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SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................... 3
2. Desenvolvimento Das Gônadas........................... 4
3. Desenvolvimento Dos Testículos......................... 8
4. Desenvolvimento Dos Ovários............................11
5. Desenvolvimento Dos Ductos Genitais E
Glândulas Masculinas..................................................14
6. Desenvolvimento Dos Ductos Genitais,
Glândulas Femininas E Vagina.................................16
7. Desenvolvimento Das Genitálias
Externas Feminina E Masculina...............................21
8. Desenvolvimento Do Canal Inguinal, Deslocamento
Dos Testículos E Ovário...............................................25
Referências Bibliograficas..........................................31
SISTEMA GENITAL 3
EMBRIOGÊNESE
DO SISTEMA
GENITAL
SEIO UROGENITAL
GÔNADAS
GENITÁLIAS EXTERNAS
GLÂNDULAS MASCULINAS
E FEMININAS
SISTEMA GENITAL 4
Mesentério
Ducto
urogenital
paramesonéfrico
Células germinativas
primordiais
Intestino posterior
Mesênquima
Figura 1. Gônadas indiferenciadas e os ductos paramesonéfricos. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG.
Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
origina muitas estruturas genitais, es- Lembrando que neste estágio do de-
pecialmente do testículo. Nessa fase, senvolvimento embrionário ainda não
a gônada possui duas partes, que são se pode identificar qual será o sexo
o córtex (externa) e a medula (interna). do embrião.
Mesonefro Aorta
Ducto mesonéfrico
Primórdio da gônada
Células
Nível da secção C germinativas
primordiais
Vesícula umbilical Mesentério dorsal
Células
Alantoide germinativas
primordiais
Figura 2. Embrião de 5 semanas ilustrando a migração de células germinativas primordiais da vesícula umbilical para
o embrião com as gônadas indiferenciadas em desenvolvimento. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG.
Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
Células estromais
(tecido conjuntivo)
Espermatogônia Oogônia
Figura 3. Determinação dos sexos. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed.
Elsevier, 2016.
SISTEMA GENITAL 8
CÉLULAS
GERMINATIVAS
PRIMORDIAIS
+
MESOTÉLIO
(PAREDE ABDOMINAL MESÊNQUIMA
POSTERIOR)
Stella
Fragilis
BMP-4
CRISTAS
GONADAIS
A PARTIR DA
5ª SEMANA
GÔNADA CORDÕES
MESONEFRO
INDIFERENCIADA GONADAIS
CORDÕES trocar
SEMINÍFEROS
7ª SEMANA
12ª SEMANA
Testosterona
H. antimulleriano
Di-hidrotestosterona
+ FTD
CORDÕES GONADAIS
CORDÕES SEMINÍFEROS
(MEDULA)
TÚBULOS
PRODUÇÃO DE
SEMINÍFEROS
ESPERMATOZOIDES
(REDE TESTICULAR)
ESPERMATOGÔNIAS
(CÉLULAS H. ANTIMULLERIANO
GERMINATIVAS
PRIMORDIAIS)
SUPRESSÃO
DOS DUCTOS
PARAMESONÉFRICOS
SISTEMA GENITAL 11
Ducto paramesonéfrico
em desenvolvimento Túbulos e ductos
mesonéfrico em
degeneração
Cordões corticais
Fímbrias
Estroma e vasos
Ovogônia
Células foliculares
Epoóforo
Oviduto Paroóforo
Cisto de Gartner
(remanescente do
ducto mesonéfrico)
Figura 4. Desenvolvimento dos ovários. Fonte: Schoenwolf, Gary C, et al. Larsen: Embriologia Clínica. 5ª ed. Elsevier
SISTEMA GENITAL 13
SE LIGA! O ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação e termina quando come-
ça o novo ciclo. Assim, a menstruação é o início do ciclo menstrual, que é compostos por dois
ciclos, um que ocorre no ovário e outro no útero. O ciclo ovariano possui a fase folicular e a
fase lútea, enquanto o ciclo uterino possui a fase menstrual, fase proliferativa e fase secretora.
