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CMe ese runs cenirios do ecogeoturismo brasileiro: a plan cie do rio Amazonas, os lencdis maranhenses, a serra do Mar, Vila Velha, as Iagunas fluminenses, as dunas costeiras do Nordeste, os pantanais matograssenses ¢ as praias do Rio de Janeiro, Nao ¢ dificil associar a cada uma destas paisagens naturais uma imagem dig. na de cartio postal. Em eada imagem pode-se ver uma forma ow um conjunto de formas de relevo, que podem ser consideradas nas mais diferentes escalas duna da Careca, em Natal (RN), apreciada para pas: le buggy, € uma forma de relevo individual, com algumas centenas de metros de extensio, dentro de n campo de dunas maior que se estende por quild- wetros, Duna e campo de dunas inserem-se numa uunidade de relevo ainda mais ampla, uma planicie lite rinea delimitada ao seu interior por escarpas ¢ serras. Duna e campo de dunas diferem das serras, escarpas € planicies costeiras no apenas quanto i escala espac al (que pressupde eseala de tempo de formagio), mas também quanto i constini¢ia, As dunas sio um tipo especifico de forma de relevo construida inteiramente pela deposigio de grios por um agente natural (no que sera visto no Cap, 12, Para este tipo de relevo, costuma-se utilizar a denominacio for- mia de leito sedimentar, As formas de leita ocorsem, em esealas que variam de alguns milimetros (denomi padas microondulagdes ou marcas onduladas) 2 quilmerros (megaondulagées, incluindo dunas eélicas), e envolvem processos formadores euja dura cio varia respectivamente de segundos a centenas de miilhares de anos (Figs. 9.1 9.2 Fig. 9.1 Duas hierarquies de formas de leito em arel sitadas pelo vento: mic ese duna. Proximidades do rai H Leque aluvial na regido andina Fig. 9.2 Fotogratic ¢ municipio de Gropabe ‘alhos de dun 0s hicrarquio ainda maior (ds da megalorma edlica é de cerco de 7 km. Norte ge voltado para cima, Aerofote Cruzeiro do Sul, véo 19: As sermas, escarpas e planicies sio formas modela das na superficie terrestre por uma combinacan de processos erosivos © deposicionais, tendo como substrato no apenas eros, mas rochas de diferentes naturezas, Sua formagio pode envolver processos ge ol6gicos com duracio de até varias dezenas de milhoes de anos, Mas serras e escarpas tém uma diferenga fun: damental em relagio a planicie, que reside na escassez de sedimentos em deposigio, Sob esse aspecto, pode se dizer que dunas ¢ planicie litorinea tm em comum, das por processos sedimentares deposicionais, o que chama- © fito de serem formas superticiais d remos simplifieadamente de formas deposicionais, Assim, dos exemplos de paisagem mencionados 1 inicio deste capitulo, dois deles nao correspondem a formas depc sivas: Vila Ve Tha, no Pas de fi i, € exempl -ma erosiva esculpida Capituto 9 * SeDIMENTOS E Processos SepimentarEs 169 9.1 Qual o tamanho de um gro de areia? Areia € um conceito relative ao tamanho do grio. O estudo ou medida do tamanho do grio recebe 0 nome de unauloncuia, De acordo com a escala de geanulometsia mais usilzada hoje para classificar sedimentos (Tabela 9.1 um grio de areia possui entre 2 ¢ 0,062mm. Os qualificativos para refetir-se aos materiais sedimentares formados s faixas granulométricas principais so: rudiceo (de mide, grosso), para acio cascalho; areniceo (de arend}, para arcia; ¢ luticeo (de duo, massa fina ¢ plastica), para lama, Estes termos, ina, tém equivaléncia com outros termos, de origem grega: psefitico, psamitico e pelitico. Para referir-se a depésitos endurecidos (rochas sedimentares), acrescenta-se 0 sufixo ito aos mesmos radicais: radio, arenito € lutito ou psefito, psamito e pelito, predominantemente por cada uma das t ran de etimologia sobre rochas sedimentares; a serra do Mar & exemplo 208 tios Tieté, Pinhciros ¢ Tamanduatei, na cidade di de re rochasigneas e metamérficas Sio Paulo ¢ dos morros superhabitados do Rio ¢ I: importante lembrar que a aio modeladora dos Janeiro ¢ de Santos. rcessos sedi rosivos ou deposicionais, no © capitulo, estudaremos as relagies entre oF se restringe as paisagens que fazem jus ao adjetivo ni processos sedimentares ¢ a modelagem da superficie turais, isto é, as paisagens menos modificadas pelo ser _terrestre. Procuraremos demonstrar a premissa f humano, Aliis, a ideéia ilus6ria de que a urbanizagio damental de nosso estudo: a de que a interaci seria capaz de estancar estes processos conduziu, em processo-forma se di nas mais diferentes esc tas cidades, a un pacio urbana sem critéric planicie sedimemtar & marca ondulada. O.recutso q rrou e desrespeitou os sitios naturais de en reduzir € ampliar nossa escala de observacio € valid € deposigio, Assim, 4 lista de formas de relevo aqui para exercitarmos nossa capacidade de entender a na dimentares, € preciso acrescentar regides onde independente da escala), desde que se compatibilizer tue pacio humana interagem de m centre si as escalas relativas 2 forma e ao proceso. Cha »,m um auténtico exemplo de equilibrio ins maremos a este recurso m, em alusio ick: sio 0s « s aveniclas © bairros margin: mecanismo das cameras fotogrificas € filmadora Tabela 9.1 Classificacao dos sedimentos segundo a granulometria ry Ped Seid ee Proposic6o original (inglés) Traducéo usual (portugues) 256 GRAVEL Boulder CASCALHO —-Matacdo 256-64 Cobble [ov balastra —Bloco ou calhau 64-40 Pebble ‘em Portugal) Seixo 4,0-2,0 Gronule Granvio 2,0-1,0 SAND Very coarse sand AREIA Areia muito grossa 1,0-0,50 Coarse sond Areia grossa 0,50-0,250 ‘Medium sand Areio média 0,250-0,125 Fine sond Aveia fino 0,125-0,062 Very fine sond Areia muito fina 0,062-0,031 suT Coarse silt SITE Site grosso: 031-0,016 Medivm sit Site médio 016-0,008 Fine si Site fino 0, 4 <0,004 clay Cloy ARGILA Agila 108.0, Very fine sit 1e muito fine 170° DeciFRANDO A TERRA Tniciaremos nossa abordagem com grande detalhe, observando un fio de areia de praia, e tentando con- tar ou filmar a sua histéria, Com isso, tentaremos tesponder As perguntas mais urgentes deste inicio de capitulo, O que & afinal, um sedimento € 0 quc é um proceso sedimentar? F. qual a diferensa entre os pro- cessos sedimentares que ocorrem hoje, por exemplo, na serma do Mar, € aqueles que ocorrem nos pantanais, € nas planicies litorimens? A oped por um gro de aria dle praia como nosso personagem central deve: se apenas a uma questo de universalidade do exemplo, isto é aos fatos de © oceano ser 0 destino final da aioria dos sedimentos, © que facilita a reconstituicio de um ciclo sedimentar completo, ¢ de a praia ser a parte mais acessivel dos oceanos, Do ponto de vista dos conceitos que se quer introduzir, nao ha diferenga porém entre este gro de arcia € 0 seixo de uma plani cic aluvial ou a particula de argila presente no mangue ‘ou numa laguna. Antes de passarmos a historia do gto, portanto, & conveniente conhecer © significado, dos termos arcia, seixo e argila 9.1 Como Formas e Processos se Relacionam? Cada forma de relevo deposicic wl corresponde a uma série de processos modeladores, No nosso exem plo da duna, estes processos ineluem o transporte ¢ deposigio da arcia seja através de nuvens de erios em suspensao, seja através de avalanchas na frente da duna, » de mareas ondula seja pela migra las em sua super ficie (Fig, 9.1). Incluem,a mais longo prazo (¢ em escala espacial proporcionalmente maior) © forneeimento de arcia pelas praias adjacentes e, em iiltima insti propria dinamica das ondas ¢ marés responsivel pelo exceed cin crise mx con disponie perma acio do vento, Tipos de formas sedimentares e tipos de processos sio interdependentes: se, por um lado, a forma da duna eélica determina a ocorréncia de alanchas (Ausos ripidos de massas de gros de arcia) ou de nuvens de gtios (movimento de gros soltos em suspensio) a partir da acio do vento sobre sua porcio mais alta e exposta (a crista da duna), por outro lado, a repetida sucessio de fendmenos de avalancha e queda livre de Flos promove o avanco gradual da duna para sota vento. A intensidade € freqiiéneia com que cada um estes dois mecanismos de transporte