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Nomes: Giovana Bonfim

Glauber Rocha

Mariana Alves

Nikolas Nhanharelli

Vitória Pina
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Resíduos sólidos
não recicláveis
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Tópicos
abordados

 Pilhas e baterias

 Lixo hospitalar

 Resíduos nucleares
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Introdução
 No Brasil o sistema de tratamento de resíduos descartados é
muito insatisfatório na maioria das vezes. Muitas das vezes o
lixo é descartado em lixões ou aterros sanitários, o que de fato
é muito prejudicial ao meio ambiente, que é o mais
prejudicado, já que grande parte da poluição ocorre devido ao
excesso de lixo, muitas vezes descartados da pior forma. Uma
possível solução para diminuir esses problemas, seria a
reciclagem, que é uma das melhores formas de diminuir a
quantidade de descarte de lixo. Porém, existem resíduos que
não podem ser reciclados, pois são tóxicos. Neste trabalho,
será tratado como é feito a destruição e fiscalização do
descarte, além da comparação entre o Brasil e Europa em
relação aos resíduos tóxicos.
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PILHAS E
z BATERIAS
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Lixo tóxico: pilhas e
baterias
 Conforme a legislação atual, que emprega a
logística reversa, "os fabricantes,
importadores, redes autorizadas de
assistência técnica e comerciantes de
baterias são obrigados a coletar, transportar
e armazenar as pilhas e baterias" (resolução
n°257 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente, em 1999). Logo, a quantidade de
pontos de descarte de ambos materiais deve
suprir à quantidade de produtos adquiridos
nos pontos de vendas para evitar
consequências ao meio ambiente e aos
seres humanos.
Degradação
z das pilhas e baterias nas empresas
 O lixo tóxico, precisa ser degradado devido a
impossibilidade de reciclar, por exemplo, pilhas e
baterias e pelos danos ao meio ambiente e a saúde
humana que esses produtos podem causar.
Contudo, pilhas e baterias são classificados como
lixo não-doméstico e por isso é responsabilidade
das empresas fabricantes e do consumidor zelar
pela destruição adequada desses produtos:

 Depósito: as pilhas e baterias inutilizáveis devem


ser devolvidas as empresas fabricantes ou levados
a pontos de assistência técnica autorizados pelos
consumidores, para que ambos realizem a sua
degradação adequada.

 Incineração: as pilhas e baterias inutilizáveis têm


como meio de degradação mais adequado a
queima, que é de responsabilidade das empresas
fabricantes e pontos de assistência técnica
autorizados.
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Degradação das pilhas e baterias nas empresas

 Ressalta-se que, o lixo tóxico possui


componentes cancerígenos e
teratógenos (podem causar danos
embrionários ou fetais na gravidez),
enquanto a incineração gera como
produto gases tóxicos, decorrentes do
carbono liberado na combustão, e por
isso causam a poluição atmosférica.
Logo, os responsáveis pela
incineração do lixo tóxicos, devem
tomar medidas, por meio do controle
rigoroso das emissões de gases
tóxicos que utiliza da filtração e
neutralização, para evitar tais danos.
Fiscalização
z do descarte de pilhas e baterias no Brasil

 O lixo tóxico, no caso das pilhas e baterias, segue a Política


Nacional de Resíduos Sólidos, conforme o seu descarte adequado
que institui: "os fabricantes, importadores e revendedores de
produtos que podem causar contaminação devem recolhê-lo" (lei
n°12305, 2010). No entanto, a sociedade dispõe de poucos pontos
para descartar ambos produtos o que dificulta os seus descartes
corretos:

 Medidas: os municípios brasileiros vem implementando leis que


determinam aos comércios vendedores de pilhas e baterias a
obrigatoriedade de possuírem um local específico para o descarte
desses produtos após inutilizáveis, que sejam identificados com a
descrição: "DEPOSITE AQUI", para facilitar o descarte desse lixo
tóxico. Após, esses comércios deveram encaminhar as pilhas e
baterias inutilizáveis para empresas responsáveis por sua
degradação
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Comparação entre Brasil e Alemanha na
destinação do lixo tóxico

 A Alemanha é o país que melhor lida com o lixo, tendo em vista


que 45% é reciclado, 38% incinerado e 17% passa por
compostagem. Desse forma, todo o lixo tóxico, incluindo as
pilhas e baterias, sofrem combustão o que evita danos ambientes
e a saúde humana pelo descarte incorreto desses produtos, já
que quando amassados ou corroídos esses podem liberar metais
pesados (substâncias tóxicos) no solo. Ademais os incineradores
utilizados no país possuem alta tecnologia para filtrarem,
devidamente, o ar oriundo da queima de pilhas e baterias.
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Comparação entre Brasil e Alemanha na
destinação do lixo tóxico

 Exportação: a exportação de lixo tóxico vem se tornando uma


prática recorrente entre os países europeus que depositam, por
exemplo, pilhas e baterias em países asiáticos (muitas vezes
clandestinamente).

