Você está na página 1de 60

PLANO DE RETORNO

DAS ATIVIDADES
SEMIPRESENCIAIS PARA
2º SEMESTRE LETIVO -
2021
“Belém, cidade
alfabetizada e educadora”

Belém-PA
2021

1
Prefeito do Município de Belém
Edmilson Brito Rodrigues

Vice-Prefeito do Município de Belém


Edilson Moura da Silva

Secretária Municipal de Educação de Belém


Márcia Mariana Bittencourt Brito

Diretora Geral
Araceli Maria Pereira Lemos

Assessora Especial
Francisca Guiomar Cruz da Silva

Diretora de Educação
Dorilene Pantoja Melo
Diretora Administrativa
Andrea Nascimento Ewerton

Núcleo Setorial de Planejamento


Maria do Socorro Silva Menezes
GT de sistematização
Andrea Nascimento Ewerton
Angela Maria Melo Pantoja
Camila Maria Figueiredo Malcher
Celso Silva de Oliveira
Dorilene Pantoja Melo
Erica Moreira Ferreira
Érika Kelle Santos Paiva
Fabricio Moraes Pereira
Francy Taissa Nunes Barbosa
Geldes de Campos Castro
Gisele do Socorro Oliveira Mota Soares
Francisca Guiomar Cruz da Silva
Kátia Suely Saraiva de Paula Moraes
Kokoixumti Tembe Jathiati Karkateje
Laurimar de Matos Farias
Letícia Carneiro da Conceição
Maria do Socorro Silva de Menezes
Marcos Vinícius da C. Lima
Míriam Matos Amaral
Patrícia Soraya Cascaes Brito de Oliveira
Sinara Bernardo Dias
Tatiana Cristina Vasconcelos Maia
Valéria da Silva Lopes
Walter da Silva Braga

2
PAULO FREIRE VIVE

Celebrar o centenário de Paulo Freire totalidade


Significa se comprometer com seu Educação para a diversidade cultural
legado escola como espaço de mudança
Superar uma educação bancária e Pensar, agir, criar e refletir
injusta Vivência democrática, lugar de
Autoritária, excludente, com direitos esperança
negados
Somos educadores e educandos
Combater uma educação racionalista Sujeitos com autonomia e subjetividade
Desumana e meritocrática atores críticos, éticos e reflexivos
Pensar a escola como espaço plural defensores de nossa digna humanidade
Emancipatória e democrática.
Somos sujeitos aprendentes
Promovendo uma Educação popular Críticos, curiosos e inacabados
Diálogo entre saberes Paulo Freire vive
Educação como prática de liberdade Na herança de seu legado
Transformadora de seres
Democracia, autonomia
Educação como ato político Cidadania, dialogicidade
Crítica, justa e transformadora Somos Sujeitos de nossa história
Educação inclusiva e cidadã Mulheres e homens, seres plenos de
Bases de uma Cidade educadora liberdade

Responsabilidade com os oprimidos, Entre nesta circularidade


respeitando e acolhendo as diferenças emancipatória e transformadora
Ato ético-político e amoroso Educação pública de qualidade
Rupturas com situações limites, que Construindo uma cidade educadora
geram descrenças
Belém da nossa gente
O Andarilho da utopia Lugar de incluir e democratizar
Plantou sonhos de igualdade Cidade de direitos
Garantia plena de direitos Tempo de esperançar
Olhar o ser humano como uma

Rita Melém

3
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AEE Atendimento Educacional Especializado

BE Bibliotecas Escolares

COECAF Coordenação da Educação do Campo, das Águas e das Florestas

CEIIR Coordenação de Educação Escolar dos Indígenas, Imigrantes e


Refugiados

CEJAI Coordenação da Educação de Jovens, Adultos e Idosos

CODERER Coordenação de Educação para as Relações Étnico-Raciais

CFP Centro de Formação de Professores

COEF Coordenação do Ensino Fundamental

COEI Coordenação da Educação I

COINES Coordenação Integrada de Educação e Saúde

COVID-19 Coronavírus Disease de 2019

CRIE Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes

DCNEF Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental

DEEF Departamento de Educação Física

DIAD Diretoria Administrativa

DIED Diretoria de Educação

EIIR Educação Escolar dos Indígenas, Imigrantes e Refugiados

EJAI Educação de Jovens, Adultos e Idosos

GT Grupo de Trabalho

HP Hora Pedagógica

IASB Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município


de Belém

LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

4
MEC Ministério da Educação

NAST Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador

NIED Núcleo de Informática Educativa

ONU Organizações das Nações Unidas

PDF Portable Document Format

PNLL Plano Nacional do Livro e Leitura

RME Rede Municipal de Ensino

SARS-CoV2 Síndrome Respiratória Aguda Grave causada por Coronavírus Tipo 2

SEMEC Secretaria Municipal de Educação

SESMA Secretaria Municipal de Saúde

SIE Sala de Informática Educativa

SIGA Sistema de Informação e Gestão Acadêmica

SISMUBE Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares

SRM Sala de Recursos Multifuncionais

SUS Sistema Único de Saúde

TEA Transtorno do Espectro do Autismo

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

5
Sumário
Apresentação
I. Introdução..............................................................................................................
II. Contextualização………………………................................................................
III. Proposta de Educação do Governo da Nossa Gente….………………………...
Diagnose NAST/SEMEC 2021................................................................
Diagnose DIED/SEMEC 2021.……………………………………..…..
IV. Metodologia de Retorno Presencial ..........................................
V. Possibilidades de ações educativas no contexto do ensino presencial…….
VI. Colegiado da DIED/SEMEC…………………………………..…………….
1. Educação Infantil…………………………………………….………….
2. Ensino Fundamental…………………………………………………….
3. Educação de Jovens, Adultos e Idosos…………………………………...
4. Educação do Campo, das Águas e das Florestas…………………………
5. Educação Especial e Inclusiva………………………………………………..
6. Educação para as Relações Étnico-Raciais ………………………………….
7. Educação escolar dos Indígenas, Imigrantes e Refugiados………………….
8. Educação Física…………………………………………………………….
9. Centro de Formação de Professores Paulo Freire…………………..
10. Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares……………………………...
11. Núcleo de Informática Educativa…………………………………………...
12. Coordenação Integrada de Educação e Saúde...............................................
VII. Protocolo Escolar de Biossegurança no Contexto de COVID-
VIII. Orientações Administrativas
Referências………………………………………………………………………….

6
APRESENTAÇÃO

É com o sentimento que mistura alegria e esperança que encaminhamos


aos educadores e educadoras da Rede Municipal de Educação de Belém, o
Plano de Retorno para o período presencial que acontecerá no segundo
semestre do ano letivo 2021 e esperamos que seja brevemente substituído
pelo Projeto Pedagógico do Governo da Nossa Gente.
O Plano foi elaborado coletivamente pela Diretoria de Educação e suas
Coordenadorias e visa orientar nossas unidades educacionais para atender
aos estudantes nesse período emergencial em que devem ficar em casa e
protegidos, devido o momento tão difícil que vivemos causado pela
pandemia da COVID 19 e que no Brasil chega em sua fase mais letal.
Todos os dias estamos emitindo “nota de pesar” pela perda de servidores e
estudantes. Apelamos para que todos nós possamos nos envolver para
garantir o direito constitucional da educação como direito de todos e dever
do estado e da família.
Nosso desejo é que após a vacina possamos retornar com atividades
semipresenciais, e posteriormente, avançar para as atividades presenciais,
afim de construir nossas escolas como ponto de cultura, abertas e em
diálogo com cada comunidade e território em que estejam.

Com o anseio de um bom trabalho e esforço coletivo de cada educador e


educadora desejo um excelente ano segundo semestre letivo 2021!

Profa. Dra. Márcia Bittencourt


Secretária Municipal de Educação de Belém

7
I. INTRODUÇÃO
Educadoras e Educadores, fazemos um convite a todas e todos para conhecerem
esse instrumento elaborado pelo colegiado de educadores da Diretoria de Educação
(DIED), da Secretaria Municipal de Educação de Belém (SEMEC), construído e
subsidiado a partir da escuta de educadores e educadoras da Rede Municipal de
Educação (RME) de Belém, com o objetivo de auxiliar e orientar as atividades e ações
de retomada do segundo semestre letivo de 2021 frente às nossas condições atuais
Tais proposições podem e devem ser reinventadas, baseadas na realidade
escolar, pois compreendemos que o contexto escolar se faz na autonomia e na
diversidade. Portanto, esse documento se apresenta como balizador e será redirecionado
conforme as peculiaridades de cada Unidade Educativa.
Discorremos em sete pontos para estabelecer tal diálogo, são eles: I -
Contextualização; II - Proposta de Educação do Governo da Nossa Gente; III -
Diagnose do NAST/SEMEC 2021; IV - Diagnose da DIED/SEMEC 2021; V-
Metodologia de Retorno Presencial; VI - Possibilidades de ações educativas no
contexto de ensino presencial; VI - Colegiado da DIED/SEMEC; VII - Protocolo
Escolar de Biossegurança no Contexto de COVID-19; e, por conseguinte, VII –
Orientações Administrativas.
Na primeira seção realizamos uma leitura sobre o cenário da pandemia pelo
contágio do Coronavírus Disease de 2019 (Covid-19), no contexto local, nacional e
mundial, as dificuldades e medidas adotadas frente às questões educacionais e as
orientações municipais e estaduais que incidem diretamente no retorno do ano letivo
2021.
Na sequência do documento destacamos a proposta de Governo da Nossa
Gente, elaborada por um coletivo de educadores, que reflete as proposições de (re)
aprendermos num círculo intermitente de dialogicidade, pautadas numa educação
freireana para a RME, que tem destacado valores e princípios como o respeito, a
humanidade, a escuta, a amorosidade, a autonomia, o diálogo e a diversidade.
No terceiro tópico, apresentamos os dados da Diagnose do Núcleo de Atenção à
Saúde do Trabalhador (NAST), pois uma das grandes prioridades da nova gestão,
perpassa pela valorização dos(as) trabalhadores(as) em educação, que incide nos
cuidados com a saúde e a qualidade de vida de servidores(as) da SEMEC, e
principalmente, considerando o momento de pandemia.

8
Na quarta seção discorremos sobre as informações fornecidas por educadores da
RME por meio do Instrumento Diagnóstico intitulado “Instrumento preliminar de
participação e construção de ações educativas no contexto da pandemia para o ano
letivo de 2021” elaborado pela DIED, e as dimensões do trabalho pedagógico realizado
durante o ano letivo de 2020, bem como o posicionamento destes quanto ao ano letivo
de 2021, concretizando a escuta e o diálogo.
Nessa perspectiva, apontamos algumas possibilidades de enfrentamento
pedagógico às dificuldades encontradas no cotidiano escolar durante o ano de 2020.
Assim, o Colegiado que compõe a DIED apresenta suas considerações para o retorno
presencial do ano letivo 2021, e demais apontamentos pertinentes à toda a comunidade
escolar.
Considerando o contexto de pandemia, destacamos a relevância de seguir os
protocolos de segurança recomendados pelos Órgãos de saúde e, neste sentido,
trataremos de tais orientações adequadas ao ambiente educacional e das demandas
administrativas, apontando possibilidades de encaminhamentos.
Por fim, reforçamos o convite para todos (as) os (as) educadores (as)
conhecerem a proposta de retorno às aulas e fazemos um chamado para nos auxiliarem
com suas contribuições, que são valorosas, no sentido de desenvolvermos o resgate de
uma educação democrática e popular no município de Belém num processo permanente
de diálogo e trabalho pedagógico coletivo.

I. CONTEXTUALIZAÇÃO

A pandemia da Covid-19 se alastrou por diversos países do mundo, assustando


toda a humanidade. A vida se transformou e todos foram obrigados a lidar com a nova
realidade e buscar a melhor forma de enfrentar o que se colocou diante de nós. Os medos
emergiram em todos os sentidos e assim reinventamos completamente nossas relações e
atividades. A pandemia notabilizou as desigualdades sociais, acentuando-as, e também
tornou ainda mais evidentes as dificuldades enfrentadas pela parcela mais vulnerável da
população. Muitas adaptações foram feitas, espaços reorganizados para comportar o
trabalho em casa. Entre os vários setores da sociedade que foram afetados destacamos
aqui o contexto educacional, no qual as escolas foram fechadas e os(as) estudantes
ficaram sem aulas presenciais.

9
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO), agência da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável por
acompanhar e apoiar a educação, comunicação e cultura no mundo, a pandemia da
Covid-19 já impactou os estudos de mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países, o
que representa cerca de 91% do total de estudantes no planeta. O Brasil foi um dos
países mais acometidos pelo avanço viral, acumulando números desoladores de vítimas
em toda a sua extensão territorial e o Ministério da Educação (MEC) decreta em 17 de
março de 2020, através da Portaria n.º 343, a suspensão de aulas presenciais e sua
consequente substituição por atividades nãopresenciais ancoradas em meios digitais
enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus.
A suspensão das aulas presenciais impôs à educação o desafio à adaptação às
tecnologias digitais pautadas nas metodologias da educação online. O resultado disso foi
uma inevitável desigualdade no acesso ao ensino, causando um déficit de aprendizagem
e prejuízos ao processo educativo como um todo.
Neste contexto, a compreensão do impacto da Covid-19 sobre a Educação é de
grande importância, nos mostra a desigualdade, a fragilidade na profissão docente, a
desestruturação da educação pública, mas, tem sido de muito aprendizado, no sentido de
novas perspectivas educacionais. É preciso repensar a concepção de aprendizagem, da
ação pedagógica, do currículo, é preciso fomentar uma educação transformadora,
inclusiva e de qualidade1. Nas considerações de Paulo Freire,

[...] a educação não é a chave das transformações do mundo, mas


sabemos também que as mudanças do mundo são um que fazer
educativo em si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas
pode alguma coisa. Sua força reside na sua fraqueza. Cabe a nós por
sua força a serviço de nossos sonhos (FREIRE, 1991, p. 126).

