Você está na página 1de 16

..........

................:....:..

..................
..........
··.:·:·

.....
..
......:...
5
.::::::::::.·· EXAME DO, APARELHO
RESPIRATORIO
Ricardo Ribas do Almeida Leite • Marcus VlnJdus Rocha Pinto
-
f)

INTRODUÇÃO
O o::unc físico do 3pardho rtlipir3tório consiste cm um dos nlai.s funcbmcnr::ús e, 30 mtlinlo
rempo, imporuntc c:bscmiologi:i 1n&lica. &cmpio disso é o f.uo de ser unl CX3.MC d e Fiei] rc::l-
liuç:io b3stando um csr.cooscôpio e um cxamin3dor 3tcnr.o. A SU3 imporr:inci3 pode ser o:cm-
plific3c:b no Cl.'>O de um pncu1notórax hipcro::nsil·0 no qual :i conduta e, consequcnremcnre, :i
0

,;d3 do p3dcn«: depende que cxcht.<:i\':1.nlentc do CX.3.mc bem feito do cór:ix.


Como cm rodos os módulos-&. semiologia, f.u:-sc necessária uma organizaç5o de seu CX3.MC.
Ncssec:a..-.o, devemos seguir uma sequência.: Tnspcçlio, P:al(Xlçlio, Pcrcumo e, por fim, a Au.<>culu.
No cnunco, 3.ntcs-de inici:umos 3 inspoçlio, r.er noç5o de limites-r.opográticos do rórn.."C
para podermos descm·er possh'Cis- alo::raçOO de tOrma pr.:cis:t.

TOPOGRAFIA TORÁCICA
P3I3 a rea.li7.açfu> de um exame tl'ico 3.dequado do :lJXl-rdho rCApirar.6rio, devemos lembf3-f-nos
de alguns marcos :.m:u:6micM que nos 3wcili:u3o n:i loc:tlh:3ç§o d:u ClitruWr3s- inrr:norácic.l.<>.
Como cxiso::m algum:a.<> linh3S que dC\•cmM saber..As-n1.:iis- ucilizad:is são (Fig.<>. 5.1
• 5.3),
• linh3 - d:t tossa supr:u:l3\'1cul.:ir 30 3p&ldicc xifOidc, dnidindo o r.6r:u: c1n
doa.<> meudcs.
• linh3 p:tracstcmal - inicia-se na m iculaç5o CAtcmod a\-icubr, percorrendo roc:b :i borda.
csr.ernaL
linh3 hcmid a\•icular - linha \'CrtÍcal que p3SS:t pelo ponco médio cncrc :.l.<> micul:açõcs
csr.ernocla.vicuJ:ir e acmmioolavicul:u.
• linh3 axilar anterior - descende pcb horc:b do mú.<:culo pcir.or:tl maior.
• linh3 axilar média - descende a parór do vé1•cicc c:b n ila.
• linh3 axilar posr.erior -quc o bordo infCrior do nuisculo ladssimo do dorsio.
• linh3 vcrccbral - pen:orrc 3.<; 3p6fiscs cspinhos:u.
linha CSC3pular - p:i.<>sa mcdialmcnr.e ao bordo interno d3 cscipul3 cm posiç5o :t1t3r.6-
mic:i.
linha pat:t'\'Cm::hral ou p:u3cspondilcia - paralela e cquidiscuuc das linh:.l." vertebral e
cscapubr.
Exame do Aparelho Rt'llpiratóri o

Valendo-se dCliS3$ linha,, podc1nos-dcli1nic:u M puJmóC$ con10 o CSJ.>3ÇO plcur:tL Os limitCli


inferiores-do pulmlio '':i.ri3m de :.lCordo com 3 linha que to1namos por rct'Crêncix se:l.'to ateo
costal 1ta Linh3 hcmid 3\ricular. oitavo :1100 na linha axilar média cdécin10 1u linha p:uavcnchraL
J:í a pleura cem SCU$ no oicavo, 1()ct e 12.:. arcos cost:W 1tas- linha' hemidavicu1:11, axilar
média e ponvenehr:il. rcspcct:Í\'Wlentc. Os vén ic:es pulmonares se Clitendc1n por cera de 2 cm
:.lCin1a elo bordo superior da clavícula.