 Importação: a Alemanha, diferente da maioria dos países


europeus, importa lixo tóxico de países asiáticos- como da
empresa Bhopal, na Índia, que após um vazamento de lixo
tóxico, não possuía estrutura para degradar corretamente esse
resíduo- por possuir maneiras mais adequadas de lidar com, por
exemplo, pilhas e baterias inutilizáveis que esses.
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Comparação entre Brasil e Europa na
destinação do lixo tóxico

 O Brasil, por sua vez, descarta 73% do lixo sólido em aterros sanitários,
26% em lixões, terrenos baldios ou no próprio meio ambiente e apenas
1% é incinerado. Dessa forma, o descarte do lixo tóxico, incluindo pilhas
e baterias, frequentemente, é feito de maneira incorreta (sem
incineração) no país, o que gera danos ao meio ambiente e a saúde
humana.

 Os países da UE tem em torno de 25% do lixo incinerado e o resto


geralmente é reciclado (em quantidades menores que na Alemanha) ou
despejado em aterros sanitários.
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LIXO
z HOSPITALAR
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Tratamento de resíduos
hospitalares
 O lixo hospitalar pode representar risco à
saúde humana e ao meio ambiente se não
houver adoção de procedimentos técnicos
adequados no manejo dos diferentes tipos
de lixo gerados. Alguns exemplos de lixo
hospitalar são materiais biológicos
contaminados com sangue ou patógenos,
peças anatômicas, seringas e outros
materiais plásticos; além de uma grande
variedade de substâncias tóxicas,
inflamáveis e até radioativas.
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Incineração de lixos hospitalares
 Este é o processo mais utilizado para os resíduos
classificados como grupo A (potencialmente infectantes) e
grupo E (perfurocortantes) conforme a RDC nº 306/04, estes
grupos apresentam grande potencial de risco de infecção
devido as características dos resíduos, perfurocortantes,
gases, bolsas transfusionais, curativos, entre tantos outros.

 O Tratamento de resíduos hospitalares incineração, funciona


da seguinte maneira: os resíduos são queimados a uma alta
temperatura, 980°C, por um período de tempo que garanta a
destruição dos resíduos.

 No processo são gerados gases (CO, CO2, SO2, HCl, HF),


vapores de metais pesados (Pb, Hg, Cd, Cr, Cu, etc.), óxidos
metálicos (Ni, Fe, Co, etc.) e particulados, e para coleta e
eliminação desses contaminantes, vários tipos de
equipamentos são utilizados, como por exemplo: filtros de
manga, lavadores de gases, ciclones e precipitadores
eletrostáticos.
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Cuidados especiais
 Além destas etapas o Tratamento de
resíduos hospitalares incineração,
precisa ter cuidados especiais com
lodos, cinzas e descargas os sistemas
de limpeza do ar e da água, pois são
considerados resíduos perigosos,
apesar de poderem conter mínimas
quantidades de compostos orgânicos e
metálicos, normalmente os resíduos de
lodos e cinzas, após serem inertizados
devem ser destinados a um aterro
licenciado para resíduos industriais.
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Tratamento alternativo
 A esterilização, ao invés da
incineração, é uma alternativa
válida e importante. No entanto, o
seu elevado custo faz com que
seja pouco utilizada. A colocação
deste lixo em valas assépticas é
considerada uma opção
igualmente válida, porém o espaço
necessário para isso e a devida
fiscalização limitam o seu uso.
Infelizmente, a maioria dos
hospitais faz o descarte do lixo
hospitalar sem separar esses
resíduos corretamente.
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Fiscalização do descarte no Brasil

 A legislação aplicável às empresas que geram resíduos


hospitalares está inicialmente definida pela RDC nº 306/04
da ANVISA e pela resolução nº 358/05 do CONAMA
(conselho nacional do meio ambiente). O objetivo destas
legislações é obrigar todas as empresas geradoras de
resíduo hospitalar a elaborar e executar o chamado RSS
(plano de gerenciamento de resíduos de saúde).

