permitindo um acompanhamento e avaliação conjunta de
profissionais como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas,
dentre outros. Assim, segue a baixo, a posição anatômica padronizada, bem descrições técnicas das
principais áreas do corpo humano, que podem servir como base para a descrição do local da lesão.
7.3 Classificação
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Em relação a lesão por pressão, as categorias para indicar a extensão do dano tissular. O sistema
de classificação atualizado, pela National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), inclui as seguintes
definições:
Lesão por Pressão trata-se de um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes,
geralmente associada a proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro
artefato. A lesão ocorre devido pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o
cisalhamento, mas pode ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua
condição.
Lesão por Pressão Estágio 1: se caracteriza por pele íntegra com eritema que não embranquece,
e pode parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que embranquece ou
mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência podem preceder as mudanças visuais.
Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano tissular
profundo.
Lesão por Pressão Estágio 2: quando há perda da pele em sua espessura parcial com exposição
da derme, estando o leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também
apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido
adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão
presentes.
Lesão por Pressão Estágio 3: definida como pela perda da pele em sua espessura total, na qual
a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas)
estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Podem ocorrer descolamento e túneis.
Lesão por pressão Estágio 4: quando há perda da pele em sua espessura total e perda tissular
com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.
Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou
túneis ocorrem frequentemente. A profundidade varia conforme a localização anatômica.
Lesão por Pressão Não Classificável: diante da perda da pele em sua espessura total e perda
tissular não visível. Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por Pressão em Estágio 3 ou Estágio
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4 ficará aparente. Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro
isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida.
Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura,
persistente e que não embranquece. Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de
descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica
que mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento.
Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico: descreve a etiologia da lesão, pois nesse
caso, resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão
por pressão resultante geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo. Essa lesão deve ser
categorizada usando o sistema de classificação de lesões por pressão.
Lesão por Pressão em Membranas Mucosas: é encontrada quando há histórico de uso de
dispositivos médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser
categorizadas.
7.4 Tecido
O tipo de tecido presente no leito da ferida deve ser avaliado e registrado, podendo ser de
dois tipos, os tecidos viáveis (granulação, epitelização, músculo ou tecido subcutâneo) e inviáveis
(esfacelo e necrose).
Os tecidos viáveis compreendem:
- Tecidos de granulação: de aspecto vermelho vivo, brilhante, úmido, ricamente
vascularizado;
- Tecido de epitelização: revestimento novo, rosado e frágil.
Os tecidos inviáveis compreendem:
- Necrose de coagulação (escara): caracterizada pela presença de crosta preta ou marrom,
podendo estar solto ou aderido, duro, macio ou com flutuação;
-Necrose de liquefação (amolecida): tecido amarelo-esverdeado e/ou
quando a lesão apresenta infecção, secreção purulenta;
- Esfacelo ou desvitalizado: tecido de coloração amarelada ou branca, que adere ao leito da
ferida e se apresenta como cordões ou crostas grossas.
7.5 Exsudato
O exsudato faz parte do processo natural de cicatrização de uma lesão, trata-se de material
fluído a partir de células que escapam dos vasos sanguíneos como etapa do processo inflamatório.
As caracteristicas do exsudato devem ser avaliadas diariamente e podem indicar a evolução do
processo de cicatrização. A quantidade varia em nenhuma, pequena, moderada e grande. As
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7.6 Odor
O odor pode variar de ausente, fraco, moderado e fétido, trata-se de característica importante
a ser avaliada, já que sua presença pode estar relacionada a proliferação de bactérias e tecidos em
decomposição.
A lesão pode pode apresentar sinais de infecção aguda, como eritema que se estende desde
a borda da úlcera, endurecimento, dor nova ou crescente, calor ou drenagem purulenta.
A úlcera com infecção aguda também pode aumentar de tamanho ou apresentar crepitação,
flutuação ou descoloração da pele circundante.
O indivíduo também pode apresentar sinais sistêmicos de infecção, como febre, mal-estar e
aumento dos linfonodos. Os idosos podem desenvolver confusão/delírio e anorexia.
Além da avaliação do quadro clínico deve-se realizar cultura quantitativa de tecido viável da
ferida, para determinar a carga microbiana presente, bem como traçar a melhor intervenção.