Figura S.1 l..d"ia e li'lhas Figura 5.2 Linha\'ert..ol:lral e tinhasesca- Figura 5.3 Linhaaxi!araMerior, li'lhaaxi-
hemicl.?.iiOJl.ares pulares lar média e linha axilal' p!)Sterior

INSPEÇÃO
Pode ser dividida cm dois- subúpM: cst:icict e dinatnica.

Estática
Nessa ct:tp:i, avaliar e c:lcsacver:

Forn1a elo córax (Tond ; Quilh:i; Chato; Cifôcscoliótico; Lordótico).


Cicacri7.es (drcnos-, cor.icotomia,, ci;crófula,).
(Pulsáceis- ancw ism.:i, N!io puJsio::is - tu1norcs:, cisr.os).
Erupções cudncas- (hcrpcs-wsr.cr- Pbc:u crir.cmar.osas em regi3-o inr.crcosr::al.; cm seguida,
formam -se \'CSÍCul3$).
hipertrofiados (Sinal de Troisicr- lintônodomcgalia supr.id:ni cular e isolada=
gânglio de VirOOow - nos canceres-torácicos e abdominais, principalmcncc, cst61nago).
Ginccoma., tia (cirrótioos, ruhcrculosc pulmonar com incensa dClinucriç3o- n5o doloros:u,
hidrocloroti:u:icb - doloros:i).
Exa.mc do Aparel ho Rc:1pira.t6ri o

• CirrulaÇio cob.tcr:aJ tipo Cl\':t superior ou br3quioc:éf.llico - rede venosa muito dcsen,'01-
vicb. na p:uedc r.oricic:t anterior. principolmcnre,, na p:ute superior do tór:ax (n.imor de
Pancoo.n. aneurisma de 30rt:.l torácica).

Dinâmica
Observ:uemos nos movimencos rcspir:uórios os seguintes 3S)>CCT.OS (Fig. 5.4):
• Frequência.:
No adulto =12 a 20 incun:&s por minuro (irpm)
Oispneia - rcspirnçlio c:litlcil, ou curu
Ortopnd:i- dispnci3 cm decúbito dors:il que mclhor3 cnl posiçlio creu
T3quipnci.:t - rcspir3ç§o r:ípicb, frequentemente pouco profuncb
Dr:idipnd:i- rcspir:.tç3o te.nu
Trcpopnci3 - dispneia en1 declihir.o latcr:aJ (derrame pleural)
Pb.tipnci3 - dispnei.:t n:i pos-içlio ortosdcic3 (hipovolcn1i:i, s.(ndrome hcpotopuln1on3f.
mixon1:i 3ttial)
Apncia - de rcspir3çif>
• Ritmos:
Chcync-..<itokcs - J>3us:u de '3pncd. de movimentos rcspir:uórios que se clC\':tlll
gr.ulaciv:unenr.c par.t depois diminufrem pouco :i pouco (e.g.. patológicos--
cardfac:t, run1orcs cerebrais, incoxicaçlio por n1orlin.:t; fisiológicos- c1•ianç:u e
Diot - Car:aco::áza-sc por ser irregular, com de 3pnei:i compleu .n1enr.c
(ex: meningir.cs:, huJbarcs).
J(u.U:maul - Sio ins-pirnçõcs profund3S e de e cxpit3ÇÔCS ripic:bu
e brC'\u (ex: ccr.o3cidosc di3hético).

-· MJ\MNVW\
Commrfr.'C!I ore911br. N
de 1240potlrlllUIO
dl\aAdltdo n:i eirp\a.ÇIS!I do ar

9r.:dpnd;a
NVVV\.
lrtcriot o 12
Ctu:yno&ol:cs

Pcri'odo5 va.1!4•1i:I:. do tnc..n5o


pormlnl/IO n:splr.Udrb «da ''CZ mds p!Olunda.
lnr.cro.ibcb oom :ipni:fa

NWNúW{INWl/W1JvV1 <•""""

...
Fl.ip!la. profuncfA. hbillhoeia
pormlnl/IO

H1pc:fVl:Nl:1ap
(WFCf'Pnc:la)
Pcri'odo5 i1Te9ulalt!5
® :ipnda. cm ...n.a 11C1q11tnob
por mlnlllO. re!õp\:içó:i:. pl'OÍl.nCl:I:. do lnoutsll«

NwwvJ\M ....
n:splr.Udtbs.

