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Energia & Ambiente

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

CURSO DE ENGENHARIA DO AMBIENTE

ESTÁGIO PROFISSIONAL

PROPOSTA PARA UM PLANO DE AVALIAÇÃO DE RISCO PARA O TERMINAL


DE AÇÚCAR DE MAPUTO

Autora: Supervisor:

Deolinda Prof. Eng. Lucrécio D. Biquiza

Maputo, Fevereiro de 2023


UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

CURSO DE ENGENHARIA DO AMBIENTE

ESTÁGIO PROFISSIONAL

PROPOSTA PARA UM PLANO DE AVALIAÇÃO DE RISCO PARA O TERMINAL


DE AÇÚCAR DE MAPUTO

Autora: Supervisor:

Deolinda Prof. Eng. Lucrécio D. Biquiza

Maputo, Fevereiro de 2023


I. Índice

Contéudos Páginas

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 5
1.1. Formulação do problema....................................................................................6
1.2. Perguntas de investigação do trabalho...............................................................6
1.3. Objectivos do trabalho........................................................................................6
1.4. Justificativa do trabalho...................................................................................... 7
1.5. Metodologia do trabalho..................................................................................... 8
1.6. 1.7 Estrutura do trabalho....................................................................................8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................9
2.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS DO PÓ DE AÇÚCAR........................9
2.2. ARMAZÉNS A GRANEL...................................................................................10
2.2.1. Moegas e tombadores...................................................................................10
2.2.2. Elevadores e esteiras de transporte..............................................................11
2.3. GERAÇÃO DE PÓ NOS TERMINAIS DE AÇÚCAR PROVOCANDO
INCÊNDIO, CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA E O EMPEDRAMENTO.......................13
2.4. Terminais de granéis líquidos: Porto De Maputo..............................................14
2.5. Saúde e Segurança Ocupacional.....................................................................17
2.5.1. Conceito de perigo e risco.............................................................................17
2.5.2. Riscos ocupacionais......................................................................................17
2.5.3. Análises de riscos..........................................................................................19
3. METODOLOGIA......................................................................................................25
3.1. Amostra.............................................................................................................25
3.2. Técnicas de recolha de dados..........................................................................25
3.3. Entrevista..........................................................................................................25
3.4. Observação Directa..........................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS.................................................................................27
Anexo I............................................................................................................................ A
II. Índice de Figuras

Figura 1: Localização de PAC da Puma Energy Intaka, (Fonte: Google Earth, 2022)...19
Figura 2: Vista geral do PAC da Puma Energy Intaka. Fonte: Autor (2022)..................21
Figura 3: Área de abastecimento de combustíveis........................................................21
Figura 4: Área dos tanques de combustíveis.................................................................22
Figura 5: Fluxograma de processo de descarregamento do combustíveis.....................B
Figura 6: Fluxograma processo abastecimento de veículos...........................................C
Figura 7: Layout geral de Posto de Combustíveis - PUMA ENERGY.............................D

III. Índice de Gráficos

Gráfico 1: Demonstração dos números absolutos de AT...............................................30


Gráfico 2: Estimativa mensal de dias que os operadores nao se apresentam
devidamente equipados.................................................................................................31

IV. Índice de Tabelas

Tabela 1: Características dos riscos ocupacionais..........................................................6


Tabela 2: Técnicas de análise e avaliação de riscos.......................................................7
Tabela 3: Apresenta palavras-guia e respectivos significados........................................9
Tabela 4: Escala de severidade (Costa, 2012, p.39).....................................................11
Tabela 5: Escala de ocorrência (Costa, 2012, p. 40).....................................................11
Tabela 6: Escala de detecção (Costa, 2012, p. 40).......................................................12
Tabela 7: Apresentam a classificação dos combustíveis e suas características...........14
Tabela 8: Apresentam perigos relacionados com líquidos combustíveis e inflamáveis.15
Tabela 9: Princípais Instrumentos que suportam o sector de combustíveis..................17
Tabela 10: Os princípais intervenientes do Sector de Combustíveis.............................18
Tabela 11: Problemas detectados no posto de combustíveis da Puma Energy usando o
método HazOp...............................................................................................................25
Tabela 12: Identificaçao dos pontos..............................................................................28
Tabela 13: Linha de acção para a implementação do sistema de gestão de saúde e
segurança no trabalho, baseado na norma ISO 45001:2018........................................35
V. Lista de Acrónimos, Siglas e Abreviaturas e medidas

Abreviaturas

AMFE Failure Mode and Effects Analysis (Análise de Modos de Falhas e Efeitos)

AT Acidentes de Trabalho

EPI’s Equipamentos de protecção individual

EPC’s Equipamentos de protecção colectiva

GRO Gestão de Riscos Ocupacionais

HazOp Hazard and operability study (Estudo de Operabilidade e Risco)

MGRO Modelo de Gestão de Riscos Ocupacionais

OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Series

OIT Organização Internacional de Trabalho

PACs Posto de Abastecimento de Combustíveis

RGHST Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho

RJATDP Regime Jurídico de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais

SDO Saúde e Doenças Ocupacionais

SSO Saúde e Segurança Ocupacional

SGSSO Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional


1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento exponencial no número de
doenças ocupacionais e acidentes de trabalho decorrentes de acções e condições
perigosas nos locais de trabalho, representando uma ameaça significativa para os
trabalhadores. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
aproximadamente 313 milhões de trabalhadores sofrem acidentes de trabalho não
fatais em todo o mundo a cada ano, além de 2,3 milhões de acidentes fatais no
ambiente de trabalho (OIT, 2015).

Apesar de a produtividade continuar a ser uma das principais preocupações das


organizações nos dias de hoje, algumas delas passaram a perceber que a
produtividade está intrinsecamente relacionada com a adequação das condições de
trabalho ao ser humano. Isso levou ao surgimento de uma visão mais abrangente e
voltada para o bem-estar dos trabalhadores, denominada Higiene e Segurança no
Trabalho (HST) (GROVES et al., 2007).

Embora tenha havido melhorias no que diz respeito à gestão de riscos, os


trabalhadores do Porto de Maputo, em especial aqueles que atuam na Sociedade
Terminais de Açúcar de Moçambique (STAM), continuam expostos a uma variedade
de riscos, incluindo, mas não se limitando a, acidentes relacionados a electrocuções,
explosões, asfixia, quedas, ruído, colisões, vibrações, asfixia, incêndios e falta de
ventilação (GROVES et al., 2007). As causas fundamentais para a ocorrência de
acidentes são geralmente atribuídas a condições inseguras e actos inseguros.
Condições inseguras frequentemente surgem quando o planejamento e a
manutenção dos equipamentos na STAM são inadequados, ou quando as condições
de trabalho não são devidamente reconhecidas com antecedência, entre outros
fatores. Atos inseguros estão, muitas vezes, relacionados a comportamentos
inadequados, alguns dos quais podem ser atribuídos à falta de informação
(BATTACHERJEE, 1991).