Devendo ficar atento a todos os sinais e sintomas já que quando não tratada de forma adequada,
pode gerar osteomielite, bacteremia e septicemia.
7.8 Bordas
A inspeção das bordas das lesão auxilia na avaliação fornecendo informações sobre a
cicatrização, cronicidade e etiologia. Podem ser classificadas como: Regular/irregular;
Contraída/Rósea; Esbranquiçada; Hiperemiada; Macerada; Hiperqueratosa
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7.10 Dor
Deve ser usado o escore de dor diante da lesão e curativo, com o intúito de implementar
medidas de forma interdisciplinar para garantir analgesia. A escala de dor é autoreferida e pode ser
classificadas de 0 a 10, sendo o 10 o maior nível de dor e 0 sem dor. Ou classificado em níveis,
exemplo: 0 -Nenhuma (1-3) Leve (4-6) Moderada ou (7-10) Intensa.
8. REALIZAÇÃO DO CURATIVO
✓ Gaze estéril.
✓ Biombo s/n.
✓ Bacia s/n.
✓ Luvas de procedimentos.
✓ Máscara, óculos de proteção e gorro .
✓ Kit de instrumentais de curativos estéril.
✓ Materiais para mensuração (régua descartável, cotonete, sonda e entre outros).
8.1 Procedimento
✓ Higienizar as mãos.
✓ Observar orientação e prescrição médica e/ou de enfermagem.
✓ Preparar material observando validade e integridade.
✓ Preparar o ambiente .
✓ Orientar o paciente.
✓ Posicionar o paciente de forma que fique confortável ao mesmo e que haja exposição do
local a ser realizado o curativo.
✓ Colocar lençol ou compressa próximo ao local da ferida para proteger o leito (usar bacia em
caso de ferida de membros inferiores - MMII).
✓ Calçar luvas, avaliar a necessidade de ser procedimento ou estéril. Uso de equipamento de
proteção individual - EPI, luva, touca, máscara e capote.
✓ Remover curativo antigo com cuidado para não lesar a pele utilizando a pinça anatômica
dente de rato ou com as mãos enluvadas.
✓ Usar de SF 0,9% pode ajudar na remoção do curativo anterior, evitando aderir a pele.
✓ Desprezar a pinça utilizada para remoção do curativo (quando usada), bem como trocar as
luvas se estiverem contaminadas.
✓ Avaliar a ferida, considerando pele e adjacências, bordas, características do exsudato,
presença de tecido necrosado, de tecido de granulação, sinais de infecção. Mensurar a
ferida.
✓ Quando a ferida for fechada: realizar a limpeza começando pelo local da incisão. Molhar a
gaze com SF 0,9%, e com movimentos rotatórios do punho, de forma rítmica e firme, iniciar
a limpeza de dentro para fora, do local mais limpo para o mais contaminado. Realizar
irrigação com solução fisiológica 0,9%, morna utilizando seringa de 20ml e agulha 40X12.
Obs: Realizar desinfecção da parte superior do frasco de SF 0,9% com swab de álcool a 70%
anter de furar o frasco.
✓ Avaliar a necessidade de remover exsudatos e/ou fibrina e/ou restos celulares da lesão
(desbridamento).
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Cuidados especiais:
✓ Proteger as feridas durante o banho nos casos de coberturas permeáveis a água, visto que
algumas coberturas são trocadas com período superior há 24 horas.
✓ Usar luvas estéreis quando a cobertura solicitar.
✓ Em feridas operatórias manter o curativo oclusivo nas primeiras 24. Após este período,
manter a ferida descoberta caso não tenha presença de exsudato
Técnicas utilizadas
✓ Estéril: curativo realizado na unidade de saúde, com material estéril (pinças ou luvas),
solução fisiológica 0,9% e cobertura estéril.
✓ Limpa: curativo realizado no domicílio, pelo usuário e/ou familiar. Realizado com material
limpo, água corrente ou soro fisiológico 0,9% e cobertura estéril.