S11i;pk:o

cmgcrd
f\f\!"'-J\irJ\tr!I
s\;rif\CXilMaoom
Figura S.4 Padrões lnli:f'a:litdo:s prdl.nclkbcki VOIÜ\d o lm:gul:i.r cb
respiratórios n:spnç.:lo
Exame do Aparelho Rt'llpi ratório

• Simccri:a.:
O padrno normal deve ser simétrico. n3S incul'liOO inspirar.6ri.:ls
(mais bem viSU3-li7.3Cb." na expansão do rór:rx) podem acontecer por diversa" criologfas,
dentre pneumccr.omia. derrames pleurais de grande ''Olumc e
• Ahdomin:tJ ou ToráciC3 ou Toracoabdominal:
Ahdomin:tJ é o tipo rcspir:ttório que prcdomin:i cm homens e crianças. Torácioo é o ripo
que predo1nina mulheres. No entanto, o.-isre o tipo mracoohdo1ninal.

11 \<:ilido lembr.u o tipo rcspirar.61•io invel'lio abdominal ou tipo rcspirar.6rio de Duchcnnc no


qw.I. dur:anre :i expiração, o córax se rcuai e o abdome se c:lilaca.. Este se m:anifosct en1 pericar-
d.itcs-.

PALPAÇÃO
Ncss3 cupa, nov:uncncc devemos seguir um:i sequênci:1 de CX3Jl'.IC criccrioso. Nesse $Ctltido uma.
boa sugcsôo consiste cm obedecer r:d ordem: cla.'\ticic:bdc. expansibilidade. do frêmito
roraoovocal. pmcur:l de gânglios e sensibilicbde d:1 caixa tor:ícia.

Elasticidade
A técnÍC3 par:t se av:ili:u a. d:ur:icid:tde do tór:ix oonsiso:: em posicionar :.l.'I n1ãos do cxami1t:1dor
en1 pontos-diamctr:t1mcnce opostos (antcmpostcriol' ou l:1tcmlao::r:t1) (Fig.'\-. 5.5 e 5.6) e cfCru:ir
es:imulti nca. A cl::t'\ticid:1de é invcnamenre proporcional à ot'Ctecid:1
pela parede tor:ícia (E = 1/R).
Nesse sentido, podemos list:l.I·cera" situ:1çõo;-n:u q u:iis escc paclmccm pode ser altcr:ado:
Aumcnt:.lda. em criança" e diminuida. cm idosos.
P:uológic::.i.'\: D iminuiç5-o bilaccral =DPOC (c1tfisem.:ttosos); Tubc-rculose crônica
D iminuiç5-o unibtcr:al = Sindmmcs de derr:tmc plcur:t1; ?vfa.'\S3S pul-
monares.

Figura S.S Ava6ação deelastiddadeanteroposteril".I"


Exa.mc do Aparel ho Rc:1pira.t6rio

Fl9ura 5.6 Palpação de elasticidade


laterolaterat

Au1nento bil:ucral = Osreomabcia.: R:1quirismo cm :1tnid:1de.


Au1nento unilateral =Pncumor.6r:lX nat> bipencnsf\'O.

Expanslbllldade
Ncss:t cup:i, vcrifietr 3S da p3.rCde :uuerior, ipiccs-, domo e b3.SCs pulmo-
nares. O o:::unc normal oonsis:cc cm n1Mimcncaçf>es simétricu ou aproxin1adan1cnrc iguais.
• Ápices pulmonares: O pacienrc tem q ue cs:c:u sentado enquanto o m6:lioo, por dC'\•c
posicionar n13os sobre os tr:tpb;ios. com os-dedos c-m direç!io d avfcuJ:u e M poleg:i-
rcs 1t:1 parede posterio r cn1 dircçf>es convcrgcnccs:, furnlando uma prega cudnc:t (l\,fanob ra
de Ruwlt Fig. 5.7). 11 impora ncc- rcss:tlw que- 3 :.l.ui.n1etrb. de :unplirudc obscn':tc:b nos
oonsciwi o sinal de- Rwulc.


Figura S.7 M.=!nobrade Rwult
Exame do Aparelho Rt'llpiratóri o

• Dorso: dc.\-cscr ex:unin3do no sentido craniocaucbl, obsc1"r:llldo 3simcuia c:h prega cuclnca
(tôrmacb pelos polegares) sendo tôl'm3da n:i cxpir:aç5o e desfeita na (Fig. 5.8).

