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Adriele Taiane dos Santos Souza¹

João Leandro²

Março/2019

¹Discente do curso de medicina-UFRB 1


²Residente de cirurgia geral do HRSAJ
1.DRENOS 2. SONDAS
1.1. INDICAÇÃO E FINALIDADE 2.1. OBJETIVOS

1.2. TIPOS DE ESTRUTURA 2.2. CLASSIFICAÇÃO DAS SONDAS


2.2.1. Quanto a finalidade
1.3. SISTEMAS DE DRENAGEM 2.2.2. Quanto a técnica

1.4. CALIBRE 2.3. TIPOS DE SONDAS

1.5. TIPOS DE DRENOS 2.4. INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES

1.6. TIPOS DE SECREÇÕES 2.5. COMPLICAÇÕES

1.7. PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES 2.6. TROCA DAS SONDAS

1.8. CUIDADOS COM DRENOS 2.7. TESTE DE LOCALIZAÇÃO

1.9. QUANDO RETIRAR O DRENO 2.8. CUIDADOS COM SONDAS

3. CASO CLÍNICO
4. REFERÊNCIA
2
A origem da palavra drenar vem do inglês drain – esgoto, escoar.

• Colocados no interior de uma ferida


ou cavidade;
• Permiti a saída de fluídos ou ar;
• Evita o acúmulo de líquido;
• Remover coleções diversas
• Orientar trajetos fistulosos.

(BELL, R.M. & BELL, P.M., 1995) 3


1.1. INDICAÇÃO E FINALIDADE

INDICAÇÃO FINALIDADE
 Fluxo do produção de  Retirar uma quantidade de
fluído for superior à líquido dentro de uma
absorção espontânea. cavidade natural ou criada;
 Evitar/prevenir possíveis
complicações relacionadas
às cirurgias.

(POHL & PETROIANU, 2000.)


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1.2. TIPOS DE ESTRUTURA

LAMINARES TUBULARES
 Achatados, maleáveis,  Tubo, feitos de polietileno,
feitos de borracha silicone ou latéx.
sintética ou de plástico  Condução depende do
siliconizado. número e tamanho dos
 Condução direta. orifícios laterais
 Capilaridade.  Drenagem através do lúmem.
 Penrose  Capilaridade, gravidade ou
sucção.
 + usados= torácicos.

(POHL & PETROIANU, 2000.) 5


1.3. SISTEMAS DE DRENAGEM

ESPONTÂNEA OU SIMPLES SUCÇÃO OU SISTEMA A VÁCUO

(Dreno laminar- Penrose) (Dreno tubular)

(POHL & PETROIANU, 2000.)


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1.4. CALIBRE

(POHL & PETROIANU, 2000.) 7


1.5. TIPOS DE DRENOS
Tipos de Drenos

Dreno de Penrose
Utilizados para drenagens superficiais que
Dreno de envolvam a pele e tecido adiposo.
Telha/canelado

Dreno Tubular São indicados para drenagem de um leito


cirúrgico após extração de um órgão ou
parte dele.
Dreno de Pezzer
Tubos em T, usados em tumores
extrínsecos ou intrínsecos e em abcessos
Dreno de Kehr
hepático-bilio-pancreático.
Usam-se em casos de pneumotórax,
Dreno Torácico hemotórax e hemopneumotórax.
(POHL & PETROIANU, 2000.)
Dreno de sucção Usa-se nas cirurgias dos tecidos moles 8
1.5. TIPOS DE DRENOS
Penrose

• Dispositivo de látex;
• Duas laminas finas e flexíveis;
• Funcionam por capilares;
• Drenagem abcessos e lesões;

(POHL & PETROIANU, 2000.)


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1.5. TIPOS DE DRENOS
Dreno de Telha/canelado
• Permite períodos mais prolongados de utilização;
• Permite uma melhor remoção;
• Semi-transparentes- linha opaca;
• Estrias assimétricas na parte interior do tubo;
• Manter feridas abertas ou evacuar secreções em
cirurgias;

(POHL & PETROIANU, 2000.)


10
1.5. TIPOS DE DRENOS
PEZZER

• Material poderá ser borracha ou silicone;


• Bulbo em sua extremidade- impede a
migração do tubo para o meio externo;

(POHL & PETROIANU, 2000.)


