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SOFIA HELENA VITTE

TURMA LX

de replicação associado à geração de


uma diversidade viral
• A seleção de mutantes que escapam
linfócitos TCD8é fundamental para
progressão e propagação do HIV →
formação de células com pool de
infecção latente (reservatório persistente
do vírus)
• Transcrição reversa: transcriptase • A ativação imune e a inflamação
reversa → ligação de alta afinidade com persistente causam a disfunção imune
gp120 da molécula CD4 → gp120 sofre • Mecanismo de disfunção e depleção das
alteração de conformação que facilita células TCD4:
coligação com CCR5 e CXCR4 acoplados o Direto: perda de integridade da
a proteína G (tropismo celular do vírus) → membrana plasmática, acumulo
fusão com a membrana celular do de DNA viral não incorporado,
interferência no processamento
hospedeiro → transcriptase reversa inicia do RNA celular, auto fusão gp120
transcrição reversa → DNA viral tem com CD4, formação de sincícios
acesso ao polo nuclear → incorporação o Indiretos: anormalidades na
DNA viral ao cromossomo do hospedeiro sinalização intracelular,
• Transmissão: relação sexual, sangue e autoimunidade, apoptose,
hemocomponentes, mãe – filho, inibição linfopoeise, apoptose
aleitamento materno induzida por ativação
• Sarcoma de Kaposi; doença oportunista
com os níveis de depressão de contagem
de TCD4. Doença angioproliferativa que
não constitui sarcoma neoplásico
verdadeiro. Manifestação da proliferação
• Deficiência quantitativa e qualitativa excessiva das células fusiformes.
progressiva de linfócitos TCD4 Interação HV1, HHV8, ativação
imunológica e secreção de citocinas
o Infecção e destruição direta das
TCD4 e efeitos indiretos como
depuração das células imunes
infectadas, exaustão imune
causada pela ativação celular
anômala e morte celular induzida
pela ativação
o Os primeiros eventos que ocorrem
depois da exposição da superfície
mucosa do HIV determinam se a
infecção ocorrerá e também a
evolução subsequente das
próximas etapas da infecção
o Amplificadores iniciais da
infecção: TCD4 em repouso
parcial e TCD4 ativado
• Primeiro local afetado: linfonodos
regionais do GALT (local de maior
concentração de TCD4) → viremia
explosiva
• Síndrome aguda da infecção pelo HIV: • Depende da demonstração de Ac anti-HIV
relacionada a níveis altos de viremia. e/ou detecção direta do vírus
Semelhante à mononucleose aguda. Não • Triagem: ELISA
determina taxa de progressão da doença
• Teste confirmatório: western blot
• Evasão do sistema imune:
estabelecimento de um nível persistente • Outros: RT-PCR, contagem de células
TCD4, cultura quantitativa do HIV com
competência replicativa obtida do plasma
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o CD4 ~350 → quadro clinico usual:


semanas ou meses de tosse, febre
vespertina, emagrecimento.
Limitado aos pulmões. Rx com
infiltrado LS. Pode ou não ter
• Síndrome aguda: sinais e sintomas cavitações.
persistem por varias semanas e regridem o Diagnóstico definitivo por meio de
gradativamente à medida que a resposta cultura de bacilo. Teste de
imune ao HIV se desenvolvem e os níveis sensibilidade orienta o
de viremia plasmática diminuem tratamento.
o Febre, faringite, linfadenopatia, o TB ativa: o diagnóstico é feito por
cefaleia, artralgia, letargia, meio do escarro de 3 amostras
anorexia, náusea, vmito, diarreia, colhidas pelas manhãs de 3 dias
meningite, encefalite, neuropatia distintos. PBAAR e solicitar
periférica, mielopatia, evolução cultura.
maculopapulosa eritematosa
o Reativação independe da TB.
• Latência clínica: replicação viral ativa e Somente a apresentação clinica é
continua dependente.
• Doença sintomática: diagnostico de AIDS o Arvore em brotamento:
é firmado em qualquer HIV+ com TCD4 < disseminação broncogenica
200 celulas/mm3