Figura 5 .a Ava6ação da e>;i-ansibifüb de da pME'de postt?rior <!o tórax

• m.:inr.é1n--sc :i mcsm:i técnica de CX3mc utiliuda no dor.sio para \'CrifiC3f


3 :unplicudc cbs n:a.<: 00.<:cs que se d enomina. de Lá.<:egue (Fig. 5.9).

Ft9ura !S. 9 Manohra de l.âs.egue


Exa.mc do Aparel ho Rc:1pira.t6ri o

Frêmito Toracovocal
Sem d(l\rida a observ:.tç3o do FT\f é imporc:.mte no direcionamento da.<; hipór.cscs diagnóstica.<:
e. muit3.<; veu:s, c:tp:n de diferenciar uma síndrome de derr:une pleural de um:i hepatiz:aç3.o pul-
nlonar. Define-se como a sens:iç3o cltil da ''M do paciente atr:lvés-da palma da mio do c:nmi-
n:idor coloc:tcb. sobre diversos pontos-do tórax.
Ao contr3.rio da eb.<;t icicbde e da o::p:a.nsibiJic:bde, :i poJpaÇio do fiêmir.o n5-o da•e se1' simul-
tânea. m:i.<; sempre compo.mciv:t oontral:tteralmcnte. OC'\o·e seguir :i ch:im:ub "00.rr;i greg:a", ilu.<;-
crada 1ta Figur:i 5.1O. Tai ordem deve ser seguida u nto ântem quanto posr:crionnentc:

li

\\ :. 1
Figura S.10 Pontos de palpação de F1V

A técnica correta inclui 3 utilmção sempre da mesm3 nt3o e :l solicitaç5-o :to p:icicnte po.m
que fule «3;l11 • Pode-se udli7.3t a pone:.t dos-dedos ou a fuce palmar, e lembr:u que :t delimitaç5o
do Li1nir:c inferior dcssa rrcpicbçio pode ser delimiuda pela fuce uln:ir. Ao comparar os-hemi-
cóf3.X é muico rd c..":.lnte que o cnininador r.cnha conhccimenr.o que o bdo direito pode ser dis-
cretamenr.c inten.sio fjl1'"ritic:t-sc pelo maior diamcuo do brônquio fônte direir.o, e pela
m:iior proximidade com a craquci:t). Cabe frisar que :l palpoç3o deve incluir rcgi5o :uue-rossu-
perior do rór:ax, j:i q ue os lobos superio res-s3o :1.tlr:crioriZ:tdos.
B:t.<;ica1nenr.c, o FTV pode estar aun1enr:ado ou diminuido. U1n método bom panse orien-
u r qu:inr.o :i.-; eciologi:a.-; ness:l$ alr.cr:tÇÕC$ oonsiue no :úô rismade m&licos antigos: '!-ots pntm>u>-
patias 1áh lifnpáticas ahfrbnÍJo tn9ua1111J t1.1 pleuropai.im sátJ antipáticas". E'leempli:ficando: aumenr.o
do FTV - c:tU.<;:l.<; de condenk.1Ç30 puhnon.:ir. rube-rculose, pneunlonÍ:i.<;_, hemorr:igia ou neopl:i-
si:lS infilcr:ui.,":ls. Diminuição e 3holiç5o do FTV - derrames pleura.is, pneumotórxc: e minores
pleura.is.
Fl1ura 1. 12 de FlV em sentido dos espaços intercos1ais em hemit6rax esquerdo
Exa.mc do Aparel ho Rc:1pira.t6ri o

1
Figura S.14 P.tpaçãode FTV em parede li!teral do tiirax

Gânglios
A palp:aç'.io e as c:1dci3S a serem mais bem detalhadas no n1ódu10 de 't":lscufori1.3-
ç5.o linf.ú:ica. No entanto, alguns linfo nodos, clinic::.uncncc imporunces, dC'\-cn1 ser citados:
• linfOnodo d e Iris.h: linfônodo :uciJ:u esquerdo :wmcnr::.uio, c:u:tctcristic:uncno::, no :ide-
nocan:inonl:t gá.c;crico.
• linfOnodo de Virchaw: linfunodo supracbvicul:u esquerdo 3umc nt:ido cm neopl:ui:u
:.lbdomin.:iis, cipican1c.ntc. csc6mago, pincrcas e fígado.

Sensibilidade
h1uit:is vezes ncgligcnci.:tcb,. c<>sa. CD(Xl do exame do córnx deve ser lcmbr:tcb indcpcndcnr.cmcno::
da cronologia do seu exame. o õ.':l.minador dC'\'C procur:ir pontos dolomsios 3.
press3o que podem cscu rclacion3.da.<; com 6rg3os incr:uocicicos ou :t própria parede.

