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1. OBJETIVO
Padronizar o manuseio adequado do eletrocautério durante os procedimentos
cirúrgicos, a fim de promover a segurança do paciente e da equipe cirúrgica.
2. RESPONSÁVEL
Enfermeiro, instrumentadores, técnicos de enfermagem e auxiliares de
enfermagem.
3. MATERIAIS NECESSÁRIOS
• Gerador do eletrocautério (bisturi elétrico);
• Pedais monopolar e bipolar;
• Placa (eletrodo dispersivo ou de retorno);
• Caneta do eletrocautério (eletrodo ativo);
• Cabo da placa do eletrocautério.
4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.1. Observar se o paciente está portando adornos, a fim de, solicitar a retirada;
4.2. Acomodar o paciente em mesa cirúrgica;
4.3. Conectar eletrodo dispersivo ao cabo da placa do eletrocautério;
4.4. Ligar o gerador do eletrocautério e ajustar valores de corte e coagulação de acordo
com a solicitação do cirurgião;
4.5. Após posicionar o paciente para o procedimento cirúrgico, avaliar as condições e
integridade da sua pele, para descartar lesão por queimadura, nos casos de lesão
preexistente;
4.6. Instalar placa em área limpa, seca e íntegra que possua maior massa muscular e o
mais próximo possível do sítio cirúrgico;
4.7. Realizar tricotomia, se necessário;
4.8. Verificar no visor do bisturi, aderência da placa ao paciente;
4.9. Evitar contato de superfície metálica com a pele do paciente;
4.10. Manter cabo da caneta do eletrocautério livre de nós e torções;
4.11. Apenas o usuário do eletrocautério deverá ativá-lo, por meio do controle manual ou
do pedal;
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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR
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4.12. Realizar a anotação do local exato onde foi instalado a placa, no impresso do
componente cirúrgico;
4.13. Após o término da cirurgia, retirar placa, avaliar as condições da pele do paciente e
comunicar ao enfermeiro se houver presença de lesão;
4.14. Descartar a placa adesiva do eletrocautério.
5. RECOMENDAÇÕES
5.1. A placa não deve ser instalada sobre proeminências ósseas, tecido com presença de
lesões e/ou pelos, áreas de sustentação de peso, pontos potenciais de pressão da pele ou
áreas submetidas a torniquetes;
5.2. Em situações em que a placa é fixada muito longe do local da incisão, há uma maior
perda de quantidade de energia devido à resistência do corpo, exigindo uma maior potência
e consequentemente acarretando maiores riscos de lesões ao paciente;
5.3. Não utilizar o eletrocautério na presença de substâncias inflamáveis, como
clorexidina alcoólica, certificando-se que a pele esteja seca após o uso desse tipo de
substâncias;
5.4. Não posicionar a placa sobre áreas com próteses metálicas ou tatuagem pois a tinta
pode conter substâncias metálicas;
5.5. Distanciar o máximo possível a caneta do eletrocautério de fontes de oxigênio;
5.6. Não é recomendada a aplicação de esparadrapo para auxiliar na fixação da placa, pois
pode aumentar a pressão sobre a pele e elevar a concentração de corrente elétrica no local,
ocasionando riscos e possíveis danos;
5.7. Os eletrodos para monitoração do paciente devem estar o mais distante possível do
sítio cirúrgico;
5.8. O uso da placa não é necessário durante uso do gerador ultrassônico e bipolar;
5.9. Em pacientes portadores de marcapasso utilizar um eletrocautério bipolar ou
ultrassônico. Caso seja unipolar, a placa do bisturi deverá estar longe do marcapasso (> 12
cm), próximo do sítio cirúrgico e não utilizar em distância inferior a 5 cm. Atentar para que
o paciente seja monitorizado durante todo o procedimento cirúrgico. Se necessário, deixar
disponível as pás do marcapasso transtorácico.
7. REFERÊNCIAS
AFONSO, C.T. et al. Risco do uso do eletrocautério em pacientes portadores de adornos
metálicos. Arquivo Brasileiro de Cirurgia Digestiva, São Paulo, v. 23, n. 3, p. 183-186, sept. 2010.
BARROS, G.G.C; NUNES, R.R. Considerações anestésicas em pacientes portadores de dispositivos
cardíacos elétricos implantáveis. Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará Fortaleza, f. 41, 2017.
Sant'Anna J R M. Paciente portador de marcapasso em cirurgia geral. Journal of Cardiac
Arrhythmias, v. 11, n. 1, p. 19-25, Oct. 1998.
SOBECC. Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro
de Material e Esterilização. Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de
produtos para saúde. 7ed. São Paulo: Manole, 2017.
8. APÊNDICE
NA - Não Aplicável.
9. ANEXOS
NA - Não Aplicável.
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10. FLUXOGRAMA
O Fluxograma abaixo demonstra as etapas para o manuseio do eletrocautério,
conforme representação gráfica na figura 1.
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RESPONSÁVEL
VERSÃO DATA PELA DESCRIÇÃO DA ATUALIZAÇÃO
ELABORAÇÃO
Danielle Coutinho
de Souza Lins
Machado;
(Elaboração)
Danielly Acioli
G.de Souza;
(Elaboração)
Roberto Flávio
Melo dos Santos
(Elaboração)
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Elaboração:
Danielle Coutinho de Souza Lins Machado;
Enfermeira Assistencial
Érika C. G. de Oliveira;
Enfermeira Assistencial
Análise:
Newton B. Melo Neto
Data: _____/_____/__________
Comissão de Planejamento, elaboração, avaliação e implementação dos POP’s de
Enfermagem
Validação:
Joyce Letice Barros Gomes Data: _____/_____/__________
Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde/SCIRAS
Aprovação:
José César de Oliveira Cerqueira Data: _____/_____/__________
Chefe da Divisão de Enfermagem