E é a serviço de nossos sonhos e dos sonhos da comunidade escolar, que


estamos cotidianamente repensando nossa práxis pedagógica, para o desenvolvimento do

1
A compreensão do termo “Qualidade da educação” concilia com as análises de Silva (2009), já que isso
é resultante de fatores internos e externos à escola. Dessa maneira, a qualidade da educação deve
incorporar um conjunto de vários elementos, quais sejam, elementos externos à escola: sócioeconômico
(condições de moradia, trabalho e renda etc.), sóciocultural (escolaridade da família, tempo da família se
dedicar à cultura, hábito de leitura etc), financiamento da educação (recursos destinados às escolas,
reforma, construção etc.), compromisso da gestão central (formação continuada, valorização, carreira,
etc), elementos internos à escola: permanência com sucesso (formação do sujeito ativo, participativo,
autônomo, etc.); organização do trabalho pedagógico ((re)elaboração do PPP, regimento, estruturação dos
instrumentos de avaliação, projetos escolares em consonância com a realidade da comunidade ao entorno
da escola etc.), acompanhamento da aprendizagem dos estudantes, respeito às diferenças, o diálogo como
condição na relação do trabalho, prática efetiva dos colegiados, tais como os Conselhos de Educação.

10
fazer educacional com cuidados e cautelas. Diante do cenário apresentado no município
de Belém e do Estado do Pará, que é de agravamento dos números de infectados pelo
Covid-19, esses dados são diariamente atualizados à SEMEC pela SESMA, nesse
sentido, a DIED expediu no último dia 05 de março de 2021, o Ofício Circular n.º
002/2021, o qual suspendeu o início do ano letivo 2021 que era previsto para o dia 08 de
março 2021, em consonância com o Decreto Estadual n.º 800/2020, que orienta o
funcionamento de serviços essenciais e não-essenciais, ampliando as medidas restritivas
com relação ao isolamento social. O Ofício Circular n.º 002/2021 citado, ressalta que:

[...] devem ser mantidos o processo formativo permanente nas


Unidades Escolares e a releitura do Projeto Político Pedagógico,
promovendo as devidas atualizações, por meio da modalidade remota,
com a finalidade de fortalecer a organização do trabalho pedagógico
autônomo, com segurança e responsabilidade, pautados nos princípios
freireanos (BELÉM/SEMEC/OFÍCIO CIRCULAR, n.º 002/2021).

O coletivo de educadores da rede continuou com as formações e


planejamento, bem como o trabalho coletivo de todos os servidores em modalidade de
escala, evitando aglomerações e auxiliando na organização da escola para a retomada
das aulas, de acordo com o bandeiramento. Este tempo foi propício para continuarmos
nossos diálogos, revermos nossos planejamentos e nos instrumentalizar das diversas e
possíveis ferramentas que cada unidade escolar possa propor para o trabalho.

II. PROPOSTA DE EDUCAÇÃO DO GOVERNO DA NOSSA GENTE

Belém: Cidade que Educa com Inovação e Acolhe com Amor.

[...] pretendemos oportunizar aos indivíduos se reconhecerem como seres sócio-


históricos que, em sua relação com a natureza, transformam-na e se transformam,
forjando-se como protagonistas da luta pela transformação social. Queremos uma
escola democrática e popular, inclusiva, em que circulem os valores de
solidariedade, cooperação e respeito; o reconhecimento das diferentes etnias,
gêneros, grupos sociais, culturas, perspectivas de pensamento, saberes, gerações,
uma educação libertadora, emancipadora, que combata o racismo, o machismo, o
patriarcado, a misoginia, a homofobia; de onde se expurgue qualquer tipo e forma de
discriminação aos diferentes e à diferença. Uma escola que se abra para sua
comunidade e contribua na devolução de Belém para seu povo! (Trecho da Política
OEducacional
Governo da paraNossa
BelémGente,
propostopor meio desse
na campanha documento,
de Governo tem oRodrigues
Edmilson papel de/
(re)orientar as comunidades escolares a (re)aprenderem
Edilson Moura – 2021 acom autonomia novas diretrizes
2024).
educacionais de base freireana, cumprindo mais uma premissa de campanha ao

11
tornarmos Belém na Cidade alfabetizada e educadora.
Está lançada a caminhada de emancipação rumo à construção do Projeto
Educacional do Governo da Nossa Gente. Este é o momento de oportunizar encontros
virtuais e, quando necessário, presenciais, sem abrir mão de cumprir com
responsabilidade os protocolos de segurança. Estamos conscientes de que devemos
realizar um planejamento que possa ser reconhecido como um ato político-pedagógico e
coletivo, caracterizado, sobretudo, pelo acolhimento e pela amorosidade de nossos(as)
educadores(as).
As Unidades Educativas da Rede Municipal de Ensino devem assumir o seu
papel de protagonizar e promover o protagonismo estudantil, na superação do próprio
desempenho e dos indicadores educacionais, além de incentivar a formação em práticas
pedagógicas sócio-ambientais e com tecnologias acessíveis às comunidades escolares.
Tais práticas educativas devem otimizar mecanismos inclusivos e valores de
solidariedade, cooperação e respeito; agregados ao reconhecimento social, político e
territorial das diferentes etnias, raças, gêneros, grupos sociais, culturais e com
perspectivas de pensamentos e saberes desde a infância às das pessoas idosas.
O caráter de uma Gestão Democrática e de uma Educação Emancipadora será
alcançado quando nos posicionarmos políticamente contra o racismo, o machismo, o
patriarcado, a misoginia, a homofobia, a xenofobia e a toda forma de discriminação aos
diferentes e à diferença. Essas ações devem fazer parte de um projeto de Educação da
cidade de Belém em que as nossas unidades escolares funcionem como “pontos de
cultura”, valorizando a pluriversalidade de sujeitos amazônicos, respeitando a
autonomia social, os conhecimentos científicos e populares, garantindo ações-práticas
que amazonizem as nossas referências curriculares.
O projeto de reestruturar a organização administrativa da SEMEC já é uma
realidade, pois vem inovando com a inclusão de representações dos sujeitos amazônicos
nas suas formas de pensar o fazer pedagógico. A novidade está em assegurar, no
Governo da Nossa Gente, o direito das coletividades sócio-culturais desenvolverem suas
pedagogias específicas e diferenciadas sob o acompanhamento e o assessoramento das
nossas coordenações de referência às identidades plurais como as das pessoas do
campo, das águas, das florestas, negros(as), indígenas, imigrantes, refugiados(as), de
sujeitos com deficiências especiais e de todas(os) nas suas diferentes fases etária da vida
escolar.

12
Vale ressaltar que no dia 19 de setembro de 2021, comemora-se o Centenário natalício do
patrono da educação brasileira - Paulo Freire, por isso a SEMEC está organizando um grande
movimento de alfabetização em Belém. No dia 01 de fevereiro do corrente ano, a secretária de
educação Márcia Bittencourt e o prefeito de Belém Edmilson Rodrigues assinaram a portaria
conjunta n.º 001/2021, que estabelece a composição e as finalidades do Grupo de Trabalho (GT)
“Centenário de Paulo Freire: Belém, cidade alfabetizada e educadora”.
Com base nisso, recomendamos que todos os níveis e modalidades de ensino da RME
também organizem ações comemorativas alusivas ao centenário de Paulo Freire. A seguir, listamos
algumas atividades que podem ser realizadas nas escolas:
- Organizar rodas de conversa, oficinas, mini cursos sobre as obras de Paulo Freire;
-Desenvolver projetos através de parcerias entre biblioteca, projeto da sala de leitura, sala de
informática educativa e Atendimento Educacional Especializado para apresentar o legado de Paulo
Freire aos estudantes e à comunidade escolar;
- Propor apresentações artísticas e culturais para celebrar este momento histórico.
É muito importante que essas ações sejam desenvolvidas de forma coletiva, participativa e
dialógica, levando em consideração as especificidades de cada contexto escolar e a faixa etária dos
estudantes: crianças, jovens, adultos e idosos. Orientamos que as referidas ações sejam registradas e
publicizadas amplamente para que o legado de Paulo Freire seja fortalecido em nossas comunidades
educadoras.

III. DIAGNOSE NAST/SEMEC

Uma das grandes prioridades nessa gestão é a valorização dos trabalhadores(as)


em educação, o que inclui o cuidado com a saúde e a qualidade de vida dos
servidores(as) da SEMEC. Nesse sentido, o Núcleo de Assistencia a Saúde do
Trabalhador- NAST, desenvolveu uma pesquisa entre os dias 22 de janeiro a 19 de
fevereiro do ano de 2021 sobre o diagnóstico institucional de Covid-19, a partir do ano
de 2020, por meio do Formulário Google.
Na SEMEC temos um número total de 6.285 trabalhadores. O questionário foi
respondido por 2.340 servidores incluindo os diretores, coordenadores, professores e
demais profissionais da Rede Municipal de Educação. Deste quantitativo, 1.857
servidores se identificam com o gênero feminino que diz respeito a 79,36%, 470 com o

13
gênero masculino que corresponde a 20,08% e 13 não souberam responder, ou seja,
0,56%.
Quanto à contaminação pelo Covid-19, 1.255 servidores/as responderam que
não contraíram a doença, 1.059 servidores testaram positivo e 26 pessoas não
responderam. No entanto, sabemos que a subnotificação é grande no Brasil, algumas
pessoas podem ter sido assintomáticas e nos meses de fevereiro e março de 2021 a
contaminação começou a crescer exponencialmente, então o número de pessoas
infectadas pelo vírus pode ter sido maior.
Em relação aos sintomas da doença, as principais queixas apresentadas pelos
servidores que testaram positivo para o Covid-19 foram: dor de cabeça (785), falta de
paladar ou olfato (732), cansaço (713), febre (668), tosse (624), coriza (485),
dificuldade para respirar (396), outros (334). Em média, 420 servidores responderam
que ficaram afastados das atividades por um período de 5 a 14 dias e 262 trabalhadores
por um tempo maior, de 15 a 30 dias.
No que diz respeito ao atendimento, 328 servidores foram atendidos pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), 313 pela rede privada e 177 pelo Instituto de
Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município de Belém (IASB).
A partir dessa diagnose podemos observar a importância do SUS, o quanto esse
sistema está sendo imprescindível, no que diz respeito ao atendimento de Covid-19, a
importância de lutarmos pelo seu fortalecimento, expansão e melhoria. Além disso,
devido ao agravamento da pandemia e o crescimento dos casos de Covid-19 no Pará e
no Brasil, é de suma importância que a população continue adotando todos os cuidados
necessários para evitar que a doença se propague cada vez mais.
Destarte, a pesquisa contribuiu para o planejamento e a consequente redefinição
de ações mais efetivas de acompanhamento à saúde e prevenção de agravos do contexto
epidemiológico dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, com especial atenção
aos acometidos pelo COVID 19.

Assim, o NAST propõe-se a:

1-Acolher os servidores como forma de valorização institucional


2-Orientar os gestores sobre os aspectos de saúde em consonância com a
legislação,

14
3- Informar sobre as possibilidades de teletrabalho e saúde no contexto da
pandemia
4-Possibilitar um espaço para discussão de possíveis dúvidas dos gestores e
servidores.
Para que isso se efetive, a comunidade educativa pode contatar com o núcleo
pelo email institucional - nast@ssemec.pmb.pa.gov.br – e pelo fone: 3075-5425 para
agendamento de um atendimento mais específico e direcionado.

IV. DIAGNOSE DIED/SEMEC


A DIED buscando fomentar a participação popular, o diálogo, a inclusão, o
respeito às diferenças, garantir a gestão democrática e obter o diagnóstico do saber e do
fazer pedagógico realizado no ano letivo de 2020, elaborou e aplicou na RME o
instrumento preliminar de diagnose, que foi disponibilizado aos servidores por meio de
questionário no Formulário Google, durante o mês de janeiro de 2021, deste
participaram 2.039 servidores, dentre eles, docentes de todos os componentes
curriculares, de sala de recursos multifuncionais, de sala de informática educativa, sala
de leitura, biblioteca, coordenação e direção.
Por meio do referido instrumento, foi possível conhecer as dificuldades
encontradas pelos servidores no desenvolvimento das estratégias pedagógicas adotadas e
as suas experiências, em particular, sobre o processo de ensino e aprendizagem no
contexto da pandemia de Covid-19, realizadas no ano letivo de 2020. Tais informações
foram sistematizadas pelo NIED, e serão de grande relevância ao elaborar o
planejamento de ações e metodologias para o ano letivo de 2021, ainda no contexto de
pandemia.
De acordo com os dados coletados, a maioria, 84,3%, das atividades remotas
foram desenvolvidas por meio de atividades impressas, 55% com vídeos, 46,3%
utilizaram como recurso o livro didático e 43,5% recorreram à pesquisas na internet,
com frequência de envio aos estudantes, semanalmente, 50,7%, ou quinzenalmente,
34%.
Mas, apesar do uso de atividades impressas e o envio de vídeos terem sido os
recursos mais utilizados, os servidores relatam como as principais dificuldades que a

15
escola encontrou no atendimento remoto2 aos estudantes, o seguinte: de acordo com
78,8%, os estudantes não terem acesso à internet para realizar as atividades on-line,
46,2% indicam a falta de acesso à internet na escola, ; 68,3% informam o não
comparecimento do/da estudante/responsável para buscar as atividades impressas e 35%
relatam que pelo fato da escola não ter como reproduzir as atividades digitalizadas para
os/as estudantes também representou um entrave no processo de ensino e aprendizagem
no modelo remoto.
Logo, se tais entraves atingem os principais recursos utilizados, isto se reflete no
rendimento dos estudantes, pois segundo as informações fornecidas ao questionário
diagnóstico, 60,3% das respostas consideraram que, quanto ao ensino remoto
emergencial proposto no ano letivo de 2020, no que se refere a aprendizagem dos
estudantes, o resultado foi de pouca eficácia das estratégias devido a dificuldade de
acesso aos recursos tecnológicos, além de 16,2% que consideraram insatisfatório devido
os educandos não se identificarem com o modelo de ensino remoto emergencial e 11%
acreditam que esse modelo não explorou o potencial cognitivo e intelectual dos
educandos.
No entanto, a escola buscou envolver a comunidade escolar, mobilizando-a para
a realização das atividades propostas por meio de grupos de whatsapp (84%), além de
ligações aos pais e responsáveis dos/das estudantes (73,4%), mas 75% dos entrevistados
acredita que a desistência escolar por parte de crianças, jovens, adultos e idosos durante
o ensino remoto pode ser motivado principalmente por falta de acesso à internet.
Assim sendo, mesmo com todos os limites impostos pelo contexto pandêmico a
SEMEC envidará esforços no sentido da garantia ao acesso da educação pública de
qualidade, para cumprir de forma autônoma e com responsabilidade o calendário letivo
de 2021 junto a RME, bem como o atendimento à comunidade escolar, considerando as
diversas possibilidades de ações educativas para o ensino não-presencial e presencial no
atual contexto.
Os dados do diagnóstico da DIED evidenciaram que 54,5% dos professores
respondentes dos formulários de pesquisa, ou 1.348 do total de 2.474, optaram pelo
retorno às atividades letivas em duas modalidades, presencial e presencial, isto é,
híbrido. Os professores destacaram que mesmo diante de tantas dificuldades e limites,

2
O termo “remoto” será utilizado neste documento apenas quando fizer referência ao instrumento
diagnóstico, pois foi desta maneira que os educadores responderam, mas, vale ressaltar que no decorrer
do texto adotaremos o termo “presencial”.