PERCUSSÃO
P'rimciramcnce, pan que :i pcrcumo produz:. um sinal fidedigno, é neccssi1:i.:i um:t técnie:t pre-
cisa e corrcC3.. Nesse sentido, divide-se en1 dois
• Percu.uão direr::a.: consiste en1 perauir dírett1nenr.c :i mperRcie do oorpo com os dedos.
N:i tem un1:1 ucilid:1de, q ue é pcrcwslio n3 3v:Ui.:tçlio dos ápices
pulmon3rcs.
• Pcrcu.uão indif'CCl! eso é de cxcrem:1 imporcinci.:t. O cx3-nli11:1dor de"c posicion3f o seu
dedo médio n:i. região 3 ser 0'.3min3Cb e percuti-lo com um dedo da outr:1 m!io (digiroc:li-
git:tl). A b:uida de\•e ser pret'Crenci:ilmenr.c sobre :i inr.crfu.13ngian:i dist:tl do dedo ::ipoi3do,
os outrM dcdM da m5o :i. ser pcrcutid:1 1150 podem c:sur cm conwo com o corpo (pan
n5o :i.OOfur o som). o 3-nr.cbr.aço da mS.o q ue percur.c deve pctm3-nccer im6vd o m:úimo
possível, d C'\'C1n ser fê:icu percussões-de c:u b vez (Fig. 5.15).
A do tór:tX cb-cscguir:i n1c:s1n:1 scqublci3 ropogci6c:1 da polpaç5odo FT\' (incluindo
regiS.o antcmssupcrior ror:ícic:i) . No i picc, o:cepcionalmcntc, (por rebçõcs-3-n3tlSmic:u)
Exame do Aparelho Rt'llpi ratóri o

Fl9ura S.15 Pero.is.são indireta dot6rax

dcvc-s.: apoi:u 3 ponr::t do dedo médio na rcgi!io supracl:noicula.r e tlcxion.i-lo de manein a fôr-
m:u un1 i ngulo de 9-0º con1 sw &lmge proximal e com o dedo da outta mS.o percutir a inte-r-
fula1tgfo.n3 proxim3l deste de \ 'on Plcsch, Fig. 5.1 6)

Figura S.16 Ortopercussão deVon Pl.esdl

Os sons proc:h uidos pnder3o ser. d e fôrma simplific.ula. de tipos: 3timpinieo, 1naciço e
timpSnieo.
• Som acimpinieo: constitui o som no rmal do pulm3o podendo$Cí clum3do de claro. Ness-c
sentido, o oco axibr por ser uma área cor:icica oom uma camada fina q ue possui
o ch:11nado "som pum", em pulmões-sem p:.uologiu.
• Som maciço: reflccc a de ar e algo denso no local percucido. É o som gemdo na
pcra.JSS!io de6rg5M-maciçoscomo o f'fg3do ou no c:a.qo do rórn: nocoraç!io. Pato&ogicamcncc,
enconrnmM, nos pncu1nonia, processo de hepacizaçl'io do par&lq uima puln1onar
e
Exa.mc do Aparel ho Rc:1pira.t6ri o

• Som cimpânico: reflete :l presenç:t de ar. como o produzido na elo estômago


-.-:u:io. C'...onsisr.c no som normal dasalç:l$ inr.csr:in:üs e possui imporcl.ncia extrema no diag-
nóstico de um pneumor.6r:u: hipe1'tCnsi\.·o (cit:ido :uuc-riormente).
• Som subm.:iciço: define-se pelo .siom 3.la.nçaelo na. pc-rcwslio cb cr:tnsiç5o entte o pulnt3o
e o tlgaelo, um.:t "mistw:l" elos sons m:u:iço e atimpanico. Pode ser cvick:nci.:telo nos pom -
dorcs de DPOC.
• Som hiperrcsso1tanr.c: cncontr:'ldo nos p:u:ientcs-com enfisema puJmon:u, definido com o
.siom ck: o-ansição entre o ati1npinico e o cimp:inico.
É inr.cressante lembrar que mesmo que :l pc-rcwslio scj:t realizada oom a técnica conct:i. o
som s6 se reflete a 6 cm de profundidade oom rd:i.Çio à pele, ou seja, 4 cm ck: pul-
mon:u pock:m ser avaliados com scgur:mç:i..