o Esquema de tratamento:
Isoniazida + rifampicina +
pirazinamida + etambutol
(hepatotóxicos)
o ATENÇÃO! O inicio do TARV com o
esquema de TB leva à Síndrome
Inflamatória da Reconstituição
Imune (o sistema imunológico
começa a se recuperar, mas
responde a uma infecção
• Bronquite e sinusite agudas, oportunista adquirida
mucormicose anteriormente com uma
• As manifestações mais comuns são de exuberante resposta inflamatória
pneumonia → TB, pneumonia bacteriana que, paradoxalmente, faz com que
reicidivante, P. jiroveci os sintomas da infecção piorem)
• Tuberculose o A primeira linha de tratamento do
o Lembrar que é uma infecção HIV e tuberculose é tenofovir,
latente lamivudina e efavirenz associadas
o Paciente é HIV? Procure TB a rifampicina. Porém, no uso de
inibidor de protease (atazanavir) a
o Paciente tem TB? Procure HIV
rifampicina deve ser substituída
o Pacientes HIV+ são 100 vezes mais por rifabunia
suscetíveis a desenvolver TB em
atividade. Quando não tratada, • Criptococose pulmonar
aumenta a infecção por HIV. A TB o QC: febre, tosse, dispneia,
ativa geralmente em uma fase hemoptise, meningoencefalite
precoce da evolução da infecção o Até 50% tem HIC, neuropatia
por HIV. craniana, irritação meníngea
o Manifestações clinicas variadas o Liquor: tinta da china
dependentes da contagem de o Rx: infiltrados intersticiais focais
TCD4. ou difusos
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o Tratamento:
▪ Forma pulmonar isolada:
fluconazol ou itraconazol
200-400 mg/dia por 6-12
meses
▪ Forma disseminada:
anfotericina B + fluconazol
por 14 dias

• Pneumocistose
o Causado por Pneumocystis
jirovecii o TC: padrão vidro fosco, mosaico,
o Clinica: partes de pulmão normal.
▪ Quadro subagudo
▪ Dispneia progressiva
▪ Febre, tosse seca
▪ Ausculta normal na
maioria dos casos – doença
intersticial
▪ Saturação < 80%
▪ Aumento de FR e FC
▪ Candidíase oral
▪ CD4 < 200/mm3
o Laboratorial
▪ Gasometria arterial:
hipoxia em AA
▪ LDH ajuda no diagnóstico o AP: espessamento interlobular
▪ HMG: linfopenia por edema e elementos celulares
o Alguns pacientes têm outra o Diagnóstico: clínico
doença pulmonar concomitante à o Prova terapêutica: BX
pneumonia traqueobrônquica, escarro
o Raio X: infiltrado pulmonar com induzido
componente alveolar difuso, o Tratamento STM/TMP (Bactrim) à
bilateral, simétrico e poupa as 21 dias. Via oral para pacientes em
bases. Apresentações atípicas: BEG e corticoide para pacientes
bolhas, nódulos, cistos, graves.
pneumotórax. o Esperado piora no 4º-8º dia de
tratamento
o Iniciar TARV imediatamente
(tenofovir, entricitabina,
dolutegravir)
• Pneumonia bacteriana
o Independe da fase da doença ou
da contagem de CD4 → linfócitos
B com menor capacidade de
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produzir Ac específico, redução


da função dos neutrófilos
o Agentes etiológicos: S.
pneumoniae, Haemophilus,
Legionella, mycoplasma
pneumonia
o Quadro clinico mais grave do que
na população imunocompetente
o Aumento de bacteremia
o Preditores de mortalidade: CD4 <
100, piora do infiltrado ao Rx • Esofagite
(infiltrado multilobular, o QC: odinofagia e dor
cavitação, derrame pleural), retroesternal. EDA estabelece
choque séptico diagnóstico exato. Pode ser
causada por Candida, CMV (úlcera
única grande) ou HSV
• Histoplasmose:
o Reativação de focos latentes de
• Candidíase oral infecção pregressa
o Indica declínio imunológico o Apresentação subaguda
avançado o QC: dor abdominal, febre, perda
o Exsudato caseoso branco, com de peso e diarreia
mucosa eritematosa da o Lesões usualmente em IG à
orofaringe posterior. abundancia de tecido linfoide
o As lesões se iniciam ao longo da o Pode mimetizar outras
margem gengival enteropatias relacionadas com
o Diagnostico: exame direto no HIV
raspado a procura de pseudo-hifa
o Se está na boca, pode ir para o
esôfago!