16
superaram a barreira tecnológica e produziram recursos didáticos que repercutiram na
comunidade escolar e possibilitaram o aprendizado dos estudantes, embora tenham
alcançado uma pequena parcela deles. Isso evidenciou o ato arrojado dos docentes.
Contudo, mesmo representando o desejo da maioria, entendemos que, nesse momento do
primeiro semestre, não será possível o retorno presencial, já que atravessamos uma fase
mais aguda da contaminação. Portanto, estamos planejando o retorno presencial após a
segunda dose de vacinação de todos os trabalhadores da educação da RME.

V. METODOLOGIA DE RETORNO PRESENCIAL


O município de Belém optou em utilizar o critério de divisão por faixa etária
dos Estudantes a iniciar o retorno gradualmente e por etapas, a partir de 01 de
Setembro de 2021, de acordo com a seguinte escala:
- Educ. Infantil – turmas parciais e integrais (01 de Setembro de 2021)
- Anos Iniciais e 1ª e 2ª totalidades EJAI (08 de Setembro de 2021)
- Anos Finais e 3ª e 4ª totalidades EJAI (13 de Setembro de 2021)

Obs.: Esclarecemos que a execução de todas as etapas, na íntegra, dependerá da


situação de momento da pandemia, ou seja, estará submetida ao bandeiramento
determinado pelas autoridades sanitárias do nosso estado e município, no
momento do retorno presencial e durante o ano letivo.

Orientações para o Retorno das turmas de Educação Infantil

Na ideia de acolhermos da melhor forma as crianças, não sobrecarregar nenhum


turno e evitar aglomerações, planejamos o seguinte retorno presencial da Educação
Infantil.

FORMATO DAS TURMAS INTEGRAIS (50% diário dividido em):


Grupo 1: 25% da turma vem pela manhã
Grupo 2: 25% da turma vem pela tarde
Grupo 3: 25% da turma vem pela manhã (no dia seguinte)
Grupo 4: 25% da turma vem pela tarde (no dia seguinte)

17
Exemplo de grupamento de turmas de educação infantil de tempo integral.
TURNO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
Manhã Grupo 1 Grupo 3 Grupo 1 Grupo 3 Grupo 1
Tarde Grupo 2 Grupo 4 Grupo 2 Grupo 4 Grupo 2

Obs.: Os grupos 1 e 2 virão, na 1ª semana, às segundas, quartas e sextas, enquanto os grupos 3 e 4 virão
às terças e quintas; Na semana seguinte, inverte-se a ordem, ou seja, os grupos 3 e 4 virão às segundas,
quartas e sextas e os grupos 1 e 2 virão às terças e quintas.

FORMATO DAS TURMAS PARCIAIS: 1/3 escalonado por grupos


diários;
Grupo 1: 1/3 da turma
Grupo 2: 1/3 da turma
Grupo 3: 1/3 da turma

Exemplo de grupamento de turmas de educação infantil de tempo parcial.


SEMANA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA
1 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 1 Grupo 2
2 Grupo 3 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 1
3 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
4 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 1 Grupo 2

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL:


1. Dias alternados entre as crianças, para que nem todos estejam presentes na
escola ao mesmo tempo reduzindo o número de crianças por sala de
referência/turma e favorecendo a possibilidade de distanciamento;
2. Organização de horários diferenciados de entrada, saída, refeições das crianças
para evitar maiores aglomerações;
3. Reorganizar a entrada e saída das crianças pequenas, reduzindo a circulação de
pessoas dentro do ambiente escolar;
4. Criar estratégias de comunicação com as famílias como agendamento para

18
atendimento às famílias, uso de ‘agenda’ ou aplicativos de mensagens para
informes, de forma que se reduza a necessidade de contato e a circulação de
pessoas no ambiente escolar.
5. Reforçar a orientação à família quanto a higiene pessoal das crianças.
6. O atendimento será parcial nas semanas, obedecendo o processo de adaptação
da criança, garantindo a segurança na interação por meio de diálogos, jogos,
musicalização e dinâmicas que promovam a ludicidade, evitando contato físico
entre os pares.
7. Limpeza frequente de todo o ambiente escolar, principalmente de superfícies
que são constantemente tocadas pelas pessoas, com atenção especial aos
banheiros e as salas de tempo integral que devem ser limpas com maior
frequência.
8. Os colchonetes devem ser limpos diariamente, e colocados ao sol; ficando
proibido armazená-los no chão, em mesas ou armários;
9. A alimentação deverá acontecer de maneira escalonada no refeitório
respeitando o distanciamento (bancos deverão estar sinalizados) ou pode
ocorrer na própria sala de referência da criança/turma;
10. Isolar provisoriamente o bebedouro, utilizando jarras com água e copos ou
garrafinhas individuais, em todas as salas;
11. Parque: será permitida apenas se a cada grupo de crianças que usar, ele for
higienizado antes e depois;
12. Em casos de crianças e profissionais da educação apresentarem sinais gripais
devem se afastar do ambiente escolar, seguindo as normativas de atendimento e
justificativa médica hospitalar.
13. Suspender todas as ações previstas no calendário de comemorações que
aconteceriam com participação da comunidade escolar: jogos, caminhadas,
culminâncias de projetos, reuniões gerais, comemorações etc.; que culminem
em número excessivo de pessoas.
14. Monitoramento das ações estratégicas nos espaços educativos (registros de
práticas) deve ser realizado pelas gestores/coordenadores ao longo do retorno e
da convivência comunitária, observar diariamente a rotina da escola, a saúde
das crianças e servidores, sistematizar essas informações em um relatório
mensal a ser encaminhado via e-mail ao nuppass.coei@gmail.com;
15. Relatórios quinzenais dos professores, que devem trazer informações sobre

19
adoecimentos, frequência (mesmo em escalonamento), retorno das crianças às
estratégias de adaptação e interação, sugestões. E serão sistematizados pelos
gestores/coordenadores e encaminhados como relatório, conforme item 14.
16. As crianças que não retornarem presencialmente, por decisão da família, terão
sua ausência justificada e interação não-presencial com a unidade educativa,
sentindo-se acolhidas e estimuladas à continuidade das situações de
aprendizagens no seio familiar.
17. A avaliação do desenvolvimento permanece diagnóstica e por meio da
observação contínua das crianças, respeitando seu tempo, limite, emoções e por
meio de registros (diários de classe) e relatórios (quinzenal, mensal...), que
descrevam suas diversas aprendizagens, podendo acrescer portfólio virtual,
construído em parceria com as famílias, para conhecimento das situações e
experiências lúdicas realizadas em casa e na unidade educativa.
18. As crianças terão sua progressão assegurada, mesmo que, por decisão da
família, não frequentem a unidade educativa no atual contexto, conforme
legislação vigente.
Importa ressaltar a atenção e cuidados a servidores e crianças que
comprovadamente se enquadram no grupo de risco. Conforme as orientações dos órgãos
competentes, devem permanecer afastados das atividades presenciais, com a indicação
para o devido distanciamento físico.
Assim, é relevante considerar as crianças do quadro de risco (como por
exemplo, cardiopatas, que precisam de medicamentos de uso contínuo, crianças
deficientes, dentre outros) devem ter atenção, cuidado e planejamento especializado das
atividades pedagógicas, de modo que garantam sua inclusão nos projetos e que tenham
oportunidades para aprenderem a lidar com a permanência no distanciamento das
atividades presenciais da maneira mais saudável possível. A equipe pedagógica da
escola deve, de acordo com as peculiaridades de cada espaço, ser corresponsável pela
garantia desse processo.

Orientações para o Retorno das turmas de Ensino Fundamental

Para este momento aconselhamos um retorno escalonado, a princípio em três etapas:


a) Primeira etapa: as turmas retornarão divididas em três grupos (A, B e C) o
que corresponde a 33,33% do total de alunos de cada turma e da escola de forma geral;

20
b) Segunda etapa: as turmas retornarão divididas em dois grupos (A, B) o que
corresponde a 50% do total de alunos de cada turma e da escola de forma geral;
c) Terceira etapa: retorno de 100% dos alunos da escola.
O procedimento metodológico utilizado na dinâmica de retorno dos alunos será
de forma presencial, que contará com suporte de chips de dados e plataforma digital.

 Orientações para o Ciclo I e Ciclo II do Ensino Fundamental (1º,2º, 3º, 4º e


5º anos)
Nos ciclos I e II utilizaremos a dinâmica que corresponde aos percentuais de
retorno, ou seja, 33,33% no primeiro momento, 50% no segundo e, 100% no terceiro
momento. A presença será através de rodízio diário entre os estudantes.
PRIMEIRO DIA
Em um dia da semana assistirá aula presencial o grupo “A”, enquanto, os
grupos “B” e “C” ficarão em casa.
Fig. 1 – Primeiro dia

SEGUNDO DIA
No dia seguinte, virão os alunos do grupo “B”, os demais ficam em casa.

Fig. 2 – Segundo dia

TERCEIRO DIA
Os alunos do grupo “C” virão à escola e os demais ficarão em casa. Depois, o
ciclo recomeça.
Fig. 3 – Terceiro dia

21
Portanto, os alunos virão um dia à escola e passarão dois dias em casa. Para
isso, o professor deverá preparar atividades a serem realizadas de modo não-presencial;
para o segundo e terceiro dias, estudos que iniciarão em casa e terminarão em sala de
aula no retorno presencial, com utilização do livro didático e o apoio da plataforma
digital junto aos chips de dados.
Depois de completada esta primeira etapa (33,33% ou seja 1/3) de alunos
presenciais em cada dia, passaremos para a segunda etapa de 50% com alunos um dia na
escola e outro em casa. Para isso, o professor passará tarefas de atividades executadas
em casa. Na terceira etapa retornarão todos os alunos, ou seja, 100%, acabando assim o
rodízio. Porém, tudo dependerá do bandeiramento determinado pelas autoridades
sanitárias.

 Orientações para o Ciclo III e Ciclo IV do Ensino Fundamental (6º, 7º, 8º e


9º anos)

Nos ciclos III e IV utilizaremos a mesma dinâmica dos ciclos I e II no que


corresponde aos percentuais de retorno, ou seja, 33,33% no primeiro momento, 50% no
segundo e, 100% no terceiro momento, porém com rodízios de forma semanal. Visto
que, teremos na primeira etapa de retorno 1/3 dos alunos em sala de aula e 2/3 em casa
faremos da seguinte forma:

PRIMEIRA SEMANA
Nesta primeira semana retornam os alunos do grupo "A” que correspondem à
1/3, ou seja 33,33%. Os demais alunos dos grupos “B” e “C” que representam 2/3, neste
momento ficarão em casa estudando o mesmo assunto do grupo A (Fig. 1).

Fig. 1 – Primeira semana

SEGUNDA SEMANA

22
Neste momento retornam os alunos do grupo "B” que correspondem à 1/3, ou
seja 33,33%. Os demais alunos dos grupos “A” e “C” que representam 2/3, neste
momento ficarão em casa, porém, os alunos do grupo “A” estão retornando para casa,
entretanto, neste estágio eles trarão da escola, atividades elaboradas pelo professor,
referentes aos assuntos estudados em sala de aula para esta segunda semana e, para
terceira semana, atividades diferentes que serão explicadas na próxima etapa (Fig. 2).

Fig. 2 – Segunda semana

TERCEIRA SEMANA
Aqui neste terceiro período retornam os alunos do grupo "C” que
correspondem à 1/3, ou seja 33,33%. Os demais alunos dos grupos “A” e “B” que
representam 2/3, neste momento ficarão em casa, porém, os alunos do grupo “B” estão
retornando para casa, entretanto, nesta fase, eles trarão da escola, atividades elaboradas
pelo professor, referentes aos assuntos estudados em sala de aula na segunda semana.
Os alunos do grupo “A” que foram na primeira semana, agora começarão um novo ciclo
com as atividades que previamente foram descritas pelo professor para se iniciar em
casa e terminar na escola na aula presencial na quarta semana (Fig. 3).
Fig. 3 – Terceira semana

QUARTA SEMANA
Nesta quarta semana, o ciclo de rodízio se completa para o grupo A, pois ao
assistir aula na primeira semana, esta equipe (A) levou atividades para fazer em casa na
segunda semana e tarefa para começar a estudar em casa na terceira semana. Agora, este
grupo A retorna para escola enquanto os demais grupos “B” e “C” permanecem em casa
com os mesmos procedimentos do grupo “A” após a primeira semana (Fig. 4)

23
Fig. 4 – Quarta semana

Depois de cumprida esta primeira etapa de 33,33% ou seja 1/3 de alunos


presenciais em cada semana, passaremos para a segunda etapa de 50% com alunos uma
semana na escola e outra em casa. Para isso, o professor passará tarefas de atividades de
sua respectiva disciplina para serem executadas em casa. Na terceira etapa retornarão
todos os alunos, ou seja, 100%, acabando assim o rodízio. Porém, tudo dependerá do
bandeiramento determinado pelas autoridades sanitárias.

