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FACULDADE DE ENGENHARIA
ESTÁGIO PROFISSIONAL
Autora: Supervisor:
FACULDADE DE ENGENHARIA
ESTÁGIO PROFISSIONAL
Autora: Supervisor:
Contéudos Páginas
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 5
1.1. Formulação do problema....................................................................................6
1.2. Perguntas de investigação do trabalho...............................................................6
1.3. Objectivos do trabalho........................................................................................6
1.4. Justificativa do trabalho...................................................................................... 7
1.5. Metodologia do trabalho..................................................................................... 8
1.6. 1.7 Estrutura do trabalho....................................................................................8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................9
2.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS DO PÓ DE AÇÚCAR........................9
2.2. ARMAZÉNS A GRANEL...................................................................................10
2.2.1. Moegas e tombadores...................................................................................10
2.2.2. Elevadores e esteiras de transporte..............................................................11
2.3. GERAÇÃO DE PÓ NOS TERMINAIS DE AÇÚCAR PROVOCANDO
INCÊNDIO, CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA E O EMPEDRAMENTO.......................13
2.4. Terminais de granéis líquidos: Porto De Maputo..............................................14
2.5. Saúde e Segurança Ocupacional.....................................................................17
2.5.1. Conceito de perigo e risco.............................................................................17
2.5.2. Riscos ocupacionais......................................................................................17
2.5.3. Análises de riscos..........................................................................................19
3. METODOLOGIA......................................................................................................25
3.1. Amostra.............................................................................................................25
3.2. Técnicas de recolha de dados..........................................................................25
3.3. Entrevista..........................................................................................................25
3.4. Observação Directa..........................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS.................................................................................27
Anexo I............................................................................................................................ A
II. Índice de Figuras
Figura 1: Localização de PAC da Puma Energy Intaka, (Fonte: Google Earth, 2022)...19
Figura 2: Vista geral do PAC da Puma Energy Intaka. Fonte: Autor (2022)..................21
Figura 3: Área de abastecimento de combustíveis........................................................21
Figura 4: Área dos tanques de combustíveis.................................................................22
Figura 5: Fluxograma de processo de descarregamento do combustíveis.....................B
Figura 6: Fluxograma processo abastecimento de veículos...........................................C
Figura 7: Layout geral de Posto de Combustíveis - PUMA ENERGY.............................D
Abreviaturas
AMFE Failure Mode and Effects Analysis (Análise de Modos de Falhas e Efeitos)
AT Acidentes de Trabalho
Conquanto nos últimos anos tenham sido registradas reduções significativas nas
taxas de lesões e acidentes na STAM nos últimos anos, o número de acidentes ainda
é considerável, e muitos deles apresentam graus elevados de severidade. Nesse
contexto, a promoção da saúde e segurança dos trabalhadores tornou-se uma acção
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estratégica de extrema importância, sendo viabilizada através de uma gestão eficaz e
abrangente.
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1.3. Objectivos do trabalho
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Em segundo lugar, a escolha deste tema baseia-se na importância da Higiene e
Segurança no Trabalho (HST) como um instrumento valioso para promover a
tranquilidade no ambiente de trabalho. A preservação da força de trabalho adequada
é uma das principais metas da HST, uma vez que a proteção da saúde e segurança
dos colaboradores não se limita apenas a uma questão de cumprimento de normas,
mas representa um meio eficaz de otimização da produção. A implementação de
medidas de segurança pode reduzir os índices de acidentes de trabalho,
proporcionando benefícios significativos tanto para os trabalhadores quanto para as
empresas.
Além disso, este estudo também contribuirá para a dimensão social ao abordar o
impacto da Higiene e Segurança no Trabalho sobre a classe operária, auxiliando no
enfrentamento dos desafios diários no ambiente de trabalho e na disseminação de
conhecimentos sobre as causas e consequências de acidentes e doenças
ocupacionais. Assim, o trabalho não se limita à proteção dos trabalhadores, mas
também tem um impacto educativo e informativo na comunidade em geral,
promovendo uma cultura de segurança e bem-estar no ambiente de trabalho.
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1.6. 1.7 Estrutura do trabalho
O presente trabalho apresenta seis (6) capítulos, que estão divididos da seguinte
forma:
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS DO PÓ DE AÇÚCAR
Além do baixo teor de humidade no açúcar, outro factor a considerar para a geração
de pós e consequente risco de explosão é o diâmetro do açúcar. A possibilidade de
criação de um ambiente explosivo com presença de pós finos é alta, pois partículas
menores geram maior movimentação facilitando a suspensão na atmosfera. De Sá
(2010) afirma que substâncias sólidas se tornam explosivas na forma de pó fino e
essas substâncias incluem materiais orgânicos como grãos, açúcar, madeira, carvão,
etc.
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velocidade máxima de aumento (350 Kg/cm2), temperatura de ignição do leito (370 o
C), temperatura de ignição da nuvem (400o C) e granulometria de 850 a 150 micras.
2.2. ARMAZÉNS A GRANEL
Para o estudo são utilizados os silos horizontais e são compostos por: moegas,
tombadores, elevadores e esteiras para carregamento e descarregamento.
