Você está na página 1de 67

Resposta imune contra vírus e

parasitas intracelulares (ex:


Plasmodium spp – Malária, Toxoplasma
gondii – Toxoplasmose, Trypanosoma cruzi
– Doença de Chagas)
Resumo da Célula Dendrítica
resposta imune
contra patógenos Célula Dendrítica

intracelulares
Proliferação
clonal

Proliferação clonal

IgG Lise da
célula alvo
Perforinas e
Neutralização, ADCC,
Granzimas
ativação do complemento
Função citotóxica
Neutralização
Ativação do sistema complemento
(via Clássica)
ADCC
Mecanismos mediadores de proteção x Mecanismos efetores de
erradicação da infecção
Imunidade Inata Imunidade Adaptativa
IFN do
tipo I Célula B Anticorpo Proteção
contra
infecção
Estado
antiviral Neutralização

Erradicação do
estabelecimento da
Célula Célula Morte da Morte da infecção
Célula
NK Infectada célula célula
Infectada
infectada infectada
Vírus / Parasita
Anticorpo Sérico Anticorpo
de
Título

Mucosa
Células T CD8+

Tempo (dias)
Infecção Primária Reinfecção
Imunodiagnóstico

das viroses
Infecção pelo HIV
• Células-alvo:

✓Linfócitos T CD4+

✓Monócitos e Macrófagos
Vias de Transmissão do HIV:
Transmissão Sexual
Transmissão Parenteral
Transmissão Vertical
Transmissão Ocupacional
Janela de oportunidade para intervenção Pico da viremia
Fase de eclipse Fase de disseminação

Carga viral
plasmática

Dias após infecção 21 a 28


Elevada
replicação Dos linfonodos, o vírus
local Disseminação é disseminado para o
Vírions resto do corpo pela
atravessam a para os circulação sanguínea.
barreira linfonodos Há uma substancial
mucosa depleção de células T
CD4+
Aspectos Clínicos da
Fase Aguda
Fase aguda

• Alta viremia;

• Disseminação do vírus;

• Síndrome de “soroconversão”;

(“flu-like” ou “mononucleose-like”)
Fase aguda

• Sintomas inespecíficos:
✓ Febre
✓ Faringite
✓ Diarreia
✓ Hepatoesplenomegalia
✓ Cansaço
✓ Cefaleia
✓ Linfadenopatia
Por que a maioria dos
pacientes infectados perde a
luta contra o HIV?
1) O HIV-1 infecta a célula mais importante do sistema
imunológico.

General Célula T auxiliar = Célula T CD4+

2) Constantes mutações (erro da enzima transcriptase


reversa).
Janela de oportunidade para intervenção Pico da viremia
Fase de eclipse Fase de disseminação

Set
Carga viral point
plasmática viral

Dias após infecção 21 a 28


Disseminação Dos linfonodos, o vírus é
para os disseminado para o resto do
Vírions Elevada linfonodos
atravessam a replicação corpo pela circulação
barreira local sanguínea.
mucosa Há uma substancial
depleção de células T CD4+
Curso da infecção pelo HIV
Aspectos clínicos da
Fase Crônica
(Período de latência clínica)
Período de Latência Clínica

• Baixos Níveis de replicação viral;

• Declínio progressivo de células T CD4+ periféricas;

• Células T CD4+ = 500 a 350 células/mm3


Curso da infecção pelo HIV
Aspectos clínicos da
Síndrome da
Imunodeficiência
Adquirida (aids)
Aids
• Destruição do tecido linfoide periférico;

• Aumento descontrolado da replicação viral;

• Infecções Oportunistas;

• T CD4+ < 200 células/mm³


Aids
• Sinais e Sintomas inespecíficos:
✓ Febre de origem obscura
✓ Perda de peso
✓ Astenia
✓ Perda de massa muscular
✓ Diarreia crônica
✓ Perda de apetite,...
Diagnóstico

Laboratorial
Marcadores da infecção pelo HIV na corrente sanguínea
de acordo com o curso da infecção
Teste de Triagem
▪ Testes sorológicos e de antigenemia:
• Teste rápido (30’) – Teste sorológico (IgG anti-HIV) - Imunocromatografia:
✓ Fácil execução e leitura (pode ser realizado fora do ambiente laboratorial)
✓ Alta sensibilidade
Teste Rápido
20` Positivo Negativo

(Fluído oral ou gota de


sangue ou soro ou plasma)