• Distúrbios neurocognitivos relacionados


ao HIV
▪ Disfunção neurocognitiva
assintomática, distúrbio
neurocognitivo brando e
demência associada ao HIV
(definidora de AIDS; O
início da demência pelo
HIV é insidioso e em seus
estágios iniciais o paciente
pode se queixar de
dificuldade de
concentração, apatia e
lentidão mental. Estes
sintomas podem ser
• Leucoplasia pilosa oral confundidos com
o Indica declínio imunológico depressão. Nos estágios
avançado mais tardios a síndrome
o Lesões esbranquiçadas progride aparecendo
semelhantes à folhagem, alterações mais
geralmente ao longo das bordas específicas de perda de
laterais da língua memória, dificuldade de
leitura e alterações da
personalidade associadas
à lentidão motora.
▪ O desenvolvimento da
demência ocorre
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tipicamente em semanas e
meses, sendo que a
ocorrência de
sintomatologia aguda
aponta para outra
etiologia)
• Neurocriptococose
o Meningoencefalite de caráter
insidioso
o Sintomas clínicos inespecíficos:
febre, vômitos, cefaleia, redução
do nível de consciência
o Sinais e sintomas subagudos
o Apresenta meningismo, fotofobia • Leucoencefalopatia multifocal
e alterações visuais, alteração de progressiva
conduta, letargia, alteração de o Vírus JC
personalidade e memória o
o 50-75% dos pacientes apresenta o Desmielinização da substancia
HIC branca subcortical nos
o TC sempre deve anteceder a hemisférios, cerebelo e tronco
punção liquórica. Usualmente, a encefálico, gerando déficits
TC não mostra alterações multifocais
especificas, mas é comum a o Curso clínico subagudo
presença de atrofia cortical e o Presença de alterações focais,
subcortical. Podem ser anormalidades de marcha e
visualizadas lesões bilaterais cognitivas, alteração de
hipodensas sem efeito expansivo coordenação e visuais, alterações
nem captação de cntraste de fala e convulsões
o As características do líquor na o Observa-se síndrome cerebelar
neurocriptococose são aumento isolada
da pressão inicial, celularidade o TC de crânio pode ser normal ou
aumentada com predomínio mostrar lesões hipodensas na
linfomonocitário , elevação de substancia branca subcortical,
proteínas e diminuição da glicose geralmente assimétricas, e sem
o O diagnóstico laboratorial requer efeito expansivo. RM de crânio é
cultura positiva pra C. mais sensível, mostrando areas
neoformans, tinta da China hiperintensas em T2 e FLAIR.
positiva no liquor ou pesquisa Permite visualizar com maiores
positiva do antígeno no liquor. detalhes as lesões
o Fatores de mau prognóstico: o LCR geralmente é normal
alteração do estado mental, carga o Diagnostico definitivo requer
fúngica elevada, > 10 leveduras no estudo histopatológico
liquor na segunda semana após o Tratamento: TARV
diagnóstico, celularidade
liquórica < 20, HIC, critptococose
disseminada, pseudocistos
mucinosos ou criptococomas
cerebrais
o Tratamento: anfoterecina B +
fluconazol por duas semanas ou
LCR +. Caso consolidação:
fluconazol 400mg/dia por 8
semanas

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95%) ou sangue (sensibilidade de


60 a 86%; especificidade > 95%).
o Tratamento
▪ FASE DE ATAQUE 1) 200
mg de pirimetamina no
primeiro dia, em seguida
50 mg/dia, mais
sulfadiazina 1 g (< 60 kg) –
1,5 g (≥ 60 kg), 6/6 horas,
mais 15 mg/dia de ácido
folínico, durante seis
semanas; e 2)
sulfametoxazol/
trimetoprim (SMX-TMP)
5/25 mg/kg 12/12 horas,
durante seis semanas.
▪ FASE DE MANUTENÇÃO: 25
• Neurotoxoplasmose a 50 mg/dia de
o Quadro subagudo pirimetamina, mais 500
o Pode haver quadros encefalíticos mg de sulfadiazina, 6/6
difusos de instalação aguda horas, ou 1.000 mg 12/12
o As manifestações dependem da horas (considerar
topografia e numero de lesões: alternativamente em
cefaleia, febre, alterações focais, pacientes com adesão
convulsão, confusão mental, complicada), mais 15
ataxia, letargia, alteração de pares mg/dia de ácido folínico.
cranianos e alterações visuais. o Iniciar TARV imediatamente e
o RM é mais sensível que TC. independentemente da contagem
Tipicamente observa-se lesões de TCD4
que captam contraste e
apresentam edema perilesional.
De acordo com a topografia,
podem ser classificadas como
lesões hipodensas com realce
anelar e edema perilesional, lesão
hipodensa com realce nodular e
edema perilesional, lesão
hipodensa com efeito expansivo,
TC sem lesão aparente e edema
cerebral difuso sem lesões focais
visíveis
o A maioria dos pacientes presenta
anticorpos IgG antitoxoplasma,
títulos sorológicos altos. Liquor
normal ou com pleocitose
o O diagnóstico requer: 1)
demonstração de taquizoítos de
Toxoplasma gondii em amostras • Linfoma primário do SNC
de tecido cerebral ou sangue o Curso clinico subagudo
(muito infrequente); 2) achados o QC: alteração do estado mental,
clínicos e radiológicos hemiparesia, afasia, alterações
compatíveis associados à resposta sensoriais, convulsão, alteração
terapêutica (clínica e radiológica em NC, cefaleia.
com o tratamento o RNM ou TC revelam lesões únicas,
antitoxoplasma); ou 3) o critério hipotensas, com realce nodular
anterior associado à presença de e/ou anelar, associadas a edema
um teste de PCR positivo em perilesional importante. São
amostra de liquor (sensibilidade características de localização
de 50 a 100%, especificidade >

