Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Qual o inimigo?
Características HIV
→ Curso CRÔNICO da doença; Longo período de LATÊNCIA clínica;
Replicação viral persistente; Envolvimento do SNC.
Complexo aparelho enzimático que facilita a replicação dele, a entrada nas células,
tem os epítopos que são as glicoproteínas faz o reconhecimento, um antígeno
reconhecedor do braço apresentador que tem na célula TCD4, que é apresentador
de antígeno. Então o linfócito TCD4 tem um braço que faz justamente uma cúpula
para cima e essa glicoproteína vai se encaixar e dá o comando e abre-se então o
poro da membrana celular e ocorre a ligação do capsídeo viral com a membrana
celular.
O espaço verde e o espaço amarelo são o capsídeo, e no centro o RNA viral.
É um vírus complexo, quando ele entra, ele joga todo o RNA dele dentro do
citoplasma da célula e como ele tem esse aparelho enzimático complexo, há a
enzima transcriptase reversa que vai reverter o RNA dele em DNA. Essa
transferência para poder conseguir se conectar ao DNA da célula hospedeira.
Então, ao fazer essa transição de RNA viral para DNA ele consegue conectar-se
ao DNA da célula hospedeira, iniciando a síntese proteica.
Quando ele vai se integrar na célula (imagem), dentro do núcleo da célula tem
escrito integrasse, que é a ligação do DNA do vírus com o DNA da célula
hospedeira.
3 enzimas importantes:
Ciclo do HIV
1) Ligação da glicoproteína (gp 120) ao CD4
Quanto mais vírus tiver, menos CD4 terá, pois o vírus vai entrando e destruindo a
célula, ele é malvado, ele entra e mata a célula CD4.
Outra forma de matar a célula CD4 é quando o vírus sai, ocorre uma eclosão
dessas células, ocasionando liberação de fatores mediadores inflamatórios de
dentro da célula, então há mecanismo de apoptose, ou seja, a própria célula
hospedeira englobando/ matando outras células que estão na proximidade. Então
são mecanismos diferentes de morte celular que acontece pela infecção de HIV.
Quanto maior a carga viral, que está representado pela locomotiva, mais a
locomotiva irá correr; a carga viral é energia para a locomotiva.
O trilho é o CD4, e quanto menor a quantidade de trilho, quanto menor o CD4, mais
rápido a corrida da locomotiva vai cair nesse abismo, ou seja, mais rápido o
paciente vai chegar em AIDS e mais rápido ele irá morrer.
Progressão da infecção
→ Progressores típicos
A maior parte dos pacientes evolui de forma assintomática durante vários anos. É
o que se espera, na história natural da infecção, que a partir do memento que ele
adquiriu o vírus que ele ainda fique uns 8 anos para entrar no quadro de AIDS.
→ Não progressores
A gente não sabe por que, a literatura estuda justamente com foco nesses
pacientes para encontrar a cura da AIDS.
Alguns pacientes adquirem o vírus, mas não evoluem para AIDS, eles ficam com
CD4 estáveis, mas é bem raro. (transmitem vírus, só não evoluem para AIDS).
Os não progressores são transmissores do vírus? Transmitem, eles só não
progridem para AIDS. Mas ele tem o vírus.
→ Progressores rápidos
História natural
Tudo começa com a entrada do vírus, chama-se de Infecção aguda pelo HIV. O
Rosinha é vírus, o Amarelinho são as células CD4.
Já na corrente sanguínea ele vai conseguindo entrar na célula TCD4, nos sítios
germinativos ele faz a festa porque lá é rico em células TCD4. A carga viral fica
muito elevada, quando ele está fazendo esse processo a célula hospedeira
reconhece que tem um indivíduo não próprio e ele vai contra ao indivíduo (vírus),
e começa a reação de resposta inata.
Só que esse vírus ele vai se guardar nos centros germinativos e não vai produzir
sintomas, mas vai ficar quietinho lá, e a carga viral, o que acontece com as células?
As células não estão sendo destruídas então vão se manter em alta. Quando
acontece a resposta humoral esse paciente já tem anticorpos contra o vírus HIV,
se solicitar sorologia virá positiva.
Alguns pacientes demoram a produzir isso, por isso eu falei que as vezes passa
de 3- 4 semanas aí a gente chama isso de janela imunológica.