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8.2 Desbridamento
8.2.3 CREME BARREIRA Agentes umectantes, como propileno Indicação: prevenção e tratamento de dermatites Reaplicar a cada 24
PROTETOR DE PELE glicol e uréia; agentes emolientes como associadas à incontinência urinária e/ou fecal e proteção ou 72hs
óleo mineral, palmitato isopropílico e da área perilesional ou periestomal que apresenta
terpolímero irritação causada pelo contato com fluidos e micro-
organismos externos com a pele
Contra-indicação: áreas infectadas e pessoas com
hipersensibilidade a fórmula
8.2.4 ALGINATO DE Fibra de não-tecido impregnada com alginato Indicação: feridas com cicatrização por primeira ou A cada 7 dias, ou
CÁLCIO de cálcio e sódio. São extraídas de alga segunda intenção, altamente exsudativa, infectada ou antes se saturação
marinhas marrons. Sua camada externa é não, sanguinolentas, profundas e cavitárias, até mesmo do curativo
produzida com poliuretano e sua camada com exposição óssea e de tendões
interna com gelatina, pectina e também Contra-indicação: feridas com pouca ou nenhuma
carboximetilcelulose sódica. O curativo de exsudação, lesões superficiais e com presença de escara
alginato de cálcio também conta com íons de (necrose seca).
sódio e cálcio e se apresenta na forma de
placa ou de cordão estéreis.
Camada de carvão ativado, envolta Indicação: tratamento de feridas com odor, devido ao seu Renovação da
8.2.5 CARVÃO ATIVADO
externamente por película de não tecido alto poder de filtração cobertura
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(náilon poroso) selada nas extremidades. Contra-indicação: feridas com pouca exposição óssea e secundária deve ser
Observação: há apresentações que são tendinosa, recobertas por escara, necrose de coagulação, realizada sempre
recortáveis, não recortar película de não e feridas limpas, com pouca quantidade de exsudato, pois que estiver
tecido (náilon poroso) selada nas a cobertura pode aderir ao leito, ocorrendo saturada. No início
extremidades hipersensibilidade do tratamento a
troca deve ocorrer
a cada 48 ou 72
horas, dependendo
da quantidade de
exsudato e
capacidade de
adsorção, e quando
a ferida não estiver
mais infectadas,
troca a cada 5 a 7
dias
Indicação: tratamento de feridas com odor, devido ao seu Renovação da
8.2.6 CARVÃO ATIVADO + Camada de carvão ativado, com prata,
alto poder de filtração, feridas infectadas e com grande cobertura
PRATA envolta externamente por película de não
quantidade de exsudato. secundária deve ser
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tecido (náilon poroso) selada nas Contra-indicação: feridas com pouca exposição óssea e realizada sempre
extremidades. Observação: há tendinosa, recobertas por escara, necrose de coagulação, que estiver
apresentações que são recortáveis, não e feridas limpas, com pouca quantidade de exsudato, pois saturada. No início
recortar película de não tecido (náilon a cobertura pode aderir ao leito, ocorrendo do tratamento a
poroso) selada nas extremidades hipersensibilidade troca deve ocorrer
a cada 48 ou 72
horas, dependendo
da quantidade de
exsudato e
capacidade de
adsorção, e quando
a ferida não estiver
mais infectadas,
troca a cada 5 a 7
dias
8.2.7 ESPUMA DE Espuma de alta densidade em camadas de Indicação: Feridas com cicatrização por segunda e terceira Sempre que houver
POLIURETANO + PRATA não tecido e hidropolímero e revestida de intenção, em fase de granulação, com baixa a moderada saturação da
poliuretano, podendo ser associada a prata exsudação e livre de tecido desvitalizado. Nas lesões com espuma, ou no
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Camada externa de espuma de poliuretano e Indicação: placa de espessura fina é indicado para Pode permanecer
outra interna composta de gelatina, pectina e prevenção de úlcera por pressão em áreas de atrito e em por até 7 dias,
carboximetilcelulose sódica proeminências ósseas e como protetor da pele na fixação troca antes desse
de tubos e drenos em crianças prematuras. A placa grossa prazo se houver
é usada no tratamento de feridas planas, limpas, com extravasamento de
média e pequena quantidade de exsudato e queimaduras exsudato e/ou gel,
8.2.8 HIDROCOLÓIDE
de segundo grau. desprendimento
Contra-indicação: feridas colonizadas ou infectadas, com das bordas, ou
tecido desvitalizado, em necrose de coagulação extensa, deslocamento do
em queimaduras de terceiro grau e em feridas altamente curativo
exsudativas.