2.2.1. Moegas e tombadores
Na moega, o caminhão estaciona sobre uma grade preparada para a recepção, onde
este, por meio de uma abertura inferior realiza o descarregamento do açúcar pela
acção da gravidade ou por sistemas basculantes, até um compartimento ou esteira
localizado abaixo da grade. Após o descarregamento do açúcar é necessário que um
funcionário realize a raspagem do caminhão para retirar o produto que ficou
acumulado nos cantos e pontos onde a abertura não abrange (Figura 2.1). O tempo
de descarregamento desta maneira varia de 10 a 15 minutos (Silva, 2010).
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Figura 2.1: Exemplo de moega
Fonte: NPT 027 - Armazenamento em silos (Silva, 2010).
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Figura 2.3: Modelo de elevador de canecas
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Figura 2.5: Produto armazenado no interior do silo no momento da expedição.
A fonte de ignição pode ter princípios em diversas fontes, conforme alguns exemplos:
Curto circuito em equipamento ou instalação elétrica;
Desalinhamento da correia transportadora;
Excesso de velocidade da correia transportadora;
Iluminação incandescente inadequada ao ambiente;
Superaquecimento de rolamento ou rolete;
Superaquecimento de equipamentos eléctricos devido ao excesso de pó
acumulado;
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Atrito mecânico - elementos rotativos (Ex.: redutores);
Qualquer chama exposta.
Quanto ao combustível em estudo é o açúcar que irá reagir com o comburente para
realizar a queima. Portanto, a geração de pós em terminais de açúcar não é
unicamente a causa dos incêndios, mas atua como um vetor de rápida propagação
do incêndio (JÚNIOR, 2014).
Terminal de aço
Este terminal está a ser operado pela Sociedade Terminal de Açúcar de Maputo Lda.
(STAM), onde é feito o manuseamento de açúcar bruto a granel. Tem uma
capacidade de armazenamento de 175.000 toneladas, em 4 armazéns e está
equipado com 2 shiploaders de carga a granel (não operam em simultâneo), que são
alimentados por um tapete rolante munido de uma instalação digital de peso por lote.
Os acessos a este terminal são feitos pelos modos ferroviários e rodoviários.
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Terminal de açúcar ensacado
Terminal de cabotagem
Terminal de contentores
Neste terminal são manuseados líquidos a granel, mais propriamente óleo vegetal. É
operado pela empresa Maputo Liquids Storage Company, Lda. Está munido de seis
tanques de armazenamento aquecidos, somando um total de 10.000 metros cúbicos
de capacidade localizados nas proximidades do cais 16 do porto de Maputo. Dispõe
também de duas condutas para ligar ao navio tanque, quatro mangas de
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carregamento de tanques via estrada e ainda uma báscula com capacidade para 100
toneladas.
Terminal de melaço
Terminal de viaturas
Operado pela Grindrod, este terminal teve inicialmente (2007) a capacidade para
parquear 1.455 viaturas e capacidade de manuseamento anual de 52.000 unidades.
Atualmente esta capacidade aumentou para 4.158 lugares de parqueamento e a
capacidade anual de 150.000 viaturas, com um total de área de 48.143 metros
quadrados.
Terminal India
Também operado pela MPDC, manuseia minerais a granel, ferrocrómio, minério de
crómio, carvão granulado, magnetite, antracite, níquel, etc.
A Norma ISO 45001:2018 define perigo como uma fonte com potencial para causar
lesões e problemas de saúde e o termo risco é a combinação da probabilidade de
ocorrência de eventos ou exposições perigosas relacionadas aos trabalhos e da
gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelos eventos
ou exposições.
Segundo Capeleto et al., (2018), AMFE é um método que busca avaliar e minimizar
riscos por meio da análise das possíveis falhas (determinação das causas, efeitos e
riscos de cada tipo de falha), propor medidas preventivas e acções de melhoria.
Na AMFE de produto são avaliadas as falhas que podem ocorrer com o produto
dentro das especificações do projecto, o objectivo é evitar as falhas no produto
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decorrentes do projecto. Por isso, muitas vezes é denominada AMFE de projecto.
Sendo que, com base no valor obtido no NPR é possível mensurar o impacto que tal
falha poderá gerar no processo e então recomendar-se-á as acções preventivas para
evitá-las (Lopes et al., 2012).
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e) Continuidade - o processo do AMFE deve ser uma actividade diária, após a
realização de uma análise, esta deve ser revisada sempre.
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Moderada Provavelmente será detectado 5
6
Pequena Provavelmente não será detectado 7
8
Muito pequena Certamente não será detectado 9
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Causas: são os motivos pelo qual os desvios ocorrem, as causas dos desvios
podem advir de falhas do sistema, erro humano, um estado de operação do
processo não previsto (por ex.: mudança de composição de gás), distúrbios
externos (por ex.: perda de potência devido à queda de energia eléctrica), etc.;
Consequências: as consequências são os resultados decorrentes de uns
desvios da intenção de operação em um determinado nó de estudo (por ex.:
libertação de material tóxico para o ambiente de trabalho);
Parâmetros de processo: são os factores ou componentes da intenção de
operação, ou seja, são as variáveis físicas do processo (por ex.: vazão ou
fluxo, pressão, temperatura, nível, ar, viscosidade, reacção) e os
procedimentos operacionais (por ex.: operação, transferência);
Palavras-guia (Guide words): são palavras simples utilizadas para qualificar
os desvios da intenção de operação e para guiar e estimular o grupo de estudo
ao brainstorming. As palavras-guia são aplicadas aos parâmetros de processo
que permanecem dentro dos padrões estabelecidas pela intenção de
operação.