Conquanto nos últimos anos tenham sido registradas reduções significativas nas
taxas de lesões e acidentes na STAM nos últimos anos, o número de acidentes ainda
é considerável, e muitos deles apresentam graus elevados de severidade. Nesse
contexto, a promoção da saúde e segurança dos trabalhadores tornou-se uma acção

4
estratégica de extrema importância, sendo viabilizada através de uma gestão eficaz e
abrangente.

1.1. Formulação do problema

A ocorrência de acidentes de trabalho é influenciada por uma série de factores, e


muitas vezes, um único acidente pode ter múltiplas causas subjacentes. Segundo
Davies e Martin (2009, citados por WANDERLEY, MANSUR, et al., 2016), os ciclos de
expansão e recessão nos preços dos produtos, como o açúcar, desempenham um
papel significativo no aumento ou diminuição dos acidentes de trabalho. Quando os
preços do açúcar estão em expansão, há uma pressão para aumentar a produção, o
que pode levar à contratação de mão-de-obra não qualificada, avaliação inadequada
de projectos e uso de tecnologias ineficientes. Por outro lado, durante períodos
recessivos, quando a pressão é reduzir custos, os acidentes tendem a ocorrer devido
à sobrecarga de atividades e à escassez de mão-de-obra.

Diante desse contexto complexo, o presente trabalho busca responder à seguinte


questão de pesquisa: Como a Sociedade Terminais de Açúcar de Moçambique
(STAM) pode implementar medidas para reduzir os riscos associados ao manuseio de
produtos açucareiros, garantindo, assim, a segurança dos seus trabalhadores e a
integridade das suas instalações?

1.2. Perguntas de investigação do trabalho

Esta investigação propõe-se responder às seguintes questões de investigação:

1. Quais são as estratégias a adoptar no ambiente de trabalho para a redução do


número de acidentes e doenças provenientes da realização de actividades na
STAM?
2. Será a falta de treinamento ou uso incorrecto dos equipamentos de protecção
que influenciam nas causas de acidentes e doenças profissionais?

5
1.3. Objectivos do trabalho

O objectivo geral deste trabalho é elaboração da proposta de um plano de avaliação


de risco para o terminal de açúcar de Maputo.

Para alcançar esse objectivo são propostos os seguintes objectivos específicos:

 Descrever as etapas das operações desenvolvidas no processo de descarga


até embarque na Terminal de açúcar;
 Identificar os perigos inerentes às operações do Terminal de açúcar;
 Avaliar os riscos ocupacionais identificados;
 Propor medidas de controlo dos riscos identificados;
 Avaliar o impacto das medidas de controlo.

1.4. Justificativa do trabalho

A busca por um ambiente de trabalho seguro e saudável é uma preocupação


fundamental para a preservação da integridade física e psicológica dos trabalhadores,
bem como para a sustentabilidade das organizações. Os locais de trabalho, devido à
natureza das atividades desenvolvidas, às dinâmicas organizacionais e às exposições
a diversos fatores de risco, podem representar ameaças à saúde e segurança dos
funcionários, resultando em lesões imediatas, doenças ocupacionais ou mesmo
perdas de vidas, além de acarretar prejuízos jurídicos e financeiros para as empresas
(SIMARD, 1995). Portanto, a identificação, análise e gestão eficaz dos riscos tornam-
se imperativas.

A presente pesquisa justifica-se, em primeiro lugar, pela necessidade de investigar e


identificar os riscos específicos relacionados ao manuseio de produtos açucareiros na
Sociedade Terminais de Açúcar de Moçambique (STAM) e de elaborar estratégias de
prevenção e controle desses riscos. O planejamento de acções preventivas, a
implementação de medidas de segurança, o monitoramento constante e a análise
crítica dos processos visam não apenas garantir a saúde e segurança dos
trabalhadores, mas também minimizar os impactos econômicos e sociais associados
a acidentes de trabalho. Além disso, essas medidas têm o potencial de preservar o
patrimônio da empresa, reduzir os custos previdenciários e contribuir para a
diminuição dos custos sociais em geral.

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Em segundo lugar, a escolha deste tema baseia-se na importância da Higiene e
Segurança no Trabalho (HST) como um instrumento valioso para promover a
tranquilidade no ambiente de trabalho. A preservação da força de trabalho adequada
é uma das principais metas da HST, uma vez que a proteção da saúde e segurança
dos colaboradores não se limita apenas a uma questão de cumprimento de normas,
mas representa um meio eficaz de otimização da produção. A implementação de
medidas de segurança pode reduzir os índices de acidentes de trabalho,
proporcionando benefícios significativos tanto para os trabalhadores quanto para as
empresas.

Além disso, este estudo também contribuirá para a dimensão social ao abordar o
impacto da Higiene e Segurança no Trabalho sobre a classe operária, auxiliando no
enfrentamento dos desafios diários no ambiente de trabalho e na disseminação de
conhecimentos sobre as causas e consequências de acidentes e doenças
ocupacionais. Assim, o trabalho não se limita à proteção dos trabalhadores, mas
também tem um impacto educativo e informativo na comunidade em geral,
promovendo uma cultura de segurança e bem-estar no ambiente de trabalho.

Portanto, a pesquisa proposta visa contribuir para a melhoria das condições de


trabalho na STAM e promover a conscientização sobre a importância da Higiene e
Segurança no Trabalho, resultando em benefícios significativos para trabalhadores,
empresas e sociedade como um todo.

1.5. Metodologia do trabalho

Este trabalho foi elaborado baseado na seguinte metodologia:

a) Revisão bibliográfica sobre os assuntos relacionados com o tema “Proposta


para um plano de avaliação de risco para o terminal de açúcar de Maputo”. A
pesquisa foi realizada em páginas de internet, bibliotecas digitais, artigos
científicos, entre outros;
b) Trabalho de campo foi realizado na STAM no período compreendido entre
Fevereiro e Junho de 2023;
c) Tratamento dos dados utilizando as técnicas HazOp e AMFE;
d) Proposta de plano de avaliação de riscos ocupacionais;
e) Análise, discussão dos resultados e elaboração do relatório final.