AUSCULTA
A p:trtc da. semiologi:i. elo tórax na pritia n1édica é. algumas'\'CZCS-, ntal uciliz:teb.
P'rimeiramentc, -.":lle salientar que ck:ve ser fcit:i. a.pós- já citacl:u, ck: modo a nio imprcs-
s&s prccipit:adas ou condua . o o:::unin:ulor r.cm q ue estar atento
ç&:s elo sopro glótico (de Ikau), mwmório '-csicular (.siom normal da rcspir:tçlio no tór:u-) e,
também, p:tr:i poss(vcis rufdos-advendcios do aparelho rcspirar.6rio (Fiv . 5.17 e 5.18).

Fl9ura 5.17 AuSOJl::a<!e p.vede anterior

l!I

F19ura 5.11 Ausculta dap-aredepcsr.....,.jor


Exame do Aparelho Rt'llpiratório

O mwmúrio vesicular (lvfV) pode ser nonnal, di1ninufdo ou abolido.

• Diminufdo: cn1 Cl.<:os-de fibrose pulmonar ou DPOC.


• Abolido: pneumeccomi7.ados. dernme pleural ou pneumotórax. ili chamados ruídos
advendcios s3o sons q ue envoh•em p:itológicu do .sistcm.3 respiratório. Ensccm
1nuic:u denominações desse de :acordo com escobs m6:iic:.l.<:, por.!m podemos simpli:fic:i-
b.<: nos tres grupos ab:tixo:

Sons Contínuos
• SibilM: sio sons agudos, scmclhanres a un1 :issobio ou chiado, ger:idos pel:i l'Xlss;igem do
:tr cn1 br6nquios e bronquiolos escreimdos. Predomin:un n:i. o:pir:içlio, m:u r:unbán podem
ser :i.usculc:.ufos n.3 inspirnçfu>. Podem ser cnconrrados princip:i.hnentc em pacicnr.cs com
:tsm:i,. DPOC, bronquite e e:trdlac:t.
• Roncos: s5o sons n1ais gr:n-cs, p redominando 1t:l inspimçfu>, scn1elh anr.cs :ao roncar ou
resson:u d.:t.<: pessoo.<:. Sugerem socreç§o em grandes vi3$ :lére:is-, norm.!1-lmence su:i intcnsi-
cbdc é :ilccr:ic:b :ipós COSSI! e expcotor:aç5-o.

Sons Descontínuos
• F..<:tenores finos-(crepiuno::s): são sons agudos, audfveis .30 final d:i inspir:içio, de cu1'c:t
duraçio, correspondendo :ilíquido ou nos (incr:i.--ah'Côla.res). A coSSI!,
por mobiliut secreções-cm vi:ts ':lére:u mais proxim:üs, fuciJiu :i do ar p:ir:t os-
alvéolos congesr.os torn.!lndo m:l.is nftid:i sw.
• F..<:tenores grossos (bolhosos): sio sons gr:nu, cnr:l--ah'Côlares, no infcio d:i ins-
pir.tÇ3o e cn1 tocb cxpir:aç5-o, correspondendo :i 3hcl1llf3. e fuch:uncnco de com
secreçio. A cossic: mobiliz:i esr::u secreções sendo modificado, porunco, com u i manobra.