sedimentar ocor- rem, em fungio de condigdes como energia do vento, quantidade de areia disponivel, presenca de veyeta- io, umidade ¢ tamanho do gro, influenciam a forma dimensdes da duna (Cap. 12). Havendo mcitua interacio entre formas € processos sedimeatares, 0 estabelecimento da escala de observacio da forma implica uma eseala compativel de processo. Assim aio podemos explicar todo 0 campo de dunas do. Nor deste brasileiro apenas com base nos mecanismos aqui evoeados de queda © avalancha de gris, pois estes proc a muito bisica ¢ sos dizem respeito a uma ese instantinea de analise do processo de transporte sedimentar edlien, Seri preciso utilizar conbeeimentos sobre provessos € variiveis n nais, responsiveis pela formas ‘na costa: a energia das ondas, @ morfodinmiea das is duradouros ¢ regio: que de arcia lironinea e a declividade di plataforma continental interna (poreao da plata forma caracterizada pela interacio das ondas com 0 fondo; Cap.13), praias, as correntes de deri 9.2 Biografia de um Grao de Arcia 9.2.1 Intemperismo da rocha-mai gestagio © nascimento do grio Como se pode definir 0 terme sedimento? A raiz do termo, sedi, vem do latim, que signifiea assemto, deposicao. Assim, sedimento, uma traducao etimoligica literal, seria nquilo que se deposita, que se depositon ou que € passivel de se depositar: Por aqui lo, deve-se entender, no caso, material sélido. Deposigao pressupde movimento, transporte. Por ex tensio, a formagio do sedimento implica algum tipo de transporte transporte m sélida, jd comega a existir durante o transporte. No transporte quimico, a matéria sélida s6 se forma na deposi¢io a partir de fons, ico (meeanico) e/ou quimico. No ico, o sedimento, enquanto matéria Em geologia seciimentar, 0 termo grio, por defini io, denota transporte me gro de arcia de praia, que escolhemos como exemplo, € constituido de quartzo (por se tratar do mineral mais ‘comum nos sedimentos), ¢ considerando que o quart ico, Se admitirmos que o zo nao pode precipitar-se quimicamente nem na bacia occinica nem na planicie litorinea, concluimos que cle softeu transporte mecinicn desde a area elevada adjacente 4 costa (a serra do Mar, num exemple tipice do Sul-Sudeste brasileiro). Sua “biogratia” inieia-se portanto nesta serm onde passou muitos milhares ou milhdes de anos no que poderia ser chamado de seu Carituro 9 * SepimENTos € Processos SepimenTARES 171 tigi fetal esto pra, Se adorarmos, para exerci cio de exemplificacio, que esta serm era sustentada por rochas igneas ou metamérficas, este estigio corresponderia ao periodo em que o cristal de quartzo do qual ele se derivow foi sendo gradualmente liber: dlo dos cristais vizinhos na rocha. Fsta liberagio di-se através dle uma jrama de processos de desinteg fisiea © decomposicio quimica da rocha esposta em p.) \ rocha onde se opera este periodo de gestagio do superficie, e portanto sujeita ao intemperismo (C rio (que no Cap foi denominada rocha inalterada) & também conhecida como rocha-mie ou rocha-mattz. Estes nomes sio muito apropriados a esta biografia do airio, porque tazem alusie diteta & idéia de gesta [. importante ressaltar que os processos intempéricos nao envolvem transporte mecinico sig nificativo, de modo que o resultado no € ainda um sedimento, mas um manto de alteraed Jin sitn, no qual s¢ inclu uma eamada superior de solo. \ rigor, nio podemos falar em grios de solo, mas apenas em part caulas: Quanto a etimologia, o ermo particulas significa partes pequenss, o que se pode traduzir geologica mente como as partes menores de um todo, neste caso « rocha-mie ou © proprio solo. A partir do momento em que esta particula comega a softer transporte me cinieo em superficie, cla passa a constituir uma pardcula sedimentar, sinonimo de gi 9.2.2 O que move o gro? Sediments impliea deposigio. Deposicao pressu- pac acio da gravidade. Em fancio disio, a forea da gravidade & « variivel fisica basica em todos os fend menos de sedimentagio, Trata-se de uma forga de corpo, isto 6, uma forca que age sobre o volume ou a massa © le ® & do sedimento e que depende da sua densidade, O fu do que envolve o grio exerce sobre seu centro de massa uma forga de rea 10, conheeica como empuro de Arquimedes, A magnitude do empuso ¢ diretamen: te proporcional a densidace do thud que envolve 0 {gto ou que este desloca. A forga resultante entre peso € empuxo € a fensio interna atuanie no gro, a qual depende de sua densidade efetiva (liferenca de densi dade enire urto ¢ fluido). Quando a densidade efetiva é nevativa (fluido mais dense que 0 ro), o empuxo sobrepuja a forga-peso € ocorre flutuacao. As demais forcas passiveis de atuar nos sedimers tos agem mais sobre sun rea superficial do que sobre sua massa ou volume. Em razio disso, sio denomina das forgas de superficie, Destacam-se entre elas a fricgio (resultante do atrito entre pros), # eves (re sultante da atragio cletrostitica ou cletroquimica superficial entre uriios), a forea ascendlente prodizida por turbullncia eas foreas de ago e reacio ta interface ‘gflo/fluido, Encre estas ultimas, incluem-se pelo me nos dois pares (le foreas importantes. O primeiro par formado pelo esforco tangencial (Foren que desloea massa no sentido de sua agio, como a que separa as cartas de um biralho sobre uma mesa) exereida pelo fluido em moximento sobre um gro, esta forex oposta (a resistencia oferecida pelo grin). O segundo par & formado pelo esforgo tangencial imposto pelo grio em movimento sobre um fluido estacionario e a resis reneia do fluido a este eisalhamenta (Fig, 9.3). As forgas de superficie dependem da raziio sirea superficial / volume (forma) nos grins, ¢ da viscosi dade do fuido. A viscosidade corresponde a tensio ecessiria para produzir determinada deforrmacio no fluido ¢ mede a resisténcia do fluido ao cisalhamento. © @ So Fig. 9.3 Principais forcas atuantes sobre gréos livres em movimento: a - forga-peso (P} e sua reacdo, 0 empuxo if}, - forga de coosio (C) enive patticulas, c- force ascendente (A), introdveida devide @ turbuléncia gerada no fluido pela presence de um olstaculo ed -esforco tangencial (7) exercido pelo fluido sobre o grao [e vice-versa). 172. DeciFRANDO A TERRA Como a intensificagio da viscosidade e das forgas de superficie dificulta © movimento aurdnome do gro, oferecendo, por exemplo, resisténcia a sua decantagio, estas forgas slo conhocidas também como forcas de resisténcia, Por outro lado, as forgas de superficie ou resisténcia, quando intensas (isto é em fluidos muito viscosos), podem constituir uma forma de transporte de grios contra a ago de seu peso individual. Por exemplo, um bloco (dime passivel 4 passagem da facilmente transportado por uma corrente de lama de mesma velocid io maior que 6,4 em) im le (porém mais viscosa), As consideragdes acima sugerem que, fisicamente, hha diferengas substanciais entre o transporte sedimentar ppelas aguas de um rio € pela massa viscosa que des- motona numa encosta, diferenea reside no modo como os dois tipos de forcas, de corpo e de supetti cic, attiam nos sedimentos. Reconhecem ansporte sedimentar mecinico. Quando for assim dois tipos de cas de corpo e de superficie atuam sobre cada prio individualmente € porque os gros apresentam sufici cente fiberdade de movimento em um fluido pouco Viscoso: € 0 transporte de grios lives. Quando a forea-peso age mais sobre a massa de gros do que sobre gris individuals, € porque os grios estio muito prisimos uns dos outros, em alta concentracio em relagio ao Muido: € 0 transporte gravitacional ou fluxo denso, Neste tltimo tipo de transporte m a grande proximidade entre grios vizinhos favorece a forte interacio entre eles. Como conseqiiéneia, acco am-se as forgas de superficie dentro da massa, como coesio,fricei« ou tensio eisalhante (esta ki dade de tra ida A capaci sportir massa). Outro efeito possivel é a mistura entre fluido e sedimentos finos eriar uma massa pscudfluidal viscosa e densa, capaz de exercer forte empuro € resisténcia viseost sobre os gros maiones € anular 0 efeito da forca-peso, 9.2.3 ‘Transporte sedimentar: a maturago do grio pos © tinsport inieial por tonrentes pluviais ¢/ou movimentos gravitacionais nas eneostas da serra, 0 grio € incompontdo a carga dos rios © corredeiras dla escarpa, através das quais atingini os rios de mais baixo gradiente (oa maioria das vezes,com morfiologia meandrante;Cap.10) aque caracterizam a planicie ltoriines, © transporte do grio da serra ao mar comresponde 2vam pevfodlo de intenso amadutecimento ou maturagiio em sua hiografia. O » pode sofrer mudangas quimi «as (mineralogieas) ou fivieas (texturais), em resposta acio dos agentes de intemperismo e transporte, A mag, nitude destas mudangas é uma manifestacio desse processo de maturacio, mas depende também do gra de sensibilidade do mineral que 0 constitui, Assim, por exemplo, o quartzo € muito menos propenso que 6 feldspato a tais modificacdes. Dentre as mudancas quimicas, pode-se citar desde alteracies ténues nas superficies de frarura e clivagem até a completa tras formacio ou mesmo a dissolugio do mineral (Cap. 8) Listas mudangas no so raras em feldspatos e em mi netais ferromagnesianos como piroxénios ¢ anfiblios, ‘mas podem ser consideradas dlespreziveis em gritos de quartz. As mudangas tisieas incluem a reducio de tamanho © aumento de grau de arredondamento Go grdo, devido & abs (quebra), do (desgaste) © cominuigao A comparagio entre 0 transporte sedimentar © 4 maruracio de graos de origem fisica eneontra expres So no coneeito de maturidade sedimentar, A maturidade representa a experiencia de um sedimento, no sentido, de quio intensa ¢ prolongada foi a historia de trans porte a que ele se submeteu, Fintre os parimetros quimicos de avaliagio da maturidade, destaca-se a re- lagio entre minerais estiveis e instaveis, como a razd0 quartzo/feldspato. Entre os fisieos, destacam-se a el minagio de mattiz pelitiea, a selecio granulométrica (grau de homogencidade dos prios quanto ao tama snho) €6 arredondamento, 9.2.4 Principais cendrios da existéncia do gtao: conceitos de area-fonte, baci: sedimentar e nivel de base v permite abandonar 0 wa de detalhe ¢ rt inais abrangente e sintctica possivel da hist6ia do grin ‘Nessa visio, podem-se reconhecertrés yrandes estigion, resumo das informagies acumuladas até aqui fases maiores de sua biografia, correspondents « «és cenirios geogriticos prineipais: a serta, suit escarps fron: tal € 0 oceano, Podem-se também destacar quatro processos geoldgicos maiores: o intemperismo, a erosion, fo transporte € a deposicio (Fig. 94). Com que intensidade atuam estes processos maio: tes em cada um daqueles cenarios? A atuagao do intemperismo é diretamente proporcional ao tempo de residéncia em superficie do grio e da matéria prima em geral, Assim, o intemperismo & menos atuante nas partes mais ingremes da escarpa, onde os processos de remobilizagio dos produtos de akteracio. ULO 9 * SeDimENTos & Processos Sepimentares 173 Sedimentar Fig. 9.4 Cenérios do existéncia de um gréo sedimentar, com quontiicagao relative dos taxos de erosao (E}, intemperismo (|) & deposicéo (0), tomando como exemplo 0 caso etval do leste do Parand. Fonte: Jodo José Bigarella, A Serra do Mar e © Porgao Oriental do Estodo do Porané, 1978. sio acelerados pela intensa acto da gravidade, 1 é mais juante no topo da serra ¢ na planicie litorinea, onde 0 baixo declive favoreee a longa manurencio, em super ficie, de solos, depdsitos sedimentares e sedimentos em trinsito (Fig. 9.4) © transporte domina onde eria um saldo negativo de matéria, Trata-se ai da remobilizacio sistemitica de gros e particulas, que se pode chamar de erosiio. ‘Tem, portanto, uma distribuigio intemperismo, Na serra como na planicie, o transporte do grio pode ter eariter intermitente e, assim, alternar rgnifiea reefproca 4 do {ages de alu energia e transporte ripido com periodos prolongados de arraste lento, ou mesmo retengo em meio a outros gris da margem temporariamente ex posta, A duracio, intensidade e importincia relativa estas fases ou regimes hidrodinimicos de transporte sedimentar dependem do gradiente de relevo e das condicées climatieas. A influéncia do clima, conforme visto no Capitulo 8, reside em especial na intensidade de ago dos agentes intempéricos. Climas quentes € Limidos promovem desintegragio e decomposicio mais ripida que climas frios ou dtidos. A principal influén- cia do relevo esti no tempo de agio dos agentes intempéricos e de desgaste mecinico durante 0 trans porte, Relevos muito acidentados © abruptos favore com curtas distincias de transporte, a base de fluxos € torrentes episddieos e de alta viseosidade, bem como 6 soterramento rapido, que reduz 0 contato dos seci- mentos com os agentes intempéricos. Relevos suaves propiciam transporte continuo e prolongado, aruante sobre grios livres, com longo tempo de acio dos agen tes de intemperismo (Lig. 9.4 A deposicio ocorre preferencialmente em algumas porcéies da planicie litorinea © em grande parte do ‘oceano, embora possam existir pequenos depisitos tem: pordrios também nas drenagens que descem a esearpa (Fig. 9.4), “Tem-se, assim, quanto 3 relacao intemperismo/ero: sio/deposicio, trés tipos de dominios geogrificos: no primeiro tipo, o intemperismo predomina francamente sobre a erosio ¢ a deposicio. Corresponde, em nosso, cexemplo, ao interior da serra. Num lapso de tempo, ‘menor, inclui também a planicie litornea, Deve-se lem brar, porém, que por volta de 120,000 anos atris, a maior parte das atuais plinicies litorineas brasileiras enconteava-se submersa, ¢, portanto, com predominio de processas deposicionais marinhos (Cap.13). No se gundo tipo de dominio, erosio prevalece francamente pbc te ee er sobre o intemperismo ¢ a deposigio, ste dominio en- contra-se hoje na escarpa da serra. E, por exceléncia, © dominio do transporte sedimentar. O conjunto for mado por estes dois primeiros dominios ¢ responsivel pelo forneeimento de sedimentos para 0 mar. Por esta uo, eostuma se denominacto éirea-fonte e as rochas nele existentes; rochas-fontes (Fig, 9.4). Nesse senti do, rocha-fonte pode ser considerado um termo Je. No tereeiro tipo de domi- nio,a deposieao predomina sobre os demais processos sindnimo pa Fo que ocorre hoje na bacia oe: praia, © que, hi 120,00) anos, estendia-se também a atual planicie litorinea. Liste dominio recebe © nome dle bacia se tar que o dominio da deposicdo sobre os processos wentar (Fig. 9.4), F importante ressal intempéricos ¢ erosivos pode ocorrer também em ios, lagos, lagunas © campos de dunas existentes no con tinente, Desse modo, bacia sedimentar nio implica obrigaroriamente bacia marinha O nivel horizontal imaginatio abaiso do qual a de- posicio predomina sobre erosio ¢ intemperismo ¢ acima do qual erosio ¢ intemperismo predominam so. bre deposicio recebe 0 nome de nivel de base de roxio, ou simplesmente, nivel de base (Fig. 9.4). Lista denominaedo expressa 6 fato de que ae atuar signi também que a erosio continuada da drea-fonte tende jo nao pode tivamente além (abaixo) deste nivel. E ria arrasi-ta, no maximo, até este nivel, Nos casos de Ducias marinha gue inclui planicies fitorineas, plataforma submersa planicies abissais, golfos, lagunas, deluis ¢ estuatios), 0 nivel de base confunde-se com o nivel do mar. Mas, em bacias sedimentares continentais, trat-se sobrelevado em diferentes altitudes em relaciio au nivel do mar, Deve-se ressaltar que o nivel de base € naguelas com conesdo a0 mar (0 pode encon: varia no tempo, em fungio de mudaneas do nivel re tivo do mar (nivel observivel do mar, resulante do feito combinado da v ici do volume de agua no ap.13). Ha 120,000 anos, por exemplo, o nivel relativo do mar no Brasil estaria estado liquide e da tectonic: 8. 