11
1.5. TIPOS DE DRENOS
Dreno de kehr
TUBO EM T
• Pode ser de plástico ou de borracha.

• Inseridos nas vias biliares para


drenagem ou descompressão.

(POHL & PETROIANU, 2000.)


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1.5. TIPOS DE DRENOS
Dreno torácico
• Drenagem de ferida cirúrgica;
• Sistema de drenagem contínua e aspiração;
• Linha radiopaca;
• Vários orifícios laterais;
• Imerso ao Selo d’agua;
• Ar- 2º ou 3º espaços intercostais (hemiclavicular);
• Líquido- 6º ou 7º espaços intercostais (laterais-hemiaxilar)

(POHL & PETROIANU, 2000.)


13
1.5. TIPOS DE DRENOS
Dreno de sucção
PORTOVAC
• Sistema fechado de drenagem;
• Sucção contínua e suave;

Indicações: Drenagem de fluidos por


aspiração durante procedimentos
cirúrgicos

(POHL & PETROIANU, 2000.)


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1.6. TIPOS DE SECREÇÕES
SEROSA

SANGUINOLENTA
SEROSANGUINOLENTA

PURULENTA
PUROSANGUINOLENTA

SEROPURULENTA
FECALÓIDE

BILIOSA (POHL & PETROIANU, 2000.)


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1.7. PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES

• Hemorragias- lesões;
• Eviscerações pelo orifício de drenagem;
• Infecção da ferida operatória;
• Migração do dreno;
• Contaminação (de fora para dentro);
• Reação inflamatória.

(POHL & PETROIANU, 2000.)


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1.8. CUIDADOS COM DRENOS

• Sistema de drenagem adequada


• Fixar à parte externa do dreno a pele
• Identificar a localização do dreno.
• Avaliar o aspecto da secreção drenada.
• Certificar-se da ausência de obstrução
• Manter o sistema de drenagem abaixo do nível do abdome

(CUNHA, 1978) (POHL & PETROIANU, 2000)


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1.9. QUANDO RETIRAR O DRENO

A hora de retirar o dreno será quando cumprido o objetivo esperado:

• Possível deiscência ou fístula – avaliar retirada


após 4 dias.

• Possível sangramento local – avaliar retirada


dentro 24 horas.

• Drenagem seromas ou cavidades – avaliar


retirada quando o volume for < 100-50 ml/dia.

(POHL & PETROIANU, 2000.)


18
2.1. Objetivos

• Extrair líquidos;
• Reconhecer o estado da cavidade;
• Fazer penetrar alguma substância.

(POHL & PETROIANU, 2000.)


19
2.2. CLASSIFICAÇÃO DAS SONDAS

Quanto à Quanto à
técnica finalidade

(POHL & PETROIANU, 2000.)


20
2.2. CLASSIFICAÇÃO DAS SONDAS
2.2.3. Quanto à técnica

Cruenta: necessita da abertura da pele.

Incruenta: Usa orifícios naturais do organismo.

(POHL & PETROIANU, 2000.)


21
2.2. CLASSIFICAÇÃO DAS SONDAS
2.2.1. Quanto à finalidade

Diagnóstica Terapêutica

(POHL & PETROIANU, 2000.)


22
2.3. TIPOS DE SONDAS
SONDAGEM VESICAL

− Consiste na inserção de uma sonda dentro da


bexiga urinária, através da uretra, para permitir
a drenagem da urina.
− Usada para objetivos diagnósticos e
terapêuticos;

SONDAGEM DE ALÍVIO X SONDAGEM DE DEMORA

Tipo:
• Sonda de Foley; (NETTER, 2015) (POHL & PETROIANU, 2000.)
23
2.3. TIPOS DE SONDAS
Sonda de Foley
− Pode ser de látex, poliuretano ou silicone;
− Contém numeração e calibre variados;
Sonda de Foley
− 14 – 16 Fr em mulheres; 16 - 20 Fr em homens;
− Pode ter 2 ou 3 saídas;
− 1 balonete;
− Sistema de coleta fechado;

Sistema Coletor Fechado


24
(POHL & PETROIANU, 2000.)
2.3. TIPOS DE SONDAS
Sonda de Foley
Complicações:
Indicações: ‾ Trauma de uretra e bexiga;
‾ Retenção urinária; ‾ Estenose secundária a trauma;
‾ medicamentos; ‾ Infecções;
‾ Amostra estéril;
‾ Mensuração de volume residual;
‾ Monitoração de débito urinário.