Além disso, os dois ciclos compartilham a ovulação, que é a liberação o óvulo de seu folículo
(dominante – um dos folículos de um dos ovários que se tornam maior que todos na metade
da fase folicular). Na fase proliferativa, o estrógeno produzido pelos folículos ovarianos induz
o espessamento do endométrio, criando um ambiente propício para recepção do óvulo fe-
cundado. Depois da ovulação se inicia a segunda metade do ciclo, quando ocorrem as fases
lútea e secretora. Na fase lútea, o folículo que continha o óvulo liberado se transforma no cor-
po lúteo e começa a produzir progesterona e estrogênio, que darão suporte para a gravidez
inicial, caso ocorra. Na fase secretora, o útero libera substâncias, como as prostaglandinas,
que irão dar suporte à uma gravidez inicial, permitindo a fixação do óvulo fecundado. Se não
houver fecundação, o corpo lúteo deixa de produzir seus hormônios e essa baixa hormonal,
em conjunto com os efeitos da prostaglandina induzem a contração dos vasos sanguíneos e
liberação do endométrio, iniciando um novo ciclo com a menstruação.
SISTEMA GENITAL 14
GÔNADA
INDIFERENCIADA
RUPTURA DOS
CORDÕES CORTICAIS
FORMAÇÃO DOS
FOLÍCULOS PRIMÁRIOS
OOGÔNIAS
Ducto deferente
Ureter
Vesícula seminal
Próstata
Glândula
bulbouretral
Figura 5. Desenvolvimento da próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais. Fonte: Schoenwolf, Gary C, et al.
Larsen: Embriologia Clínica. 5ª ed. Elsevier
Testosterona
H. antimulleriano
DUCTOS MESONÉFRICOS
DUCTOS EFERENTES
DUCTO DEFERENTE
DUCTO EJACULATÓRIO
GLÂNDULAS
BULBOURETRAIS
SISTEMA GENITAL 18
Gônadas
Mesonefro Mesonefro
Cordões corticais
Ducto
mesonéfrico
Ducto
paramesonéfrico
Seio urogenital
(bexiga em
desenvolvimento)
Primórdio
uterovaginal
Primórdio do pênis
do homem ou do
clitóris na mulher
Metanefro
Metanefro
Parte fálica do
Ureter seio urogenital
Ureter
Primórdio
uterovaginal Tubérculo do seio Reto
Figura 6. Desenvolvimento dos ductos genitais femininos. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embrio-
logia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
SISTEMA GENITAL 19
ABERTURA
TUBAS UTERINAS PARA CAVIDADE
Ausência de ABDOMINAL
hormônios HOXA10
masculinizantes
ENDOMÉTRIO
MESÊNQUIMA
ESPLÂNCNICO
DUCTOS
PARAMESO- ÚTERO MIOMÉTRIO
NÉFRICOS
PRIMÓRDIO
UTEROVAGINAL
Maturação: VAGINA
Estrógeno (placenta) (parte cranial)
SEIO UROGENITAL
PLACA VAGINAL
(parte caudal)
GLÂNDULAS BULBOS
VESTIBULARES SINOVAGINAIS
DUCTOS GLÂNDULAS
MESONÉFRICOS ACESSÓRIAS
GLÂNDULAS
URETRAIS E
PARAURETRAIS
SAIBA MAIS!
Durante a conversão dos ductos mesonéfricos e paramesonéfricos em estruturas adultas, al-
gumas partes dos ductos permanecem como estruturas vestigiais, que raramente são vistas,
exceto quando há alterações patológicas, como os cistos dos ductos de Gartner originados
de vestígios de ductos mesonéfricos. Remanescentes dos ductos mesonéfricos nos homens
podem persistir como um apêndice do epidídimo, que usualmente situa-se afixado à cabeça
do epidídimo, ou paradídimo. Remanescentes dos ductos paramesonéfricos em homens po-
dem persistir como um apêndice vesicular do testículo. Já remanescentes do ducto parame-
sonéfrico em mulheres podem persistir como um apêndice vesicular, chamada de hidátide (de
Morgagni), enquanto remanescentes do ducto mesonéfrico nas mulheres podem se manter
como apêndice vesiculoso.