Orientações para as Totalidades da Educação de Jovens, adultos e Idosos- EJAI

A Resolução do Conselho Municipal de Educação de Belém n.º 020, de 25 de


maio de 2011, que estabelece as Diretrizes para a oferta da Educação de Jovens e
Adultos, em nível de Ensino Fundamental, na Rede Municipal de Ensino de Belém, em
seu art. 2º expressa que o ensino dessa modalidade será assegurado “mediante
oportunidades educacionais adequadas às suas características, interesses, necessidades,
condições de vida e de trabalho”.
Tal especificidade é considerada na Resolução Federal n.º 01-CNE/CEB, de 05
de julho de 2000, quando destaca que “a identidade própria da Educação de Jovens e
Adultos considerará as situações, os perfis dos educandos, as faixas etárias e se pautará
pelos princípios de equidade, diferença e proporcionalidade na apropriação e
contextualização das diretrizes curriculares nacionais e na proposição de um modelo
pedagógico próprio”.
Nesse período de Pandemia da COVID-19, o Conselho Nacional de Educação
estabeleceu as seguintes diretrizes para a Educação de Jovens, Adultos e Idosos-EJAI:
enquanto perdurar a situação de emergência sanitária, as medidas recomendadas para
EJAI devem considerar as condições de vida dos estudantes numa conexão com a rotina
de estudos e de trabalho.
Para nortear os procedimentos pedagógicos, as estratégias de replanejamento
do ensino e o atendimento aos educandos e às educandas de forma presencial, nessa
modalidade da Educação Básica que atende jovens, adultos e idosos, deve-se considerar

24
o planejamento e efetivação de ações e estratégias que assegurem o atendimento das
características educacionais específicas do estudante da modalidade Educação de
Jovens, Adultos e Idosos- EJAI, por meio da flexibilização espaço-temporal de seu
aprendizado.
Esse contexto da EJAI e suas particularidades devem ser o norte e o
parâmetro para o momento atual em que vivemos com a pandemia do coronavírus e
seus impactos no cotidiano dos indivíduos e da coletividade, em especial ao processo de
ensino-aprendizagem nas Escolas Municipais que ofertam essa modalidade, assim como
pensar, planejar e efetivar estratégias que visem a garantia do direito de aprender dos/as
trabalhadores/as, público predominante dessa modalidade, na tentativa de minimizar os
impactos, lacunas na aprendizagem e prejuízo nos percursos formativos de nossos/as
estudantes e contribuir para a permanência destes na escola e na sua continuidade dos
estudos.
Diante disso, nossa proposição nesse plano de retorno presencial é ressaltar a
importância do tempo vivencial dos sujeitos da EJAI, com atividades educacionais que
articulem os objetivos de aprendizagem das áreas de conhecimento com as vivências e
saberes dos/as estudantes em sua família, na comunidade, no território, no mundo do
trabalho, na cultura, na saúde, no meio ambiente e articuladas às concepções de
cidadania, aos valores e ao conhecimento científico dos diversos componentes
curriculares.
Dentre as estratégias metodológicas orientamos a efetivação de 03 etapas para
o retorno escalonado:
a) Primeira etapa: as turmas retornarão divididas em três grupos (A, B e C) o
que corresponde a 33,33% do total de educandos(as) de cada turma e da escola de forma
geral;
b) Segunda etapa: as turmas retornarão divididas em dois grupos (A, B) o que
corresponde a 50% do total de educandos(as) de cada turma e da escola de forma geral;
c) Terceira etapa: retorno de 100% dos educandos(as) da escola.
Esclarecemos que a execução dessas três etapas na íntegra dependerá da
situação de momento da pandemia, ou seja, estará submetida ao bandeiramento
determinado pelas autoridades sanitárias do nosso estado e município.

 Orientações para a 1ª e 2ª totalidades da EJAI


Visto que teremos na primeira etapa de retorno 1/3 dos educandos em sala de

25
aula e 2/3 em casa. Nas 1ª e 2ª totalidades para um rodízio diário de todos os
educandos(as) precisaremos de 5 dias de semanas de aula, visto que são três grupos de
estudantes e, isso se dará da seguinte forma:

PRIMEIRO DIA
Neste primeiro dia retornam os educandos do grupo "A” que correspondem à
1/3, ou seja 33,33%. Os demais educandos dos grupos “B” e “C” que representam 2/3,
neste momento ficarão em casa estudando o mesmo assunto do grupo A a partir de
material impresso e entregue aos educandos na escola pelo menos uma semana antes do
inicio desse retorno presencial. E os educandos do grupo A levarão atividades para
estudarem e fazerem referentes ao segundo e o terceiro dia (Fig. 1).

SEGUNDO DIA
Neste momento retornam os alunos do grupo "B” que correspondem à 1/3, ou
seja 33,33% e entregarão as atividades recebidas anteriormente ao professor que por sua
vez retomarão essas atividades em sala de aula e entregarão a esse grupo atividades para
o terceiro e quarto dia . Os demais alunos dos grupos “A” e “C” que representam 2/3,
neste momento ficarão em casa e neste estágio os educandos do grupo A trouxeram do
primeiro dia as atividades do atividades impressas elaboradas pelo professor, referentes
aos assuntos estudados em sala de aula para este segundo dia e os do grupo C receberam
atividade prévia para o primeiro e esse segundo dia (Fig. 2).

26
TERCEIRO DIA
Aqui neste terceiro dia retornam os educandos do grupo "C” que correspondem
à 1/3, ou seja 33,33% e os mesmos entregarão as atividades referentes ao primeiro e
segundo dia para que o professor retome em sala de aula. Os demais educandos dos
grupos “A” e “B” que representam 2/3, neste momento ficarão em casa, porém, os
educandos do grupo “B” estão retornando para casa, entretanto, nesta fase, eles trarão da
escola, atividades impressas elaboradas pelo professor, referentes aos assuntos
estudados em sala de aula no terceiro e quarto dias. Os estudantes do grupo “A” que
foram no primeiro dia, trouxeram as atividades referentes ao segundo e a esse terceiro
dia (Fig. 3).

QUARTO DIA
Neste quarto dia semana, o ciclo de rodízio diário retorna com o grupo A, pois
ao assistir aula na primeira semana, esta equipe (A) levou atividades para fazer em casa
no segundo e terceiro dias, entregando-as ao professor para retomá-las em sala de aula
e tarefa para começar a estudar em casa no quinto dia da semana e para os dias da
semana seguinte, algo parecido com a “sala de aula invertida”, onde o aluno inicia os
estudos em casa e complementa em sala de aula. Agora, este grupo A retorna para
escola enquanto os demais grupos “B” e “C” permanecem em casa com os mesmos
procedimentos do grupo “A” (Fig. 4).

27
QUINTO DIA
Neste quinto dia semana, o ciclo de rodízio diário retorna com o grupo B, pois
ao assistir aula no segundo dia, trará as atividades e entregará ao professor para retomá-
las em sala de aula e esta equipe levará atividades para fazer em casa na segunda
semana. Agora, o grupo A e C estarão fazendo as atividades em casa, as quais foram
entregues na escola quando estavam estudando de forma presencial (Fig. 4). E o rodízio
continua na semana seguinte com o grupo C na escola e os grupos A E B desenvolvendo
atividades em casa e o rodízio continua sucessivamente até a última semana do mês.

Obs: Por entendermos essas turmas como essencialmente alfabetizadoras, que


primam por atividades que envolvam e conectem a oralidade, a leitura e a escrita,
propomos na medida do possível a utilização de atividades impressas para as aulas
presenciais ou atividades orientadas no caderno dos educandos e também em relação às
atividades dos dias seguintes para os educandos fazerem em casa.
Depois de cumprida esta primeira etapa de 33,33% ou seja 1/3 de alunos
presenciais num rodízio diário, passaremos para a segunda etapa de 50% com alunos um
dia na escola e outro em casa. Para isso, o professor passará tarefas de atividades de sua
respetiva disciplina para serem desenvolvidas em casa. Na terceira etapa retornarão
todos os educandos, ou seja, 100%, acabando assim o rodízio. Porém, tudo dependerá
do bandeiramento determinado pelas autoridades sanitárias.

 Orientações para a 3ª e 4ª totalidades


Visto que, teremos na primeira etapa de retorno 1/3 dos alunos em sala de
aula e 2/3 em casa sugerimos da seguinte forma:
Nas 3ª e 4ª totalidades para um rodízio semanal completo de todos os
educandos(as) precisaremos de quatro semanas de aula, visto que são três grupos de
estudantes e, isso se dará da seguinte forma:

PRIMEIRA SEMANA
Nesta primeira semana retornam os educandos(as) do grupo "A” que
correspondem à 1/3, ou seja 33,33%. Os demais educandos(as) dos grupos “B” e “C”
que representam 2/3, neste momento ficarão em casa estudando o mesmo assunto do
grupo A (Fig. 1).

28
SEGUNDA SEMANA
Neste momento retornam os educandos(as) do grupo "B” que correspondem à
1/3, ou seja 33,33%. Os demais educandos(as) dos grupos “A” e “C” que representam
2/3, neste momento ficarão em casa, porém, os alunos do grupo “A” estão retornando
para casa, entretanto, neste estágio eles trarão da escola, atividades elaboradas pelo
professor, referentes aos assuntos estudados em sala de aula para esta segunda semana
e, para terceira semana, atividades diferentes que serão explicadas na próxima etapa
(Fig. 2).

TERCEIRA SEMANA
Aqui neste terceiro período retornam os educandos(as) do grupo "C” que
correspondem à 1/3, ou seja 33,33%. Os demais educandos(as) dos grupos “A” e “B”
que representam 2/3, neste momento ficarão em casa, porém, os estudantes do grupo
“B” estão retornando para casa, entretanto, nesta fase, eles trarão da escola, atividades
elaboradas pelo professor, referentes aos assuntos estudados em sala de aula na segunda
semana. Os estudantes do grupo “A” que foram na primeira semana, agora começarão
um novo ciclo com as atividades que previamente foram descritas pelo professor para se
iniciar em casa e terminar na escola na aula presencial na quarta semana (Fig. 3).

29
QUARTA SEMANA
Nesta quarta semana, o ciclo de rodízio se completa para o grupo A, pois ao
assistir aula na primeira semana, esta equipe (A) levou atividades para fazer em casa na
segunda semana e tarefa para começar a estudar em casa na terceira semana, quando o
educando inicia os estudos em casa e complementa em sala de aula. Agora, este grupo
A retorna para escola enquanto os demais grupos “B” e “C” permanecem em casa com
os mesmos procedimentos do grupo “A” após a primeira semana (Fig. 4)

Obs: De acordo com a realidade de cada escola e dos(as) educandos, sugerimos


o envio de atividades pelos grupos de whatsapp, tais como: vídeos de curta duração,
áudios, textos, músicas e outras possibilidades de acordo com a realidade de cada
escola, assim como propomos a utilização de atividades impressas para as aulas
presenciais e para as atividades que os educandos realizarão em sua casa.
Depois de cumprida esta primeira etapa de 33,33% ou seja 1/3 de alunos
presenciais em cada semana, passaremos para a segunda etapa de 50% com
educandos(as) uma semana na escola e outra em casa. Para isso, o professor passará
tarefas de atividades de sua respetiva disciplina para serem desenvolvidas em casa. Na
terceira etapa retornarão todos os alunos, ou seja, 100%, acabando assim o rodízio.
Porém, tudo dependerá do bandeiramento determinado pelas autoridades sanitárias.

Dentre as orientações pedagógicas, sugerimos a efetivação das seguintes:


- Organizar um plano de trabalho referente ao acolhimento dos educandos e

30
educadores ao contexto escolar de forma presencial;
- No mês anterior ao inicio do retorno presencial, a coordenação pedagógica
orientará os professores a organizarem as atividades pensando na semana em que os
educandos ficarão em casa para estudar as temáticas dos componentes curriculares;
- Ao organizar as atividades impressas considerar os objetivos de
aprendizagem que constam no Diário de Classe de cada totalidade, assim como os
critérios de avaliação presentes no Registro-síntese e o percurso de aprendizagem dos
educandos nas atividades remotas;
- É importante a coordenação pedagógica e direção dialogar com os
professores e os educandos para sensibilizar quanto ao retorno das aulas
semipresenciais, como serão organizadas e as medidas sanitárias;
- Os professores devem considerar a flexibilidade na avaliação da
aprendizagem durante a pandemia;
- Necessidade de revisão de planejamento dos professores, considerando o
retorno semi-presencial;
- Revisão do plano de ação da coordenação pedagógica contendo ações de
intervenção, de enfrentamento à evasão escolar e à retenção escolar, assim como
organizar momentos de estudos, de análise das avaliações diagnósticas e os possíveis
encaminhamentos de atividades, revisão e sistematização dos objetivos de
aprendizagem na Hora pedagógica;
-É importante levar em consideração as dimensões social, emocional e familiar
vinculadas e relacionadas ao mundo do trabalho dos educandos e educandas ;
-É importante que os professores(as) façam os registros da participação dos
estudantes na produção das atividades semi-presenciais a partir da realização das
atividades solicitadas e/ou orientadas;
-Realização das ações do projeto de aulas extraclasse: a articulação dos estudos
presenciais com os estudos extraclasse será definida pelas escolas no plano de ação, de
acordo com o projeto pedagógico, sob a orientação docente e acompanhamento do
serviço técnico-pedagógico, conforme consta na Resolução Municipal 020/2011;
- Material impresso com atividades para serem entregues aos educandos: O
professor organizaria as atividades com as datas que seriam complementares às
atividades trabalhadas de forma presencial e entregues aos educandos que por sua vez
devolveriam as atividades realizadas ao professor em sala de aula. É importante que os
professores façam os registros da participação dos estudantes na produção das

31
atividades a partir da realização das atividades solicitadas;
- Na organização das atividades impressas torna-se necessário pensar no
tamanho e tipo das fontes ampliadas devido aos nossos educandos jovens, adultos e
idosos ou aqueles e aquelas que apresentam problemas na visão, assim como pensar nas
demais especificidades/necessidades dos educandos com deficiências, daí tornar-se
necessário que a escola dialogue com o setor responsável, no caso o CRIE- Centro de
Referência de Inclusão Educacional . Recomenda-se ainda o uso da caneta hidrográfica
cor preta ou azul.
- No campo da formação: Realização de formação continuada aos professores e
Coordenadores pedagógicos e oficinas para os educandos e educadores, visando
minimizar os impactos emocionais causados pela pandemia; Formação de grupos de
discussão e de estudos sobre diversas temáticas (planejamento, avaliação, Hora
pedagógica e outros) com os professores sob a responsabilidade da Coordenação
pedagógica via ferramentas digitais (Google Meet outros); Formação continuada sobre o
desenvolvimento das chamadas “competências socioemocionais”, tais como a
resiliência, a adaptabilidade, a confiança e a tolerância ao estresse e à frustração; Rodas
de conversa entre os professores, coordenação pedagógica e educandos da EJAI para
dialogar sobre o contexto da pandemia e o processo de ensino-aprendizado na EJAI,
bem como a elaboração de estratégias para o planejamento de ensino e possíveis
metodologias a serem utilizadas no contexto escolar; Roda de conversa com os
coordenadores pedagógicos e professores da EJAI para a elaboração de estratégias de
replanejamento de ensino, visando o atendimento dos alunos de forma semi-presencial,
assim como definir caminhos para a readequação das metodologias de ensino e
readequação do processo avaliativo; Ação intersetorial desenvolvida pelas Secretarias
que compõem a Prefeitura Municipal de Belém, envolvendo especialmente as áreas da
Saúde e da Assistência Social que contribua para minimizar os impactos emocionais,
físicos e cognitivos no formato de formação e que discutam as seguintes questões: como
apoiar no diagnóstico do estado emocional de cada educando(a), de cada educador(a);
reforçar as competências dos estudantes de enfrentamento a situações adversas; e, até
mesmo, reforçar os protocolos e orientações de saúde;
- Sugerimos que os(as) educandos(as) com dificuldades no acesso á internet
possam utilizar o computador do Laboratório de Informática de suas escolas para o
estudo e desenvolvimento das atividades encaminhadas pelos professores no whatsapp e
ficando sob a orientação do professor responsável por esse espaço. Por isso