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periventricular, permeníngea e no crônicas. O BAAR pode ser


corpo caloso. positivo e o crescimento de M.
o Liquor é inespecífico. Diagnóstico tuberculosis na cultura define o
definitivo requer estudo diagnóstico.
histopatológico
o Tratamento: TARV + RT

• Neurotuberculose
o Disseminação hematogênica com
foco pulmonar primário
o Formações do tipo Rich: subtipia e
subependimal no cérebro e na
medula espinhal, ruptura do foco
e liberação da micobactéria no
espaço subaracnóideo, pode
ocorrer formação de
tuberculoma.
o Associado a meningite
tuberculosa, mas pode ser a única
manifestação também. Inclui
convulsão, cefaleia, alteração do
nível de estado mental e
hemiparesia.
o Achados radiológicos:
aproximadamente 50%
apresentam evidência prévia ou
concomitante de tuberculose,
especialmente pulmonar,
ganglionar ou disseminada. As
alterações tomográficas podem
ser indistinguíveis da
toxoplasmose cerebral ou dos
abscessos bacterianos. Os
tuberculomas geralmente são
múltiplos, apresentam realce
nodular e/ou anelar e discreto
edema perilesional
o Diagnóstico laboratorial: requer
estudos histopatológicos e
microbiológicos; os tuberculomas
são verdadeiros granulomas, e os
abscessos, no entanto,
apresentam um core com material
purulento associado à reação
inflamatória na parede, composta
por tecido de granulação vascular
e células inflamatórias agudas e
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FC: 78 bpm; FR: 20 mpm;


PA: 110 x 70 mmHg;
T: 38,4 ºC
Oroscopia: presença de placas esbranquiçadas
na mucosa oral, com hiperemia gengival,
queilite angular.
Aparelho respiratório: expansibilidade
moderadamente diminuída de forma global ,
FTV diminuído em todos os campos
pulmonares, elasticidade diminuída
globalmente, percussão hipersonora
principalmente em bases pulmonares e campos
médios bilaterais, MV + e diminuído de forma
acentuada em todos os campos pulmonares,
broncofonia acentuadamente reduzida em
todos os campos pulmonares, ausência de
ruídos adventícios.
Cardio: 2 BR com hipofonese em todos os
focos, ausência de sopros ou atritos”
Descrição do exame físico do aparelho
respiratório indica síndrome de hiperinsuflação
“SMJ, sexo masculino, de 43 anos, vendedor, (enfisema)
procedente de Campinas.
“Abdome: plano, flácido, indolor à palpação
QD: febre há duas semanas.” superficial, RHA + e normais, s/ VMG.
Causas de febre: Membros: pulsos presentes e simétricos, sem
edema, presença de hipotrofia muscular no
• Infecção MID.
• Doenças inflamatórias crônicas
Neurológico:
• Neoplasia
Nível de consciência: sonolento e confuso
(Glasgow 13 - AO: 3; RV: 4; RM: 6)
“HPMA: trazido pela esposa com queixa de Força muscular: sem alterações motoras focais
apatia, inapetência, emagrecimento com febre aparentes
há 2 semanas, além de marcante alteração do
comportamento, tornando-se extremamente Sensibilidade superficial: não realizada
introvertido”
Sensibilidade profunda: não realizada
Estrutura responsável pelo comportamento:
lobo frontal Equilíbrio: não realizado

“Não havia história de tosse, disuria ou Reflexos: hiporreflexia e hipotonia em MID.


cefaleia. Demais membros sem alterações

AP: etilista e tabagista, sequela de poliomielite Mobilidade ocular: abdução ocular ausente
em MID. Nega uso de drogas, transfusão e IST”. bilateralmente

HD: FO: edema de papila


Tríade de Cushing: ausente”
• Infecção SNC
• Neoplasia pulmonar, cerebral
“Exame físico: Apresentava-se em regular
estado geral, consciente porém não
comunicativo, emagrecido+++, desnutrido
+++, febril, descorado +, desidratado ++,
taquipneico, anictérico, acianótico.
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“Sorologias positivas para: HIV (ELISA e


Western Blot), toxoplasmose e citomegalovírus
(ambos IgG).
As sorologias eram negativas para sífilis e
hepatites B e C.”

