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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR


ALBERTO ANTUNES - HUPAA
Tipo do
PROCEDIMENTO/ROTINA POP.DIVENF.076 - Página 1/6
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Título do Emissão: 09/02/2022 Próxima revisão:
MANUSEIO DO ELETROCAUTÉRIO
Documento Versão: 2 09/02/2024

1. OBJETIVO
Padronizar o manuseio adequado do eletrocautério durante os procedimentos
cirúrgicos, a fim de promover a segurança do paciente e da equipe cirúrgica.

2. RESPONSÁVEL
Enfermeiro, instrumentadores, técnicos de enfermagem e auxiliares de
enfermagem.

3. MATERIAIS NECESSÁRIOS
• Gerador do eletrocautério (bisturi elétrico);
• Pedais monopolar e bipolar;
• Placa (eletrodo dispersivo ou de retorno);
• Caneta do eletrocautério (eletrodo ativo);
• Cabo da placa do eletrocautério.

4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
4.1. Observar se o paciente está portando adornos, a fim de, solicitar a retirada;
4.2. Acomodar o paciente em mesa cirúrgica;
4.3. Conectar eletrodo dispersivo ao cabo da placa do eletrocautério;
4.4. Ligar o gerador do eletrocautério e ajustar valores de corte e coagulação de acordo
com a solicitação do cirurgião;
4.5. Após posicionar o paciente para o procedimento cirúrgico, avaliar as condições e
integridade da sua pele, para descartar lesão por queimadura, nos casos de lesão
preexistente;
4.6. Instalar placa em área limpa, seca e íntegra que possua maior massa muscular e o
mais próximo possível do sítio cirúrgico;
4.7. Realizar tricotomia, se necessário;
4.8. Verificar no visor do bisturi, aderência da placa ao paciente;
4.9. Evitar contato de superfície metálica com a pele do paciente;
4.10. Manter cabo da caneta do eletrocautério livre de nós e torções;
4.11. Apenas o usuário do eletrocautério deverá ativá-lo, por meio do controle manual ou
do pedal;
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4.12. Realizar a anotação do local exato onde foi instalado a placa, no impresso do
componente cirúrgico;
4.13. Após o término da cirurgia, retirar placa, avaliar as condições da pele do paciente e
comunicar ao enfermeiro se houver presença de lesão;
4.14. Descartar a placa adesiva do eletrocautério.

5. RECOMENDAÇÕES
5.1. A placa não deve ser instalada sobre proeminências ósseas, tecido com presença de
lesões e/ou pelos, áreas de sustentação de peso, pontos potenciais de pressão da pele ou
áreas submetidas a torniquetes;
5.2. Em situações em que a placa é fixada muito longe do local da incisão, há uma maior
perda de quantidade de energia devido à resistência do corpo, exigindo uma maior potência
e consequentemente acarretando maiores riscos de lesões ao paciente;
5.3. Não utilizar o eletrocautério na presença de substâncias inflamáveis, como
clorexidina alcoólica, certificando-se que a pele esteja seca após o uso desse tipo de
substâncias;
5.4. Não posicionar a placa sobre áreas com próteses metálicas ou tatuagem pois a tinta
pode conter substâncias metálicas;
5.5. Distanciar o máximo possível a caneta do eletrocautério de fontes de oxigênio;
5.6. Não é recomendada a aplicação de esparadrapo para auxiliar na fixação da placa, pois
pode aumentar a pressão sobre a pele e elevar a concentração de corrente elétrica no local,
ocasionando riscos e possíveis danos;
5.7. Os eletrodos para monitoração do paciente devem estar o mais distante possível do
sítio cirúrgico;
5.8. O uso da placa não é necessário durante uso do gerador ultrassônico e bipolar;
5.9. Em pacientes portadores de marcapasso utilizar um eletrocautério bipolar ou
ultrassônico. Caso seja unipolar, a placa do bisturi deverá estar longe do marcapasso (> 12
cm), próximo do sítio cirúrgico e não utilizar em distância inferior a 5 cm. Atentar para que
o paciente seja monitorizado durante todo o procedimento cirúrgico. Se necessário, deixar
disponível as pás do marcapasso transtorácico.