32
consideramos importante a parceria do professor dos componentes curriculares com o
professor do referido Laboratório;
- Garantir e planejar o Conselho de Totalidade como instância democrática e
participativa necessária para avaliar o processo de ensino-aprendizagem e para um
repensar das práticas pedagógicas e como será organizado nesse contexto de pandemia;
- Organizar um Plano de trabalho de retorno semi-presencial, considerando o
acolhimento aos educadores(as), educadores(as), bem como constar um instrumental de
acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos professores, das atividades e do
percurso de aprendizagem dos educandos

VI – POSSIBILIDADES DE AÇÕES EDUCATIVAS NO CONTEXTO


DO ENSINO PRESENCIAL
Devido o contexto adverso da pandemia do Novo Coronavírus em que estamos
vivenciando desde o ano de 2020, uma medida necessária foi a suspensão do trabalho
presencial nas escolas e traçar estratégias educativas não-presenciais e semipresenciais.
Todos nós estamos aprendendo nesse processo, nos reinventando, fazendo uso de
metodologias educativas com base na inventividade e criatividade.
Assim, levando em consideração a dialogicidade, autonomia e trabalho coletivo, as
escolas vêm realizando jornadas pedagógicas em encontros virtuais, debates com
profissionais das Universidades, Movimentos Sociais e outros para realizar o
planejamento de atividades do ano letivo de 2021.
A DIED vem acompanhando o movimento que os educadores estão realizando e
nesse tópico iremos listar algumas possibilidades de ações educativas no contexto do
ensino presencial, com base em várias ações que as unidades escolares já estão
propondo, por meio desse compartilhamento de informações podem surgir novas ideias
de atividades a serem trabalhadas com os estudantes da RME.

Quadro 1 - Ações Desenvolvidas. Estratégias Metodológicas. Orientações. Acompanhamento de


aprendizagem (Registro).

Sugestões de Algumas Acompanhamento de


Ações a serem Estratégias Orientações aprendizagem
Desenvolvidas Metodológicas (Registro)

33
Encaminhamento de Entrega de atividades impressas, Acompanhamento das
atividades impressas acompanhadas pelos docentes da realizações das atividades
quinzenais. turma e da Coordenação por meio de aplicativos de
pedagógica; mensagens e registros de
entrega e devolução.

Construção de Construção de folderes e Portifólio das atividades ou


portfólios de informativos de orientação, nos Eixos Temáticos.
Elaboração de atividades dos quais constarão orientações com
atividades estudantes. relação aos procedimentos,
semipresenciais e protocolos e medidas sanitárias em
planejamento anual, tempos de pandemia da Covid-19,
por equipe de cada os quais serão disponibilizados
ano dos para os gestores escolares e
ciclos/Totalidades famílias em formato digital ou
impresso em Portable Document
Format (PDF).
Vídeo aulas, aulas Executável por meio de áudio/visual Diário de bordo: Objetivos
via rádios ou textos impressos. de aprendizagem.
comunitárias, áudios OBS: informações que
poderão subsidiar o registro
gravados
síntese
encaminhados por
aplicativos de
mensagens.
Uso de plataformas Executável por meio de áudio/visual
(Google Meet), ou textos impressos
canais, redes digitais
Desenvolvimento de e jogos interativos
atividades que (digitais ou Realizar registros das aulas
promovam o analógicos), com nos diários de classe.
desenvolvimento da atividades diversas.
leitura e escrita, Livros didáticos do Vivências de mediação de leituras,
primando pela PNLD (Programa contação de histórias, dicas de
formação de leitores, Nacional de Livro livros.
bem como do Didático).
raciocínio lógico Disponibilização de Autocorreção da atividade
matemático, visando Livros e atividades realizada feita mediante orientação
a em PDF, de em vídeo gravado pelo professor.
interdisciplinaridade. conteúdos
audiovisuais, acesso
às bibliotecas
virtuais, e-books, etc.
Diálogos com Utilização dos meios de Solicitar aos pais/estudantes
escritores, comunicação e de aplicativos de os registros das atividades
ilustradores e mensagens para a comunicação realizadas.
contadores de com as os estudantes e suas
histórias. famílias.
Dinâmicas de Construção e/ou retomada do blog
leituras dos textos da escola para sistematização e
disponibilização das atividades em
arquivos digitais.

34
Podcasts de Elaboração de áudios e vídeos
docentes e curtos trazendo explicações das
estudantes da RME atividades propostas

Indicação de vídeos, Brincadeiras da As devolutivas das atividades


livros, músicas e realizadas podem acontecer por Atualização do Siga
cultura popular
realização de blog meio de fotos, comentários,
pelo estudante. correção (gravadas por
vídeo/áudio), formulários e
relatórios.
Estimulação Produção de histórias em
sensorial e quadrinhos e representação em
psicomotora vídeos;
Fonte: Relatório das ações das escolas no ano de 2020 e informações coletadas nos formulários Google
aplicados aos(as) professores(as) no ano de 2021.

VI. COLEGIADO DA DIED/SEMEC

1. Educação Infantil

A Coordenação da Educação Infantil (COEI) considera que são muitos os limites


e desafios que estamos enfrentando, uma vez que nossas crianças de zero a cinco anos
estão em quarentena, isoladas em suas casas sem poder frequentar, cotidianamente, os
espaços educativos institucionais.
A RME de Belém está, em 2021, vivendo um novo tempo de gestão pública. Um
tempo de esperançar e resgatar os princípios de uma educação democrática e popular
para os profissionais de Educação (docentes e não docentes) da SEMEC.
Neste cenário, o planejamento da educação infantil visa assegurar formas
didáticas alternativas e criativas que superem o desafio de cuidar-educar para além do
espaço físico das unidades educativas. Temos a certeza que neste tempo novo de gestão
pública na educação municipal, seguiremos firmes na luta por uma educação infantil de
qualidade referenciada socialmente, embasados no entendimento de que “nada para as
crianças, sem as crianças”, e assim, alinhar diretrizes filosóficas freireanas que
considerem práticas dialógicas, emancipatórias, libertárias, que dialoguem a
importância da pluralidade, interculturalidade, afetividade e a humanidade.
É importante ressaltar que as orientações pedagógicas e curriculares da
Educação Infantil estão pautadas nos eixos estruturantes das interações e brincadeiras,

35
cujos princípios que suleiam3 a produção do conhecimento nas unidades educativas
perpassam pelos princípios éticos, políticos e estéticos, entendendo que as propostas e
ações desenvolvidas por estas Unidades devem perpassar pela importância que tem a
mediação e “articulação com as famílias e a comunidade” (Art. 12, LDB/1996) neste
processo de construção de atividades semipresenciais na educação infantil.
Outro destaque nas orientações pedagógicas à educação infantil é a garantia do
cuidado como algo indissociável do processo educativo, considerando que, aos nossos
bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas sejam preservados os direitos de
aprendizagem que abrangem o conviver, o brincar, o participar, o explorar, o expressar
e o conhecer-se.
Os campos de experiências podem ser trabalhados considerando o paradigma do
desenvolvimento integral da criança da educação infantil. Ainda assim, é importante
destacar em cada planejamento do trabalho pedagógico, a defesa da concepção de
criança como um sujeito histórico e de direitos, percebendo-a como o centro desta
proposta pedagógica. Ademais, a unidade educativa é considerada neste contexto de
construção coletiva como ponto de cultura da comunidade escolar e do seu entorno, se
valendo de “progressivos graus de autonomia pedagógica” (Art. 15, LDB/1996) para
desenvolver diversificadas formas de ações educativas em tempos desafiantes que a
pandemia nos trouxe nos dias atuais.
Nesses termos, a equipe da COEI, em consonância com as experiências
vivenciadas por professores(as) da RME desde o início da pandemia, sugere, neste
plano de Retorno presencial e através dos assessoramento aos professores da RME,
algumas ideias e inventividades para o trabalho pedagógico na educação infantil tendo
como base a importância da arte e suas múltiplas modalidades (visual, sonora, literária e
cênica) para esta etapa da educação básica.

2. Ensino Fundamental

A Coordenadoria do Ensino Fundamental (COEF) em conformidade com a Lei


de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN) n.º 9.394/1996, com as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (DCNEF) de 9 (nove) anos e com a

3
Que conduzem, direcionam ou orientam.

36
Resolução CME/Belém n. 004/20114 pauta suas ações nos princípios de solidariedade
humana e na igualdade de condições de acesso e permanência de estudantes do ensino
fundamental nas escolas da RME de Belém com vistas a colaborar para uma formação
básica do cidadão.
Neste sentido, o Ensino Fundamental ofertado nas escolas da Rede Municipal de
Ensino de Belém organizar-se em Ciclos de Formação tendo como pressuposto a
estruturação do trabalho educativo, de modo a atender os estudantes em seus tempos
e/ou ritmos diferenciados de formação e desenvolvimento, a compreensão e o
reconhecimento da aprendizagem como direito estudantil, a garantia da flexibilização
dos tempos de aprender, ensinar e desenvolver, e além de tudo, compreender o educando
como sujeito social, histórico e cultural da aprendizagem (BELÉM, 2011).
Partindo desta premissa, a oferta de educação para crianças, jovens e adultos em
tempo de pandemia impôs a esta coordenadoria uma intensa jornada de trabalho para
repensar novas formas de ensino, ressignificar práticas pedagógicas e estabelecer novas
formas de diálogos com a comunidade escolar que pudessem diminuir os impactos
causados pela pandemia no contexto educacional, principalmente no que diz respeito à
cultura digital que se mostrou uma importante aliada no processo de ensino e
aprendizagem em tempos de pandemia, mas também deixou evidente uma profunda
desigualdade educacional e social no ensino público.
Diante deste contexto e com base numa educação pautada na perspectiva
dialógica, cidadã e humanizadora, a COEF propõe como princípio pedagógico o diálogo,
que as escolas precisam manter com estudantes e suas famílias, pois fortalecer este
princípio, estreita o vínculo da comunidade escolar, gerando maior receptividade por
parte dos/as estudantes sob os novos mecanismos de ensino sobretudo em tempo de
pandemia.
Diante do atual momento e amparados pela Lei Federal nº 14.040, de 18 de
agosto de 2020 que estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas
durante a pandemia, a COEF orienta que o processo de ensino presencial para os Ciclos
de Formação do Ensino Fundamental deve estar apoiado em ações pertinentes ao
contexto e idade dos(as) estudantes, sempre visando a manutenção dos vínculos entre

4
Resolução alterada pela resolução CME n.º 11, de 23 de dezembro de 2016 – Altera o parágrafo 3º do
art. 4º e o art. 15 da Resolução n.º 40, de 21 de dezembro de 2011, que dispõe sobre a organização e
diretrizes do Ensino Fundamental em Ciclos de Formação, nas escolas da Rede Municipal de Ensino de
Belém/PA.

37
estudante-professores-escola e que o acesso seja oportunizado à todos(as) os(as)
estudantes buscando diferentes formas de comunicação/interlocução, observando ainda,
todos os protocolos de higienização, proteção e cuidados relativos à propagação de
Covid-19, para todos os envolvidos nas ações. Nesta perspectiva considera-se:
● A previsão de retomada do ano letivo será gradual, de forma presencial,
organizado individualmente por cada escola, de tal forma que se cumpra todos os
protocolos já elucidados pelas autoridades de saúde para que se evite a
aglomeração e possibilidades de contágio pelo Coronavírus e se garanta o direito
de aprender de cada criança/estudante;
● As aulas semipresenciais serão organizadas por cada escola considerando o
espaço físico, o número de turmas e quantidade de estudantes por turma.
● O retorno das atividades pedagógicas semipresenciais, organizado por cada
escola, deverá acontecer de forma gradual e com rodízio semanal, respeitando as
normas do distanciamento social, sendo necessária a reorganização do horário de
aula.
● Após a segunda dose da vacina e definição de fatores favoráveis ao retorno, fica
estabelecido, a princípio, o retorno presencial dos alunos às atividades escolares
em quatro etapas:
● 1ª etapa - retorno de um terço (33%) do total dos alunos, na condição de
revezamento entre atividades presenciais e não presenciais.
● 2ª etapa - retorno de 50% do total dos alunos, na condição de revezamento entre
atividades presenciais e não presenciais, a depender das condições de segurança à
saúde.
● 3ª etapa – retorno de 100%, ficando à critério dos pais e/ou responsável o retorno
dos alunos à escola, principalmente àqueles do grupo de risco.
● Vale destacar que a retomada às aulas de forma gradual, com a complementação
do ensino à distância, ocorrerá durante um determinado período para atender as
necessidades educacionais dos alunos e alunas enquanto houver restrições
provocadas pela pandemia.
● Para os anos iniciais as turmas serão organizadas em grupos presenciais com
rodízio diário e para os anos finais com rodízio semanal.