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Gelatina, pectina, carboximetilcelulose Indicação: tratamento de dermatites periestomais Troca sempre que
sódica Contra-indicação: feridas colonizadas ou infectadas, com houver
tecido desvitalizado, em necrose de coagulação extravasamento de
exsudato. Quando
associado a
8.2.9 PÓ HIDROCOLÓIDE coberturas
adesivas, se
desprendimento
das bordas, ou
deslocamento do
curativo
8.2.10 HIDROGEL COM Gel amorfo, composto por 77,7% de água, Indicação: feridas com cicatrização por segunda e terceira Troca a cada 72
ALGINATO 2,3% de carboximetilcelullose e 20% de intenção, superficiais ou profundas, preenche cavidades e horas, ou antes se
propilenoglicerol, podendo ser acrescido de promove a manutenção de ossos e tendões expostos em necessário
óleos de origem vegetal (ácidos graxos feridas profundas. Pode ser usado em feridas com tecido (saturação do
essenciais, AGE) conservantes e alginato de de granulação, feridas secas, com pouca ou moderada curativo
cálcio e sódio. A placa é composta por gel de exsudação, com presença de tecido desvitalizado, feridas secundário)
poliuretano absorvente, revestido com uma infectadas, incluindo úlceras por pressão, úlceras venosas
cobertura de poliuretano semi-impermeável e arteriais, queimaduras de segundo grau, abrasões,
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Curativo primário não aderente, constituído Indicação: para hidratação e manutenção da integridade Troca em até 72
8.2.13 GAZE RAYON
por malha de acetato de celulose (Rayon), da pele. Prevenção de úlceras por pressão (escaras). horas
EMBEBIDO COM ÓLEO
impregnada com AGE (Ácidos Graxos Feridas agudas, crônicas e com perda de tecido.
DERMOPROTETOR
Essenciais), Vitaminas A e E, Óleos de Copaíba Queimaduras de 1º e 2º grau. Dermatites amoniacal
e Melaleuca. (assaduras), Peri-Gastrotomias e Peri-Lesões.
Traqueostomias e drenos.
Curativo primário não aderente, constituído Indicação: Feridas friáveis, dolorosas, cirúrgicas; Substituído sempre
8.2.14 GAZE RAYON SEM
por malha de acetato de celulose (Rayon). queimaduras de segundo grau; áreas doadoras e que for observada
PRODUTOS EXTRA
receptoras de enxertos; úlceras venosas; arteriais ou por a diminuição de
pressão; feridas com tecido de granulação; áreas pós- sua característica
trauma ou pós-ressecção cirúrgica. não aderente
Filme em 100% poliuretano revestido por um Indicação: Fixação de coberturas primárias; profilaxia de Troca: a cada 72
8.2.15 COBERTURA FILME
adesivo de poliacrilato hipoalergênico. pele intacta sob risco para desenvolvimento de lesões; horas. Em
TRANSPARENTE ROLO
lesões superficiais sem exsudação; e cobertura secundária proeminência
para feridas. óssea, de 5 a 7 dias.
Contra-indicação: Não utilização em queimaduras de
terceiro grau, úlceras arteriais, úlceras profundas e feridas
infectadas que requerem monitorização frequente.
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Líquido transparente, composto de água Indicação: limpeza, descontaminação e hidratação de Irrigar a ferida com
8.2.16 SOLUÇÃO PARA
purificada; glicerina; Polihexametil de feridas cutâneas agudas (traumáticas e de pós-operatório) a solução, manter
LIMPEZA DE FERIDAS À BASE
Biguanida (PHMB) 0,1%.; 0,1% e crônicas (inclusive feridas profundas); Queimaduras de 1 sobre a mesma,
DE PHMB
Cocoamidopropil betaína. e 2º graus. gazes estéreis
Contra-indicação: Não deve ser usado em cartilagem embebidas com a
hialina, em combinação com tensoativos aniônicos, no solução, por
primeiro trimestre de gravidez e se existir histórico de aproximadamente
alergias ou suspeita de alergias a qualquer um dos 15 minutos.
componentes do produto.