Sopros
• Sopro n.Jhlrio: é o siopro glótico tr:l.nsmitido pd:lS condcnsaç&s pulmonares d e intcnsi-
cbdc e ronalid:ide n1aisd CV':lda.-: n:i. cxpirnçio, qu:indo há. brônquios pcnneiveis aré o foco
de oondens:tç5-o. Ê o sopro elá.<:sico d.:t.<: condcns:tçf>cs pulmonares. O timbre é tubdrio,
comparável ao que se obr.ém sopm.ndo um tubo.
• Sopro plew:tl: é o siopro ruM.rio com inrensidade menor e ronalid:ide m:l.is aguda, devido
prescnç:t de um:i C:l.lll.3da Uquid:i. de permeio (den:l.llle plcur:il) cncrc o pulmao conden-
sado e a parede coricica.
• Sopro c:ni c:irio: um sopro wb:irio modificado. A conalid:ide do sopro cavicltio é b:l.i>.'3,
siopro gr:n•e e timbre rude, i<:pero, :i intensidade é maior na cxpir:aç5-o. E.<:s:t conalid:ide
ocorre pela inr.crposiç5o de um:i. c:ivicbde contendo ar e tôrm:indo um:i cún de ressoni n-
ci:i,. siwad.3 coere 3 zon:i puln1on:l.f condens:tda e a p3.rede toráciCl.
• Sopro antôrico: é outf3. modifie:tçio do sopro ruM.rio. O timbre desse sopro é mecllico,
gcr:almcncc tem bai'X:l con:ilid:ide e pouco inrenso. É co1npar:h'Cl :iosopDr dentro de uma
g:l.rr:af.a, contendo um pouco de liquido. Pode ser enconu:ido no pneumor.6r:tX, cn1 gran-
des ctvern:ts e. r:u:l.mentc, nos grandes den:l.mcs pleur:Us.
A :iwculc:t cb 'm. umbém é p:uce i1npo113-nr.c do o.-:une do r.6r:ix, podendo ser funcbmental
no diagnóscico de :ilgum:u doenças. O o.-:une c:b •.-oz ausculc:ula pode ser divido cm :iwculr::t da
voz norm:l.I e :iwculc:t d:i voz bai'X:l (sussun:icb, cochichad:i).
Exa.mc do Aparel ho Rc:1pira.t6ri o

Ausculta da Voz Normal


O exame da ''O'Z :nt.<:cultada é rc:iliz:ido pedindo ao paciente que f.ale um:i fi:isc, um3 pal:n'T3 ou
nómcro, enquanto o exa1nin:idor :iu.<:culu sm. parede Normalmente, 1t3o é possível
distinguir ncnhunlasíl3b:i. da f.tla do (XlCicno::, sendo p3tológic:i :t compreensão perfciu ou de
3.lgunt:l$ stbln.<: da fula. do doente. As modificaçõcs-par.ológic:u podem ser:
• DmnoofOnix aoo sions voc::.ús que Sio mais :altos e m:üs claros do que o normal
quando ouvidos :icmú da parede torácica. ?vf:is :i 'm. :ainda é confusa, e só é possfvd a.
idcncifictÇ3o de 3.lgunt:l$Sil:tbo.<:. da. fila do p:u:ientc. A broncofuni:t é cncontr:u:b na.<:. hcpa-
ti?.:aç&:s sendo um sinal cquiv:ilentc :.10 siopro tubirio.
Pcctorilóquia.: é scnlclh.:incc à hroncofonia, m:i.-; $C diu inguc hem todas as síl:ib:ts.
C'..ompro.:ndc-sc pcriCit:amcncc :i fu.b. do doente.
• Egofunia: qualicbdc ana.ttlada, C3pti1u . Secnoonu:i no derrame plcunl de médio
volume, en1 alguma.o: alguma.<: caverna.o: e no hidrotór.ix n!io muiro abuncbnte.
A egofunia é. b:u:ic:uneno::, :l bmncotOnia com a inrerposiçio de liquido (derra1ne pleural
ou n!io} encre a e a p:uedc ao sopro plewa.L
\'oi. mfôl'ia ou anfomfônia: t vibrano:: e com .sionol'icbdc metálica. Pode ser encontrada.
na.<: e no pncu1notórax. Equiv:ale ao .siopro :anfôrioo.

Ausculta da Voz Baixa (Cochichada, Sussurrada)


• Peccorilóqufa afanicx é a pcctori16qui.:t na :uucu.lt:t cb ''O'Z su.mrr.ida. Sinal precoce
do que 3 broncofcuti.:i, pcotorilóquia ou sopro tubd.rio d.a.o: oondcnsaç&s pulmonares-.

SÍNDROMES DO APARELHO RESPIRATÓRIO

Derrame pleural no
hemltórax esquerdo
An.sp&çBo • a lfaCJJela pod& estar de8'Vlada pata o lado
opo8l0 noe gandea derrames.

.......... • expanSlblldade dmlnt.11da; FTV dlrnlnuldG ou

• meclÇO a submac:::IQO.
Au.9CU.U8 • MV <lmint.11do ou ausel'IWt) por vezes, atr1to
pleural.