3. Educação de Jovens, Adultos e Idosos

38
Nesta gestão, a Coordenação da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (CEJAI)
foi reconstituída, por entender que a referida modalidade de educação é prioridade. Este
coletivo é responsável por realizar formação aos professores e assessoramento às 34
(trinta e quatro) escolas da Rede Municipal que ofertam a EJAI. Além disso, está à frente
da organização das ações do “Centenário Paulo Freire: Belém, cidade alfabetizada e
educadora”. Para isso, foi criado um Grupo de Trabalho-GT que, em parceria com
Instituições de Ensino Superior e movimentos sociais, organizará um grande movimento
de alfabetização em Belém e ações comemorativas ao Centenário natalício de Freire, que
será celebrado no dia 19 de setembro de 2021. O grupo tem como atribuições gerais:
planejar, organizar, realizar, acompanhar e avaliar ações alusivas ao Centenário de Paulo
Freire na cidade de Belém.
Nesse sentido, ao longo do ano letivo 2021, as escolas municipais podem se
organizar e propor ações referentes ao centenário de Paulo Freire, como projetos, rodas
de conversa, oficinas, mini cursos, eventos artísticos e culturais em parceria com a
biblioteca, sala de leitura, sala de informática, sala de recursos multifuncionais para
celebrar essa data histórica e afirmar o legado de Paulo Freire como matriz de referência
em diálogo com outras concepções emancipatórias de educação.
A EJAI é constituída por uma população de trabalhadores e/ou filhos de
trabalhadores, que não tiveram oportunidade de frequentar os bancos escolares, ou que
precisaram interromper os estudos por diversos motivos, buscando nesta modalidade a
alternativa para conclusão do ensino fundamental e médio. São jovens, adultos e idosos
com suas histórias de vidas, diversidades culturais, saberes, experiências sociais diversas
que compreendem a escola como espaço de construção de saberes, bem como um
território de convívios sociais e formação de identidades, interrompidas pela atual
conjuntura pandêmica.
No município de Belém, a referida modalidade está organizada em I, II, III e IV
Totalidades do Conhecimento, constituídas por um desenho curricular que visa o
atendimento das especificidades de aprendizagem dos nossos estudantes. Nas
Totalidades do Conhecimento prioriza-se a relação conhecimento sistematizado,
realidade existencial e o processo educativo é construído como um ato político, pois
segundo Paulo Freire o processo de ensino aprendizagem precisa levar em consideração
o contexto social, histórico, cultural, econômico em que o educando está inserido, o seu
universo vocabular, a oralidade, experiências de vida, saberes, histórias de vida, ou seja,
esse processo educativo não pode ser compreendido como “depósito de conteúdos, mas

39
a da problematização dos homens em suas relações com o mundo” (FREIRE, 1999, p.
67).
Considerando essas questões e diante do contexto da pandemia que tem
ocasionado o agravamento da pobreza, desemprego crescente, vulnerabilidade social, a
escola tem um papel fundamental no que diz respeito ao direito à educação de jovens,
adultos e idosos, respeitando as especificidades desse público, os conflitos
intergeracionais presentes nessa modalidade, o processo de juvenilização, pelo qual vem
passando, com a chegada de muitos adolescentes nos turnos vespertino e noturno.
Portanto, as unidades escolares que ofertam a EJAI têm autonomia para se
organizar por meio de várias estratégias metodológicas (Ver Quadro 1), dependendo do
contexto de cada estabelecimento de ensino, levando em consideração as especificidades
da modalidade de ensino, dos estudantes atendidos e da situação adversa em que estamos
vivenciando para planejar metodologias de ensino aprendizagem, a serem realizadas
nesse contexto de pandemia.

4. Educação do Campo, das Águas e das Florestas

A Coordenação do Campo, das Águas e das Florestas (COECAF) traz como


reflexão nesse documento que o direito de estudar no campo com suas especificidades
territoriais e dos sujeitos, foi conquistado ao longo de décadas, pauta de lutas
protagonizada pelos trabalhadores do campo e suas organizações sociais. A
materialização dessas lutas é a educação do campo como garantia de políticas públicas
aos povos e comunidades tradicionais que, historicamente, foram excluídos das pautas
educacionais, como ribeirinhos, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores
e extrativistas, sendo inseridos no contexto social com seus direitos assegurados.

Ao destacar a Educação do Campo como a materialização das lutas dos sujeitos


do campo, das águas e das florestas, é fundamental pensar qual escola está sendo
discutida e de que forma essa educação é desenvolvida, portanto, é preciso pensar em
sintonia com os indivíduos que vivem no campo, as especificidades de cada território,
as relações de trabalho, a cultura e, principalmente, as práticas educativas desenvolvidas
pela escola, compreendendo-os como sujeitos de direito. Nesse sentido, a escola, no

40
contexto da educação do campo, é um espaço de vida e de territorialização dos saberes
contidos na vivência dos educandos com a terra, a água, as lutas e a sua (re)existência.

A Educação do Campo atendida pela SEMEC abrange as ilhas do Combu,


Grande e comunidade de Várzea, denominadas de Ilhas Sul e comunidade do Caruaru,
comunidade de Bacabeira, comunidade de Sucurijuquara, denominadas de Ilhas Norte,
além dos assentamentos Mártires de Abril e Paulo Fonteles e a comunidade da Baía do
Sol.
Compreendendo que a reflexão deva ser permanente para que as práticas
pedagógicas tenham êxito e relevância nesse momento atual e peculiar que vivemos de
pandemia, torna-se de suma importância a revisão periódica das metodologias
desenvolvidas e o acompanhamento pedagógico da escola com os estudantes. Nessa
perspectiva, dentro das reais possibilidades metodológicas de ensino-aprendizagem nas
escolas do campo, das águas e das florestas, recomendamos os recursos e atividades
expostos no quadro 01.

5. Educação Especial e Inclusiva

O Centro de Referência em Inclusão Educacional “Gabriel Lima Mendes (CRIE)


foi criado em 2013 e inaugurado em 2015 para promover e fomentar a inclusão de
estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro do Autismo-TEA e Altas
habilidades/Superdotação na RME de Belém. O trabalho é realizado por meio dos
Núcleos, Programas e Projetos que realizam atendimento especializado ao estudante e
suas famílias. A Prefeitura de Belém, por meio da SEMEC, responsável pela Educação
Básica, da Educação Infantil ao Fundamental, vem também promovendo cada vez mais
a educação especial no município, conforme determina a Lei nº 13.146/15 – Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI).
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(BRASIL, 2008) assegura o Atendimento Educacional Especializado - AEE para
estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e altas
habilidades/ superdotação matriculados no ensino regular (BRASIL, 2010; 2011; 2015).
Com o contexto da pandemia há a necessidade de criar estratégias para o AEE cumprir
medidas, protocolos de segurança de prevenção da Covid-19, bem como o

41
distanciamento social, regulamentados pela Portaria n.º 01/2021-GABS/SEMEC, de 04
de janeiro de 2021 e Ofício Circular n.º 29/2021-GABS, de 18 de janeiro de 2021.
Desta forma, ao considerar o retorno das aulas no ano letivo de 2021 na RME, o
CRIE estabelece as atividades referentes ao Plano de orientações do AEE, realizado
para os estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e altas
habilidades/superdotação e matriculados na referida Rede.
A orientação aos estudantes, público da Educação Especial da RME vinculados
ao CRIE, é retornarem ao AEE pela modalidade de ensino presencial, sendo acordado
com a escola e os responsáveis/família, o termo de aceite das atividades que serão
realizadas no período letivo de 2021.
O AEE presencial acontecerá por meio da disponibilização de materiais
compatíveis ao Plano de Atendimento Individualizado de cada estudante de AEE,
elaborados pelos professores de Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), em
cooperação com os professores regentes da escola e os Núcleos e Programas do CRIE.
Para tanto, o professor da SRM tomará conhecimento da demanda de estudantes do
AEE matriculados na escola pelo Sistema de Informação e Gestão Acadêmica (SIGA) e
atualização constantemente os dados referentes aos fluxos de entrada e saída desses
estudantes.
As formações para professores das SRM, assessoramento dos professores
referências dos distritos administrativos aos professores das SRM, em conjunto com os
Núcleos e Programas do CRIE serão realizadas, em salas virtuais para fins de
organização, planejamento, execução e avaliação do trabalho pedagógico desenvolvido
na RME
Os Núcleos e Programas compostos de equipes multiprofissionais do CRIE
continuarão com suporte às escolas com vistas a garantir o assessoramento técnico-
pedagógico e especializado aos profissionais e suporte educacional aos estudantes do
AEE, bem como momentos formativos versando sobre a educação inclusiva.
O retorno às atividades dos estudantes do AEE, na modalidade presencial, está
condicionado à avaliação dos resultados de estudos científicos realizados pelas
autoridades de saúde responsáveis por produzir dados embasados nos índices de
contaminação e decretos municipais publicados sobre a pandemia de Covid-19 em
decorrência desses estudos.

6. Educação para as Relações Étnico-Raciais

42
A criação da Coordenadoria de Educação para as Relações Étnico-Raciais na
RME contempla uma demanda de atendimento aos seguintes marcos legais: a Lei n.º
10.639/2003 e a Lei n.º 11.645/2008, a Resolução n.º 01/2004, o Parecer n.º 03/2004 e o
Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
das Relações Étnico-Raciais e o para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e
Africana. Além disso, corresponde ao definido pelas Diretrizes do Programa de Governo
da atual gestão municipal, e no que tange à Política Educacional do referido governo faz
jus aos princípios preconizados: Educação, Direito de Todos(as) e Dever do Estado; e
Inclusão Social.
A partir da concepção de currículo necessária para a formação integral dos
estudantes, consideramos a temática das relações étnico-raciais na perspectiva da
educação libertadora. Para tanto, compreendemos a formação de professores como ação
estruturante para superação do racismo e da discriminação, entendendo a escola como
um dos espaços de convivência em que as diversas relações tendem a proporcionar o
desenvolvimento social, cultural e identitários e suas representações, o qual interfere na
sociabilidade dos estudantes (COELHO; SILVA, 2015).
Neste sentido, entendendo que a escola pode ser o lugar em que “aprendemos e
compartilhamos não só conteúdos e saberes, mas, também, valores, crenças e hábitos,
assim como preconceitos de raça, de gênero, de classe e de idade” (GOMES, 2003, p.
170), mas, consideramos também, espaço escolar como um meio propício para a
aprendizagem, para o pleno exercício do convívio, do respeito, da construção, do
desenvolvimento e do reconhecimento de identidades.
Diante do contexto da pandemia de Covid-19, os desafios para o
desenvolvimento das ações junto à escola, evidenciam-se desde as questões estruturais,
como acesso, até questões que envolvem a resistência à temática, mas por meio da
formação permanente e do estabelecimento de parcerias com as demais coordenações da
DIED, órgãos governamentais, não-governamentais e de representações de categoria, o
enfrentamento ao racismo e à discriminação será desenvolvido inicialmente por meio da
identificação das dificuldades e demandas da RME, para posterior realização de
formações permanentes, de maneira on line, sobre diversos temas que instrumentalizem
e qualifiquem a práxis educativa no sentido de promover uma aprendizagem
significativa, dialógica e democrática.

43
7. Educação Escolar dos Indígenas, Imigrantes e Refugiados

A partir do reconhecimento dos povos Warao5 como sujeitos indígenas,


imigrantes e “refugiados” de direitos universais na cidade de Belém, nos convoca
enquanto governo municipal a criar políticas específicas e diferenciadas para atender
com dignidade e responsabilidade esses e outras(os) cidadãs(os) de caráter
transterritorial da e na pan-amazônia. A SEMEC, alinhado às diretrizes democráticas do
Governo da nossa Gente, criou no âmbito da pluriversalidade regida pela DIED, a
Coordenação de Educação Escolar dos Indígenas, Imigrantes e Refugiados (CEIIR), para
implementar, implantar, acompanhar e assessorar projetos pedagógicos interculturais e
multilíngue, a partir de protocolos de Consulta Prévia Livre, Informada e de
consentimento dessas coletividades sociais.
A CEIIR, tendo os Warao como público principal, vem realizando um
diagnóstico permanente da realidade social, cultural e ambiental em que vivem essas
comunidades. Os encaminhamentos pedagógicos que serão tomados no planejamento do
início do ano letivo de 2021, devem considerar as restrições impostas pela pandemia do
Coronavírus frentes as condições sanitárias dos espaços pedagógicos que envolvem a
estrutura física de acolhimento, a formação e expertise do corpo técnico e pedagógica, a
situação física, emocional e psicológica das famílias e estudantes alinhadas aos
interesses e consentimento das comunidades educadoras Warao.
A CEIIR, neste momento de pandemia, entende que por tratar de estudantes
cobertos de direitos e interesses internacionais, é necessário potencializar as interações
sociopolíticas e pedagógicas além de estabelecer novas parcerias intersetoriais,
interinstitucionais, multilaterais e com entidades representativas da sociedade civil, a fim
de criar cooperações técnicas e pedagógicas para a construção de uma política municipal
de educação que garanta a especificidade e suas diferenças, respeitando a dignidade
sócio-cultural e humana no que tange ao atendimento integral desses cidadãos(ãs) na
cidade de Belém.

8. Educação Física

5
São povos indígenas oriundos da Venezuela, que chegaram a Belém, ainda em 2017, e hoje, somam mais
de 600 pessoas em situação de vulnerabilidade, sendo o principal contingente de imigrantes e refugiados
vivendo na nossa região metropolitana.

44
O Departamento de Educação Física vem desenvolvendo, em consonância com a
atual política da RME, práticas pedagógicas, cujo o objeto de estudo é a Cultura
Corporal, materializada nos conteúdos essenciais: Ginástica, Dança, Esporte, Jogo,
Lutas, Atividades de Lazer e Circenses (COLETIVO DE AUTORES, 1992). Embora
essas práticas sejam desenvolvidas no contato com o outro, necessitando da aproximação
corporal, entendemos que o contexto atual não possibilita o retorno das aulas presenciais
no início do ano letivo, conforme as restrições de bandeiramento divulgadas pelos
órgãos competentes de Estado.
Desenvolvemos, ainda, projetos de extensão doravante denominados de projetos
especiais6, estruturados e realizados pelos(as) professores(as), e atualmente contamos
com projetos que são desenvolvidos através de convênio. Desse modo, assim como a
orientação é de que as aulas presenciais só retornem quando da segurança relacionada à
saúde e diminuição do quadro pandêmico, a mesma orientação é destinada aos projetos
especiais.
O DEEF realizou diagnóstico específico com professores de educação física, que
responderam às perguntas sobre a organização do trabalho pedagógico e dentre outras, as
aulas em tempos de pandemia, constatamos nos relatos várias experiências com o uso de
recursos didáticos pedagógicos diversificados, demonstrando a capacidade desses
educadores se reinventarem nesse novo fazer pedagógico em que estamos vivendo.
O diagnóstico trouxe a seguinte realidade: As aulas ocorreram via aplicativo de
mensagem, Blogs das Escolas, as aulas eram repassadas através de materiais impressos
(material apostilado), fichas impressas ou repassadas virtualmente, com demonstração de
movimentos corporais, indicando passo a passo, sobre o que os(as) estudantes deveriam
desenvolver e algumas aulas orientadas pela Televisão. Ao identificarmos essas práticas,
o DEEF propõe momentos de socialização das experiências nas Horas Pedagógica (HP).
Diante do exposto, sugerimos que as unidades educativas desenvolvam ações
pedagógicas e socioculturais de acordo com sua realidade, considerando o princípio da
autonomia escolar.

9. Centro de Formação de Educadores Paulo Freire

6
Portaria n.º 391, de 25 de março de 2021.

45
O Centro de Formação de Educadores Paulo Freire7 ampliando as suas funções
atuais no marco do Centenário de Paulo Freire. Será um centro que atenderá da
formação de professores e demais educadores da rede com base na epistemologia da
práxis e na perspectiva crítica-emancipatória (SILVA, 2019).