A saliva contém menos Acs do que o sangue total ou o soro ou o plasma, mas
ainda em quantidade suficiente para permitir o diagnóstico seguro da infecção
pelo HIV, excetuando-se os casos de exposição recente. Neste caso, a janela de
soroconversão é de 3 meses.
Amostras de sangue/soro/plasma: 30 dias.
Sobre o Autoteste
• Funciona da mesma forma que os testes rápidos, com a diferença que é feito
pela própria pessoa, em casa ou em qualquer lugar;
• É um teste sorológico (IgG). Logo, não deve ser realizado durante a janela
imunológica, pois nesse período ele pode apresentar resultados negativos (não
reagentes), mesmo que a pessoa esteja infectada pelo HIV;
• Ao verificar que o resultado é reagente, esse não é um resultado definitivo;
• Deve-se procurar o serviço de saúde para realizar outros testes que irão
confirmar ou não o resultado reagente;
• Somente o profissional de saúde poderá dar o diagnóstico definitivo;
• Um teste não-reagente significa que o corpo não possui anticorpos contra o HIV
no momento da testagem. Caso persista a suspeita de infecção pelo HIV, um
novo teste deverá ser realizado em 30 dias.
Teste de Triagem
▪ Testes sorológicos e de antigenemia:
• Teste rápido (30’) – Teste sorológico (IgG anti-HIV) - Imunocromatografia:
✓ Fácil execução e leitura (pode ser realizado fora do ambiente laboratorial)
✓ Alta sensibilidade
• Teste ELISA de quarta geração (4h) – Teste sorológico e de antigenemia (IgG e
IgM anti-HIV e proteína p24) (Janela diagnóstica: 15 dias):
✓ Facilidade de automação;
✓ Relativo baixo custo;
✓ Elevada sensibilidade.
ELISA de 4ª geração
ELISA de 4ª geração
Testes Complementares
▪ Testes sorológicos e moleculares:
•Western-blot (teste sorológico: IgG)
ou
•Imunoblot (teste sorológico: IgG)
+
• RT-PCR quantitativo (teste molecular: RNA viral)
✓ Alto custo
✓ Elevada sensibilidade e especificidade
✓ Padrão ouro para confirmação do resultado
Exames laboratoriais indicadores de
progressão da doença
▪Marcadores laboratoriais da infecção pelo HIV:
• Citometria de Fluxo – Contagem de células T CD4+ no sangue periférico (razão
de células CD4+/CD8+) (Rotina – 6 meses);
• RT-PCR quantitativo – Avaliar a carga viral plasmática (no de cópias de RNA
viral/mL de plasma) (Rotina – 6 meses);
• Genotipagem (pesquisa de mutação – somente em caso de falha terapêutica ou
pacientes ainda não-tratados com mais de 1.000 cópias de RNA viral/mL) – Rede
Nacional de Genotipagem (Renageno).
Como prevenir a
infecção pelo HIV?
Como prevenir a infecção pelo HIV?
RUBÉOLA
RUBÉOLA

 Doença benigna da infância;

 Efeito teratogênico do vírus – Infecção congênita;

 Vacinação → erradicação em países desenvolvidos.


RUBÉOLA: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

 Testes sorológicos – pesquisa de IgM e IgG específicos contra o


vírus da rubéola;

 Teste ELISA (indireto para IgG e de captura para IgM) : o mais


utilizado;

 ELISA indireto: pesquisa de IgG antirrubéola;

 ELISA de captura: pesquisa de IgM antirrubéola.


ELISA Indireto – Detecção de IgG antirrubéola
Adição de
Ac secundário Substrato
Ac primário conjugado à Detecção do sinal
Ag
(amostra) enzima e Quantificação
Imobilizado

Lavagem Lavagem
ELISA de Captura - Detecção de IgM antirrubéola
Imunodiagnóstico de
parasitoses
Toxoplasmose
• Agente causador: Toxoplasma gondii
(protozoário intracelular obrigatório)
• Vias de transmissão:
✓Transmissão horizontal: Oral - fezes
de felinos contaminadas →
contaminação do solo e água →
contaminação de alimentos
(hortaliças, frutas, e carnes cruas ou
mal cozidas)
✓Transmissão vertical
(transplacentária – Infecção aguda
da mãe): congênita (mãe → feto)
• Sintomas inespecíficos:
✓Cansaço;
✓Mal-estar;
Toxoplasmose: ✓Dor de cabeça;
✓Dor de garganta;
Fase aguda ✓Febre persistente;
✓Exantema;
✓Dor muscular;
✓Linfonodos aumentados na região do
pescoço e orelha.
Toxoplasmose:
Fase crônica
• Hospedeiros imunocompetentes:
Assintomática;
• Reativação de formas existentes
(hospedeiro imunodeprimido):
✓Formas Graves;
✓Toxoplasmose cerebral com maior
frequência;
✓Toxoplasmose pulmonar.
Toxoplasmose congênita e pós-natal