• Lesões com efeito de massa ou nodular:


neurotoxoplasmose, linfoma primário do
SNC, abscesso cerebral,
neurocriptococose, neurosifilis,
neurotuberculose, neurocisticercose
• Lesões sem efeito de massa ou difusas:
encefalite por CMV e encefalite por HIV
“Evolução: O paciente apresentou
diminuição progressiva do estado de
consciência, rigidez de nuca, desvio de rima
labial à esquerda, com perda dos reflexos
musculares e da sensibilidade dolorosa,
falecendo antes de ser instituído qualquer
tipo de tratamento específico.
Exame Imunohistoquímico:
Strepto-Avidina-Biotina-Peroxidase:
positiva para T. gondii”

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(indução de insulina → hipoglicemia →


sinal de estresse → liberação
hipotalâmica de CRH e ativação do eixo
HHSR). Uma resposta normal é definida
por um nível de cortisol > 20 microgramas
e por um nível de GH > 5,1 microgramas

• Córtex suprarrenal: glicorticoides,


mineralocorticoides e precursores
androgênicos suprarrenais
• Glicorticoides e mineralocorticoides
atuam por meio de receptores nucleares
específicos, que regulam aspectos da
resposta fisiológica ao estresse, PA e
homeostase dos eletrólitos
• Os distúrbios do córtex suprarrenal
caracterizam-se pela deficiência ou pelo
excesso de uma ou mais classes de
corticosteroides
• O excesso de neoplasia resulta
habitualmente de neoplasia, levando ao
aumento da produção de ACTH pela • Mais comumente causada por adrenalite
hipófise ou por células neuroendócrinas, autoimune (isolada por por síndromes
ou à produção aumentada de poliglandulares autoimunes)
glicocorticoides ou mineralocorticoides • Causas mais raras: infecção, hemorragia,
por nódulos suprarrenais. inftração, tuberculose, metástases
• Os testes diagnósticos que avaliam o eixo • Insuficiência suprarrenal secundária:
HHSR utilizam o fato de que este eixo é consequência de uma disfunção do
regulado por retroalimentação negativa. componente hipotalâmico-hipofisário do
O excesso de glicocorticoides é eixo HHSR. A grande maioria dos casos é
diagnosticado pelo teste de supressão da produzida por tumores ipofisários ou
dexametasona. A dexametasona suprime hipotalâmicos ou seu tratamento por
o CRH/ACTH e, portanto, o cortisol cirurgia ou irradiação. As causas mais
endógeno. Se a produção de cortisol for raras incluem apoplexia hipofisária,
autônoma, o ACTH já está suprimido, e a como consequência de um infarto de
dexametasona exerce pouco efeito adenoma hipofisário ou redução
adicional. Se a produção de cortisol for transitória do suprimento sanguíneo da
impulsionada por um adenoma hipófise durante uma cirurgia ou após
hipofisário produtor de ACTH, a rápida perda de sangue associada ao
supressão pela dexametasona é ineficaz parto.
em baixas doses, porém provoca
habitualmente supressão em altas doses. • Manifestações clínicas:
Se a produção de cortisol for estimulada o Perda de secreção de
por uma fonte ectópica de ACTH, os glicocorticoides e/ou
tumores são habitualmente resistentes à mineralocorticoides → primária
supressão pela dexametasona. • Deficiência apenas de glicocorticoides
• Para avaliar a deficiência de visto que a suprarrenal está intacta e é
glicocorticoides, utiliza-se a estimulação passível de responder à regulação do
da produção de cortisol pelo ACTH –. SRAA → secundária
administração de cosintropina e coleta de
• Doença hipotalâmico-hipofisário pode
amostra depois de 0, 30 e 60 minutos
levar ao comprometimento de outros
para determinação do cortisol. Uma
eixos endócrinos ou comprometimento
resposta normal é definida por um nível
visual com hemianopsia bi temporal
de cortisol > 20 microgramas/dL ou por
causada por compressão quiasmática
um incremento de 10 microgramas/dL
acima do valor basal. Pode também • Insuficiência suprarrenal crônica: sinais e
utilizar teste de tolerância de insulina sintomas relativamente inespecíficos,
para avaliar insuficiência suprarrenal
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como fadiga e perda de energia → • A reposição de mineralocorticoides pode