7
1.6. 1.7 Estrutura do trabalho

O presente trabalho apresenta seis (6) capítulos, que estão divididos da seguinte
forma:

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO: Este capítulo aborda a metodologia de investigação a


ser usada, formulação do problema a ser investigado, da pergunta a investigar, as
suas hipóteses, e das perguntas investigativas de suporte a investigação.
CAPÍTULO II - REVIAO BIBLIOGRAFICA: Neste capítulo irá conter informações
sobre a bibliografia consultada relacionada com o tema em estudo, com o objectivo de
facilitar e melhorar o conhecimento para a elaboração do trabalho em causa.

CAPíTULO III –METODOLOGIA: O capítulo aborda os passos e as etapas seguidas


para alcançar os objectivos desenhados.

CAPÍTULO IV - CASO DE ESTUDO: Porto de Maputo - STAM: O capítulo aborda o


estudo de caso da STAM sobre os processos de descarga do açúcar dos camiões até
embarque no navio e os riscos que advém da própria actividade.

CAPÍTULO V - RESULTADOS E DISCUSSÕES: Será elaborada um plano de


avaliação de riscos ocupacionais que vai garantir a qualidade de vida dos envolvidos
e auxilar a reduzir os riscos ocupacionais na STAM e apontando suas vantagens e
desvantagens através dos resultados obtidos da pesquisa.

CAPíTULO VI - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES: Será feita as considerações


finais e propor as recomendações para a STAM.

8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS DO PÓ DE AÇÚCAR

Para o armazenamento prolongado de açúcar é desejável um menor teor de


humidade, a fim da mesma não auxiliar no progresso de bactérias, bolores e
fermentos (PARAZZI, 2009), ocasionado pela aglomeração dos cristais, dificultando o
seu uso, pois, o açúcar actualmente produzido está mais fino e, consequentemente,
mais seco e esta condição gera mais partículas e traz mais riscos de fogo. A
humidade e a granulometria dos açúcares são os factores essenciais para minimizar
a suspensão de material particulado e quanto menor for a partícula de açúcar e
menor o teor de humidade, maior a suspensão na atmosfera. E as usinas para
reduzir o risco de contaminação biológica, o empedramento e maior durabilidade do
açúcar, mantém os níveis de humidade superior a 0,10%, Parazzi (2009), como
ilustra a tabela 2.1.

Tabela 2.1: Parâmetros de qualidade do açúcar


Parâmetros
Classes Tipos
Humidade (% máx.)
Cristal 0,1
Refinado amorfo 0,3
Branco
Refinado granulado 0,05
Confeiteiro 0,3
Demerara 1,2
Bruto VHP 0,15
VVHP 0,15
Fonte: Parazzi (2009)

Além do baixo teor de humidade no açúcar, outro factor a considerar para a geração
de pós e consequente risco de explosão é o diâmetro do açúcar. A possibilidade de
criação de um ambiente explosivo com presença de pós finos é alta, pois partículas
menores geram maior movimentação facilitando a suspensão na atmosfera. De Sá
(2010) afirma que substâncias sólidas se tornam explosivas na forma de pó fino e
essas substâncias incluem materiais orgânicos como grãos, açúcar, madeira, carvão,
etc.

Os parâmetros do armazenamento do açúcar de acordo com Paul Caulkins (apud


VORDERBRUEGGEN, 2011) são: índice de explosividade (9,6), sensibilidade de
ignição (4) e gravidade da explosão (2,4), pressão máxima de explosão (7,6 Kg/m 2),

9
velocidade máxima de aumento (350 Kg/cm2), temperatura de ignição do leito (370 o
C), temperatura de ignição da nuvem (400o C) e granulometria de 850 a 150 micras.
2.2. ARMAZÉNS A GRANEL

De acordo com Ballou (2009) armazenar consiste em estocar produtos devido a


redução dos custos de transporte e produção, arranjo entre oferta e procura,
assistência ao processo de produção e auxílio na comercialização.

No caso de armazenamento de açúcar, se refere ao produto finalizado nas refinarias,


este açúcar pode ser destinado para supermercados, indústrias ou para outro
armazém de exportações. Um dos meios de armazenamento são os silos e podem
ser horizontais, é um grande depósito horizontal, onde prevalece a relação da base
maior que a altura e a deposição do material a granel é feita pela parte superior, ao
longo do cume da cobertura e o material é amontoado em geometria piramidal.
Enquanto os silos verticais são definidos como silos cilíndricos, construídos em
concreto ou em chapas de aço e a área ocupada é relativamente pequena porque as
dimensões de altura são muitas vezes maiores que as de seu diâmetro.

Para o estudo são utilizados os silos horizontais e são compostos por: moegas,
tombadores, elevadores e esteiras para carregamento e descarregamento.
2.2.1. Moegas e tombadores

Na moega, o caminhão estaciona sobre uma grade preparada para a recepção, onde
este, por meio de uma abertura inferior realiza o descarregamento do açúcar pela
acção da gravidade ou por sistemas basculantes, até um compartimento ou esteira
localizado abaixo da grade. Após o descarregamento do açúcar é necessário que um
funcionário realize a raspagem do caminhão para retirar o produto que ficou
acumulado nos cantos e pontos onde a abertura não abrange (Figura 2.1). O tempo
de descarregamento desta maneira varia de 10 a 15 minutos (Silva, 2010).

10
Figura 2.1: Exemplo de moega
Fonte: NPT 027 - Armazenamento em silos (Silva, 2010).

O tombador ilustrado na Figura 2.2 é um sistema mecânico para descarga de


caminhões, o caminhão é “tombado” por um sistema hidráulico no qual a descarga
ocorre em tempo bem inferior quando comparado ao descarregamento por moegas.
O processo de tombamento do caminhão e descarga do produto leva,
aproximadamente 4 minutos (Silva, 2010).

Figura 2.2: Desenho esquemático para tombador.

Fonte: Silva (2010)

2.2.2. Elevadores e esteiras de transporte


Os elevadores são responsáveis por levar o produto de um nível mais baixo até um
nível superior. São utilizados para a retirada da mercadoria da moega, que se localiza
em nível abaixo do solo, até a extremidade superior do silo onde o produto é
despejado (Silva, 2010). E o modelo de elevador mais empregado em silos é o de
canecas. As canecas são fixadas em correias, da forma como é apresentado na
Figura 2.3.

11
Figura 2.3: Modelo de elevador de canecas

Fonte: JMS equipamentos (Silva, 2010).