Contra indicações:
⁻ Lesões na uretra e bexiga;
⁻ Fratura pélvica.

(POHL & PETROIANU, 2000.)


25
10ml de
lindocaína

Homem Mulher

• Inflar o balonete com 10 a 20 ml de água destilada


• Tracionar a sonda para posiciona-la e testar segurança
(POHL & PETROIANU, 2000.)
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2.3. TIPOS DE SONDAS
Sonda Nasogástrica/Orogástrica Sonda Nasoenteral Sonda Retal
• Introduzido desde as narinas até o • Apenas para alimentação/medicação; • Introdução do cateter no ânus para
administração de líquido
estômago; • 2h para que a sonda migre do
estômago para o duodeno
• Possui comprimento aproximado de 35 cm
• Colocar o paciente em decúbito
e diâmetro variando de 9 a 24 French (1
lateral direito;
French = 0,33mm).
• Pacientes incapacitados de comer por
tempo Prolongado;
• Sonda de poliuretano ou outro
material
• Posicionada no duodeno ou jejuno

Tipos:
 Sonda de Levine
 Sonda de Dubbhoff
 Sonda de Blackmore
(SBNPE, 2011)(UNAMUNO & MARCHINI, 2002) (POHL & PETROIANU, 2000.) 27
2.3. TIPOS DE SONDAS

SNG
SNE

NÃO EXISTEM DIFERENÇAS


QUANTO AO POSICIONAMENTO
GÁSTRICO OU JEJUNAL EM
PACIENTES CRÍTICOS
(SBNPE, 2011) (UNAMUNO & MARCHINI, 2002) (POHL & PETROIANU, 2000.) 28
2.3. TIPOS DE SONDAS
Sonda de Levine
• Dispositivo de plástico ou borracha com orifícios laterais
próximos à ponta;
• É uma das mais usadas;
• São passadas normalmente pelas narinas;
• As marcas circulares contidas em pontos específicos da
sonda servem como marcadores para sua inserção;
• Apresenta uma única luz;
• Nasogástrica ou retal;

(SBNPE, 2011) (UNAMUNO & MARCHINI, 2002) (POHL & PETROIANU, 2000.) 29
2.3. TIPOS DE SONDAS
Sonda de Dubbhoff
• Possui uma ponta pesada e flexível;
• Apresenta um fio guia métalico interno-radiopaco;
• Esta sonda é direcionada à porção trans-
pilórica (jejuno e duodeno);

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(SBNPE, 2011) (UNAMUNO & MARCHINI, 2002)(POHL & PETROIANU, 2000.)
2.3. TIPOS DE SONDAS
Sonda de Blackmore
• Possui três luzes com dois balões,
sendo uma luz para insuflar o balão
gástrico e outra para o balão esofágico.
Indicações:
- Tratamento de sangramentos de varizes
esofágicas

31
(SBNPE, 2011)(UNAMUNO & MARCHINI, 2002) (POHL & PETROIANU, 2000.)
2.4. INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES

Indicações:
• Descompressão gástrica;
• Remoção de gás e líquidos;
• Obtenção de conteúdo gástrico para análise ;
• Preparo pré-operatório;
• Nutrição enteral: alimentação gástrica;
• Lavagem gástrica.

Contra indicações:
• Presença de estenose de esôfago;
• Presença de fratura de basilar de crânio ou fratura facial;
• Deve ser evitada em pacientes com o estado mental alterado;

(SBNPE, 2011) (UNAMUNO & MARCHINI, 2002) (POHL & PETROIANU, 2000.) 32
2.5. COMPLICAÇÕES

• Lesões da asa do nariz;


• Aderência de mucosa;
• Obstrução da sonda;
• Irritação nasofaríngea;
• Refluxo gastresofágico - esofagite;
• Mau posicionamento da sonda;
• Administração inadequada da dieta;
• Intolerância a algum componente da fórmula;

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(SBNPE, 2011) (UNAMUNO & MARCHINI, 2002) (POHL & PETROIANU, 2000.)
2.7. TESTE DE LOCALIZAÇÃO

• Ausculta- esguincho (10 ml ou mais de ar)


