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Ana Janaina de Vasconcelos Cabral

Antônio Agnaldo Miranda de Sousa

Fernanda de Melo Pereira

Francisco Charles de Vasconcelos Filho

Vanessa Cristina Conceição

Orientadora: Priscila Rossany de Lira Guimarães Portella

PROJETO APLICATIVO PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL


SISTÊMICA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ANA DE ALBUQUERQUE

IGARASSU - PE

2022
SUMARIO

1. CONTEXTUALIZAÇÃO.............................................................................................05
2. OBJETO.....................................................................................................................07
3. DISCUSSAO DO OBJETO COM A
EQUIPE..............................................................09
4. OBJETIVOS...............................................................................................................11
4.1 OBJETIVO
GERAL..............................................................................................11
4.2 OBJETIVOS
ESPECÍFICOS................................................................................11
5. JUSTIFICATIVA.........................................................................................................13
6. FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA.................................................................................15
7. REFERÊNCIAS..........................................................................................................19
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Ana de Albuquerque, localizada em


Igarassu-PE, tem como função dar assistência a população de Igarassu, com uma
equipe preparada contendo 10 profissionais. Destes 05 são: médico, um enfermeiro,
um técnico de enfermagem, um dentista; e, 05 são Agentes Comunitários de Saúde
(ACS), além de ter um recepcionista, uma copeira, e um auxiliar de serviços gerais.
A UBS Ana de Albuquerque atende em média 210 pacientes por semana. Faz
parte do Sistema Único de Saúde (SUS), e tem buscado atender os problemas de
saúde apresentados pela população em sua totalidade, sem que haja a necessidade
de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais.
Os profissionais que atuam na UBS Ana de Albuquerque e que compõem as
equipes de saúde da família são, em sua maioria, especialistas em medicina de
família e comunidade. E, mesmo prestando um bom atendimento a comunidade,
percebe-se que sua atuação é deficitária, tendo em vista não conseguirem atender a
demanda recebida em sua totalidade, havendo a necessidade de acrescentar mais
médicos especialistas. Isso ajudaria a reforçar a equipe e o trabalho que é ofertado
aos pacientes.
Dentre os atendimentos realizados, verificou-se um número considerável de
casos de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), cuja atenção tem sido foco principal
para a adesão ao tratamento farmacológico na Atenção Primária à Saúde (APS),
pois esta é uma das doenças crônicas que se mostra bem desafiante para a equipe,
visto que ela é causada por condições multifatoriais, com determinantes biológicos e
socioculturais e com aumento proporcional do envelhecimento.

Tal fato é confirmado quando se evidencia, em diversos estudos, que a HAS


tem prevalência relevante dentre tantas outras doenças crônicas, afetando boa parte
da população mundial. E, por isso, o tratamento medicamentoso associado a
alimentação e qualidade de vida é foco do tratamento, conforme verificado junto a
UBS Ana de Albuquerque no que tange ao número de hipertensos cadastrados.

É, portanto, considerando essa realidade, que propõe a desenvolver esse


projeto aplicativo com foco na elevada prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS) constatada em pacientes atendidos pela UBS Ana de Albuquerque.
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2. OBJETO

Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) na população da área de


abrangência da Unidade Básica de saúde Ana de Albuquerque, Igarassu-PE.
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3. DISCUSSÃO DO OBJETO COM A EQUIPE

Foi discutido com a equipe de saúde da Família a necessidade de


desenvolver ações de conscientização e educação popular em saúde acerca da
Hipertensão Arterial Sistêmica devido a elevada prevalência deste quadro na
Unidade de Saúde Ana de Albuquerque localizada em Igarassu.

A esquipe da Unidade Básica viu no projeto uma oportunidade não apenas de


prevenção, mas principalmente de educação e orientação para seus pacientes, pois
ainda há muita desinformação e baixa adesão ao tratamento, acarretando diversas
descompensações que seriam facilmente prevenidas com conversas e informações
acerca desta doença.

A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença multifatorial, classificada


como síndrome, que se caracteriza pela presença de elevados níveis tensionais
associados a alterações metabólicas e hormonais. Diversos fatores são
responsáveis pelo seu desenvolvimento, como; idade, sexo, etnia, alimentação,
obesidade, sedentarismo, consumo de álcool e tabaco, dentre outros.

Por ser uma doença crônica e bastante difundida se faz necessário


conscientização e educação em saúde sobre suas particularidades e tratamento,
assim como a importância do acompanhamento médico e farmacológico constantes.

Ao final da discussão ficou acertado com a Equipe de saúde que seria


colocada em prática uma ação educativa acerca da Hipertensão, na qual seriam
esclarecidos pontos como; o que é a Hipertensão Arterial Sistêmica, quais seus
fatores de risco, como se faz o diagnóstico, quais os sintomas, quais suas
consequências, se existe cura e qual é o seu tratamento. Depois de toda exposição
abriríamos para possíveis dúvidas ou depoimentos e fecharíamos com orientações
para uma alimentação saudável associada a exercícios físicos diário como forma de
prevenção de piora do quadro e uma melhora na qualidade de vida destes
pacientes.

Optamos por uma abrangência holística desta doença, passando não apenas
pelo tratamento medicamentoso, como também por hábitos de vida que podem
impactar positivamente a evolução da doença diminuindo seus efeitos danosos a
saúde a longo prazo.
4. OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL


Formular estratégias com foco na melhoria da qualidade de vida da
população atendida pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Ana de Albuquerque,
Igarassu-PE, para que se diminua a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS).