Quando o CD4 ainda está acima de 350 cel/mm³ ainda não definimos que o
paciente tem AIDS. Quando ele começa a cair muito, abaixo de 350 cel/mm³ aí já
entra em uma fase conhecida como Imunossupressão avançada, que é a AIDS
propriamente dita.
De 10 a 60 % dos pacientes com infecção aguda pelo HIV são assintomáticos, não
apresentam nada. Não há como saber se uma pessoa tem HIV APENAS pelos
sintomas (febre alta, fadiga, mialgia), pois são sintomas inespecíficos, apenas
exames específicos podem fazer o diagnóstico.
Soroconversão
Soroconversão é revelada pela presença de Anticorpos não neutralizantes contra
o HIV. O diagnóstico da fase aguda é feito através da soroconversão. Primeiro
início dos sintomas da doença e, segundo após 30 a 60 dias. Ou seja, serão
colhidos 02 exames, o primeiro no início dos sintomas da doença aguda e o
segundo após 30 a 60 dias a primeira coleta.
Obs: paciente com sintomas, quadro de dengue, pergunta se ele teve exposição
sexual sem uso de preservativo, já pode solicitar a sorologia para HIV. Com a
resposta imunológica ocorre a remissão da Síndrome Retroviral Aguda e o paciente
entra na fase de latência clínica.
► Tuberculose pulmonar
► Angiomatose bacilar
► Listeriose
► Neuropatia periférica
O quadro tem algumas doenças que somam 10 pontos, isso já caracteriza AIDS.
Porém só posso dizer que ele tem AIDS após a sorologia, porque ele tem 10 pontos
e vou solicitar a sorologia e a sorologia for positiva; no entanto se a sorologia for
negativa não posso dizer que ele tem AIDS.
Em pacientes com sorologia positiva que apresentam Sarcoma de Kapozi (10
pontos) = AIDS
De candidíase oral para baixo a pontuação muda, porque? Por que a candidíase
oral pode participar da fase da infecção aguda mais moderada, de
imunossupressão moderada que é a fase aguda Pré-AIDS.
Se um paciente chega e ele só tem candidíase oral ou esofágica e não tem mais
nada e não emagreceu, não tem diarreia ele está na fase PRÉ AIDS.
1) Paciente tem herpes zoster = 5, e diarreia a 1 mês = 2, em que fase ele está?
Sarcoma de Kaposi
Paciente apresenta sarcoma de kapozi que é uma doença definidora de AIDS – é
uma neoplasia maligna mutifocal, resultante da proliferação anormal do endotélio
vascular.
O Sarcoma de Kapozi é maligno, ele não fica só na pele. Ele compromete órgãos
internos, quando ele faz doença disseminada comprometendo pulmão, intestino e
trato gastrointestinal esse paciente aumenta muito a mortalidade.
Alguns anos foi definido como um vírus relacionado ao HIV, da família herpes vírus
– herpes vírus 9, todo paciente que tinha Sarcoma de Kapozi fazia o exame e
encontrava este vírus HV9, mas outras situações posteriores mostraram que nem
todos apresentam esse vírus, então não podemos dizer que este vírus estimula o
Sarcoma de Kapozi, porém em varios pacienetes este Kapozi e estimulada por este
vírus.
CASOS:
A AIDS propriamente dita é a soma de 10 pontos ou CD4 < 350. Se não tiver CD4
do paciente, mas a soma dos pontos da doença já caracteriza o paciente como
AIDS, e o aparecimento das doenças oportunistas e neoplasias como: Sarcoma
de Kapozi.
• Sarcoma de Kaposi;
• Miocardiopatia;
• Nefropatia;
• Neuropatias
3) Linfoma;
Exemplo: jovem, linda e maravilhosa com um namorado, o namorado jura pra ela
que não tem infecção por HIV, e a mesma apaixonada acredita fielmente que ele
não tem infecção pelo HIV, porem o mesmo sabe que tem e nunca fez tratamento
por estar na fase de negação (psicologicamente), e por terem passado o HIV pra
ele, o mesmo quer passar para outras pessoas, e ele não vai falar que tem o HIV.
Ele deveria ser obrigado a fazer o teste de HIV? Sim, porem as ações
humanitárias preconizam o direito do paciente em manter seu diagnostico em
segredo.