• Ph (gástrico≤5)
• RX

(SBNPE, 2011)
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2.8. CUIDADO COM AS SONDAS

• Obter o consentimento e respeitar a privacidade do paciente;


• Verificar sinais de lesão antes de realizar o procedimento;
• Lavar as mãos antes e após manipular a sonda;
• Pensar em retirar a sonda quando houver comemorativos para
infecção;
• Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico
visando a confirmação da localização da sonda;
• Garantir que a via de acesso seja mantida;
• Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes
ao paciente;

35
M.C.S., 46 anos, sexo feminino, natural e procedente de Nazaré das
Farinhas/BA. Compareceu a unidade de serviço, vinda do INCAR, no dia
06/03/19 com queixa de dor abdominal difusa há ~ 08 dias, de forte
intensidade, irradiando para dorso, não identifica fatores de melhora e piora,
associada a distensão abdominal, inapetência, náusea, febre (38ºC),
icterícia e colúria. Nega vômito, acolia e outros sintomas. Refere dor
abdominal repetitiva há + ou - 01 ano com melhora após a medicação (não
soube informar qual). Refere Laqueadura há ~15 anos. Ignora comorbidades.
Nega alergias.

36
Ao exame físico

Não descrito na Não descrito na


admissão admissão

Não descrito na
Não descrito na admissão
admissão

Abdome distendido,
Não descrito na indolor a palpação
admissão superficial e profunda.

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Hipóteses diagnóstica?

• Cólica biliar
• Colecistite
• Abscesso hepático
• Hepatites
• Neoplasia de Vias Biliares
• Neoplasia de Fígado

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Quais exames solicitar?
Laboratoriais Exames de imagem
USG
Hemograma completo TC DE ABDOME COM CONTRASTE
Bilirrubina
GamaGT
Fosfatase alcalina
TGO
Ur
TGP
Cr
AMILASE

39
Paciente portava um Raio- x de abdome com evidência de alça distendida

40
41
TC DE ABDOME COM CONTRASTE (06/03/19): "Fígado
apresentando aumento das dimensões do lobo direito (diâmetro
longitudinal de 25,5 cm) e coeficiente de atenuação heterogêneo,
à custa de volumosa formação irregular multiloculada e
heterogênea, com áreas centrais de necrose/liquefação, que
após a injeção do meio de contraste iodado apresenta discreto
realce capsular nas fases mais tardias e incipiente distúrbio
perfusional do parênquima hepático circunjacente, por
provável processo inflamatório perilesional. A lesão acomete
predominantemente os segmetnos IV-B, V, VI, VI e VIII e mede
cerca de 12,1 x 15,0 x 20,0 cm, com volume estimado em 1906,0
ml. Tal formação determina deslocamento e compressão das
estruturas vasculares e das vias biliares adjacentes,
destacando-se sinais de trombose / invasão do ramo portal e
veia hepática direitas, bem como compressão extrínseca sem
evidências de invasão ou trombose do segmento retrohepático da
veia cava inferior. Considerar a possibilidade de volumoso
abscesso hepático como principal diagnóstico diferencial, não se
podendo descartar a possibilidade de lesão de natureza
neoplásica com processo infeccioso associado. Não há sinais de
dilatação das vias biliares intra-hepática no lobo esquerdo e/ou
extra-hepáticas. Pâncreas apresentando atrofia parenquimatosa
difusa associada a múltiplas calcificações parenquimatosas,
sem dilatação associada do ducto pancreático principal, inferindo
processo inflamatório crônico."

42
Paciente foi encaminhada ao centro cirúrgico no dia 07/03/19 para realização
de uma Hepatotomia e Drenagem de abscesso hepático

Ao inventário, presença de moderada quantidade de líquido inflamatório em


cavidade abdominal e hepatomegalia significativa com área de abscesso
em superfície hepática em segmentos VI. Hepatotomia em segmento VII,
com drenagem de secreção purulenta. Posicionamento dreno tubular em
loja de abscesso.

43
Qual dreno foi colocado?

44
Dreno de Pezzer:
08/03/2019: 100ml, serohemático
09/03/2019: 75ml, serohemático
10/03/2019: Improdutivo.
11/03/2019: Improdutivo.
12/03/2019: Improdutivo.
13/03/2019: Improdutivo.