SISTEMA GENITAL 21
Tubérculo genital
Tubérculo genital Prega uretral
Membrana
Saliência cloacal
Pregas uretrais labioescrotal
Estágio
indiferenciado
Falo primordial
Saliências
labioescrotais Membrana
Prega urogenital urogenital
Saliência
labioescrotal Membrana anal
Glande do pênis em
Placa uretral Glande do clitóris em
desenvolvimento
desenvolvimento
Ectoderma
Pregas uretrais Pequenos lábios
fundidas
Saliências
Prega uretral Sulco uretral
Sulco uretral labioescrotais
fundidas
Períneo
Figura 7. Genitália externa na fase indiferenciada e nas fases iniciais de diferenciação. Em C, genitália masculina e em
D, genitália feminina. Fonte: MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
SISTEMA GENITAL 22
Cordão
ectodérmico
Glande do pênis Glande do pênis
Sulco uretral
Sulco uretral Pequenos lábios
Pregas uretrais
Grandes lábios
fundidas Escroto
Rafe
peniana Ânus Frênulo dos
Uretra esponjosa
pequenos lábios
Figura 9. Estágios de desenvolvimento da genitália externa masculina (E e G) e feminina (F e H). Fonte: Fonte: MOORE
KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
MASCULINA FEMININA
TUBÉRCULO
GENITAL PÊNIS CLITÓRIS
(CRANIAL)
PAREDES LATERAIS
ECTODERMA PREGAS URETRAIS DO SULCO URETRAL/ FUSÃO CRANIAL:
(Fgf8) (INTERNAS) CORPO ESPONJOSO PEQUENOS LÁBIOS
(RAFE PENIANA)
COMISSURAS
SALIÊNCIAS
RAFE ESCROTAL/ LATERAIS ANTERIOR
LABIOESCROTAIS
RAFE DO PERÍNEO E POSTERIOR/
(EXTERNAS)
GRANDES LÁBIOS
SAIBA MAIS!
Há uma urgência urológica chamada de torção de testículo, quando o mesmo gira em torno
do próprio eixo, podendo provocar isquemia pela torção dos vasos do cordão espermático.
Esse quadro é comum na adolescência e fase adulta, e na maioria dos casos é causado pela
fixação inadequada do testículo após sua migração para a bolsa escrotal, quando há uma
frouxidão do gubernáculo. Geralmente é um quadro de dor súbita e intensa na bolsa escrotal,
que pode irradiar para região inferior do abdome e virilha, podendo estar acompanhada ou
não de náuseas e vômitos, devido a intensidade da dor. É necessária intervenção cirúrgica de
emergência, visando preservar o testículo afetado.
SAIBA MAIS!
Criptorquidismo é uma condição em que o testículo não está localizado na bolsa escrotal, po-
dendo estar em qualquer região ao longo do caminho de descida, quando ocorre problemas
nesse processo. Pode ser uni ou bilateral e representa um risco para o desenvolvimento dos
espermatozoides e formação de neoplasias, por isso precisa ser tratado cirurgicamente. O
testículo pode estar no retroperitônio, no anel inguinal interno ou no próprio canal inguinal.
SISTEMA GENITAL 28
Prega Gubernáculo
Gubernáculo labioescrotal
Bexiga urinária
Ducto deferente Ducto deferente
Testículo atrás do
processo vaginal Testículo
Gubernáculo
Gubernáculo do
Processo vaginal Pênis (cortado) testículo
Escroto
Peritônio
Obliquo externo
Oblíquo interno
Fáscia transversal
Ducto deferente
Cordão espermático
Remanescente do
pedículo do
processo vaginal Túnica vaginal
Processo vaginal
Fáscia espermática interna
Pedículo do Fáscia espermática externa
processo vaginal
Fáscia e músculo cremaster
Figura 11. Estágios do desenvolvimento do canal inguinal e migração dos testículos para o saco escrotal. Fonte: MO-
ORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
SISTEMA GENITAL 29
SEXO
INDIFERENCIADO
PAREDE ABDOMINAL
GUBERNÁCULO
ANTERIOR
MULHERES HOMENS
FIXAÇÃO
GUBERNÁCULO PROCESSO VAGINAL
DOS OVÁRIOS
TESTIS (FIO GUIA) (CANAL INGUINAL)
GUBERNÁCULO
CANAL INGUINAL
PROCESSO
VAGINAL
EMBRIOGÊNESE
TUBÉRCULO
DO SISTEMA
GENITAL (CRANIAL)
GENITAL
SALIÊNCIAS
LABIOESCROTAIS
(EXTERNAS)
MEDULA OVÁRIOS
GÔNADA
INDIFERENCIADA
CÓRTEX TESTÍCULOS
GENE SRY E
HORÔNIOS
ANDROGÊNICOS
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
MOORE KL; PERSUAD TVN; TORCHA MG. Embriologia clínica. 10ª ed. Elsevier, 2016.
GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2011.
Schoenwolf, Gary C, et al. Larsen: Embriologia Clínica. 5ª ed. Elsevier
SISTEMA GENITAL 32