• Toxoplasmose pós-natal:
✓Forma assintomática (80 a 90%);
✓1% Linfadenopatia febril com linfocitose;
• Toxoplasmose congênita:
✓5 a 15% aborto;
✓8 a 10% lesões graves: Lesões no sistema nervoso (hidrocefalia ou
microcefalia); lesões da retina (coriorretinite);
✓Sequelas da doença podem surgir apenas na adolescência ou na
idade adulta.
Toxoplasmose - Diagnóstico

• O diagnóstico de toxoplasmose na gravidez é


fundamental – evitar toxoplasmose congênita;

• Os Acs (IgM, IgG e IgA) contra Ags do T. gondii


podem ser detectados no soro e na saliva de
pacientes.
Toxoplasmose - Diagnóstico

• Detecção de IgM anti-T. gondii: entre 5 e 14 dias após a


infecção e, em alguns casos, podem permanecer por 18
meses ou mais.
• Detecção de IgA anti-T. gondii: em média, 14 dias após
a infecção (associação de infecção por via oral).
Permanece reagente entre 3 e 6 meses.
• Detecção de IgG anti-T. gondii: aparece entre 7 e 14
dias após a infecção. Seu pico máximo ocorre
aproximadamente 2 meses após a infecção. Sua
quantidade diminui entre 5 e 6 meses após a infecção,
podendo permanecer em títulos baixos por toda a vida.
Toxoplasmose - Diagnóstico

• Teste ELISA: é o mais solicitado

✓ELISA indireto: Detecção de IgG e ou de IgA

✓ELISA de captura: Detecção de IgM

A presença da IgG anti-T. gondii indica


imunidade e contato anterior com o
agente patogênico.
Toxoplasmose - Diagnóstico

• Diagnóstico de toxoplasmose congênita:

✓Recomenda-se a determinação simultânea de


IgM e IgA anti-T. gondii;

✓A presença desses Acs no bebê com menos de


6 meses de idade confirma a toxoplasmose
congênita (não ultrapassam a barreira
placentária).
Doença de Chagas
• Agente causador: Trypanosoma cruzi
(protozoário flagelado intracelular);
• Formas de transmissão:
✓Vetor - fezes de triatomíneos (barbeiros);
✓Transfusional;
✓Vertical (transplacentária);
✓Oral (esporádico - caldo de cana, açaí fresco -
não congelado, carne de caça mal cozida).
Doença de Chagas

• Período de incubação (varia de acordo com o modo de transmissão):

✓Transmissão vetorial - 4 a 15 dias;

✓Transmissão transfusional - 30 a 40 dias (ou mais);

✓Transmissão vertical - em qualquer período da gestação ou durante o parto;

✓Transmissão oral - 3 a 22 dias.


Doença de Chagas: Aspectos Clínicos

Fase aguda:
• Predomínio do parasito circulante na corrente sanguínea;
• Manifestações de doença febril (picos vespertinos) podem persistir
por 12 semanas;
• Sinais e sintomas podem desaparecer espontaneamente evoluindo
para fase crônica ou progredir para formas agudas graves que
podem levar ao óbito.
Doença de Chagas: Aspectos Clínicos

Fase crônica:
• Raros parasitas circulantes na corrente sanguínea;
• Inicialmente - assintomática e sem sinais de comprometimento cardíaco
e/ou digestivo;
• Formas de apresentação:
✓Forma indeterminada
✓Forma cardíaca
✓Forma digestiva
✓Forma associada (cardiodigestiva)
• Os métodos sorológicos NÃO são os mais indicados
para o diagnóstico de fase aguda, mas devem ser
realizados quando os exames parasitológicos forem
negativos e a suspeita clínica persistir;
• Os métodos sorológicos são essenciais no diagnóstico
na fase crônica;
Diagnóstico • Detecção na fase crônica:
✓ELISA ou a Hemaglutinação indireta, em conjunto com
outro de alta especificidade (imunofluorescência
indireta);
✓A confirmação do caso ocorre quando pelo menos dois
testes detectam a presença de Acs da classe IgG anti-T.
cruzi.
Hemaglutinação Indireta
Hemaglutinação Indireta
ELISA indireto
Imunofluorescência Indireta
A reação de IFI baseia-se na interação do Trypanosoma cruzi com os Acs
presentes no soro.

O parasita T. cruzi é Adição da Adição do conjugado Interação Ag-Ac é


fixado numa lâmina amostra anti-Ig humana ligada evidenciada por meio da
de vidro. ao fluorocromo fluorescência do parasita

Você também pode gostar