diagnóstico tardio ou omitido ser iniciada após reduzir a dose diária de
• Diferencial da insuficiência primária: hidrocortisona para < 50 mg →
hiperpigmentação → estimulação fludrocortisona
excessiva dos melanócitos pelo ACTH. • Em Insuficiência crônica, a reposição de
Mais pronunciada em áreas da pele glicocorticoides deve repor a produção
expostas a maior atrito ou estresse de diária fisiológica de cortisol (15-25 mg de
cisalhamento e é aumentada pela posição hidrocortisona)
à luz solar + hiponatremia (deficiência de • Os níveis de renina devem ser mantidos
mineralocorticoides), hiperpotassemia, na faixa de referência normal superior
ligeiro aumento de TSH por causa da
deficiência de glicocorticoides
• Insuficiência secundária: a pele exibe
palidez semelhante ao alabastro, devido à
falta de secreção de ACTH
• Insuficiência suprarrenal aguda: ocorre
após um período prolongado de queixas
inespecíficas e é mais comum em “Paciente do sexo feminino, 58 anos, procura o
pacientes com insuficiência suprarrenal serviço de emergência devido a episódios de
primária, devido à perda de secreção dos tontura e turvação visual há 1 mês”
glicocorticoides e dos Tontura:
mineralocorticoides. A hipotensão
postural pode progredir para choque • Doenças do labirinto: tontura vertiginosa
hipovolêmico. Pode simular
manifestações de abdome agudo, como (rotação) → labirintopatia metabólica,
hipersensibilidade abdominal, náusea, acompanhado de náusea e vomito
vômitos e febre. Pode levar a diminuição • Doenças cardiovasculares: redução de
da responsividade, evoluindo para fluxo sanguíneo
estupor e coma
Turvação visual pode ser um sinal de isquemia
• Diagnóstico
• Estabelecido por teste de cosintropina
curto → níveis de cortisol <500-550 “Refere que os episódios são diários, vários no
nmol/L determinado por amostras mesmo dia, desencadeados por movimentos de
obtidas 30-60 minutos após estimulação levantar-se. Têm curta duração, apenas alguns
com ACTH segundos. Nega perda de consciência”.
• Na fase inicial da doença, os pacientes
ainda podem responder ao ACTH VPPB: cálculos nos canais semicirculares →
exógeno, então o teste de tolerância à estimulam as células do labirinto → sensação de
insulina constitui um alternativo movimento → ocorre com mudança de decúbito
• Confirmou insuficiência suprarrenal? →
determinar ACTH plasmático (define a Confirma-se hipotensão postural ao se medir a
pressão sentada ou de pé
origem da doença) → teste de renina e
triagem para autoanticorpos esteroides
→ teste negativo → TC das glândulas
“Refere fadiga, perda de 7 kg, dor abdominal
suprarrenais
leve mas frequente, náuseas com eventuais
• Nível de ACTH inapropriadamente baixos vômitos. Há alguns dias tem piora da fadiga e
= RNM de hipófise e hipotálamo da dor abdominal.
• Tratamento
AP: câncer de mama tratado com mastectomia
• Reidratação imediata com infusão de e RT há 3 anos e, aparentemente, está curada.
soro fisiológico, com monitoração Não toma nenhuma medicação.
cardíaca contínua
• Iniciar reposição de glicocorticoides por Exame físico: REG, mucosas coradas e
meio de IV 100 mg de hidrocortisona, hidratadas, acianótica e anictérica, FC 102 bpm
seguida de administração de 100-200 mg e 125 bpm ao levantar da maca, PA de 90x60
de hidrocortisona durante 24 h, na forma mmHg
de infusão contínua ou através de várias
AR: ndn
injeções IV ou IM
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Mamas: nódulo de 2 cm em QSE Aldosterona sérica: 0,9 ng/dL (1 a 16 ng/dL)


Cardio: apenas taquicárdica, ndn PET-CT: metástase em adrenais
Abdome: dor leve à palpação superficial difusa, Prednisona 5 mg/dia VO
sem defesa.
Fludrocortisona 0,1 mg/dia VO
Pele: mancha hipercromica no nariz e lábios
hipercorados”

“Exames laboratoriais

Na+: 121 mEq/L


K+: 5,8 mEq/L
Creatinina: 1,0 mg/dL
Glicemia: 52 mg/dL”
Paciente apresenta hiponatremia, hipercalemia
e hipoglicemia
HD: Insuficiência adrenal crônica

Conduta:

Cortisol sérico basal: 2,7 μg/dL (5 a 20 μg/dL)