Gaze tecido 100% algodão, impregnada com Indicação: feridas colonizadas e/ou infectadas, de baixa a A troca deverá ser
8.2.17 COMPRESSA DE
PHMB (polihexametileno de biguanida) na alta quantidade de exsudato, agudas e crônicas; feridas feita a cada 72
GAZE 100% ALGODÃO
concentração mínima de 0.2%. ulcerativas, deiscências operatórias, feridas cavitárias e horas, ou antes,
IMPREGNADA COM PHMB
feridas sangrantes; prevenir a penetração de perante avaliação.
microorganismos no leito da lesão.
Colagenase clostridiopeptidase A e enzimas Indicação: desbridamento enzimático de feridas com Troca a cada 24
8.2.18 KOLAGENASE
proteolíticas. tecido necrosado. horas, ou antes,
Contra-indicação: Feridas infectadas, feridas com perante avaliação.
cicatrização por primeira intenção e em feridas com
granulação.
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Sulfadiazina de prata a 1% hidrofílica creme. Indicação: Feridas causadas por queimaduras ou que Troca a cada 12
8.2.19 SULFADIAZINA DE
necessitem ação antibacteriana. horas, ou antes,
PRATA
Contra-indicação: Ocorrência de hipersensibilidade ao perante avaliação.
produto.
Complexo de enzimas proteolíticas retirado Indicação: feridas abertas, infectadas e limpas, e nas Troca a cada 24
8.2.20 PAPAÍNA
do látex do mamão papaia. diversas fases do processo de cicatrização, na horas, ou antes,
concentração indicada para cada fase. Papaína 2%: para perante avaliação.
uso em tecido de granulação; Papaína 4% a 6%: para uso
em necrose de liquefação ou em feridas com exsudato
purulento; Papaína 8% a 12%: para uso em necrose de
coagulação, podendo ter a ação otimizada com
escarectomia prévia.
Contra-indicação: diante de alergia e ocorrência de
hipersensibilidade ao produto.
Atadura impregnada com pasta a base de Indicação: pacientes deambulantes com úlceras venosas e Troca em até 7 dias,
8.2.21 BOTA DE UNNA
óxido de zinco acrescido de glicerina, acácia, edema linfático. ou antes, perante
óleo de castor e petrolatum. Contra-indicação: Feridas infectadas não controladas e avaliação.
úlceras arteriais e mistas.
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9. REGISTRO DE ENFERMAGEM
Atentar para descrição das ações a serem preenchidas. Ao passar o mouse na ação, aparece
a descrição da ação. No campo Medição a frente, preencher os dados relacionados a ferida.
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AÇÃO MEDIÇÃO
LOCAL Descrever em que região do corpo se encontra a ferida. Ex: dor da mão,
região sacral, terço médio da perna esquerda, hipocôndrio direito.
CLASSIFICAÇÃO Tipo de ferida. Ex: Arterial, Venosa, Traumática, Lesão por Pressão,
Queimadura, Dispositivos Médicos.
ODOR Cheiro que exala da ferida. Ex: Ausente, Discreto, Acentuado
DOR Sensação dolorosa. Exemplo: 0 -Nenhuma (1-3) Leve (4-6) Moderada ou
(7-10) Intensa.
TECIDO Tipo de tecido no leito da ferida. Ex: necrose de coagulação, necrose de
liquefação, esfacelo, granulação, epitelização.
INFECÇÃO Presença de sinais de infecção que englobam dor, rubor e calor. Descrição:
Sim ou Não.
ESTÁGIO Quando lesão por pressão, classificar: Estágio 1 - 2 - 3 - Não classificável -
Tissular profunda - Dispositivo médico.
BORDAS Aspecto borda da lesão. Ex: Regular -Irregular -Contraída -Rósea -
Esbranquiçada -Hiperemiada -Macerada -Hiperqueratose.