Atelectasla no lobo superior


direito
An.sp&çBo • a lfaCJJela pod& eelar de8'Vlada pata o lado
comprometido.
expanSlblldade dmlnt.11da; FTV
at.eente quando persl81e o tampão brõnqUioo.
• mecle:e2 na regl&o aem a1.
Au.9CU.U8 • MV ausenie enquanto pe1t1iste o lar'rC>êO
brõn(JllOO.
Exame do Aparelho Rt'llpi ratóri o

Condensação no lobo
Inferior direito
An8peÇ/Jo • aem aoormalldade8
expanSlblldad&sem alleraçõ&s;
FTV aumentado
• maclee2 na reglrto isenta de ar
Au.9CU.U8 • es!ertores no nnai da lnsphçao na região
erwoMda, broncotonlas (egofOnla, pec1orlóqlla)

Bronqulectaslas
An8peÇ/Jo • t&CJ.llpn&la, d'laiS de h'3erlnst.lllaÇ!O
ptAmonar.
sem anormalldaclea.
• sem anocmalldades.
Au.9CU.U8 • es!ertores al.f>c:repnan&es e
roncos., por vezes removMIS pela IOS!le.

Edema pulmonar
cardlogênlco
An8peÇ/Jo • depneia, tiragem lntercostal e supradavlcular,

sem anormalidades
• som dalO aUmpãnleo
Au.9CU.U8 • es!ertores ao "1al da Inspiração,
pot\'&Zles em maré montan&e (asoendentes).

Pneumotórax
AnspdçBo • depneia, cianose, llragem 1n1erooe1a1 desvto
da traqueia para o lado conirm'lo da lesão.
dimlnuiçao oo ausência da ei<panel:>llldade,
FTV dlmlnutdo ou ausente.
tlmp81'11smo, fllper·ressonàncla.
Au.9CU.U8 • wrv <lmlnLlldo ou ausente; au!lltncla ou
dlrntluiÇlk> da VOZ 8US!IUl'f8da
Exa.mc d o Aparel ho Rc:1pir a.t6 ri o

Enfisema pulmonar
Ansp&çBo. taCJ.tipnela, expl18Çâo prolongada, tól8X em
tonel, dedos em ba(Jleta de tambof.
- diminuição da eicpansl>llldade: FTV dlml!V.lído.
- "'3er-resson411'lda, lmtle lr*mor d& ambos
ptAmõea reballcados.
Au.9CUU8 • MV <1m1n1.1kb, prok>ngamento da elq'.liração,
ocasklnamente roncos, Sl:>llos e esteftOrefl.

Asma brônqulca
An.sp&çBo • f&CJ.llpnela, explraçâo prolongada, por \'9-zea
com tiragem lnl«eo81al.
dimlnuiçâo da eicpansl>llldade: FTV dlml!V.ltdo.
• "'3er-reeson4tlda ocasional.
AU8CU.U8 • MV <1m1n1.1kb, prok>ngamento da e>q:>lração,
ronooe e alllllos.

Exame do Aparelho Respiratório


Inspeção • Estállea e dinâmica (pedir ao pac:l&nte para Inspirar pro1oodament&) com o pee1en1e aenlado. vermcar a
ft'e(Jlêncla resplia1õrta (lrpm), "30 de resplraÇãG (l<i.wmatl., Bk>l, Cheyn&-S1oke6) , preeença de abaulamientofl,
Cicab'lzes (loracotomlas. eatemolomias), tipo d& 1õrax {tonel, mo, e&::8V8tum, pombo).
Palpação · ecpatlSl>Hldad& - Manobras de Ruautt (áj:)IO&), 113 méclo e Lasêgue (bases); Elastleldade (A-P e L·L).
FTV • (33) de8cer em grega. dellmltar aa bases com a borda ulnar da mao e meclr oom ma miitrtea dG âl'l{1JIOda
escápula, parede 1a1e181 tmao na eat>eça), áplees (Cledoa Junlos) e pared& an1er10r.
Perclm&o - Descer em grega, oonnrma1 aa bases Cio pulmao, parede ia!en!ll. ottoperoussão de von Ple8dl (ápleee) e
parede antariôr: pen:urtlr dlrelamenle ciavtclla& e eelerno {Sinal de Cnwen • do1 estemal na leueoee).
Ausa .dta • Pedir ao paclenle que respire i.m pouco mais l'lipldo e um pOOOG mais JlfOf\;ndo que o normal, oom a boca
aberta ,..rmuoo \<esletAar, sons ad\<enUclOs (estertores creplantea, subcrepl18n1es, roncos e Slbll06}: ausculta da voz
!IU!lsul8da (falar 33 bab:lnho) • broncotoolas.
(Página deixada Intencionalmente em branco)

Você também pode gostar