10 macima do atual, ao passo que hi 17,000 anos, estaria a cerea de 110m abaixo, Assim, 0 nivel de base para a bacia oceinica do Adlintico adjacente 40 territs- rio brasileiro, nos viltimos 120,000 anos, teria variado dentro de uma faisa entre as cotas 110 € +10 m. Nes se intervalo de tempo, as pore? s atualmente emersis pntinental ora atuaram ‘ste fato nada mais é que uma evidéncia de seu cariter de borda de bacia © submersas da plat forma como direa-fonte ora como baci sedimentar. No entanto, se considerarmos apenas 0 tempo atual, o nivel de base € uma linha melhor deti ida, Nessa ese: de anilise, a planieie litorinea toma-se rea-fonte. Fos sedimentos de praia possuiriam dois dominios de dreas-fontes: um prim fio, situado na ser © na escarpa, € outro secundario, localizade planicie litorinea. 9.3 Sedimentos que Nao Sao Graos: 0 Transporte Quimico (idnico) No inicio, abordamos a historia de um grio sedimentar de quartzo, desde a area-fonte até a bacia No entanto, em sua trajet6ria de geio sedimen quarizo pode ser acompanhado nio apenas por ries de varios outros minerais € rochas, como também por fons transportados em solucto, Hste solute tem uma otigem e histéria bastante parecida com a dos sedi mentos, com a diferenea de que seu transporte & mento de mate quimico, portanto nao envolve carr rial sélido, O destino final do soluto € igualmente a bacia sedimentar, onde parte dos fons pode agrupar se, adguirir a forma de compasto solido ¢ transformar-se assim em sedimento, A transforma Gio do soluto em sedimento, dentro da bacia sedimentar, pode acorrer por pelo menos 1rés mo dos diferentes: pela precipitagio quimica, por exemplo em um evaporite (Sais formados num mar restrito ou no solo devido a taxa de evaporigio maior que a de precipita vivos, por exemplo em uma earapaga de moluseo ou sio; Cap. 13); pela acio direta de organismos em um recife de corais; ou pela preeipitagio quimica induzida pelo metabolismo de seres vivos, por exer plo em um carbonate precipitado devido a reducko de concentragio de gi na fotossintese de algas verde-azuis (cianobaetérias). carbonico na agua, absorvide O limite entre ion e part ila sdlida 6, por estensio, entre transporte quiimico ¢ fisien, no € absolut, Entre ‘um € outro, existe uma categoria intermedia de parti cul ou complexo iénico, grossa © pesada demas para ter 0 comportamento de ion, ¢ fina e leve demais para respeitar as formulas fisieas de tensio interna (fore peso e empuxo). Em lugar de decantar segundo as leis da fisica clissica, este tipo de particula tealiza no fluide tum movimento aparentemente aleatdrin, denominado movimento browniano, que seria melhor deserito pelas teorias da Fisica do Caos. Fstas particulas que exibem comportamentos intermedifirios ou diserepantes de 86: lidos ¢ ions recebem © nome de ealdides, ¢ constituem uma espécie de estado da matéria importante em Capituto 9 * Sepimentos & Processos SeDIMENTARES 175 sedimentologia, com caracteristicas fisieas muito, pré pias, Suas dimensOes minimas € maxims variam em funcio da composigio quimica ¢ das condigde: ambientais. Muitos dos compostos formadas pot pro ‘cessi quimieos ¢ hiologicosem ambientes intempéricos © sedimenta +s precipitam-se originalmente sob a for ma de coldides, podendo passar mais tarde a formas mais cristalinas, F 0 aso de alguns dxidos metalicos € da silica (opala) presentes como cimentos em arenitos ¢ concreges ow do carbonato preeipitado pela acao do metabolismo de algas. A matéria onginica nas dguas de ' apresenta-se com freqiiéncia sob a forma coloidal ¢ pode ser adsorvida por argilominerais {filossiicatos hidratados, como ilita, esmectita ecaulinita), estes também comumente coloidais, 9.4 Dando Nomes aos Sedimentos \ esta altura ji reunimos informagdes suficientes pani perecher o quio diversificados io os tipos de sedimentos. O conecito inehui tudo 0 que se deposit: com transporte prévio quimico ou meciinico, fora € cow dentro da bacia, por vias fisicas, quimicas, biologi cas ow bioquimieas, Torna-se conveniente assim uma classificagio dos tipos de sediimentos, que permita, com um ou dois termos técnicus, informar sobre todas, cessas questdes relativas a seus processos formadores. \ classiticagio geral dos materiais de origem| sedimentar (isto & sedimentos inconsolidados ¢ ro. der a uma série de (Fig. 9.5). De certo chas sedimentares) visa respe questies sobre sua “biograf modo, sio as perguntas que faremos ao sedimento para saber © seu nome. Embora as pergunias sejam -néticas, tendo como ponto de partida a carscteriza cao do transporte sedimentar, obtém-se facilmente as respostas com base na anilise da constituicio mineralégica ¢ de aspectos texturais do gro, depasito \ primeira pergunta que se deve fazer para poder chssificar o sedimento & sua origem iltima € quimic nar nesta ques tio. Primeiro: por origem fisica, entenda-se transporte Iioloica ou tisica? Hi dois detalhes a dest meciinico, Segundo: quer-se saber sobre a origem tlt ima, imediata, € ndo sobre seus processos zeracdores mais remotos. Isto signifiea que um fragmento de concha de molusco encontrado na arcia de praia deve ser conside rai como de origem fisiea € no biologie pois embora seeretado originalmente por um animal, o timo pro: ccesso em su histiria sedimentar fon transporte mecinico fisico) pelas ondas ¢ correntes litorineas A resposta para esta primeira pergunta permite clas sificar os materiais sedimentares em aldetones autéctones. © pretiso alo origina-se do grego dle, que significa outro ou diferente, O prefix auto, tam bém vindo do. greko (autis) quer dizer por si proprio ‘ou de si mesmo. Assim aldctone & 0 sedimento que vem de um lugar diferente daquele onde ele se depo: sita, Sofreu, portinto, transporte mecinico © possi origem tilima de eariter fisico. F. autéctone € 0 sedi tamente onde se encontra transporte (a nto ser 6 co, guuarido porém ainda no existia a materia sol mento que se formou © (in siti), Nao. sofreu nenbus da sedimentar), Desse modo, possui origem puramente quimica e/ou biologics Em seguida, serdo apresentadas as demais pergun: tas, a serem feitas em cada uma das duas grandes rias previamente reconhecidas. 9.4.1 Transporte € deposigio por processos fisicos: materiais aléctones CO conceito dealécioneabrangetantoo prio de quarto provindo de um granite na igea-fonte quanto o fragmen, tw de lava langado € consolidado no ar, durante uma cexplosio vuleinica, Assim, a primeira petgunta a fiver para classificar os sedimentos al6ctones objetiva distin aauir entre estes dois pos de origem: o sedimento foi transporte por forea dos agentes da dindmica externa dat 'Terta, como correntes, geleiras © ventos, ou teve par= ticipagio essencial de fendmenos da dinimica interna manifestados sob a forma de explosio vuleinica? Os matetiais aldctones ¢lassificam-se desse modo em epickisticas (do erego ¢pi, posicio superior, superficic) ¢ pitoclisticns (do grego pyri, Fogo), respectivamente © conecito de aléewone epichisticn nao estabelece igencias quanto distineia de transporte, Atendem A. definigio tanto o grio de quartz que atravessa mi- Ihares de quilémetros desde a érea-fonte até a bacia quanto 4 carapaca carbonatica de foraminifero phanetdnico, que, apos a morte do animal, tem apenas que deeantar a0 longo da espessura da coluna de gua do mar para se depositar. Para distinguir entre estes dois tipos de origem de sedimentos epiclasticos, x pergunta a responder é: 0 sedimento foi transportado desde a irea-fonte (externa a ba cia, por definigia) ow apenas dentro dos limites da bacia sedimentar? Classificam-se assim os materials epickisticos em extrackisticos e intraclisticos, respect vamente Pee St er O sutiso clasto, que aparece nos quatro termos introduzidos neste item, origina-se do grego, onde Alistas faz alusio A quebra ou ao fragmento por cla produzido. © termo foi incorporado ¢ substantivado pelo latim, de onde chegou ao portugues. F. um tipico exemplo de palavra cujo significado tenico extrapola & ctimologia, pois entende-se por clasto em sedimentologia qualquer sedimento que experimentou transporte mecinico, tenha sofrido literalmente que- bra ou no. Assim, uma earapaca de foraminifero do exemplo anterior ou de qualquer outro tipo de animal pode encontrar-se intacta em um depdsito sedimentar «, ainda assim, ser considerada um clasto, desde que tenha sofrido algum transporte para poder depositar se. Um sindnimo usual para clasto é