As correias transportadoras ilustradas na Figura 2.4 são as responsáveis por


transportar o açúcar horizontalmente na saída do elevador até o centro do silo, onde
é despejado no interior da área de armazenamento (Silva, 2010).

Figura 2.4: Modelo de esteira comumente utilizado.

Fonte: JMS Equipamentos (Silva, 2010).

No envio do produto, é aberta uma porta localizada no piso do armazém onde a


mercadoria cai, por acção da gravidade nas esteiras transportadoras localizadas ao
fundo do silo, como se observa na imagem da Figura 2.5 e são encaminhadas ao
elevador de caneca (Silva, 2010).

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Figura 2.5: Produto armazenado no interior do silo no momento da expedição.

Fonte: COAMO (Silva, 2010).

2.3. GERAÇÃO DE PÓ NOS TERMINAIS DE AÇÚCAR PROVOCANDO


INCÊNDIO, CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA E O EMPEDRAMENTO

Os maiores riscos de acúmulo de pós e geração de uma atmosfera explosiva,


contaminação biológica e o empedramento ocorrem no momento de transferências
do açúcar. Uma atmosfera explosiva acontece quando existe contacto entre um
comburente (oxigénio) e um combustível (pode ser gás, vapor, poeira ou fibras) e
uma fonte de ignição. Como por exemplo, uma faísca proveniente de um circuito
eléctrico ou o aquecimento de um equipamento (WEG, 2016).

A fonte de ignição pode ter princípios em diversas fontes, conforme alguns exemplos:
 Curto circuito em equipamento ou instalação elétrica;
 Desalinhamento da correia transportadora;
 Excesso de velocidade da correia transportadora;
 Iluminação incandescente inadequada ao ambiente;
 Superaquecimento de rolamento ou rolete;
 Superaquecimento de equipamentos eléctricos devido ao excesso de pó
acumulado;

13
 Atrito mecânico - elementos rotativos (Ex.: redutores);
 Qualquer chama exposta.

Nos armazéns de açúcar há diversas fontes elétricas, como os elevadores e esteiras,


o acúmulo de açúcar em algum local de movimentação mecânica e partes rolantes
pode ocasionar em superaquecimento por atrito.

Quanto ao comburente é um elemento ou composto químico susceptível de provocar


a oxidação ou combustão de outras substâncias. O melhor exemplo de comburente é
o oxigénio contido no ar, é responsável por 99,9% das combustões (Guerra, 2006).

No caso do açúcar, com apenas 10% de oxigénio pode-se originar um incêndio.

Quanto ao combustível em estudo é o açúcar que irá reagir com o comburente para
realizar a queima. Portanto, a geração de pós em terminais de açúcar não é
unicamente a causa dos incêndios, mas atua como um vetor de rápida propagação
do incêndio (JÚNIOR, 2014).

2.4. Terminais de granéis líquidos: Porto De Maputo

Na figura 2.6 é ilustrada a forma como estão distribuídos os cais no terminal de


Maputo, de forma genérica, segundo o tipo de embarcação ou de mercadoria.

Figura 2.6 – Terminal de carga de Maputo (fonte: MPDC)

Tabela 2.2. Cais do Terminal de Maputo


14
Cais Comprimento Profundidade Utilização
(m) (m)
Terminal 288 8 Tráfego costeiro (cabotagem)
costeiro

1 163 Pequenas embarcações, balsas e rebocadores


2 150 9,2 Navios de pesca, navios de guerra, navios de cruzeiro
3 225 10-10,5 Carga fracionada, RoRo, navios de cruzeiro
4 225 10-10,5 Carga fracionada, RoRo
5 227 10-10,5 Carga fracionada, RoRo
6 98 Pequenas embarcações
7 200 10,5 Terminal de melaço, carga fracionada,
Carga geral a granel
9 200 10,5 Terminal de açúcar a granel
10 400 10,5-11 Carga a granel
11 200 10,5-11 Carga fracionada, a granel
12 e 14 450 11,5 Terminal de contentores
15 185 10,5-11 Carga fracionada, a granel
16 172 11 Carga fracionada, a granel
Terminal de líquidos a granel

As principais cargas manuseadas pelo Porto de Maputo são: minerais a granel


(ferrocrómio, minério de crómio, minério de ferro, níquel, magnetite, vermiculite, etc.),
viaturas, contentores, açúcar a granel, carvão, óleos vegetais e combustíveis. E ainda
movimenta diversas cargas a granel, sobretudo tubos, arroz, cimento e trigo.

Terminal de aço

Neste terminal é feito o manuseamento de minerais a granel (minério de ferro, minério


de crómio concentrado, gipsita, clínquer) e é operado pela MPDC. Este Terminal é
também partilhado com o manuseamento de óleos vegetais.

Terminal de açúcar a granel

Este terminal está a ser operado pela Sociedade Terminal de Açúcar de Maputo Lda.
(STAM), onde é feito o manuseamento de açúcar bruto a granel. Tem uma
capacidade de armazenamento de 175.000 toneladas, em 4 armazéns e está
equipado com 2 shiploaders de carga a granel (não operam em simultâneo), que são
alimentados por um tapete rolante munido de uma instalação digital de peso por lote.
Os acessos a este terminal são feitos pelos modos ferroviários e rodoviários.

15
Terminal de açúcar ensacado

Este é um terminal exclusivo para armazenamento de açúcar ensacado para


exportação, sendo operado pela ED&F Man Moçambique Lda. O açúcar é untitado
em paletes para o manuseamento com empilhadora e armazenado até ao
empacotamento em contentores. As capacidades de cada saco individual variam,
podendo atingir os 1.075 kg. O armazém dispõe de uma capacidade de 24.000
toneladas.

Terminal de cabotagem

É operado pela empresa Terminal De Cabotagem De Maputo SARL, são realizadas


operações de carga e descarga de navios, de cabotagem e mercadorias em trânsito e
ainda operações de logística integrada. Dispõe de uma área aberta de 45.000 metros
quadrados e armazéns com área total de 5.000 metros quadrados.

Terminal de carga geral


Aqui é feito o manuseamento de uma variedade de produtos, desde arroz ensacado,
cimento ensacado, etc. As operações estão a cargo da MPDC.