Então a única forma é trabalhar o psicológico para que essa pessoa caia em si e
veja que como ele está tendo a oportunidade desse diagnóstico e desse
tratamento.
O paciente pode manter relações sexuais? Claro, mas o parceiro dele tem que
estar ciente de que ele é HIV positivo.
Como funciona a testagem para HIV? A testagem do HIV só pode ser feita com
consentimento do paciente, você não pode fazer o teste sem que o mesmo saiba
do exame, o paciente deve assinar o termo, e em casos de pacientes que não
podem responder por si mesmos?
Maioria das pessoas irá desenvolver anticorpos anti-HIV até seis meses (média 6
e 12 sems) - após a exposição.
Janela diagnóstica
Todos os testes possuem um período denominado “janela diagnóstica”
A maioria das pessoas irá desenvolver anticorpos até 6 meses após a exposição,
podemos encontrar testes falsos negativo, e este período é denominado janela
imunológica, e o que nós iremos fazer diante deste caso para definir? Todos os
testes possuem o tempo denominado de Janela imunológica que corresponde ao
tempo do contato com o vírus e o desenvolvimento de marcadores de infecções.
Professora mostra o slide que mostra o momento da infecção em que ainda não
tem anticorpos e o tempo que levara até produzir os anticorpos é chamado de
janela imunológica:
O teste rápido determinado pelo Ministério da Saúde, os bons testes rápidos, são
assim: ele tem kits de dois testes, o teste 1 e o teste 2.
Deu teste negativo, amostra negativa, mas não esquece que deu um positivo, ou
seja, pode ser um falso positivo. Tem que ter um cuidado maior com esse paciente
por conta dessa sorologia.
Se for positivo, amostra positiva. Agora se ele tiver os dois testes positivos, teste 1
e 2 positivos, eu já considero ele positivo, nem precisa fazer o terceiro teste.
Tem serviço que só tem teste rápido de somente um tipo de kit, aí cabe a você
perguntar do serviço - Vem Ka o teu teste rápido é aquele que cobre os dois e é
confirmatório? Pq no Tropical, 28, João Lúcio ... todos esses serviços, as
policlínicas que trabalham com pacientes com HIV, possuem todos os testes.
Com este exame você sabe se o paciente tem HIV em menos de uma hora.
Professora mais eu preciso ter o CD4 para poder iniciar o antirretroviral? Não se
existe mais isso ! O paciente tem HIV positivo, eu vou iniciar o antirretroviral pra
ele !
Antes a gente trabalhava assim: só vou iniciar o antirretroviral se ele tiver AIDS, se
ele tiver CD4 menor que 250, e aí ficavam vários pacientes que ainda não tinham
a AIDS, mas que evoluíram com AIDS depois, pq não tomaram o remédio. ENTÃO
ISSO MUDOU! A GENTE JÁ INICIA ANTIRRETROVIRAL PRA TODO MUNDO!
MAS A GENTE TEM SIM QUE SOLICITAR A CARGA VIRAL E O CD4 LOGO NO
INÍCIO DA DOENÇA ! PRINCIPALMENTE CARGA VIRAL !
Foi definido ano passado que o CD4 não ajuda em nada, a gente sabe que se esse
paciente tem doença oportunista ele tem o CD4 baixo.
O CD4 não ajuda muito, ele vai ajudar mais para se manter a profilaxia secundário
ou primária para as doenças oportunistas.
O que controla realmente a infecção é a carga viral, eu sei se a infecção tá
controlada ou não se eu faço a contagem da carga viral.
Ele pode ter carga viral 0 e CD4 de 100? NÃO, a gente não espera isso, para ter
um CD4 muito baixo, menor que 350, tem “ blusts” de vírus ai escapando durante
o período. Hoje ele tá dizendo que a carga viral está indetectável mas se ele parou
de tomar o remédio, paciente que ficou 48hrs sem tomar antirretroviral, o vírus volta
a ter replicação, aí o paciente volta de novo a tomar, aí diminui de novo, mas cada
vez que esse vírus se replica ele mata algumas “partes” de CD4 ( que são
irrecuperáveis).
A confirmação de AIDS não tem relação com o teste, pois o mesmo é para saber
se o paciente tem o vírus. Pq o paciente pode ser apenas portador do vírus e não
ter AIDS.