TAMANHO Medidas da lesão - C = comprimento - L = largura - P = Profundidade
EXSUDATO Material fluido, composto por células que escapam de um vaso sanguíneo
e se depositam nos tecidos ou nas superfícies teciduais. EX: Seroso -
Sanguinolento -Purulento - Fibrinoso - Ausente
Informações adicionais, relacionados a conduta e mais informações que não tenha campo
para preenchimento no controle do paciente, grupo: avaliação de ferida, descrever no campo
destinado a anotações, que é livre para inclusão de mais dados relacionados ao paciente e atenção
ofertada.
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10. REFERÊNCIAS
BLANCK, Mara; GIANNINI, Tereza. Úlceras e feridas: as feridas têm alma – uma abordagem
interdisciplinar do plano de cuidados e da reconstrução estética. Rio de Janeiro: DiLivros, 2014. 867p
Cesaretti IUR, Santos VLCG. Pele periestomia: prevenção e tratamento de lesão. In: PAULA, M. A. B.;
PAULA, P. R.; CESARETTI, I. U. R.(Org). Estomaterapia em foco e o cuidado especializado. São
Caetano do Sul: Yendis, 2014.
DUTRA, Rosimar Aparecida Alves. Filme transparente poliuretano e placa de hidrocoloide: custo-
benefício na prevenção de úlcera por pressão / Rosimar Aparecida Alves Dutra. – Pouso Alegre:
UNIVÁS, 2015.
<http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/19_06_2019_14.54.48.a094a8bd10cad8fdad4c
98021e73821a.pdf>. Acesso em 20 de jan. De 2022.
FRANCO, Diogo; GONÇALVES, Luiz Fernando. Feridas cutâneas: a escolha do curativo adequado.
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 2008, v. 35, n. 3, pp. 203-206.
MEHL, Adriano Antonio; SCHNEIDER Jr, BERTOLDO; Schneider, FABIO Kurt; CARVALHO, Bruno
Henrique Kamarowski De.Mensuração da área de feridas para análise precoce do fator preditivo
cicatricial Rev. latinoam. enferm. (Online) ; 28: e3299, 2020. tab, graf.
MELO, Mariana Pequeno De et al.. O uso do polihexametileno biguanida (phmb) como agente
terapêutico na cicatrização de úlceras arteriais. Anais VI CIEH... Campina Grande: Realize Editora,
2019. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/53875>. Acesso em:
09/11/2021 15:11.
SANTOS, J.B.D.; PORTO, S.G.; SUZUKI, L.M.; SOSTIZZO, L.Z.; ANTONIAZZI, J.L.; ECHER, I.C. Avaliação
e tratamento de feridas: orientações aos profissionais de saúde. Porto Alegre, RS: Hospital de
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SOBEST – Associação Brasileira de Estomaterapia. Classificação das lesões por pressão. Consenso
NationalPressureUlcerAdvisoryPanel - 2016. Adaptada para o Brasil. Disponível em: sobest.org.br,
acesso em 15-05-2017.
THULER, S. R., De PAULA, M. A. B. (2016). Guia de boas práticas: Preparo do leito da lesão:
Desbridamento. São Paulo, Brasil: Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST) e URGO.
Disponível em https://www.curatec.com.br/guia-boas-praticas-sobest.
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Elaboração
Eloana Ferreira D´Artibale – Enfermeira Intensivista
Karida Franciely Alves Barbosa – Enfermeira
Rayanni Bruna Campos Ferro – Enfermeira
Assinado eletronicamente via processo SEI nº
Tamiris Maranho Arruda – Enfermeira 23532.003025/2022-76
Viviane Christine dos Reis Alves Almeida – Enfermeira
Pâmela Marcelina de Paulo – Técnica de enfermagem
Cristian Robeiro da Silva – Técnico de enfermagem
Revisão
Josiane de Souza Rosa
Chefe do Setor de Gestão da Qualidade
Larissa Maciel Menezes Santos – Enfermeira Assinado eletronicamente via processo SEI nº
Unidade de Almoxarifado e Controle de Estoques 23532.003025/2022-76
Validação
Assinado eletronicamente via processo SEI nº
Fabiany Lago Barbosa Hollen 23532.003025/2022-76
Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente
Setor de Gestão da Qualidade
Aprovação
Eglivani Felisberta Miranda Assinado eletronicamente via processo SEI nº
Chefe da Divisão de Enfermagem 23532.003025/2022-76
Michele Andraus
Gerente de Atenção à Saúde