Terminal de contentores

O terminal de contentores do porto de Maputo está entregue a DP World. Esta tem um


contrato de gestão do terminal até 2033, com opção de prorrogação por mais 10
anos. Neste momento possuem 192 lugares dedicados a contentores frigoríficos, que
representa mais do dobro do ano anterior. O terminal foi projetado para manusear
120.000 TEU/ano, número esse que, tem sido ultrapassado nos últimos anos.
O Terminal de Contentores possui ainda dois guindastes fixos para contentores e três
guindastes móveis com capacidade para 100 toneladas cada.

Terminal de líquidos a granel

Neste terminal são manuseados líquidos a granel, mais propriamente óleo vegetal. É
operado pela empresa Maputo Liquids Storage Company, Lda. Está munido de seis
tanques de armazenamento aquecidos, somando um total de 10.000 metros cúbicos
de capacidade localizados nas proximidades do cais 16 do porto de Maputo. Dispõe
também de duas condutas para ligar ao navio tanque, quatro mangas de
16
carregamento de tanques via estrada e ainda uma báscula com capacidade para 100
toneladas.

Terminal de melaço

Aqui é manuseado melaço a granel, tem um cais dedicado ao carregamento de


melaço líquido a granel através de uma conduta dedicada ligada diretamente aos
tanques de armazenamento. É operado pela Agrimol.

Terminal de viaturas

Operado pela Grindrod, este terminal teve inicialmente (2007) a capacidade para
parquear 1.455 viaturas e capacidade de manuseamento anual de 52.000 unidades.
Atualmente esta capacidade aumentou para 4.158 lugares de parqueamento e a
capacidade anual de 150.000 viaturas, com um total de área de 48.143 metros
quadrados.

Terminal India
Também operado pela MPDC, manuseia minerais a granel, ferrocrómio, minério de
crómio, carvão granulado, magnetite, antracite, níquel, etc.

2.5. Saúde e Segurança Ocupacional

A Organização Internacional de Trabalho (OIT), define a SSO como uma prática


voltada à prevenção de acidentes e doenças dos trabalhadores, objectivando a
melhoria das condições do ambiente de trabalho. A saúde do trabalhador deve
ser promovida e preservada, garantindo um grau eminente de saúde física e
mental, harmonizando o seu bem-estar aos profissionais (Veiga, 2013).

A SSO é definida como um conjunto de medidas diversificadas adequadas à


prevenção de acidentes de trabalho e utilizadas para o reconhecimento e
controlo de riscos associados ao local de trabalho e as tarefas executadas
(Martins, 2019).

2.5.1. Conceito de perigo e risco


Pode-se afirmar que perigo é uma fonte ou situação com um potencial de dano,
em termos de lesões ou ferimentos para o corpo humano ou para a saúde, para o
17
património, para o ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes e o
termo risco refere-se à combinação da probabilidade e da (s) consequência (s)
da ocorrência de um determinado acontecimento perigoso (Pereira, 2014).

A Norma ISO 45001:2018 define perigo como uma fonte com potencial para causar
lesões e problemas de saúde e o termo risco é a combinação da probabilidade de
ocorrência de eventos ou exposições perigosas relacionadas aos trabalhos e da
gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelos eventos
ou exposições.

2.5.2. Riscos ocupacionais

Os riscos ocupacionais são considerados aqueles decorrentes da organização, dos


procedimentos, das máquinas e equipamentos, dos processos, dos ambientes e das
relações de trabalho que possam comprometer à saúde e segurança dos
trabalhadores, dependendo sua concentração, intensidade e tempo de exposição.
São classificados em físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes
(Proença, 2021). A tabela 1 apresenta a classificação dos riscos ocupacionais em
grupos, agentes de riscos, algumas características e a padronização das cores
correspondentes.

Tabela 1: Classificação dos riscos ocupacionais

Grupo Riscos Agentes de riscos Características


ocupacionais
Calor, frio, ruídos,
1 humidade vibração, Formas de energia a que aos
Físicos radiação ionizantes e não- trabalhadores possam estar expostos
ionizantes, electricidade e
pressões extremas
Gases, vapores, poeiras, Substâncias, produtos ou compostos
2 fumos, fibras, neblinas que possam entrar no organismo do
Químicos (névoas), Líquidos colaborador, seja por via respiratória ou
(combustíveis e contacto físico.
inflamáveis).
Fungos, bactérias, vírus,
3 Biológicos protozoários, Ocorrem através da penetração de
parasitas,bacilos micro-organismos no corpo humano
Postura inadeguada,
4 jornada de trabalho
18
inadequada, acções Factores que interferem nas
repetitivas, esforço físico características psicofisiológicas do
Ergonômicos
intenso, jornadas de trabalhador, afectando a sua saúde
trabalhos prolongadas.
Probabilidade de explosão Trabalhador exposto a situações
5 Acidentes e incêndios, máquinas e vulneráveis que possam afectar sua
equipamentos sem integridade e bem estar físico e
protecção, Iluminação psíquico.
inadequada

Os riscos identificados e observados com maior frequência no STAM são: riscos de


fugas, derrames, incêndios ou explosões, vapores ou fumos de combustão e
atropelamento. Em seguida faz-se a descrição dos mesmos:

 Risco de fugas: podem provocar contaminação do solo e água, assim como,


causar incêndios e explosões e afectar o meio ambiente, uma das medidas de
prevenção interromper a operação, estar atento a qualquer alteração do pó ou
do próprio açúcar.
 Risco de derrame: tanto como risco de fugas também o risco de derrame
pode provocar contaminação do solo e água, assim como, causar incêndios e
explosões e afectar directamente à saúde humana e ao meio ambiente de
forma irreversível e acontece quando o açúcar entra em contacto com a chuva.
 Risco de incêndio ou explosão: podem ocorrer em função de imprevistos e
falhas nas operações provocando queimaduras, ferimentos diversos e até a
morte. Para isso, devem ser adoptadas um conjunto de medidas correctivas
para proteger à saúde humana e o meio ambiente.
 Risco de vapores e fumos de combustão: podem modificar a composição do
ambiente e sérios problemas a saúde humana.
 Risco de atropelamento e queda: podem ocorrer por meio de um veículo ou
máquinas provocando danos a danos saúde humana para além de prejuízos.