Nesse contexto, suas ações formativas serão numa perspectiva interdisciplinar


para proporcionar o diálogo entre as áreas de conhecimento com direcionamentos
didático-pedagógicos para dar suporte aos programas e projetos existentes para o
desenvolvimento do ensino e da aprendizagem com sucesso, e para realizações de
cursos em que o professor poderá fazer a opção de acordo com a temática a ser
trabalhada, todos voltados para a formação, política e científica no sentido do
entendimento da educação como ato político, qualificando-os para o debate e
proposições de uma educação escolar pública e de qualidade para a classe trabalhadora.
Neste contexto, Belém apresenta um período de elevação nos casos de Covid-19,
gerando diversas incertezas que o período de pandemia tem causado, por isso o processo
de retorno às aulas da RME de Belém em 2021 se dará ainda de maneira presencial e
nesta linha as ações de formação.
Sendo assim, na perspectiva de construirmos novos tempos, no Governo da nossa
gente, a formação é vista como fundamental na melhoria das aprendizagens, estamos de
acordo com o pensamento de Freire (2002) quando afirma, "ninguém educa ninguém,
ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”
(FREIRE, 2002, p. 68), destacamos este período em que vivemos como propício para a
(re)construção de novas práticas pedagógica em consonância com a realidade.
Assim sendo, devemos buscar uma formação que vai além das questões formais,
mais um (re)descobrir práticas educativas emancipadoras no contexto da educação hoje,
discutindo o professor-pesquisador que existe dentre de cada um de nós, apoiados nas
medidas de segurança necessárias ao processo educativo, construir estratégias
metodológicas pertinentes em tempos de pandemia.

10. Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares

O Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (SISMUBE) é composto por


todas as bibliotecas das Escolas, EMEI’s, UEI’s e UP’s da RME de Belém; coordena o

7
explicar se mudou o nome

46
Projeto “Sala de Leitura”, como também o projeto “Baú das Histórias”, voltado para os
espaços educativos que não possuem ainda bibliotecas.
Belém começa o ano de 2021 com déficit de bibliotecas em muitos de seus
espaços educativos, especialmente voltados para a Educação Infantil. Neste sentido,
desenvolve o projeto “Baú das Histórias” na tentativa de mitigar problemas na
democratização do acesso ao livro e favorecer a formação do leitor. Este projeto
consiste em potencializar o encontro do pequeno leitor com o universo literário, com as
histórias, brincadeiras, cantigas, permitindo a livre expressão das diversas linguagens da
criança.
O SISMUBE, em consonância com a legislação vigente e os princípios de uma
gestão municipal democrática e popular, atua na direção da afirmação de direitos e na
configuração de Belém como uma cidade leitora, através da construção de políticas
públicas para o Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.
Bibliotecas Escolares são equipamentos/espaços multiculturais voltados para a
pluriversalidade, (im)plantados no coração das escolas e voltados para toda a
comunidade, realizando a promoção da leitura e priorizando a formação de leitores,
garantindo o acesso ao livro e à Literatura como um direito humano fundamental na
formação de sujeitos críticos, criativos e emancipados, contribuindo assim para a
construção de uma cidade leitora, na perspectiva de tornar Belém uma cidade
educadora.
O SISMUBE tem como principais sujeitos mediadores de leitura os profissionais
envolvidos em sua organização e funcionamento: bibliotecários e professores
mediadores lotados em seus espaços e projetos, além dos estudantes/leitores e suas
famílias. Suas ações atravessam os níveis e modalidades de ensino, que através da
circulação do livro e de múltiplas práticas leitoras, dialogam com diversas linguagens,
expressões artísticas e culturais, concretizando a formação do leitor e desenvolvendo o
prazer de ler a palavra e o mundo, de acordo com Paulo Freire:
A leitura de mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura
desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e
realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser
alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o
texto e o contexto (FREIRE, 1989, p. 9).

Durante a pandemia, as BE funcionarão de maneira presencial, sugerimos que as


BE’s sejam reabertas ao público somente após autorização oficial, de forma segura e
seguindo os protocolos sanitários no atendimento dos seus leitores. Poderão desenvolver

47
projetos de mediação de leitura elaborados por seus mediadores, de forma
interdisciplinar e integrada ao projeto pedagógico da escola e à pratica docente dos
demais professores regentes, a partir dos seguintes eixos: Tradição Oral, Educação
Patrimonial, Produção Artística e Cultural, Cultura Ambiental, Interculturalidade,
primando pela a bibliodiversidade, assegurando o uso de obras universais, nacionais e
regionais com autoria de: crianças, homens, mulheres, indígenas, negros, homossexuais,
transsexuais, entre outros.
A metodologia do projeto poderá ser desenvolvida por meio de plataformas,
canais e redes digitais, com atividades tais como: mediação de leituras, contação de
histórias, dicas de livros, disponibilização de livros em pdf, disponibilização de
conteúdos audiovisuais, diálogos com escritores, ilustradores, contadores de histórias,
envolvendo toda a comunidade escolar, especialmente os(as) estudantes e suas famílias.
O SISMUBE assegurará também a formação permanente dos professores
mediadores e bibliotecários vinculados às BE’s, através de encontros formativos virtuais
em formato de cursos, oficinas, palestras, sessões de estudo, planejamento, relatos de
experiências, atividades literárias, entre outras possibilidades de acordo com a
necessidade dos sujeitos educadores envolvidos no processo. Além, do
acompanhamento e assessoramento aos profissionais dos espaços, preferencialmente de
forma virtual, de acordo com as necessidades.

11. Núcleo de Informática Educativa

O Núcleo de Informática Educativa (NIED) tem suas origens relacionadas ao


PROINFO (Portaria MEC nº 522, de 09/04/97), programa federal que fomentou a
criação de Núcleos de Tecnologias Educacionais em todo país, capacitando professores
para que se tornassem multiplicadores da política de informática educativa e equipando
as escolas públicas com computadores. Atualmente, o NIED é responsável pela
elaboração e acompanhamento da política de tecnologias na educação da Rede
Municipal de Ensino, assessorando os professores e professoras das Salas de Informática
Educativa (SIE) nas escolas, além de outras iniciativas relacionadas às articulações entre
educação, sociedade e tecnologia.
A suspensão das atividades presenciais nas escolas, afinal, expôs o papel social
da instituição como lugar de garantia de direitos, bem como dos trabalhadores e

48
trabalhadoras da educação como atores centrais nesse processo. Neste contexto, dentro
de nossa RME, entendemos que o professor lotado no espaço da Sala de Informática
Educativa (SIE) tem o papel estratégico de articular a utilização das tecnologias na
escola, trabalhando de forma colaborativa com seus pares para tentar minimizar os
impactos da necessidade de distanciamento físico. Primordialmente, consideramos que
as ações precisam estar marcadas pela acolhida, segurança, cuidados, escutas e diálogos
de todos e para todos os sujeitos da comunidade escolar, para além de qualquer
preocupação com processos avaliativos ou de simples transmissão de conteúdos.
Na tentativa de aproximar a escola dos(as) estudantes, as respostas educacionais
à pandemia buscam estratégias de comunicação com as famílias e a comunidade escolar.
Posteriormente, este canal se transforma em potencial ferramenta educativa. Aplicativos
de mensagens de texto e voz são utilizados, juntamente com o envio de materiais
impressos e arquivos digitais de aulas e atividades. A construção ou retomada do blog da
escola aumenta o alcance deste contato com a comunidade escolar, viabilizando
estratégias de ensino presencial que superem as dificuldades de acesso e as limitações de
autonomia, decorrentes da faixa etária dos(as) estudantes.
O Núcleo está em permanente diálogo com os(as) professores(as) e as escolas,
ouvindo e buscando atender as demandas de formação e construção coletiva de
alternativas viáveis às limitações impostas pelo contexto. O processo envolve encontros
formativos, reuniões distritais, sessões de estudo e oficinas, sempre orientadas pela
perspectiva colaborativa e de valorização do(as) professor(as)/ pesquisador(as).
Entendemos a educação como direito, que precisa ser garantido mesmo na
situação de emergência em que vivemos. Buscando transpor as desigualdades sociais já
existentes, potencializadas pela pandemia, não propomos um “novo normal”, mas a
construção de uma “normalidade” diferente, que preze pelo diálogo, pelo fortalecimento
dos vínculos da escola com a comunidade e pela elaboração participativa e democrática
das ações.

12. Coordenação Integrada de Educação e Saúde


No ano de 2007, o governo federal instituiu via decreto nº 6.286 o Programa
Saúde na Escola (PSE), uma ação interinstitucional entre os Ministérios da Educação e
da Saúde, com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede
pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à
saúde.

49
O Governo de Belém da Nossa Gente resgata e busca fortalecer e consolidar
este programa tornando meta prioritária na rede pública educacional do município. É a
partir deste lugar que nasce a elaboração de estratégias para a integração e a articulação
permanente entre as políticas e ações de Educação e de Saúde. Logo, a Coordenadoria
de Educação e Saúde (COES) atuará articulada com o Programa de Saúde na Escola
(PSE) objetivando promover a saúde e cultura da paz, reforçando a prevenção de
agravos à saúde, bem como fortalecer a relação entre as redes públicas de saúde e de
educação.

Dentre seus princípios norteadores está a articulação de ações do Sistema


Único de Saúde - SUS às ações das redes de educação básica pública, de forma a
ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos/às estudantes e suas famílias,
otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis. O PSE vem
estabelecer a participação da comunidade escolar e o envolvimento das equipes de
saúde da família (PSF).

Por outro lado, consolidando a política educacional para uma educação


socialmente referenciada, o governo de Belém da Nossa Gente implementa no
município a Lei nº13.935/2019, que dispõe sobre a inserção dos serviços de Psicologia e
de Serviço Social na rede pública da Educação Básica, sendo a primeira capital a
regulamentar em seu território esta lei por iniciativa de seu gestor, possibilitando a
integração em nossa rede destas duas categorias reconhecidas como profissionais da
educação.

Estes e estas profissionais atuarão com todos os atores da comunidade escolar


em exercício efetivo através de equipes multiprofissionais (pedagogas, psicólogas e
assistentes sociais) na atenção, promoção, prevenção e assistência, considerando o
contexto escolar e social (pluriversalidade), contribuindo na constituição de condições
para a formação integral de educandos/as e para a construção de sistema de atenção
social, com foco na promoção da cidadania e nos direitos humanos.

No contexto pandêmico, a psicologia, assistência social, a partir de atividades,


ações e programas deverá se articular inter e intra-institucionalmente para acolher a
comunidade educativa com a promoção da escuta e do cuidado rumo a construção de
uma educação emancipatória e transformadora com vistas a relações sociais mais
humanas e solidárias. Para isso, conta com NAST (atenção as/aos servidoras/es), ações

50
em saúde (PSE), garantia e acesso aos direitos sociais (Bora Belém), participação cidadã
em educação (Tá selado), SESMA, FUNPAPA, UFPA, etc.

VIII. PROTOCOLO ESCOLAR DE BIOSSEGURANÇA NO


CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19

Como supracitado neste documento, a pandemia de COVID-19, que causa


SARS-CoV2, constitui um dos maiores desafios de saúde pública mundial de nossa
história recente. Para tanto, medidas como a manutenção do distanciamento social, a
adoção e reforço de bons hábitos individuais e comunitários de higiene e educação em
saúde efetiva são de suma importância no que tange ao manejo da transmissão
comunitária, propagação e mitigação dos efeitos do novo Coronavírus (MATRAJT;
LEUNG, 2020).

Nessa perspectiva, ainda que haja um documento orientador que preze pelo
ensino presencial, a fim de promover acesso e acessibilidade aos estudantes da RME de
Belém, esta SEMEC reconhece o uso de diferentes instrumentos de interação e
ferramentas avaliativas, visando a abrangência da totalidade ou próximo de seus
estudantes regularmente matriculados em suas mais variadas condições e determinantes
demográficos, socioculturais, territoriais e ambientais.

A escola possui, entre outras funções sociais, a de gestão educacional e deve


contar com o apoio da comunidade escolar, exercendo seu papel coparticipante neste
período tão complexo. Os canais de comunicação entre os(as) servidores(as) com os
demais entes comunitários escolares são essenciais para o bom andamento do referido
ano letivo, salvaguardando as necessidades e especificidades de cada local e região onde
a unidade escolar se encontra.

Sendo assim, seguem algumas recomendações gerais quanto ao fluxo de pessoas


no espaço escolar:

1) Quaisquer solicitações das famílias acerca de documentação dos estudantes


devem ser realizadas previamente, preferencialmente por algum canal de comunicação
remota (Ex. aplicativo de mensagem, ligação telefônica, e-mail, ...), promovendo o

51
agendamento de tal demanda junto a gestão da unidade escolar;

2) Todo e qualquer indivíduo (familiares de estudantes, servidores da SEMEC,


fornecedores oficiais da Prefeitura Municipal de Belém, profissionais de saúde,
profissionais de manutenção) que adentrar o espaço escolar deverá fazer a higiene
adequada das mãos e utilizar máscara (com pelo menos duas camadas de tecido),
corretamente, de modo a cobrir nariz e boca, sem folgas na mesma (MORIYA;
MÓDENA, 2008; HUMPHREYS, 2020; PEREIRA et al., 2020);

3) Deverá ser feita a verificação de temperatura de quem adentrar o espaço


escolar a partir de termômetro infravermelho direcionado à testa. O mesmo não deve
atestar temperatura maior que 37,8ºC (PEREIRA et al., 2020). Caso esta temperatura
seja excedida, recomenda-se o indivíduo a retornar à sua residência ou procurar o
serviço de saúde mais próximo;

4) Para evitar aglomerações nos espaços escolares, recomenda-se o


distanciamento mínimo de 1,5m entre os interlocutores, estando o referido espaço com
sua capacidade limitada a 30% da capacidade máxima de pessoas no ambiente
(PEREIRA et al., 2020);

5) Recomenda-se, para a produção e dispensações de documentações


estudantis/ocupacionais ou materiais e atividades pedagógicas aos estudantes, que os
mesmos permaneçam pelo menos 24 horas sem o manuseio, a fim de interromper a
estabilidade do vírus em superfícies de papel impresso (VAN DOREMALEN et al.,
2020; LIU et al., 2021);

6) Higienizar superfícies diversas, maçanetas, equipamentos, pastas e outros


objetos compartilhados sempre que possível, com solução sanitizante ou solução de
álcool etílico em concentração de 70%. No caso de equipamentos eletrônicos,
recomenda-se o uso de álcool isopropílico na mesma concentração (MORIYA;
MÓDENA, 2008);

7) Em caso de utilização de espaços e equipamentos das escolas devem seguir as


orientações sanitárias previstas e divulgadas pelos órgãos competentes.