detrito, A ctimologia deste Gltimo termo & muito sugestiva da idéia de transporte mecinico, pois dtitus em latim significa gas pelo atnto, Mas também nao abrange de modo rigoroso 0 exemplo da decantagao do foraminifero planetnico, sexes sim | [Néo. Gotgod ean Aloctone Ortoquimico Poot ve “Bo quimen. ou Bioconstruide Autéctone es recipitacdo teve sim | Nao Infusnbede wile Biogénico SS wae Ee" Neo Metabolismo vegetal Sim induziv a precipita- Bioinduzido Sim Nao Evaporito Silcrete pedogenico Forricrote (calerete) Fig. 9.5 Roteiro —fluxograma de perguntas ¢ terminologia para classficagao geral dos materiais sedimentares a partir da carac terizagéo do transporte poi ee pee ta ree ee a’ = 7H _pesparito__ fésseie wa E a pelotilha micrito ae. Fig. 9.6 Representacao de ume seco delgada de racho calcéria, conforme vista ao microscépio épico, com os principais tipos de 08 alobioquimicos & de matri/cimento, © desenho ¢ idealizado porque roramente os quatro componente clobioquimicos ‘ocorrem juntas na presenca de lamo carbonética (micit). Origem externa: materiais extraclisticos ou terrigenos O termo terrigeno é utilizade como sindnimo de extraclistico por alguns autores, € de epiclistico em geral, por outros. Considerando que o nome faz alu: sdo aos sedimentos que provém da ferra emersa, 20 sentido de area-fonte em sua acepgao clissica (4 alta), © uso como sindnimo de extraclistico € mais, Origem interna: materiais intraclisticos Para detalhar a classificagin dos sedimentos alésctones intraclisticas, deve-se observar se houve ou. nao infludncia de processos quimicos ¢/ou biolbgicos na forma do material, Os intraclastos com influ Encia desses processos incluem os componentes aloquimicos da classificagio de rochas as pro- posta por Robert Folk em 1962 (Fig, 9.6): bioelastos fosseis), pellets (pelotihas), restos mincralizados de exerementos feeais, odides (gros esferoidais com es trutura interna concéntrica formada pela precipitacio qquimica de sucessivas camadas, em condigio de gua em movimento) € fragmentos liticos caledrios {ntralitoclastos ou intraclistos). © rermo aloguimico, embora consagrado pelo uso, é parcial, pois nio ex pressa a evidente contribuigio biokigiea dos pelts « bioclastos, Desse modo, essa denominaci € aqui subs tituida pelo termo alobioguimico. Os sedimentos intraclisticos sem influéncia de pro cessos quimico-biolégieos comespondem a fragmentos on torres de depdsitos terrigenos preexistentes, retina dos mecanicamente do fundo da mesma bacia ¢ redepositados, sem que haja hiato de tempo geok significativo entre a deposi¢io original do sedimento ¢ sua rodepoxicio. A distincia de transporte, alm de lini tarse as fronteiras da bacia sedimentar, € restrita a0 maximo transporte que o intraclasto, por seu incipiente estigio de consolidacio, consegue suportat. No exemplo tipico e comum, os fragmentos sio rudkiceos (maio~ res que 2mm), exibem geometria reliquiar de estruturas sedimentares primarias, como poligonos de geeta de desseeagio de lama ¢ estratos tabulares,¢ recobrem dite Nao hha termo usual para designar de modo especifico os tamente a propria camada que os forneceu (Fig. 9. intraclastos de origem predominantememte fisica, Os de positos descritos recchem 0 nome de conglomenlos ox brechas intraformacionais (Cap.14), mas esta denomina cio aplica-se também a depdsitos de intraclastos alobioguimicos rie eae ey Edificios sedimentares bioconstruidos Na categoria de edificios bioconstruidos, os repre sentantes clissicos sio os recites de corais ¢ algas ciados em edificios marinhos, tocando oxigenio e ysis carbonico necessirios respectivamente para sta respi raciio ¢ fotossintese, O terme maf possui um signifieade abrangente ¢ seri discutido no Capitulo 13, Refere-se a qualquer obsticulo natural 4 navegacio, parcial ou te », localizado prosimo a costa no substrato, Assim, nem tudo o que se conbece eomo recife corresponde a bioconstrugdes de conais © alga Parte dos recifés do Nordeste brasileiro, incluind da praia de Boa Viagem, em Recife (PE), € formada por arcnitos e niio por coldnias de corais ¢ algas. Reci vulednica. Recebem o nome de atol. No Brasil, u exemplo € 0 atol das Rocas (RN Edificios sedimentares bioinduzidos Os editicios sedimentares bioinduzido z presentados por construcdes caledtias, ou mais raramente fostiticas, formadas pelo metabolism forossintetizante de eianobactérias, Do por Fig. 9.7 Iniraclast ta quimico, o mecanismo de bioinducio de caleiries ac que 62 jim) arroxeado, pouco acima di pode ser entendido com base no principio d le sua hospedeira (orenito esdranau retroalimentagao de sistemas abertos, o Principio re su0 carved 1m; km 906 da Redovic BRS de Le Chatelier, aplicado & equacio quimica gu aes rar : relaciona as formas i6niea ¢ prceipitada do carbo nato (bicarbonato € earbonaro) 9.4.2 Transporte € deposigao por processos bioquimicos: materiais autéctones Ca"aq) + HCO"ag) = CACO, + CO, + H.0 0. Para classificar sedimemtos autéctones, primeita per Segundo Principio de Le Chatelier, a retirada de ta a ser respondida & os sedimentos foram qualquer componente de um sistema quimico aber No em prejuizo de um dos lados da equac depositados por processos quimicos ou bioligi caso de processos biol6gicos, a solidi fundagio ou mente compensado pelo deslocamento do equilibe » © pela reposigiio do componente con mento gradual iv sig atistando-se da superficie de fisagio. ——-sumido. Assim, a retirada de CO, pela cianobacteria lc baixo para cima, no e2so mais comum), permite _desloca 6 equilibrio (¢q.9.1) para a diteita, repoe o wis compari-los com edificos, Pasa clasiticar estes cdificios, __catbdnico consumido e favorece a precipitacio. de responde-se & pengunti: os onganismos formadores fis carbonate insolivel (CaCO), sob a forma de caleita un-seem vidi a um substrato,aldeisando suasearapacis? ou aragonia (dois minerais de estratura eristaina die Ou provocaram, através de sew metabolism rente e mesma composigio quimica). Deve-se ressaltar quimicas e/ou hidrodinamicas que gerarum a deposicio no entanto, que a presenga de carhonato nas constru ‘edimentar? Fstas duas possiilidades permitem classifi ces microbianas pode também ter una componente car os edificios sedimentares om bioconstrui ou filtragem de particulas duzidos, re neciniea, isto é, a retencii CoO Re ee ere ae rere ee Os edificios estromatoliticos si formados pela alterniineia regular concordante entre liminas de este 8 microbiana ¢ liminas do carbonato que as recobre \s liminas sio finamente onduladas (Fig, 9.8 Materiais ortoquimicos chansados de ortog os. Ortii, em grevo, signi fica direito, ou correto, O direito ou correto indicado pelo pretixo, neste caso, diz respeito a origem quimi ca. Assim, © processo formador do sedimento ortoquimico seria a precipitagio quimica, sem interfe Os exemplos mais tipicos de depssitos ' P je depasi ortoquimicos sindeposicionais referem-se aos pro: dutos de evaporacao de salmouras naturais Fig. 9.8 Estromotélito « ticeo da Chapada d Care (iresma regido onde scene iosdeleds is famosos do Brasil), ob Foloniiemgehank: S. Aas. eG ElSeatint mica residual nos horizontes superiores de solos caliches) ¢ a algumas precipitagdes caledrias em fespeleotemas, Cap.7). Uma f de subdivisto dos depésitos ortoquimicos é sepa rat os depésitos formados nas aguas da baci circulacio de guas vadosas (agua intersticial aciry do lencol freatico), incluindo espeleoremas, caliches © eflorescéncias salinas. Os caliches consistem de crostas superficiais de sais ou dxidos ¢ classific dos ¢ hidrdsidos de ferro), caleretes (carbonato de calcio) etc, Podem formar-se por fluso descendente vu ascendente (evaporiticn) de agua vadosa, En quanto a formagio de sileretes ¢ ferricretes depende de intensa precipitagao pluviométriea, o calerete 9.5. Categorias de ‘Transporte Meciinico © transporte sedimentar corre sempre atra ele o ar, a agua ou uma massa viscosa constituic sua tigidez, as geleiras oferecem pouca liberdade de movimento as particulas sedimentares, asseme Ihando-se assim, em termos de processos © seus respectivos depdsitos, aos Fluxos de fluidos de mais alta viscosidade Do ponte de vista fisico, 0 estud ans te sedimentar resume-se, portanto, a um estudo d Forgas atuantes no interior de fluidos, tendo a vis, cosidade como critério de abordagem. A modo de manifestacio das foreas de superficie, assim como a densidade © € em relagio is forga de corpo. Em termos de fluido, a correlacio entre elas quase sempre é direta. Sob esse enfoque, os upos, confor fe, na maioria das vezes, a densidade) seja baixa gua ¢ ar com baixa concentracio de grios em suspensao) ou alta (gelo © misturas concentradas de gelo/igua/ar com sedimento} At) ee ey 9.5.1 Fluxos de baixa viscosidade Nos fluidos de baixa viscosidade estacionatios (caso aro na natureza mas que, numa primeira aproxima- cio, pode ser exemplifieado pelas aguas de um Iago estagnado), as forgas de corpo e de superficie agem sobre cada grid individualmente (por exemplo, uma particula de argila decantando lentamente nas guas, do lago, & mereé da forca:peso e do empuxo). Nos fluidos de baixa viscosidade em movimento (corren- teza de um to, por exemplo), as foreas de corpo agem sobre o fluido, fazendo-o se movimentar declive abai- 0; 0 fluidlo repassa esta aio a eada gro, sob a forma de esforco tangencial, ¢ transporta-o ou nao, de acor- do com seu peso € com sua forma. Assim, a cearacteristica essencial do teansporte de grios em meio pouco viscose € que ay foreas agem de mancita pre- dominantemente individual. O compor dinimico do grio, isto é sua velocidade, trajetoria ¢ modo de deslocamento, € uma resposta direta As for cas nele aruantes ¢ reflere suas earacteristicas individuais mo forma, densidade, tamanho € rugosidade su perficial. Enfim, nos fluidos pouco viseosos, as grios tém identidade propria, Como efeito, a corrente pode provocar uma selegio dos grios no espago, separan do os grdos mais kixs (menores ¢/ou menos densos & ou de formato mais /latudrel) dos mais pesados, Esta se lego pode, portanto, ter ao mesmo tempo earéter grinulométrico, densimétrico € morfométrico, Em um fluso de baisa viseosidade, os geios mais pesados tendem a ser transportados mais devagar que os leves. Fisacla a densidade e demais variiveis, quanto mais grossa a granulacao de um leit sedimentar inconsolidado, maior a velocidade minima necessiria para dar inicio ao movimento dos grios, ou seja velocidade eritica (Fig, 9.9). Esta regea tem exceedes ‘des muito fis importantes nas granula s, onde 0 au- mento da superficie especifica eleva a magnitude relativa icie intergranulares (coesto/fric cio). O efeito pelo qual leitos de silte € argila sio mais das forcas de supe Uificeis de seret exodidos que os de areia recebe 0 nome de efeito ou anomalia Hiilstrom-Sundborg. A granulagio maxima para existéncia deste efeito ano. malo é de cerca de), mm, em leitos coesivos,¢ 0,7mm, ais (0 que define se um leito ¢ coesivo ou friccional é, em grande pa em leitos frica te, a propria gran Uma vez que a corrente colocou a particula em movimento, diminuem drasticamente os efeitos de coesio ¢ friegao sobre ela. Nessas codices, quanto menor a granulagao do material, mais ficil é 0 seu Velocidade (an/s) oot oo oot Or 1D Diametro (mm) Fig. 9.9 Diagrama energie x granulometria, opresentondo os curvas de velocidade erica de tronsportee erosdo.A curva de rransporte (inferior representa as velocidades necessérias pare colocar em movimento gidios isalados de diferentes tamanhos. A curva intermediria representa as velocidades necessérias pare erodirleitos friccionais formades por gréos (esferas de vidro, por exemple} de diferentes tomanhos, A curva superior representa as velocidades necessérias para erodir leitos coesivos formades por graos (placas de filssilicatos, por exer: plo) de diferentes tamanhos. Fonte: Sundborg, 1956 transporte. Particulas de diferentes tamanhos po: dem apresentar velocidades © mecanismos de transporte individual diferentes. Os prineipais me canismos sio a suspension, a saltagio, 0 arrasto € 0 tolamento, No fluxo nao viseoso tipico, estes me canismos ocorrem de maneira predominantemente livre. A interagio entre grios vizinhos é subordina da e nao compromete a trajetoria de modo essencial, \ suspensio ¢ 0 carreamento ou sustentagio do gti acima da interface sedimento/Muido (superticie deposicional). Ela pode ocorrer por uma ou mais dentre trés condicdes fisicas: esisténcia de turbuléncia, baixa densidade € comportamento coloidal. As duas Aikkimas condigdes io requerem movimento, poder do ser observadas mesmo em fluidos estacionarios. As forgas que mantém 0 grio em suspensio, em cada uma destas situagies, sio, respectivamente, a forea de ascensio hidraulica (Fig, 9.3), 0 empuxo e a resul do movimento browniano, A saltagao é a manutcne’o temporiria do grio em suspensio (Fig, 9.10), em trajetoria aproximada, mente eliptica, entre seu desprendim impacto na interface fluido/sedimento ou entre dois impactos sucessivos. Durante 0 chogue, o grio pode afetar algumas pa iculas da interface © provocar rico- Ce Me ee ee chete, uma forma de saltagio induzida pelo impacto. A saida de gris por ricochete cria um pequeno déticit local, marcado por irregularidade no leito, € torna esta are mais exposta ao esforco encial © mais sujeita 4 novos langamentos. Desse modo, o fendmeno da saltacin possul a capacidade de se auromultiplicar, © arrasto ou rastejamento (erp) € 0 destoca- mento do grio subparalelo ¢ rente a interface sedimento/fluido, em contato duradouro ou tangencial com esta interface. A exemplo do que corte na saltacio, 0 contato ou aproximagio com 1 interface pode afetar outros geios, O movimento indazide mais comum é um ligeiro remanejamento, através de empurrio dos geios uns sobre os outros. Devido ao efeito muliplicador do remanejamento, © artasto em encostas pode provoear, a longo pra- 20, © movimento lento, imperceptivel em escala anual, do acimulo sed nentar ou do regolito (Cap.7), Quando 0 material da encosta encontra: saturado em agua, este efeito é um pouco mais ri pido (da ordem de 1 a 30 em/ano). Recebe entio © nome de soliflusio. O rolamento & a rotacio do grie em tomo de um eixo, por sobte outros grios da interface, F facili tado pelas formas esféricas principalmente pelas cilindroides ¢ pelo tamanho relativo do geio (maior que a média do substrate). © movimento dos geios por arrasto rolamento édenominado trago (Fig. 9.11). Em sedimentologia, convém utilizar © termo especificamente para 0 mo- vimento eno para a forea motora (fensio tangencial & superficie deposicional). Fig. 9.10 Fenémeno de queda ou nuvem de grdos, exemple de transporte por sallacdo/suspenséo, na crsta de uma dung em Loguna, SC. Foto: B.C. F Gionnini Fig. 9.11 Producée de subleito friecional ou carpete de tro ce [comada de fundo com alta concentragao de grdos em movimento trativa}, em condigdes de alta energia e boixa pro: fundidode, na zona de espraiomento. Proia de Pervibe (SP). Foto: P.C.F. Giannini Fixada a energia de transporte, em um sedimento com certo intervalo de variagio granulométr populacio mais fina tende a ser transportada em sus pensio, a mais grossa por tragio e a intermediiia por sala (0. Fixada a granulacdo, a tragio é © mecanismo de transporte preferencial nas baixas energias, passan do-se, com o aumento gradual de energia, para saltacio ¢ depois suspensao. A viscosidade, a densidade © a profundidade do meio também influem no mecanismo de transporte, em especial no inicio do movimento, Hsta influéncia fica c edlico, A gua impoe maior r se modo, 0 deslocamento para ein lara quando se comparam os sportes aquoso isténcia viscosa e des . por saltagio por ‘exemplo, no inicio do movimento dos grios, tarna-se ana vertical faz com que a maioria dos grios passe diretamente do mais dificil. No ar, a menor resistén repouso para a saltacio © suspensio, em detrimento do estigio trative (Fig, 9.10). Dois fatores adicionais de fundamental importincia nessa peculiaridade do transporte célico sio as foreas de friegao intengranulares, as quais aumentam nos meios menos viscosos e difi cultam © movimento trativo dos grios, € a energia de impacto, mais violenta quanto menor a viscosidade, Examinados apenas como mecanismos de trans, porte de grios livres, suspen efeitos parecidos na dispers ambos obedecem ao sentido de atuagao da tensio tangencial imposta pela corrente. Vistos como me canismos de deposic¢io ¢ de construcio do leito sedimentar, eles possuem acdes distintas. A deposi G40 por suspensio ocorre, em sua esséncia, na » © tragio exereem » dos sedimentos, pois yee ee vertical, e promove o actimulo gradual dos grios & © erescimento do leito sedimentar de baiso para cima. Como a deposicio ocorre de modo homo: génco a0 largo do teito, este tende a ser plano, A deposigio por tragio deposita os sedimentos no sentido da tensdo tangencial, com um forte com- ponente paralelo ao leito sedimentar, Como a quantidade de sedimento que chega em dado tre- cho do leito € igual @ quantidade que sai, 0 leito resultante também tende a ser plano. A conclusion & que, apesar de contrastantes, os mecanismos deposicionais por tragao € suspensio puras condu zem 3 um mesmo tipo de forma de leito sedimentar © leito plano, \ saltacio comporta-se como mecanismo inter A semelhane: da suspension, ocorre queda do grio, porém existe um componente tangencial importante, ligado clinacio da trajets mediirio entre a tragio © a suspens: ‘ochete. de queda e a0 efeito de Se imaginarmos que, para condigdes fixas de energia € granulagio, todos os grios iguais tendem a realizar saltos iguais (com amplitude ¢ extensin constantes), © se considerarmos que as zonas de impacto € rico: Spal saltagées, concluiremos que o leito alrernara zonas en deficitarias em gros, nas areas de incidéneia de rico- chete, com zonas de estoque, menos impactadas (Fig; 9.12), Devido a orientagao do fluxo, as zonas Gren eres a ‘omporns =H === _ Gitor maiores em scltogio , we, epee Mouimente segunda Toe porinpasstde goo Fig. 9.12 Representacéo esquematica do transporte por soltacdo & suspensdo e dos efeitos de saltacdo sobre um leito sedimentar Fonte: Bagnold, 1941 soerguidas de estoque desenvolvem rapidamente certa assimetria, adquirindo inclinaeio suave a montante da corrente ¢ abrupta a jusante, 0 que configura a morfologia de marca ondulada assimétrica, O com primento de onda da ondulagio relaciona-se assim, com a extensio preferencial dos saltos, Sob mais ener gia, saltos prolongados formam ondulacdes até métrieas (megaondulacdes). O dominio da saltagio, suspensio como meeanismo de transporte de areins eélieas explica porque 6 leito plano no é uma forma deposicional estivel em campos de dunas (Fig, 9.10) 9.5.2 Fluxos densos ou gravitacionais Os flusos gravitacionais eonstituem o tipo de fluse viscoso em que a viscosidade elevada se deve a gran de concemtragio de sedimentos no fluide, Do ponto de vista estritamente fisico, os flusos gravitacionais distinguem-se dos flusos de baixa viseosidade pelo objeto de atuae: fluido © ni » das foreas de corpo (a mistura gros, mais o grio individual) © pelo modo ¢ intensidade de manifestagio «las forsas de superficie (forte influéncia da coesio, da friceao, do chogue mii tuo ou da turbuléncia). Do ponto de vista geoldgico, ins 408 diferentes ti as trés caracteristicas mais com pos de Hlusos gravitacionais sia: 1) a associacio preferen base destes declives, com a morfologia de lobos e/ou ala dectives, 2) a formagio de depasitos, ma leques, € 3) 0 cariter epistitico (diss io de grande quantidade de energia e deslocamento de grande mas sa de sedimentos em tempo muito reduzido, de segundos a poucas horas). © jogo de forgas que controlava © comporta mento de cada grio em fluidos de viseosidade baixa esta presente também aqui, so que aplicado a um conjunto de grios, unido pela acio de foreas de resisténc’ (principalmente coesao e atrito), O equi forgas de librio do conjunto é dado pela soma da resisténcia que se opdem i componente tangencial da forca-peso, com efeito cisalhante, Este eompo: nente é tanto maior quanto mais acentuado 0 declive da associagio do terreno, o que expliea a mencio ais com en preferencial dos processos gravit costas ¢ taludes. Nessas condicdes de topogeatia, materiais inconsolidados como solos, acumulagdes sedimentares © aterros podem manter-se durante muitos anos em equilibrio instivel, € de um minuto para outro, movimentar-se declive abaiso com con: segiiéncias carastroti Capituo 9 * SeDIMENTOs E Mlas 0 que provoea 0 fuso gravitacional? De aeor do com a equacao de equiltbrio, o componente cisalhante da forca-peso deve ter superado as forgas de res Explicad assim, a causa do fluxo parece muito simples. Eo eileulo vetorial das foreas parece o suficiente para prever o destino de qualquer encosta, No entanto, i medida que se tenta um enfoque menos deterministico e mais geoldgieo, dois fatos se observam. Em primeira Jugar, a encosta tem uma dinémica incessante, ¢ variiveis imponderiveis (por exemplo, um recorde histérico de pluviosidade ou um sismo acima da média local) po- dem surgir de uma hora para outra, Em segundo lugar, pois muitas va- riiveis controlam a forgapeso € as forgas de resisténcia virias hipoteses podem ser formulad: atuantes na massa que se movimento, Como em qual quer outro fendmeno geoldgico, as palavras causa € previsio sio apenas forcas de expressio, Diferentes con: jungdes de variaveis podem conduzir ao mesmo efeita. Como consegiiéneia, as relagdes processo-produto niio fo tinicas, como numa equagio ou numa associagio de Favela corre risco de novo deslizamento De epic Foie am Coneger Hipdteses do soterramento Caveos provavets do oc ee poo ee = amps ir) ee 9 on "3, gedlge do Pets Se ajnos Tooalogeas de Dee a) causa € efeito, O enfoque geoligico no explica porque © fendmeno ocorre & sim como ele ocurte, Do mesmo, modo, no consegue prever a ocorréneia, mas sim apontar a localizagio de zonas de iminéncia de fluxo © 0 pau de isco de babitagdes e obras vizinhas, Um cxcmplo das miiplas possibilidades de desenea: deamento de um Bus gravitacional pode ser encontrado na Fig, 9.13, que reproduy uma noticia do jornal Fr de 8 Pant sobre as causas preniivels do movimento de terra ck Barraginha, em Contagem,na Grande Belo Horizonte (MG ‘Com base em interpretagées de geslogos entrevistalos plo jomal, cinco fatores possiveis sio evocados. F interessante notar como todos os fatores enumerados resumem se, de tama forma ou de ourra, em um deshalaneo na expuagio de equilibria, © fator 1, fortes chuvas, pode representar tanto uu deeréseimo nas foneas de resistineia, devido it pera de cvesio do sola, como um aumento da Forca peso, provo- ado pela saturacio intersical.O fator 2, obras no alto da cencosta, também pode representar qualquer tm dos lados da equagio de eqnilibrio: © peso adicional exercido pelo maguindrio oua perdade resistencia por ‘repidaci O fator 3, peso da estrutura recém-estabelecida no topo da encos: ta, refere-se explictameente ao aumento do componente cisalhante dt forea peso. O fator 4, actimulo de liso © 0 faror 5, existéncia de turfeiras, evocam a falta de resistencia ao longn de pontos ‘ou superficies de fraqueza previamente definidos. Qualquer um dos fatores ou combinagio entre dls pox ter desen oat gag cadeado 0 escormegamento, © exemplo deixa claro 0 quan to um conhecimento geolgice biisico pode explicar um fendmeno que faz parte de nosso dia-a-dia. F serve para iluscrar o papel social que ageologia desempenha ou, pelo me- nos, que viri a desempenhar a partir do momento em gue © parecer do gedlogo for solicitado para planejar 4 ocupagin urbana e a construcao civil e nao mais para avaliar as eau sas de um desastre jf consumado, Estee outros acidemtes similares nao poderiam ter sido evitados se um in vestimento no conhecimento téenico-cientifico tivesse sido feito Fig. 9.13 Noticia do jornal Folhe de S60 Paule de 21 de morco de 1992, destacendo na hora certa? 