2.5.3. Análises de riscos


A fase de análise de riscos de acordo com Alberton (1996) consiste no exame e
descrição dos perigos identificados na fase anterior, com o intuito de descobrir as
causas e os possíveis efeitos caso os acidentes aconteçam. Porém, existem várias
técnicas de Análise de Risco. A escolha de qual técnica a ser utilizada depende
principalmente de qual propósito da análise, das características e complexidade da
referente instalação. (CAMISASSA, 2016)
19
Algumas das metodologias usadas para uma Análise de Riscos (CAMISASSA, 2016):

a) Análise Preliminar de Riscos (APR);


b) What-if (E SE);
c) Análise de Riscos e Operabilidade (HAZOP);
d) Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA/FMECA);
e) Análise por Árvore de Falhas (AAF);
f) Análise por Árvore de Eventos (AAE);
g) Análise Quantitativa de Riscos (AQR).
A Análise de Risco a ser utilizada nesse trabalho será Análise de Modos e Efeitos de
Falhas (FMEA/FMECA) e Análise de Riscos e Operabilidade (HAZOP);

2.5.3.1. Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE)

AMFE é um método de gestão da qualidade desenvolvida na década de 1960 pela


agência norte-americana NASA (National Aeronautics and Space Administration)
durante a missão Apollo, e esse método tem por objectivo identificar falhas potenciais
em sistemas, projectos, processos ou serviços, bem como causas e seus efeitos, e a
partir disso, definir acções para reduzir ou eliminar os riscos associado a essas falhas
(Silva et al., 2019).

Segundo Capeleto et al., (2018), AMFE é um método que busca avaliar e minimizar
riscos por meio da análise das possíveis falhas (determinação das causas, efeitos e
riscos de cada tipo de falha), propor medidas preventivas e acções de melhoria.

O método AMFE assenta no estudo das falhas dos componentes de um equipamento


ou sistema através duma análise específica. Começa com um diagrama do processo,
com inclusão de todos os componentes que podem, eventualmente pode falhar e
afectar a segurança do sistema. Exemplos típicos são os mecanismos de
transmissão, de controlo, válvulas, bombas, entre outros. O método avalia a
severidade de cada falha relativamente ao impacto causado aos operadores, sua
probabilidade de ocorrência, e sua possibilidade de deteção. Com base nestas três
informações, o método AMFE leva à anteposição de quais modos de falha provocam
os maiores riscos ao cliente e que, portanto, são dignos de maior atenção (Fesete,
2010).

Na AMFE de produto são avaliadas as falhas que podem ocorrer com o produto
dentro das especificações do projecto, o objectivo é evitar as falhas no produto

20
decorrentes do projecto. Por isso, muitas vezes é denominada AMFE de projecto.
Sendo que, com base no valor obtido no NPR é possível mensurar o impacto que tal
falha poderá gerar no processo e então recomendar-se-á as acções preventivas para
evitá-las (Lopes et al., 2012).

2.5.3.1.1. Procedimentos para aplicação do AMFE

De acordo com Capeleto et al., (2018), a base para a análise de modos de


falhas e efeitos consiste em preencher um formulário e seguir as etapas de aplicação:

a) Planeamento - consiste na definição do objecto da avaliação, onde inclui:


 Identificar qual (is) produto (s) ou processo (s) será (ão) analisado (s);
 Definir os integrantes da equipa de áreas diferentes;
 Programar as reuniões (antecipadamente) e marcar as datas;
 Preparar a documentação.
b) Análise de falhas em potencial – as pessoas envolvidas na equipa de trabalho
preparado anteriormente deverão preencher o formulário que consiste em
avaliar as falhas potenciais, os efeitos, os tipos de falhas e controlo actuais;
c) Avaliação de riscos – na realização da avaliação dos riscos, a equipa deve
determinar os índices de severidade (S), probabilidade da ocorrência (P), e
níveis de detecção (D), para cada causa de falha de acordo com os critérios
pré-definidos. O valor Número de Prioridade de Risco (NPR) é calculado
através da multiplicação dos índices de severidade do efeito, à probabilidade
da ocorrência e níveis de detecção que serão indicados baseados nas tabelas
que se seguem. NPR = (S) x (O) x (D)
Objectivo do NPR é priorizar a eliminação dos modos de falha. Este número
pode variar entre 1 e 1000. Analisando cada uma das tabelas dos índices,
verifica-se que atribuindo o valor máximo de cada índice obtêm-se um NPR de
1000 que é completamente indesejável. Isto porque o valor máximo de índice
de severidade, ocorrência e detecção correspondem respectivamente a “efeito
perigoso sem aviso prévio”, “…falha quase inevitável” e “quase impossível”
(Pedrosa, 2014).
d) Melhoria - a partir do conhecimento dos riscos, através do conhecimento
empírico, criatividade ou outros métodos, como brainstorming, devem registar
no formulário todas acções que podem ser realizadas para diminuir os riscos;

21
e) Continuidade - o processo do AMFE deve ser uma actividade diária, após a
realização de uma análise, esta deve ser revisada sempre.

Tabela 2: Escala de severidade (Costa, 2012)


Severidade Caracterização Índice
Efeito não percebido pelos Evento que causa danos insignificantes com alteração 1-2
utilizadores facilmente reparável das condições iniciais existentes
Efeito insignificante Evento que causa danos menores eki reversíveis, no 3-4
sistema
Efeito moderado Evento que causa danos significativos no sistema, mas 5-6
reversíveis
Efeito significativo e alerta Evento que causa danos impeditivos de funcionamento 7-8
para a saúde temporário do sistema
Efeito perigoso, ameaça a vida Evento que causa danos impeditivos de funcionamento do 9 - 10
ou pode provocar sistema
incapacidade permanente ou
outro custo significativo da
falha

Tabela 3: Escala de ocorrência (Costa, 2012)


Ocorrência Caracterização Nível
Extremamente remoto, Ocorre 1 vez em períodos superiores a 1 ano 1
Improvável 2
Pequena probabilidade Ocorre1 por vez ano 3
de ocorrência 4
Ocorrência moderada Ocorre 1 vez por mês 5
6
Ocorrência frequente Ocorre 1 vez por semana 7
8
Ocorrência elevada Ocorre 1 vez por dia 9
10

Tabela 4: Escala de detecção (Costa, 2012)


Detecção Caracterização Nível
Muito grande Certamente será detectado 1
2
Grande Grande probabilidade de ser detectado 3
4

22
Moderada Provavelmente será detectado 5
6
Pequena Provavelmente não será detectado 7
8
Muito pequena Certamente não será detectado 9
10

2.5.3.2. Estudo de Operabilidade e Risco (HazOp)

A HazOp é a sigla para Hazard and Operability study é um exame estruturado e


sistemático de um produto, processo, procedimento ou sistema planeado ou
existente. Tem como objectivo de identificar riscos sobre pessoas, equipamentos,
ambiente e indústrias químicas ou petroquímica. E a HazOp foi utilizada pela primeira
vez na década de 1960 pela indústria Britânica Imperial Chemical Industries, Ltd e a
empresa buscava desenvolver um método para analisar perigos no processo a partir
das condições básicas de operação, efectuando modificações nos parâmetros e
observando as consequências dessas mudanças (SELLA, 2014).