 As organizações que descumprirem a legislação da


ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),
estarão sujeitas às penalidades previstas na lei nº
6.437/77, que configura as infrações à legislação sanitária
federal e estabelece as sanções aos descumpridores das
normas.
z Fiscalização do descarte no Brasil

 A classificação do resíduo hospitalar é realizada pela NBR 12.808, publicada pela ABNT em 2016, atualizando os
tipos de resíduos e as possíveis formas de destinação de cada um deles. Mas antes da classificação pela norma da
ABNT, os resíduos devem ser alocados em três grandes grupos definidos pela resolução do CONAMA citada há
pouco. São eles:

 Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de
infecção. Ex.: bolsas de sangue contaminado;

 Grupo B (químicos) - que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente,
independente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Por exemplo,
medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de
Raio-X;

 Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e que não
possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear;

 Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo hospitalar que não tenha sido contaminado ou possa provocar
acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis;

 Grupo E (perfurocortantes) - objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e
ampolas de vidro.
Tratamento
z de resíduos hospitalares na Europa
 Na Europa, cinco princípios são amplamente reconhecidos como subjacentes à gestão eficaz e
controlada dos resíduos. Estes princípios têm sido utilizados por muitos países no desenvolvimento
das suas políticas, legislação e orientação:
- O princípio do "poluidor-pagador" implica que todos os produtores de resíduos são legal e
financeiramente responsáveis pela eliminação segura e ambientalmente sã dos resíduos que
produzem. Este princípio também tenta atribuir a responsabilidade à parte que causa danos.
- O princípio da "precaução" é um princípio persuasivo que rege a proteção da saúde e da segurança.
Foi definido e adoptado ao abrigo da Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento (PNUA,
1972) como Princípio 15: "Quando existem ameaças de danos graves ou irreversíveis ao ambiente, a
falta de certeza científica total não deve ser utilizada como motivo para adiar medidas
economicamente eficientes para evitar a degradação ambiental".
- O princípio do "dever de cuidado" estipula que qualquer pessoa que manuseie ou gira substâncias ou
resíduos perigosos ou equipamento relacionado é eticamente responsável pela utilização do máximo
cuidado nessa tarefa. Este princípio é melhor alcançado quando todas as partes envolvidas na
produção, armazenamento, transporte, tratamento e eliminação final de resíduos perigosos (incluindo
resíduos de cuidados de saúde) estão devidamente registadas ou licenciadas para produzir, receber
Tratamento
z
de resíduos hospitalares na Europa

- O princípio da "proximidade" recomenda que o tratamento e eliminação de


resíduos perigosos seja efetuado no local mais próximo possível da sua fonte, a
fim de minimizar os riscos envolvidos no seu transporte. Da mesma forma, cada
comunidade deve ser encorajada a reciclar ou eliminar os resíduos que produz,
dentro dos seus próprios limites territoriais, a menos que não seja seguro fazê-lo.

- O "princípio do consentimento prévio esclarecido", tal como consagrado em


vários tratados internacionais, destina-se a proteger a saúde pública e o ambiente
dos resíduos perigosos. Exige que as comunidades afetadas e outros
interessados sejam informados dos perigos e riscos, e que o seu consentimento
seja obtido. No contexto dos resíduos sanitários, o princípio poderia aplicar-se ao
transporte de resíduos e à localização e funcionamento de instalações de
tratamento e eliminação de resíduos.
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REJEITOS NUCLEARES
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Tratamento de rejeitos nucleares
 Os rejeitos nucleares são provavelmente a forma poluição mais
perigosa gerada pelo ser humano, pois quando o urânio já não
provoca reações de fissão tão intensas ele ainda continua com
a capacidade de emitir radiação ionizante por muito tempo,
dessa forma ele precisa ser descartado adequadamente.

 Resíduo de baixo nível: emite pouca radiação e não apresenta


risco extremamente alto. Nessa categoria se encaixam objetos
que foram contaminados, como roupas, filtros e acessórios de
segurança (medidores Geiger e dosímetros).