Exames laboratoriais:
06/03/19: Leuco: 11800 (S: 87) Hb: 9 Ht: 26,2 Pqt: 825 BT: 1,33 (BD: 0.84 BI: 0.49)
GamaGT: 293 FA: 538 TGO: 42 Ur: 22 TGP: 39 Cr: 0,84 AMILASE: 30
13/03/19: Leuco:19300 (S: 84.9 LT: 8) Hb: 7,8 Ht: 24,7 Pqt: 485 BT: 0.7 (BD: 0.3
BI: 0.4) GamaGT: 288 FA: 198 TGO:27 Ur: 18 tgp: 13 Cr: 0,8 AMILASE: 16
45
Evolução (14/03/19): Paciente em 7º DPO de Hepatotomia e Drenagem de abscesso
hepático. Encontrada no leito, hemodinamicamente estável, em ventilação espontânea.
Assintomática. Nega dor, febre, náusea e vômito. Aceitando dieta. Ciclo sono vigília
preservado. Deambulando. Diurese e dejeções presentes.
BEG, Afebril, acianótica,
anictérica. PA: MVUA s/RA
120x80mmHg FC:
110bpm FR: 18irpm

Quentes e bem BRNF 2T, s/s


perfundidas,
edemaciadas até joelho
(2+/4+)
Plano. RH-. Hipertimpânico a
percussão. Doloroso a palpação
profunda em HD. FO: Limpa e
LOTE seca, sem edemas.
46
ATB em uso:

CEFTRIAXONA SÓDICA 1G [D7] 24/24h IV


METRONIDAZOL 5MG/ML BOLS 100ML [D7] 8/8h IV

47
Dreno de Pezzer:
08/03/2019: 100ml, serohemático
09/03/2019: 75ml, serohemático
10/03/2019: Improdutivo.
11/03/2019: Improdutivo.
12/03/2019: Improdutivo.
13/03/2019: Improdutivo.
14/03/2019: ~10ml, serohemático.

Exames laboratoriais:
06/03/19: Leuco: 11800 (S: 87) Hb: 9 Ht: 26,2 Pqt: 825 BT: 1,33 (BD: 0.84 BI: 0.49) GamaGT: 293 FA: 538
TGO: 42 Ur: 22 TGP: 39 Cr: 0,84 AMILASE: 30
13/03/19: Leuco:19300 (S: 84.9 LT: 8) Hb: 7,8 Ht: 24,7 Pqt: 485 BT: 0.7 (BD: 0.3
BI: 0.4) GamaGT: 288 FA: 198 TGO:27 Ur: 18 tgp: 13 Cr: 0,8 AMILASE: 16

48
USG DE ABDOME (14/03/19): Controle ecográfico pós-drenagem cirúrgica de
abscessos hepáticos, notando-se persistência de formações císticas
septadas e com conteúdo espesso, compatíveis com abscessos
remanescentes, localizadas no IV, VI/VII. Pequena quantidade de líquido
livre no escavado pélvico. Adicionalmente, assinala-se pequeno derrame
pleural bilateral.

Conduta?

49
Reabordada dia 15/03/19: Ao inventário, presença de moderada quantidade
de líquido inflamatório em cavidade abdominal e hepatomegalia
significativa com área de abscesso em superfície hepática em segmentos
VI. Hepatotomia em segmento VII, com drenagem de secreção purulenta;
Toalete cavitária intrahepática com irrigação com solução salina 0,9% até
retorno límpido; Pelve com presença de líquido inflamatório. Lavada
cavidade pélvica; Posicionamento dreno tubular em loja de abscesso.

50
Dreno de Pezzer:
08/03/2019: 100ml, serohemático
09/03/2019: 75ml, serohemático
10/03/2019: Improdutivo.
11/03/2019: Improdutivo.
12/03/2019: Improdutivo.
13/03/2019: Improdutivo.
14/03/2019: ~10ml, serohemático.
15/03/2019: Improdutivo.
16/03/2019: Superior: 210ml / Inferior: 24ml = Ambos hemático
17/03/2019: Superior: 100ml / Inferior: 24ml = Ambos hemático
18/03/2019: Superior 300ml / inferior 75ml= serohemático