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Realizar avaliação clínica dos usuários da Unidade Básica de Saúde (UBS)


Ana de Albuquerque;
 Determinar os fatores de risco para a prevalência de Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS) nos usuários, por meio da anamnese individualizada;
 Realizar ações de educação em saúde para promoção da melhoria da
qualidade de vida dos usuários da UBS Ana de Albuquerque;
 Estabelecer um cronograma de atividades educativas para os usuários da
UBS Ana de Albuquerque com foco na melhoria da qualidade de vida e diminuição da
prevalência de HAS.
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5. JUSTIFICATIVA

É sabido que a Hipertensão Arterial Sistêmica é uma enfermidade bastante


prevalente no Brasil, não somente na população adulta, mas também em crianças,
sendo uma das morbidades mais comuns da atenção básica.

Durante nossas visitas a Unidade Básica de Saúde Ana de Albuquerque


percebemos que grande parcela da população da área de abrangência desta UBS
está acometido por essa doença. Por isso, escolhemos esse tema, com o objetivo
de orientar e informar a população sobre seus riscos, tratamento e formas de
prevenção.
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6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A hipertensão Arterial é um dos problemas mais comuns nas unidades de


saúde. Pensando nisso elaboramos a presente pesquisa com foco nos pacientes da
Unidade Básica de Saúde Ana de Albuquerque com vistas a melhorar o
conhecimento sobre o tema possibilitando a formulação de ações de prevenção e
promoção de saúde.

A HAS contempla três itens importantes na sua caracterização: prevalência,


acomete entre 22,3% a 43,9% da população maior de 18 anos (32% em média,
pontuando 50% na faixa etária de 60 a 69 anos e 75% para > 70 anos) e responde
por uma parcela significativa das consultas da rede básica; transcendência, é um
dos principais fatores de risco associado ao infarto agudo do miocárdio (IAM),
acidente vascular encefálico (AVE) e outros agravos, inclusive morte, além de sua
forma silenciosa de desenvolvimento; e vulnerabilidade, facilmente tratável e
controlável no âmbito da APS, uma vez que 50 a 80% dos casos se resolve na rede
básica. (DANTAS, 2019)

O controle da Pressão Arterial (PA), além de exigir a participação individual,


também requer a assistência da equipe de saúde, dentro de um programa eficiente
de controle da HAS, pois há fatores como a cronicidade da doença, aliada à falta de
sintomatologia, que influenciam e condicionam o processo do efetivo controle dos
níveis pressóricos. (GEWEHR, 2018)

A questão da adesão ao tratamento merece particular destaque. Recente


metanálise sugere que a melhora da adesão diminui a mortalidade, consultas de
emergência e internações, reduz custos médicos e promove o bem-estar dos
pacientes (Simpson e col., 2006). Estudos internacionais têm estimado a prevalência
de adesão das pessoas com HAS entre 30 e 75% (Marques-Contreras e col., 2002;
WHO, 2003). No Brasil, o tema ainda é pouco estudado, especialmente na atenção
primária. Estudos de base hospitalar encontraram frequências de não adesão
variando de 10 a 77% (Strelec e col., 2003; Muxfeld e col., 2004; Coelho e col.,
2005).
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Na atenção primária, Prado e colaboradores (2007), em amostra de 109 pessoas


atendidas em unidade de atenção primária em Florianópolis-SC, obtiveram 68% de
não adesão utilizando contagem manual de comprimidos. (HELENA, 2010)

Estratégias vêm sendo utilizadas para otimizar o atendimento e


acompanhamento de pacientes hipertensos na APS. No cenário mundial o uso de
protocolos para o acompanhamento e controle da HAS tem sido adotado com
destaque12,13. No Brasil, destaca-se o protocolo para diagnóstico da HAS proposto
pelo Ministério da Saúde4 e o da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba14, além
de instrumento específico para consulta de enfermagem como o proposto por
Codogno et al.15, que limita o uso a uma categoria profissional, apesar de ser
reconhecida a importância da consulta de enfermagem na integralidade da
assistência, conforme disposto na Resolução 358 . (DANTAS, 2019)

Os profissionais de saúde, para atuarem de forma eficaz, com proposição e


implementação de ações que atendam às reais necessidades dessa população,
precisam conhecer os usuários e identificar os fatores da falta de adesão ao
tratamento9. Nesse sentido, a detecção da conduta não aderente é fundamental
para a investigação do seu impacto nos desfechos clínicos. (GEWEHR, 2018)
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7. REFERÊNCIAS
1. DANTAS, Rosimery Cruz de Oliveira. Protocolo para indivíduos
hipertensos assistidos na Atenção Básica em Saúde. Ciências & Saúde Coletiva,
24(1): 295-306, 2019.
2. GEWEHR, Daiana Meggiolaro et al. Adesão ao tratamento
farmacológico da hipertensão arterial na Atenção Primária à Saúde. Saúde Debate,
Rio de Janeiro, V. 42, N. 116, P. 179-190, Jan-Mar, 2018.
3. HELENA, Hernani Tiaraju de Santa et al. Avaliação da assistência a
pessoas com hipertensão arterial em Unidades de Estratégia da Saúde da Família.
Saúde Soc., São Paulo, V. 19, n. 3, p. 614-626, 2010.

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