 Resíduos de alto nível: necessitam de um cuidadoso


armazenamento por emitirem grandes quantidades de radiação,
compreendendo o material radioativo não aproveitado e peças
contidas dentro dos próprios reatores.
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Tratamento nas usinas de Angra dos Reis

 Uma coisa interessante sobre Angra I e Angra II,


ambas controladas pela Eletronuclear, é que elas
guardam todo o resíduo gerado na usina dentro
delas em prédios gigantescos preparados para
isso. Os resíduos de alto nível como as barras
reguladoras de Cádmio e Prata e o elemento
combustível inteiro são descartados dentro do
Edifício Combustível (feito com grossas camadas
de chumbo, aço e concreto), na qual são
colocados dentro de uma piscina e encobertos
por água (eficiente para conter a radiação). Todo
combustível já utilizado em Angra está
armazenado ali. Algo muito parecido com o que
ocorre na França, onde a Usina de La Hague
comporta em seus armazéns todo o lixo atômico.
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Tratamento nas usinas de Angra dos
Reis

 Não se pode armazenar rejeitos radioativos que não estejam em estado


líquido ou pastoso, assim eles precisam ser misturados com outros materiais
para que se tornem sólidos. Geralmente esse processo é feito com cimento
que chama-se imobilização em cimento. A partir daí ele é colocado em
caixas e tambores blindados que conseguem conter a radiação.

 Já resíduos de baixo nível são direcionados para o Depósito Inicial de


Rejeitos Radioativos, o qual armazena objetos que foram contaminados ou
que são de uso comum e constante, como roupas, filtros e ferramentas,
todos guardados em barris. Esse prédio também tem uma blindagem
especial (como vidros plúmbicos), e é monitorada e controlada de forma
remota.
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Tratamento do lixo atômico em diferentes
países
 Algo que também é bastante comum é enterrar o lixo atômico a grandes
profundidades a fim de isolá-lo. O primeiro depósito a surgir nesse estilo
foi na Suécia em 1988, onde foram construídas câmaras dentro do
granito que foram revestidas com cimento e chumbo.

 Nos Estados Unidos e na Alemanha existem exemplos de minas (WIPP


e Asse II nos respectivos países) que foram utilizadas como depósito
depois de desativadas, estando a mais de 1 quilômetro de profundidade.

 Sala WIPP 7 (Planta Piloto de Isolamento de lixo), um dos únicos


depósitos geológicos profundos em operação do mundo está localizado
em um depósito de sal gigante no Novo México.

 Os depósitos de sal são considerados o local ideal para armazenar o lixo


nuclear graças à sua estabilidade, capacidade de conter o calor liberado
pelo material radioativo.
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Usinas de quarta geração

 Consistem em projetos (alguns já em


funcionamento) que visão a criação de
usinas cada vez mais seguras e eficientes,
algumas que consistem em usinas
flutuantes que também armazenam seu
próprio resíduo e podem ser transportadas
para locais mais remotos (como o), mas
também incluindo que podem operar
totalmente no subsolo, que estariam assim
“já descartadas” após a desativação.
z Referências bibliográficas
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care-activities-Eng.pdf
 https://www.cetesambiental.com.br/tratamento-residuos-hospitalares-incineracao
 https://www.google.com.br/amp/s/amp.ecycle.com.br/3237-lixo-hospitalar
 https://www.google.com.br/amp/s/www.vgresiduos.com.br/amp/blog/residuo-hospitalar-como-classificar-
e-qual-legislacao-a-respeito/
 https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.mma.gov.br/estruturas/
secex_consumo/_arquivos/8%2520-%2520mcs_lixo.pdf&ved=2ahUKEwjti-mh-
NLrAhVIH7kGHfeCDTYQFjAAegQIChAC&usg=AOvVaw1HyMarexs0dSzYGrjIBzf9
 https://www.fazfacil.com.br/artesanato/reciclagem-materiais-rejeito/2/
 https://www.google.com/amp/s/www.jornalcruzeiro.com.br/opiniao/editorial/lixo-toxico/amp/
 https://meioambiente.culturamix.com/lixo/lixo-toxico-o-que-e-e-como-evitar
 https://www.google.com/amp/s/www.terra.com.br/amp/noticias/brasil/rhodia-diz-que-lixo-toxico-
depositado-em-sao-vicente-tera-destino-
diferente,ddb874e30862d310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
 https://blog.brkambiental.com.br/descarte-de-lixo-2/
 https://costanorte.com.br/geral/fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-de-estabelecimentos-verifica-descarte-

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