51
Exames laboratoriais:
06/03/19: Leuco: 11800 (S: 87) Hb: 9 Ht: 26,2 Pqt: 825 BT: 1,33 (BD: 0.84 BI: 0.49) GamaGT: 293 FA: 538
TGO: 42 Ur: 22 TGP: 39 Cr: 0,84 AMILASE: 30
13/03/19: Leuco:19300 (S: 84.9 LT: 8) Hb: 7,8 Ht: 24,7 Pqt: 485 BT: 0.7 (BD: 0.3 BI: 0.4) GamaGT: 288 FA:
198 TGO:27 Ur: 18 tgp: 13 Cr: 0,8 AMILASE: 16
17/03/19: Leuco: 18800 (S: 85,2) Hb: 8,4: Ht: 26,5: Pqt: 915: BT: 0,50: BD: 0,30: BI: 0,20: GGT: 277: FA: 220:
TGO:21: Ur: 26: TGP: 9: Amilase: 21
18/03/19: Leuco: 19800 (S:87,0) HB: 8,9: Ht: 28,2: Pqt: 952: BT: 0,42: BD: 0,27:
BI: 0,15: FA: 206: TGO: 24: TGP: 10: Ur:28: Cr: 0,89

52
Evolução (20/03/19): Paciente em 12º DPO de Hepatotomia e Drenagem de abscesso hepático + 5º
DPO de reabordagem de abcesso hepático. + D13 ATB. Encontrada no leito, hemodinamicamente
estável, em ventilação espontânea, refere melhora da dor abdominal. Nega febre, náusea e vômito.
Aceitando dieta. Ciclo sono vigília preservado. Deambulando. Diurese e dejeções presentes.

BEG, Afebril, acianótica,


anictérica. PA: 125x80mmHg l MVUA s/RA
FC: 99bpm Tp: 36,5ºc /
Fr:20irpm

Quentes e bem
perfundidas, BRNF 2T, s/s
edemaciadas até joelho
(2+/4+)

Globoso. RH+. Hipertimpânico a


percussão. Doloroso difusamente a
palpação profunda. FO:
LOTE Apresentando secreção serosa.
53
ATB em uso:

CEFTRIAXONA SÓDICA 1G [D13] 24/24h IV


METRONIDAZOL 5MG/ML BOLS 100ML [D13] 8/8h IV

54
Dreno de Pezzer:
08/03/2019: 100ml, serohemático
09/03/2019: 75ml, serohemático
10/03/2019: Improdutivo.
11/03/2019: Improdutivo.
12/03/2019: Improdutivo.
13/03/2019: Improdutivo.
14/03/2019: ~10ml, serohemático.
15/03/2019: Improdutivo.
16/03/2019: Superior: 210ml / Inferior: 24ml = Ambos hemático
17/03/2019: Superior: 100ml / Inferior: 24ml = Ambos hemático
18/03/2019: Superior 300ml / inferior 75ml= serohemático
19/03/2019: Superior= 100ml secreção purulenta/ inferior= improdutivo
20/03/2019: Superior = 100ml secreção purulenta / inferior =
improdutivo

55
Exames laboratoriais:
06/03/19: Leuco: 11800 (S: 87) Hb: 9 Ht: 26,2 Pqt: 825 BT: 1,33 (BD: 0.84 BI: 0.49) GamaGT: 293
FA: 538 TGO: 42 Ur: 22 TGP: 39 Cr: 0,84 AMILASE: 30
13/03/19: Leuco:19300 (S: 84.9 LT: 8) Hb: 7,8 Ht: 24,7 Pqt: 485 BT: 0.7 (BD: 0.3 BI: 0.4) GamaGT:
288 FA: 198 TGO:27 Ur: 18 tgp: 13 Cr: 0,8 AMILASE: 16
17/03/19: Leuco: 18800 (S: 85,2) Hb: 8,4: Ht: 26,5: Pqt: 915: BT: 0,50: BD: 0,30: BI: 0,20: GGT:
277: FA: 220: TGO:21: Ur: 26: TGP: 9: Amilase: 21
18/03/19: Leuco: 19800 (S:87,0) HB: 8,9: Ht: 28,2: Pqt: 952: BT: 0,42: BD: 0,27:
BI: 0,15: FA: 206: TGO: 24: TGP: 10: Ur:28: Cr: 0,89

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“Declare o passado, diagnostique
o presente, preveja o futuro”.
Hipócrates

Obrigada!

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