ACTH: 866 pg/mL (10 a 50 pg/mL)
Cortisol sérico 60 min após ACTH: 5,3 μg/dL ( 30
+/- 1,5 μg/dL)
ARP: 21,7 ng/mL/h (1,24 +/- 1,09 ng/mL/h)
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pulso divergente e sopro sistólico


aórtico que resulta em angina
o FA é comum em pacientes > 50
anos de idade
o Pele quente e úmida, sudorese e
intolerância ao calor, eritema
palmar, onicólise, textura fina dos
cabelos e alopecia difusa
• Definição: estado de excesso de
hormônios tireoidianos o Tempo de trânsito GI é reduzido →
diarreia com ligeira esteatorreia
• Hipertireoidismo: função tireoidiana o Oligomenorreia ou amenorreia,
excessiva função sexual prejudicada e
• Principais causas: hipertireoidismo ginecomastia
causado pela doença de Graves, BMNT e o Tireoide difusamente aumentada,
adenomas tóxicos consistência firme, com frêmito
• Tireotoxicose sem hipertireoidismo: ou sopro pelo aumento da
tireoidite subaguda, tireoidite silenciosa, vascularização da glândula e
ingestão excessiva de quantidade de circulação hiperdinâmica
hormônio tireoidiano o Retração orbital → hiperatividade
• Doença de Graves simpática
• Combinação de fatores ambientais e o Oftalmopatia de graves
genéticos o Dermopatia tireoidiana: quase
• Estresse, fumo, aumento na ingestão de sempre na presença de
iodo, período pós-parto oftalmopatia moderada a grave.
Mais frequente como mixedema
• Hipertireoidismo causado pelas TSI
sintetizadas na tireoide, assim como na pré-tibial, → placa sem
MO e nos linfonodos. inflamação, endurecida com ma
coloração rosada ou púrpura
• A presença de TBII e um paciente com intensa e um aspecto casca de
tireotoxicose implica a existência de TSI laranja. Pode ter acometimento
• Anticorpos anti TPO ocorrem em até 80% nodular e pode se estender para
dos casos e funcionam como um toda a superfície inferior da perna
marcador de autoimunidade e do pé
• Citocinas → oftalmopatia: infiltração dos o Acropatia tireoidiana:
músculos extra-oculares pelas células T baqueteamento dos dedos,
ativadas; a liberação de IFN-gama, TNF e associado fortemente com a
IL1 resulta na ativação de fibroblastos e dermopatia
maior síntese de glicosaminoglicanos que • Avaliação laboratorial:
aprisionam a água, resultando na o TSH suprimido
tumefação muscular característica → o Níveis de hormônios tireoidianos
fibrose irreversível dos músculos totais e livres aumentados
• Manifestações clínicas o A mensuração de anticorpos anti
o Nos idosos: características sutis TPO ou anti TBII pode ser útil
ou mascaradas → fadiga e perda quando diagnóstico não é
de peso (tireotoxicose apática) clinicamente definido
o Perda de peso inexplicável → o Ocorre elevação da bilirrubina,
maior taxa metabólica nas enzimas hepáticas e na
ferritina. Anemia microcítica e
o Hiperatividade, nervosismo e trombocitopenia
irritabilidade
o Insônia e concentração • Diagnóstico diferencial: ataques de
prejudicada pânico, mania, feocromocitoma e perda
de peso associada à neoplasia maligna
o Tremor fino
o Hiperreflexia, desgaste muscular • Evolução clínica: a evolução da
e miopatia proximal sem oftalmopatia não é paralela ao da doença
fasciculações tireoidiana. Ela piora nos 3-6 primeiros
o Taquicardia sinusal associada a meses iniciais, sendo acompanhada por
palpitações, alto débito cardíaco uma fase de platô nos próximos 12-18
com pulso intenso, pressão de meses com melhora espontânea.
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SOFIA HELENA VITTE
TURMA LX

• Tratamento: agentes antitireoidianos ou Cardiovascular: sopro diastólico com


iodo radioativo/tireoidectomia hiperfonese de B1 em foco mitral. B2 com clique
o Tionamidas: propiltiouracila, de abertura
carbimazol, metimazol → inibem AR: MV+ com estertores crepitantes bibasais
a função da TPO, reduzindo a
oxidação e organificação do iodo Abdome: fígado palpável a 3 cm da borda costal
o Carbimazol ou metimazol: 10- direita, superfície lisa, borda fina, consistência
20mg 8/8h ou 12/12h endurecida +/4+”
o Propranolol para sintomas HD:
adrenérgicos
• NO SPECS • Bócio e ICC
• 0: nenum sintoma ou sinal (no signs) • Hipertireoidismo
• 1: apenas sinais (retração ou retardo • Cardiomiopatia tireotóxica
palpebral), sem sintomas (only signs • Doença de Graves
• 2: acomtimento dos tecidos moles = • Insuficiência aórtica
edema periorobitário (Soft tissue)
• ICC secundária ao bócio
• 3: proptose (proptosis)
• 4: acometimnto dos musculos extra- Sintoma patognomônico de ICC: dispneia
oculares - diplopia (extraocular muscle) paroxística noturna
• 5: acometimento da córnea (Cornea Sintomas que fazem pensar em
involvement) hipertireoidismo: hipermenorreia, diarreia,
• 6: perda de visão (Sight) aumento do volume cervical
É o mesmo quadro ou fazem parte de quadros
clínicos diferentes?

