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ANSIEDADE

#Cinza: está no slide de apresentação


#Amarelo: obrigatório falar

DEFINIÇÃO: A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos


quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou
qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e
interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do
indivíduo. Tais reações exageradas se desenvolvem, mais comumente, em indivíduos
com uma predisposição neurobiológica herdada
O medo é geralmente evocado por um estímulo aversivo, também chamado de
estressor, sendo manifestado na resposta de estresse. A relação estímulo-resposta
pode ser reforçada pela experiência, mas também pode ser enfraquecida. A
característica dos transtornos de ansiedade é a resposta inadequada ao estresse,
regulada pelo sistema nervoso.
DIAGNÓSTICO
Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em crianças
quanto em adultos, com uma prevalência estimada durante o período de vida de 9% e
15% respectivamente. A avaliação diagnóstica deve considerar a gravidade dos
sintomas e consequentemente o grau de prejuízo do desempenho social.

ETIOLOGIA
O hormônio cortisol, é liberado pela glândula adrenal em resposta a um aumento nos
níveis sanguíneos de um hormônio liberado pela hipófise anterior devido ao estímulo
do hormônio liberador do hipotálamo.
Quando o núcleo central da amígdala é ativado, interfere no eixo HPA e a resposta ao
estresse é emitida, sendo que a ativação inapropriada tem sido relacionada com os
transtornos de ansiedade.
A exposição contínua ao cortisol, em períodos de estresse crônico, pode levar à
disfunção e à morte dos neurônios hipocampais. Assim, o hipocampo começará a
apresentar falhas em sua capacidade de controlar a liberação dos hormônios do
estresse e de realizar suas funções de rotina. O estresse também influencia a aptidão
de induzir a potenciação de longo prazo no hipocampo, o que provavelmente explica o
porquê da falha de memória
A serotonina é uma substância importantíssima no estudo neuroquímico da ansiedade.
Tanto o bloqueio de seus receptores, quanto o bloqueio da sua síntese, produzem
efeitos ansiolíticos. A exerce um duplo papel na regulação da ansiedade – ansiogênico
na amígdala e ansiolítico na matéria cinzenta.
DIAGNÓSTICO: A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade
patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada
e relacionada ao estímulo do momento ou não.
Transtorno de ansiedade Generalizado (TAG)
As crianças com TAG apresentam medo excessivo, preocupações ou sentimentos de
pânico exagerados e irracionais a respeito de várias situações. Estão constantemente
tensas e dão a impressão de que qualquer situação é ou pode ser provocadora de
ansiedade. Apresentam dificuldade para relaxar, queixas somáticas sem causa
aparente e sinais de hiperatividade autonômica (ex. palidez, sudorese, taquipnéia,
tensão muscular e vigilância aumentada).

A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes desconhecida e


provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos.
Entre os indivíduos com esses transtornos, o peso relativo dos fatores causais pode
variar. De uma maneira geral, os transtornos ansiosos na infância e na adolescência
apresentam um curso crônico, embora flutuante ou episódico, se não tratados.
TRATAMENTO: Na avaliação e no planejamento terapêutico desses transtornos, é
fundamental obter uma história detalhada sobre o início dos sintomas, possíveis
fatores desencadeantes.
De modo geral, o tratamento é constituído por uma abordagem multimodal, terapia
cognitivo-comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e
intervenções familiares
Os dois principais componentes do tratamento dos transtornos de ansiedade são o
emprego de medicamentos durante médio e longo prazo e a indicação de psicoterapia.
A terapia cognitivo-comportamental consiste basicamente em provocar uma mudança
na maneira alterada de perceber e raciocinar sobre o ambiente e especificamente
sobre o que causa a ansiedade (terapia cognitiva) e mudanças no comportamento
ansioso (terapia comportamental).
O TAG tem recebido pouca atenção dos pesquisadores em psicofarmacologia
pediátrica. Em estudos abertos, observou-se melhora significativa dos sintomas, tanto
com o uso de fluoxetina, como de buspirona (se ela quiser perguntar o que são é só
responder que o grupo dos ansiolíticos vai explicar).

Conclusão: A identificação precoce dos transtornos de ansiedade pode evitar


repercussões negativas na vida da criança, tais como o absenteísmo (os famosos
furões do rolê. “favor não falar isso na apresentação”) e a evasão escolar, a
utilização demasiada de serviços de pediatria por queixas somáticas associadas à
ansiedade e, possivelmente, a ocorrência de problemas psiquiátricos na vida adulta

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