52
Vale ressaltar que a prevenção e o combate a notícias falsas, “Fake News”,
também configura medida de prevenção à COVID-19 e promoção de saúde, tendo em
vista o alarmante nível de desinformação divulgado pelos mais diversos canais de
comunicação à disposição da população, desde protocolos medicamentosos não
reconhecidos pela comunidade científica internacional até receitas caseiras ou
informações falsas acerca do processo de imunização por vacinas (ALBUQUERQUE et
al., 2020; BARCELOS et al., 2021). Tais informações podem ser consideradas como
parte de uma política perniciosa de vulnerabilização de determinados grupos
populacionais, determinando uma necropolítica ou política de produção de morte
(SILVA; GONÇALVES, 2020; BOSCHIERO et al., 2021), a qual esta SEMEC não
somente não compactua como, também, combate.

É importante deixar claro que as medidas do protocolo supracitado devem ser


ajustadas de acordo com a realidade de cada unidade escolar, a fim de manter a
autonomia das decisões de seus gestores administrativos.

IX. ORIENTAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Muitos são nossos desafios para reorganização administrativa da SEMEC e, no


contexto de pandemia, agravam-se em função das imensas dificuldades orçamentárias
pelas quais passamos, especialmente as gestões municipais, em que estão concentradas
grande parte das demandas de atendimento à população.

Recebemos a rede municipal, com contratos frágeis e mal instruídos, com uma
frota de carros sucateada e mesmo com alguns deles com peças saqueadas e
absolutamente sem condições de uso, além de uma rede fisica com problemas sérios de
infraestrutura, obras entregues mal executadas, obras abandonadas. Centenas de
demandas represadas na gestão de pessoas, na distribuição de materiais, na realização de
serviços.

Para esse nosso plano de retomada, vamos arregaçar as mangas e juntos


contruirmos soluções inovadoras e coletivas. Nessa via, organizamos essas orientações
administrativas abordando alguns dos tópicos de atuação da Diretoria Administrativa:

1. Serviços: nesse tópico queremos esclarecer que a DIAD/SEMEC está lado a

53
lado com as Unidades escolares, estamos estruturando e aprimorando para
melhor atendê-los, e assim nossos contratos e parcerias darão conta de realizar os
seguintes serviços:

a) roçagem e limpeza de terreno e área verde;

b) limpeza de fossa, caixa dágua;

c) pequenos reparos, instalação e manutenção de aparelhos de ar condicionado;

d) reprografia para as unidades ainda sem impressoras, dentre outros.

OBS: as unidades que já solicitaram esses serviços não precisam enviar novos
oficios, basta enviar email para diad.semec@hotmail.com citando o número do GDOC
das solicitações já enviadas. As agendas são marcadas e os cronogramas divulgados por
email e pelos grupos de whatsapp.

2. Lotação - ELOT/DERH/DIAD/SEMEC: finalizou do sistema de lotação, a


partir da nova Portaria de Lotação nº 391/2021 publicada no dia 26/03/21 e
dos dados do SIGA das matrículas 2021, tendo em vista as medidas
sanitárias estamos com previsão de atendimento semanal por distrito, como
também recepcionando as demandas das Unidades pelos emails do DERH,
até que sejam efetivadas as novas lotações os servidores seguem com a
lotação em que estão no momento. E-mail DRH: derh.semec@gmail.com.

3. Materiais – A equipe DERM, continuará realizando as visitas técnicas para


levantamento de demandas de móveis e eletrodoméstico, avaliando as
possibilidades de reparo ou troca de equipamentos para providências
imediatas de atendimento quando os itens existirem em nossos estoques,
bem como, para providências de novas compras que se fizerem necessárias.
A partir do dia 5 de abril (conforme cronograma que foi enviado para as
listas de transmissão de emails e grupos de whatsapp) foram entregues os
cadernos para serem disponibilizados aos estudantes, assim como,
levantamento de demandas de entregas de novas remessas de uniformes,
mochilas, máscaras, bem como, para providências de novas compras que se

54
fizerem necessárias.

OBS: as unidades que já solicitaram esses serviços não precisam enviar novos
oficios, basta enviar email para diad.semec@hotmail.com citando o número do GDOC
das solicitações já enviadas. As agendas são marcadas e os cronogramas divulgados por
email e pelos grupos de whatsapp.

Email: derm@semec.pmb.pa.gov.br

4. Obras – DEMA após a realização da visita técnica, elabora o parecer, faz


projeto orçamentário com análise e sugestões a partir das demandas
encaminhadas pelas unidades escolares, definindo a seguinte ordem de
prioridade:

1) Obras em fase de finalização, especialmente as que desdobram novas


matrículas;

2) Obras de telhado;

3) Obras de revisão elétrica;

4) Obras de fissuras e desnivelamento, recalque de terrenos, infiltrações;

5) Obras paralisadas e com questões judiciais;

6) Unidades interditadas para obras completas de reforma estrutural (UP


Nelsinho, Inês Maroja, Parque Amazônia.

OBS: as unidades que já solicitaram esses serviços não precisam enviar novos
oficios, basta enviar email para diad.semec@hotmail.com citando o número do GDOC
das solicitações já enviadas. As agendas são marcadas e os cronogramas divulgados por
email e pelos grupos de whatsapp.

5. Suprimentos de Fundos – trata-se de recurso repassado para as unidades


escolares, tendo como referência a quantidade de alunos e valores per capta.
Precisamos dá a esse recurso a correta característica de excepcionalidade,
para uso com despesas de carater EMERGENCIAL e sazonal. Para a correta
execução se faz impar a leitura atenciosa do Manual enviado pelo DEFIN,

55
bem como a leitura das normatizações de seu uso. O Fluxo desse
procedimento nasce da Diretoria da DIAD, é executada pelas unidades da
sede e unidades escolares, e monitoramento e fiscalização de seu uso passa
pelas Diretorias (DIAD e DIED) e a prestação de contas e orientações quanto
as regularidades das despesas e pagamentos são atribuições de nosso DEFIN.
E-mails:defi.semec@hotmail.com e defi@semec.pmb.pa.gov.br

Para fins de qualificação de nosso plano de retomada presencial em 2021, com


aulas semipresenciais, solicitamos que o recurso do segundo semestre, tenha a seguinte
destinação prioritária:

1) Álcool e materiais de higiene e limpeza;

2) Aquisição de face shield, para os profissionais que ficarão em maior contato


com o público;

3) Toner, papeis, cartuchos para a impressão dos materiais didáticos e o


conjunto de atividades impressas a serem entregues aos estudantes;

4) Aquisição de materiais para pequenos reparos que podem ser feitos pela
nossa Equipe ESG sem custos para mão de obra;

5) Internet – essa ação terá um apoio extraordinário de CHIPS com pacote de


dados de 20 gb para cada unidade escolar, devendo ser decisão da gestão
local a forma de uso e o aparelho. Mas, é indispensável que todas as unidades
sigam as orientações do setor de informática do NUSP quanto ao
funcionamento da Internet banda larga que está disponivel para as escolas
públicas, acionando a equipe para visita técnica caso em sua unidade não
esteja em funcionamento para ver se trata de não cobertura ou problema
técnico. Email: nusp@semec.pmb.pa.gov.br

6. Serviços de Vigilância e Portaria: para esse primeiro semestre e início do


período letivo, dentro desse plano de retormada, teremos:

• Agentes de Portaria ( PSS e readaptados)

56
• Porteiros Noturnos (PSS)

• Porteiros Diurnos (PSS)

• Porteiros de fins de semana

• Vigilância Patrimonial armada e desarmada com postos de 12h noturno,


fins de semana, facultados e feriados, em alguns casos vigilância 24h

E-mails: diad.semec@hotmail.com

No plano de retorno presencial a informação sobre com nosso Transporte atuará


com:

1-Nossa Kombi da ESG e do almoxarifado poderão apoiar com entrega das


cópias dos cadernos de atividades;

2- Estamos colocando nossos ônibus em condições de atender a comunidade


escolar

3- Por agendamento podemos atender demandas extras das unidades escolares

4- As despesas de transporte nas compras das unidades podem ser contempladas


no suprimento de fundo .

57
REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, U. P.; OLIVEIRA, E. S.; MAGALHÃES, H. F.; SANTOS, L. B.;


SANTOS, M. N. Manual de enfrentamento de Fake News em tempos de COVID-19.
Recife: UFPE, 2020.

BARCELOS, T. N.; MUNIZ, L. N.; DANTAS, D. M.; COTRIM JUNIOR, D. F.;


CAVALCANTE, J. R.; FAERSTEIN, E. Análise de fake news veiculadas durante a
pandemia de COVID-19 no Brasil. Rev Panam Salud Publica, v. 45, 2021.

BOSCHIERO, M. N.; PALAMIM, C. V. C.; ORTEGA, M. M.; MAUCH, R. M.;


MARSON, F. A. L. One Year of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) in Brazil: A
Political and Social Overview. Annals of Global Health, v. 87, n. 1, p. 44 (1-27), 2021.

BRASIL. Resolução N. 01/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais Educação das


Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana. Diário Oficial da União. Brasília: Casa Civil da Presidência da República,
2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf. Acesso
em: 10 fev. 2021.

BRASIL. Parecer N. 03/2004. Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no


currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura
Afro-Brasileira. Diário Oficial da União. Brasília: Casa Civil da Presidência da
República, 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/ arquivos/pdf/003.pdf.
Acesso em: 10 fev. 2021.

BRASIL. Lei N. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade
da temática "História e Cultura Afro-Brasileira. Diário Oficial da União. Brasília: Casa
Civil da Presidência da República, 2003. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 10 fev. 2021.

BRASIL. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais


para a Educação das Relações étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-brasileira e Africana. Diário Oficial da União. Brasília: Casa Civil da Presidência
da República, 2009. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=downloaddownload&ali
as=10098-diretrizes-urriculares&Itemid=30192. Acesso em: 10 fev. 2021.

BRASIL. Lei N. 9.394, de 09 de janeiro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira. Diário Oficial da
União. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 1996. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 09 mar. 2021.

BRASIL. Resolução Nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares


Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União.
Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 2010. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-

58
2013-pdf/file. Acesso em: 09 mar. 2021.

BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação


especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. 2011.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em: 09 mar. 2021

BRASIL. Ministério da Educação. Orientações para a organização e oferta do


atendimento educacional especializado na Educação Infantil, nota técnica conjunta Nº
02/2015 de 04 de agosto de 2015. Brasília: MEC/SECADI, 2015. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=1804
7-ntc-02-orientacoes-para-organizacao-oferta-do-aee-na-educacao-
infantil&Itemid=30192. Acesso em: 09 mar. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Política nacional de educação especial na


perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC 2008. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 09 mar.
2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Orientações para a institucionalização da Oferta do


Atendimento Educacional Especializado-AEE em Salas de Recursos Multifuncionais,
implantadas nas escolas regulares, nota técnica No 11/2010 de 07 de maio de 2010.
MEC/SEESP/GAB. Brasília: MEC/GAB, 2010. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/pec-g/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-
223369541/17430-programa-implantacao-de-salas-de-recursos-multifuncionais-novo.
Acesso em: 09 mar. 2021.

BRASIL. Plano Nacional do Livro e Leitura. Brasília, DF: MINC, 2007. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/D7559.htm.
Acesso em 10 mar. 2021.

BRASIL. Lei n. 13.696, de 12 de julho de 2018. Institui a Política Nacional de Leitura e


Escrita. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/Lei/L13696.htm. Acesso 10 mar. 2021.

COELHO, W. de N. B.; SILVA, C. A. F. da. Preconceito, discriminação e sociabilidade


na escola. Educere Et Educare Revista de Educação, v. 10, n. 20, 2015, p. 687-705.
Disponível em:
http://erevista.unioeste.br/index.php/educereeteducare/article/view/12606. Acesso em:
03 fev. 2021.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:


Cortez, 1992.

59
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Resolução Nº. 40, de 21 de dezembro de
2011. Dispõe sobre a organização e diretrizes do Ensino Fundamental em Ciclos de
Formação, nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Belém/PA, e dá outras
providências. Disponível em: http://cmebelem.com.br/wp-
content/uploads/2015/08/Res.-40_11_Alterada-pela-11_2016.pdf. Acesso em: 09 mar.
2021.

FREIRE, P. A importância do Ato de Ler: três artigos que se completam. São Paulo:
Cortez, 1989.

FREIRE, P. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez; 1991.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 26ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1999.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 32ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

GOMES, N. L. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar


sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29,
n. 1, p. 167-182, jan./jun. 2003. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ep/v29n1/a12v29n1.pdf. Acesso em: 01 fev. 2021.

HUMPHREYS, J. The importance of wearing masks in curtailing the COVID‑19


pandemic. J Family Med Prim Care, v. 9, p. 2606-07, 2020.

LIU, Y. et al. Stability of SARS-CoV-2 on environmental surfaces and in human


excreta. Journal of Hospital Infection, v. 107, p. 105-07, 2021.

MATRAJT, L.; LEUNG T. Evaluating the effectiveness of social distancing


interventions to delay or flatten the epidemic curve of Coronavirus Disease. Emerging
Infectious Diseases, v. 26, n. 8, p. 1740-48, 2020.

MORIYA, T.; MÓDENA, J. L. P. Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização.


Medicina, Ribeirão Preto, v. 41, n. 3, p. 265-73, 2008.

PEREIRA, I. D. F.; CORBO, A. D.; PAULA, T. S. G.; MENDONÇA, F. C. R.;


VALLE, S. Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da
COVID-19. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2020.

SILVA, R. D. F. C.; GONÇALVES, L. A. P. As pílulas do Messias: salvação, negação e


política de morte em tempos de pandemia. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 30, n. 2,
p. e300208, 2020.

SILVA, M. A. da. Qualidade social da educação pública: algumas aproximações. Cad.


CEDES, v.29, n.78, 2009. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32622009000200005. Disponível
em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622009000200005.
Acesso em: 29 mar. 2021

VAN DOREMALEN, N. et al. Aerosol and surface stability of HCoV-19 (SARS-CoV-


2) compared to SARS-CoV-1. N Engl J Med, v. 382, n. 16, p. 1564-67, 2020.

60

Você também pode gostar