6. AÇÕES EM CASO DE NÃO CONFORMIDADE


6.1. Em caso do não funcionamento do eletrocautério, verificar se o cabo da tomada
está totalmente conectado a fonte de energia ou se o cabo está totalmente conectado ao
gerador. Caso não funcione, realizar troca da caneta do eletrocautério. Mantendo o mau
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funcionamento, o mesmo deve ser identificado, retirado da sala operatória e enviado a


manutenção. Para continuação do procedimento cirúrgico deve-se substituir por outro;
6.2. Em caso de presença de material biológico no eletrocautério, solicitar limpeza pela
equipe de serviço geral;
6.3. Em caso de defeito na caneta do eletrocautério, retirar imediatamente do campo
cirúrgico e entregar ao enfermeiro do posto de enfermagem;
6.4. Em caso de queimadura, notificar imediatamente ao enfermeiro responsável pela
sala operatória, a fim de que o mesmo preste assistência necessária;
6.5. Em caso de necessidade de reposicionamento da placa ou não adesão da mesma à
pele do paciente, uma nova placa deverá ser empregada;

7. REFERÊNCIAS
AFONSO, C.T. et al. Risco do uso do eletrocautério em pacientes portadores de adornos
metálicos. Arquivo Brasileiro de Cirurgia Digestiva, São Paulo, v. 23, n. 3, p. 183-186, sept. 2010.
BARROS, G.G.C; NUNES, R.R. Considerações anestésicas em pacientes portadores de dispositivos
cardíacos elétricos implantáveis. Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará Fortaleza, f. 41, 2017.
Sant'Anna J R M. Paciente portador de marcapasso em cirurgia geral. Journal of Cardiac
Arrhythmias, v. 11, n. 1, p. 19-25, Oct. 1998.
SOBECC. Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro
de Material e Esterilização. Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de
produtos para saúde. 7ed. São Paulo: Manole, 2017.

8. APÊNDICE
NA - Não Aplicável.

9. ANEXOS
NA - Não Aplicável.
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10. FLUXOGRAMA
O Fluxograma abaixo demonstra as etapas para o manuseio do eletrocautério,
conforme representação gráfica na figura 1.

Figura 1 – Fluxograma de manuseio do eletrocautério.

Fonte: Setor Centro Cirúrgico/SRPA - Hupaa-Ufal/Ebserh, 2022.


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11. HISTÓRICO DE REVISÃO

RESPONSÁVEL
VERSÃO DATA PELA DESCRIÇÃO DA ATUALIZAÇÃO
ELABORAÇÃO

Danielle Coutinho
de Souza Lins
Machado;
(Elaboração)

Danielly Acioli
G.de Souza;
(Elaboração)

Érika C. G. de Institui o Procedimento Operacional Padrão


1 15/04/2020 Oliveira; Manuseio do eletrocautério
(Elaboração)

Roberto Flávio
Melo dos Santos
(Elaboração)

Thalita Sales Viana


Nascimento
(Elaboração)

Roberto Flávio Revisão textual e adequação para novo modelo


2 07/02/2022
Melo dos Santos do POP
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Elaboração:
Danielle Coutinho de Souza Lins Machado;
Enfermeira Assistencial

Danielly Acioli G.de Souza;


Enfermeira Assistencial Data: 07/02/2022

Érika C. G. de Oliveira;
Enfermeira Assistencial

Roberto Flávio Melo dos Santos


Enfermeiro Assistencial

Thalita Sales Viana Nascimento;


Enfermeira Assistencial

Análise:
Newton B. Melo Neto
Data: _____/_____/__________
Comissão de Planejamento, elaboração, avaliação e implementação dos POP’s de
Enfermagem

Validação:
Joyce Letice Barros Gomes Data: _____/_____/__________
Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde/SCIRAS

Tereza Carolina Santos Cavalcante Data: _____/_____/__________


Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde/SCIRAS

Celina de Azevedo Dias Data: _____/_____/__________


Chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente

Aprovação:
José César de Oliveira Cerqueira Data: _____/_____/__________
Chefe da Divisão de Enfermagem

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