• Aumento difuso da tireoide com


superfície lisa: doença de Graves
• Estertores bibasais e fígado palpável: ICC
• Sopro presente é compatível a estenose
“Paciente do sexo feminino de 37 anos. mitral
QD: falta de ar e batedeira há 4 meses. • Raio X: sinal da flecha → arco médio
abaulado, indicando dilatação do tronco
HPMA: paciente vinha bem até que há 4 meses da artéria pulmonar (ou seja, indicando
passou a apresentar dispneia aos pequenos hipertensão pulmonar)
esforços que melhorava ao repouso, com o Dentre as cardiopatias, a que mais
duração de 5 a 10 minutos, acompanhado de causa HP é a estenose mitral
palpitação e sudorese. Edema de membros o Dilatação leve de VD é medida pelo
inferiores vespertino há 2 meses” ângulo entre a ponta do coração e
Palpitação é a sensação de batimento do o diafragma. Se o ângulo for
coração. Pode ser taqui ou bradicardia, ou maior do que 90º, isso indica
arritmia aumento de VD. Se for < 90º,
indica aumento do VE
“IDA: aumento da região cervica anterior e
sensação de aperto na garganta. Diarreia com
fezes ora pastosas, ora liquida 3-4 vezes ao dia,
há 2 meses. Hipermenorreia há 3 meses.
AF: mãe com doença reumática
Exame físico
P: 49.7 kg, altura 1.65 metros, IMC: 18.2 kg/m2,
FC: 120 bpm, FR: 36 rpm, PA: 130x80 mmHg
Cabeça e pescoço: aumento difuso da tireoide,
indolor à palpação, superfície lisa e sem
nodulações, sem oftalmia

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SOFIA HELENA VITTE
TURMA LX

• Conclusão: o hipertireoidismo não levou ▪ Moderado: crepitação em


à IC. O hipertireoidismo pode ter bases bilaterais
descompensado a IC ▪ Grave: EAP
• ECG: o História de fator desencadeante
o DI negativo com aVF positivo: eixo ▪ Sim: infecção, cirurgia de
cardíaco no 3º quadrante = tireoide, cirurgia em geral,
deslocado para a direita = SVD não adesão ao tratamento,
o Onda P indicando SAE traumatismo, medicação
o Onda R v5 e v6 + onda S V2 < 300 com iodo, trabalho de
mm → por Sokolow, não há SVE parto
o Em V1, tem-se o índice de Morris: a ▪ Não
onda P é bifásica → a amplitude do “Exames complementares:
componente positivo deve ser
maior ou igual ao componente TSH: < 0,002 mU/L (0,4 - 4,0)
negativo. Se a relação se inverter,
diz-se que o índice é positivo = SAE T4 livre: 5,6 mU/L (0,8 – 1,9)
o Presença de onda R pura em V1 = Anticorpo Anti-TPO: 749 U/mL (< 35)
SVD
Anticorpo anti-tireoglobulina: 90,7 U/mL (<40)
TRAB: 27 (< 15,0)
Glicemia de jejum: 90
TGO: 20
TGP: 20
Ecocardiograma: Aumento moderado de AE
(49mm) e AD

VE normal, FE = 76%
• HD
o Cardiopatia secundaria à
valvopatia reumática Estenose mitral moderada/acentuada com 1,06
o Hipertireoidismo cm2 , gradiente diastólico máximo 30 mmHg e
médio de 18 mmHg
o Fibrilação atrial
o ICC
o Crise tireotóxica
Insuficiência tricúspide”
• Critérios diagnósticos de Burch-
Wartafsky
o Temperatura > 37.2º
o Efeitos sobre SNC Pressão sistólica na a. pulmonar: 52 mmHg”
▪ Leves: agitação
▪ Moderado: delírio, psicose,
letargia Conduta:
▪ Grave: convulsão e coma Propranolol 40 mg, VO, 6/6 hs
o Disfunção GI e hepática
▪ Moderada; diarreia, Propiltiouracil 200 mg,VO, 6/6 hs
nausea, vomito, dor Solução de Lugol, 4 gotas, VO, 6/6 hs
abdominal
▪ Grave: icterícia Hidrocortisona 100 mg, IV, 8/8 hs
o FC > 99 bpmm Dipirona 500 mg, VO, S/N
o Fibrilação atrial
o IC
▪ Leve: edema de MMII

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