O HazOp é um método de análise qualitativa concebido para identificar as causas e


possíveis consequências dos acidentes nas diferentes áreas da instalação, perdas na
produção em razão de descontinuidade da operação ocasionadas por desvios nos
padrões estabelecidos em projecto para as variáveis de um processo (Sauer, 2000).

2.5.3.2.1. Procedimento para aplicação do HazOp

Para que o processo opere de forma eficaz, é necessário o conhecimento de alguns


termos específicos que são utilizados no desenvolvimento de uma análise de riscos e
perigos para qualquer sistema:

 Nós de estudo (Study Nodes): são os pontos do processo, localizados


através dos fluxogramas da planta, que serão analisados nos casos em que
ocorram desvios;
 Intenção: como se espera que a planta opere, na ausência de desvios nos nós
de estudos;
 Desvios: os desvios são afastamento das intenções de operação que são
evidenciados pela aplicação sistemática da palavras-guia aos nós de estudo
(por ex.: mais pressão) ou seja, são distúrbios provocados no equilíbrio do
sistema;

23
 Causas: são os motivos pelo qual os desvios ocorrem, as causas dos desvios
podem advir de falhas do sistema, erro humano, um estado de operação do
processo não previsto (por ex.: mudança de composição de gás), distúrbios
externos (por ex.: perda de potência devido à queda de energia eléctrica), etc.;
 Consequências: as consequências são os resultados decorrentes de uns
desvios da intenção de operação em um determinado nó de estudo (por ex.:
libertação de material tóxico para o ambiente de trabalho);
 Parâmetros de processo: são os factores ou componentes da intenção de
operação, ou seja, são as variáveis físicas do processo (por ex.: vazão ou
fluxo, pressão, temperatura, nível, ar, viscosidade, reacção) e os
procedimentos operacionais (por ex.: operação, transferência);
 Palavras-guia (Guide words): são palavras simples utilizadas para qualificar
os desvios da intenção de operação e para guiar e estimular o grupo de estudo
ao brainstorming. As palavras-guia são aplicadas aos parâmetros de processo
que permanecem dentro dos padrões estabelecidas pela intenção de
operação.

O método HAZOP é uma técnica qualitativa de identificação de riscos e problemas


operacionais, assente na utilização de palavras de referência, a partir das quais são
analisados os desvios ao processo operacional e aos parâmetros pré-definidos.
Estima consequências das falhas, identificando as causas e consequências, a partir
das quais é possível recomendar as medidas de prevenção (Fesete, 2010).

Segundo a norma IEC/ISO 31010:2009, o método HAZOP é uma técnica qualitativa


baseada no uso de palavras-guia que questionam como a intenção do projecto ou as
condições operacionais podem não ser alcançadas em cada etapa do projecto,
procedimento processo ou sistema. A tabela 5, apresenta exemplos palavras-guia e
respectivos significados. Geralmente HazOp é realizado por uma equipa
multidisciplinar que sempre devem encontrar soluções para tratamento de risco
durante reuniões de trabalho em grupo. Também citado pela mesma norma, HazOp é
semelhante ao AMFE, pois identifica os modos de falha, causas e suas
consequências de um procedimento, processo ou sistema. A diferença é que a equipa
considera resultados indesejados, e desvios de processo, e condições pretendidos. E
trabalha de volta para possíveis causas e modos de falha, enquanto o AMFE começa
identificando os modos de falhas.

24
Tabela 5: Apresenta palavras-guia e respectivos significados
Palavras-guia Significados
Não ou Nenhum Negação Completa da Intenção do Projecto (ex.: nenhum fluxo)
Mais, Maior Aumento Quantitativo (ex.: mais temperatura)
Menos Diminuição Quantitativa (ex.: menos pressão)
Também, Bem como Modificação Qualitativa/Acréscimo Qualitativo (ex.: também)
Parte de Modificação Qualitativa/Decréscimo Qualitativo (ex.: parte de fuga)
Reverso Oposição lógica a intenção do projecto (ex.: fluxo)
Outro que Substituição Completa (ex.: outro que)

3. METODOLOGIA
Os factores causais para o acontecimento de acidentes serão definidos como aqueles
que contribuíram directamente para o acontecimento do acidente inadiável. E a
classificação dos factores envolvidos na ocorrência de acidentes foram feitas segundo
critérios da MSHA, no entanto, foi importante ressaltar que, na maioria das vezes,
foram vários os factores envolvidos na ocorrência de acidentes. Para o tratamento
estatístico descritivo da informação, foi utilizado o pacote Excel da Microsoft ®. Ainda
na análise dos acidentes, seu comportamento no tempo, os tipos de acidente mais
representativos, como sua incidência, foram apresentados em forma de tabelas e
gráficos.

25
3.1. Amostra

Para a selecção da população à pesquisa, o critério de selecção baseou-se na


inclusão de (20) pessoas do sexo masculino (15) e feminino (5) tendo em conta o
tempo que exerce as actividades para uma melhor qualidade das informações.

3.2. Técnicas de recolha de dados

As técnicas de recolhas de dados usados no presente estudo foram a pesquisa


bibliográfica, entrevista e a observação sistemática dos trabalhadores locais durante a
execução das suas funções, a verificação das instalações na estação de serviços, e
buscando a documentação existentes no estabelecimento relacionados com a HST.
Também no âmbito das visitas do campo foi necessário o uso de alguns EPI’s tais
como: uniforme, botas de segurança, capacete, colete reflector, óculos, máscara e
luvas de protecção. Bem como, o uso do material didáctico tais como: a máquina
fotográfica, a prancheta A4 e bloco de notas.

Segundo Oliveira (2011), citado por Marconi et al., (1996), a análise dos dados é uma
das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que serão apresentadas
os resultados e a conclusão da pesquisa. Os dados foram analisados através de
entrevistas e sellecções de respostas.

3.3. Entrevista

A entrevista seguiu dois modelos mais comuns: estruturada, semi-estruturada


(Bogdan e Biklen, 1994:134). Conforme dito foram entrevistados (20) trabalhadores
da empresa STAM dentre os que foram entrevistados, são aqueles directamente
afectados por casos de acidentes e doenças profissionais, como forma de procurar
saber junto deles o que pode ter ocasionado acidentes e doenças profissionais na
empresa, para obter mais dados acerca, e também por terem mais a dizer sobre os
danos, consequências, e possíveis acções ou práticas.