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Tabela 5: Apresenta palavras-guia e respectivos significados
Palavras-guia Significados
Não ou Nenhum Negação Completa da Intenção do Projecto (ex.: nenhum fluxo)
Mais, Maior Aumento Quantitativo (ex.: mais temperatura)
Menos Diminuição Quantitativa (ex.: menos pressão)
Também, Bem como Modificação Qualitativa/Acréscimo Qualitativo (ex.: também)
Parte de Modificação Qualitativa/Decréscimo Qualitativo (ex.: parte de fuga)
Reverso Oposição lógica a intenção do projecto (ex.: fluxo)
Outro que Substituição Completa (ex.: outro que)
3. METODOLOGIA
Os factores causais para o acontecimento de acidentes serão definidos como aqueles
que contribuíram directamente para o acontecimento do acidente inadiável. E a
classificação dos factores envolvidos na ocorrência de acidentes foram feitas segundo
critérios da MSHA, no entanto, foi importante ressaltar que, na maioria das vezes,
foram vários os factores envolvidos na ocorrência de acidentes. Para o tratamento
estatístico descritivo da informação, foi utilizado o pacote Excel da Microsoft ®. Ainda
na análise dos acidentes, seu comportamento no tempo, os tipos de acidente mais
representativos, como sua incidência, foram apresentados em forma de tabelas e
gráficos.
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3.1. Amostra
Segundo Oliveira (2011), citado por Marconi et al., (1996), a análise dos dados é uma
das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que serão apresentadas
os resultados e a conclusão da pesquisa. Os dados foram analisados através de
entrevistas e sellecções de respostas.
3.3. Entrevista
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 27) “observar foi aplicar atentamente os sentidos
físicos a um amplo objecto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso”. Ela
ajudou ao pesquisador a identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os
quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento.
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3.5. Procedimentos de recolha de dados
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4.1.2. Localização da área de estudo
O Porto da Maputo localiza-se na região sudoeste de Moçambique, a jusante do
Porto de Matola, os seus limites são (Figura 1):
• Este: Área pantanosa e residências;
• Oeste:
• Sul: Baía de Maputo;
• Norte:
Tem três vias de acesso que são:
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3.1. Apresentação dos Resultados
Erros Cometidos:
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1. Falta de Treinamento Adequado: Verificou-se que alguns trabalhadores não
receberam treinamento adequado em HST para lidar com líquidos e graus
inflamáveis. Isso pode resultar em comportamentos inseguros e aumentar o risco de
acidentes.
Melhorias Recomendadas:
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4. Reforçar o Controle de Acesso: Garantir que o controlo de acesso seja
rigorosamente aplicado, com identificação de pessoal autorizado e medidas de
segurança adequadas.
Erros Cometidos:
Melhorias Recomendadas
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REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
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posto revendedor de Combustivel. Govenador Valadares.
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Ferramenta FMEA no Processo de Abastecimento de Combustível: Uma
Metodologia na Busca da Melhoria Contínua. Semanal, p. 3.
33
SELLA, B. C. (2014). COMPARATIVO ENTRE AS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE .
Curitiba: Monografia.
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Capeleto, A. L., Cardoso, J., Dobrowolsi, J., & Dionizio, R. M. (2018). Análise dos
Modos de Falha e Efeitos (Amfe). Sao Paulo.
ICS, OCIMF, IAPH. (2006). International Safety Guide for Oil Tankers and
Terminals (ISGOTT).
Pedrosa. (2014). Análise dos Modos de Falha e Seus Efeitos (FMEA) Aplicada a um
Secador Industrial. Lisboa: Tfmgmem
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Ambientais causados pelos Postos de distribuição de combustíveis: uma
visão integrada. Florianópolis: ENEGEP.
Sella, B. C. (2014). Comparativo entre as Técnicas de Análise de Curitiba:
Monografia.
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Vieira, V. d. (2018). Critérios de avaliação de desempenho para terminais de
armazenagem de granel líquido. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.
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ANEXOS
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Anexo I
Tabela 1: Exemplo da planilha do modelo HazOp (Fonte: Autor, 2022)
Unidade:
Cód_Proc. __________________________
Nome: _____________________________ AMFE de Processo
Data: ______________________________
Folha No: _________ de_______________
AMFE de Produto
Índices
Descriçã Funçõe Tipo de Efeito Causa Control
o s Falha de falha de o Acções Responsáv Melhorias Índices
S O D R
do do potenci potenci falha recomendada el Implementada Actuais
A
processo process al al potenci Actuais s Prazo s S O D R
o al