3.4. Observação Directa

Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 27) “observar foi aplicar atentamente os sentidos
físicos a um amplo objecto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso”. Ela
ajudou ao pesquisador a identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os
quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento.

26
3.5. Procedimentos de recolha de dados

O método escolhido para a avaliação de HST foi o HAZOP (critérios da MSHA).


Este é o método ideal porque apresenta um alto nível detalhe e é uma técnica
estruturada e sistemática, tornando-se mais efectivo na identificação de perigos e
também permite prever possíveis cenários de HST dentro de uma instalação.

O principal objectivo de um Estudo de Perigos e Operabilidade é investigar de


forma minuciosa e metódica cada segmento de um processo (focalizando os
pontos específicos do projecto – nós - um de cada vez), visando descobrir todos
os possíveis desvios das condições normais de operação, uma vez verificadas as
causas e as consequências, esta metodologia procura propor medidas para
eliminar ou controlar a HST ou para sanar o problema de operabilidade da
instalação (Aguiar, 2003).

4. ESTUDO DE CASO E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1. Estudo de caso

4.1.1. História da Empresa

27
4.1.2. Localização da área de estudo
O Porto da Maputo localiza-se na região sudoeste de Moçambique, a jusante do
Porto de Matola, os seus limites são (Figura 1):
• Este: Área pantanosa e residências;
• Oeste:
• Sul: Baía de Maputo;
• Norte:
Tem três vias de acesso que são:

28
3.1. Apresentação dos Resultados

4.2.1 Verificação das Normas e Procedimentos de HST no Armazenamento de


Açúcar no Porto de Maputo - STAM
Durante a verificação das normas e procedimentos de HST utilizados no
armazenamento de Açúcar no Porto de Maputo - STAM, foram identificados alguns
erros e áreas de melhoria:

Erros Cometidos:

29
1. Falta de Treinamento Adequado: Verificou-se que alguns trabalhadores não
receberam treinamento adequado em HST para lidar com líquidos e graus
inflamáveis. Isso pode resultar em comportamentos inseguros e aumentar o risco de
acidentes.

2. Insuficiente Sinalização: A sinalização e rotulagem das áreas de armazenamento


de líquidos e graus inflamáveis não eram suficientemente visíveis e claras. Isso pode
levar a uma falta de conscientização dos riscos.

3. Ventilação Inadequada: Em algumas áreas de armazenamento, a ventilação


adequada para reduzir o acúmulo de vapores inflamáveis era insuficiente. Isso
representa um risco significativo de incêndio ou explosão.

4. Controlo de Acesso Deficiente: O controlo de acesso para áreas de


armazenamento não estava sendo rigorosamente aplicado, permitindo potencialmente
a entrada não autorizada.

5.Acesso Inadequado de Passagem de automóveis no Porto: Sendo uma área em


que armazenam líquidos e graus inflamáveis, oferece bastante risco para vida
humana e o acesso de passagem de automóveis oferece bastante risco porque existe
muito engarrafamento de automóveis na via.

Melhorias Recomendadas:

1. Treinamento Contínuo: Implementar um programa contínuo de treinamento em


HST para todos os funcionários envolvidos no armazenamento de líquidos e graus
inflamáveis. Isso deve incluir treinamento de conscientização sobre os riscos e
práticas seguras.

2. Melhor Sinalização: Aprimorar a sinalização e rotulagem das áreas de


armazenamento com placas de perigo bem visíveis e informações claras sobre os
riscos.

3. Ventilação Apropriada: Avaliar e melhorar os sistemas de ventilação nas áreas de


armazenamento para garantir a eficácia na redução de vapores inflamáveis.

30
4. Reforçar o Controle de Acesso: Garantir que o controlo de acesso seja
rigorosamente aplicado, com identificação de pessoal autorizado e medidas de
segurança adequadas.

5. Melhor a via de automóveis: É imperioso que melhorar a via de acesso dos


automóveis, para em caso de incêndio ou explosão, poder se salvar a vida humana.

4.2.2 Investigação das Práticas Actuais de Armazenamento de Açúcar no Porto


de Maputo - STAM
Durante a investigação das práticas actuais de armazenamento de Açúcar no Porto
de Maputo - STAM, foram identificados erros:

Erros Cometidos:

1. Armazenamento Inadequado: Em alguns casos, os graus inflamáveis estavam


armazenados de forma inadequada, não cumprindo os regulamentos de
armazenamento seguro. Isso incluiu o uso de recipientes inadequados e condições de
armazenamento não compatíveis com a natureza inflamável dos graus e líquidos.

2. Gestão de Resíduos Deficiente: A disposição inadequada de resíduos químicos


representou um problema, com potencial contaminação ambiental.

Melhorias Recomendadas

1. Armazenamento Conforme as Normas: Garantir que todos os líquidos inflamáveis


sejam armazenados de acordo com as regulamentações de segurança, utilizando
recipientes e condições de armazenamento apropriados.

2. Gestão Adequada de Resíduos: Implementar procedimentos adequados para a


gestão e disposição de resíduos químicos, de forma a prevenir a contaminação
ambiental.

A melhoria desses aspectos nas normas, procedimentos e práticas actuais de


armazenamento de graus inflamáveis no Porto de Maputo é fundamental para garantir
a segurança dos trabalhadores, a proteção ambiental e a prevenção de acidentes
graves.

31
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36
ANEXOS

37
Anexo I
Tabela 1: Exemplo da planilha do modelo HazOp (Fonte: Autor, 2022)

HAZOP - ESTUDO DE OPERABILIDADE E RISCO

Unidade:

Sistema: Equipa: Data:

Parâmetro: Nó: Página:

Palavra- Guia Desvios Causas Detecção Consequências Medidas preventivas

Tabela 2: Exemplo da planilha do modelo AMFE (Fonte: Autor, 2022)

ANÁLISE DO MODO DE FALHAS E EFEITOS

Cód_Proc. __________________________
Nome: _____________________________ AMFE de Processo
Data: ______________________________
Folha No: _________ de_______________
AMFE de Produto
Índices
Descriçã Funçõe Tipo de Efeito Causa Control
o s Falha de falha de o Acções Responsáv Melhorias Índices
S O D R
do do potenci potenci falha recomendada el Implementada Actuais

A
processo process al al potenci Actuais s Prazo s S O D R
o al

S = Severidade; O = Ocorrência; D = Detecção; R = Risco

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