2s cousas provéveis do soterramento de Barraginha, em Contogem (MGI Pee a ee ee \su9}D0I09 sons 8 sioUorDO\AO46 soxny ap Sody SIHdDUNY 71" “Old Wut One ‘opin /S00:6 apta.a;u ap ows uareU ‘exBo}0e) owe) © ojuond suo Aging eps ) 06 (ont) og. be) 08 inte) oz NOHO eunaons ooI0m CMa Capituto 9 * SeDiMENTOS E Processos SeDIMENTARES 185 Regimes de transporte de alta viscosidade \ matéria-prima do transporte gravitacional é uma mistura de fluido (liquido e/ou gis) ¢ solide, cujo portamento nao € proprio de nenhum deles. A sciplina da Fisica que descreve © comportamento deste tipo de material € a rcologia, Entende-se por ja também a resposta dada por estes materiais licitacao de estorgos. Neste tiltimo sentido, as mis furas em movimento nos fluxos densos podem apresentar trés tipos hiisicos de regimes reolégicos: © niptil, © plistico ¢ fluidal N contato sistemitico e permanente (estitico) entre si de modo que esta se rompe somente a0 longo de superficies definidas, No regime plistico, existe movimento entre os grios, com choque ou atrite cm grau varidvel, A resposta reolégien em macroescala € que a mistura se deforma ¢/ou se desloca como um falso fluido ou uma massa (no sentido de pasta). No regime fluidal, os eros en contram-se separados por agua, de modo que a nistura Mui ao ser solieitada por um estorgo. Uma ver iniciado © fluxo denso fluidal, sua dinimica é comandada pelo fluido verdadeiro, \ classifieagio reoldgica destaca 0 comporta mento dos Muxos sob 0 ponto de vista mecinico. No ambi interagao entre os gros e das caracteristicas de seus sedimentoligico, do mecanismo de depdsitos, pode haver mais de um tipo de fluxo denso dentro de mesma reologia. Desse modo, seis variedades principais de fluxos gravitacionais po: dem ser distintas: escorregamento, deslizamento, fluso granular, fluxo de lama, liqiiefaeao € corremte de turbidex (Fig. 9.14) Fluxos densos de reologia rip cescorregamentos deslizamentor Os escorregamentos ¢ deslizamentos constituem os tipos mais comuns de fluxo gravitacional riptil, em encostas ou em bacias submersas. Os dois ter mos sio diferenciados por alguns autores ¢ utilizados sindnimo por outros (para conhecer quais se n as diferencas entre eles, consulte a Fig, 9.14), A catacteristica essencial € o desequilibrio localizado de tensio interna, ao longo de uma superficie de fraque- za precxistente ou definida durante 0 inicio do processo. O regime de forcas distribui-se de tal modo gue ha dlistensio no topo do declive, com formagio Fig. 9.15 Dois aspectos de aterro em encos © por escorregamento (Curitiba, PR, marco de 1993). a} Planoside deslocamento subvert! no oto de e Notar 19 escolonamento de blocos, bj Delormacéo compressiva bose da encosta, Foto: PC. F Giannini de planos de deslocamento subverticais (filhas nor mais; Cap. 19) € blocos escalonados (Pig, 9-15a), e compressio na base, onde a deposigio se dit sob a forma de dobras tecumbentes atectonieas (Fig. 9.15b) ce brechas de solo ou sedimento subconsolidado (neste iilkimo caso, intra grivs/fl ido destoca-se declive abaixo como um ble perder parcialmente (Fig, 9.16) ou no esta coerencia durante sua deposigao na base da encosta Fig. 9.16 Aspecto geral de um escorregomento com depésit incoereme, Notar forma em meio-(va @ escalonamento da ccc iz de escorregarenta. Proxin do Rodovi SC-032 (hupore 10 Allredo Wagner). Foto: P.C. F. Giannini tee ey Fluxos densos de massa Os exemplos mais tipicos de fluxos gravitacionais plisticos so 0 fluxo granular ¢ o fhixo de lama, Os mo- vimentos de arcias de fluxo plistico na transicio para o regime fluidal constiuicm um exemple liquetei Fluxos granulares: 0 mistério dos torrdes no agueareiro © principio fsico do fluxo granular (gua flan ow sand flat) nao & exclusivo de fendmenos sedimentares. Ele ovorre em processos bastante comuns no diaea-dia. O fendmeno explica uma pergunta que se faz as vezes 4 mesa do café, diante de um acucarciro contendo agticar levemente timido € empedrado: por que 0s torrd agticar concentram-se de preferéncia no topo do aguca. reiro © no na base, como seria de esperar com base em de sua relacio de massa com os demais etistais de acdcar? Finda, por que ainiiatva de chacoalhar ligeiramente 0 acucareiro parece apenas agravar essa situagio, fazendo ‘emengir mais € mais torrdes, em vez de escondeé-los? Uma pilha de acuicar despejada sobre um prato possui um dingulo + mos uma energia adicional para o depdsito, por itural de repouso, Se fornecer- exemplo através de choques na lateral do prato, a pilha de acicar se espalhani, passando a ‘ingulos de repouso ida vex mais baisos. Nesse processo, muito provaveh ». © espalhamento do mente novos torres emer agicar visa Aaquisicio de um empacotamento mais aberto de cristais ou gritos de agiiear, compativel com o aumen ergia mec cobtide por choques sucessivos, pila abaixo, entre cris: tais e grios vizinhos, mecanismo conhecido como pressio dispersiva, A pressio dispersiva é a modalidade wodee! ica, E este empacatamento aberto é de imteragio intergranular tipiea do processo de fluvo de ios. © fluxo granular € plisticn com razio grios/fuido elevada, O Huido pode ser agua ou at. A interacio intergranular tipica tem carter friecional e di-se em sedi areia, Em virtude das intensas foreas de atrito que se observam mentos relativamente puros na granu nessas condigdes, 0 angulo minimo necessirio para de sencadear © processo € 0 mais alto dentre os virios tipos de Flusos gravitacionais (Fig, 9.14), O fluxo granular de posta lentes de arcia com no maximo alguns centimetros ') Avoloncho coesiva ov escomegamanto de area: tipo de uso gravitacional 18m oreia com umidade elevada, Notarcicatises de escortagamerto, produ zidos por estorco distersivo, no ato da duno, e pequenas dobras, geradas ppor compress, no pergtio basal, 6} Fluxo granular elissico. A extenséio de linguo de oreia ¢ de oproximadamen- fe.20cm, ) Escorreqamento deqenerado: lipo de fxo grovitacionalin- termedirio entre ofloxo granular eo escorregamento de areio. Fig. 9.17 Exemplos de fluxos gravitacianais em frente de dunas do regio de Jaguaruna-Laguna (SC). Fotos: PC. F Giannini CORR Mae SC ora dole E de espessurs 1 ocorréncia restringe-se em esséncin a avalanchas na frente de megaondulacdes, subaquosas ou subacreas. Como o impacto entre gros de areia é mais violento nos meios de menor viseosidade, os exemplos mais diditicos de fluxo granular encontram-se nas ava- lanchas de areia seca de frente de duna colica. (Quando submetidas a ventos mais fortes que 0s res- ponsiveis por sua deposicio inicial por saltaeio, as concentragties de geios nos arredores da crista tornam se instiveis © passam a alimentar um fluxo gravitaciond wo do tlanco proteyido da duna (Fig 9.172 e 9.176) em busea de empacotamento mais aberto € angulo de declive menor. Na dependéncia da enetgia de flaso ¢ da heterogencidade granulométrica, a pressio dispersiva pode ear um empacotamento aberto e permitir a pro dugio de gradacio inversa © deposito de fluso granular coneentra-se na parte meédia do flanco protegide da duna, sob a forma de lobos lingudides, individuais ou eoalescidos (Fig, 9.17). No entanto, a morfologia exata dos depdsitos de fluxo sgmanular na frente da ondulagio depende da eoesio rente da arcia, controlada pelo teor de umidade, Com ivel reconhe- nase no criterio de umidade da area, é pos cer uma série continua de processos gravit sedimentos eolicos, desde o membro-extremo mats seco. (Fig. 9.174) até o mais dimido (Fig, 9.17b). A avalancha de arcia imida é muito similar a um escorregamento, Quando a lama comanda 0 movi- mento: fluxos de lama ou de detritos No fluxo de lama ou de detritos (zd debris flow), a intergranular que garante 0 comporta~ flow ow interacio mento de fluxo gray icional é dada pela matriz pelitica, Presente em quantida- zero des muito variiveis de caso a cas, ou mesmo ao largo de um mesmo lobo de fluxo de lama, a matriz fina desempe nha a fungio de ligante ¢ lubrificante entre 0s gros mais grossos : O mais tipico dentre os mecanismos aa comandados pela matriz € 0 empuso ae (buqane), importante nos fluxos cuja ees constituicio é dominada em volume por Ge? lama de alta viseosidade. Nesta situacio, oe 1 viscosidade acentuada inibe a turbu: léncia eo fluyo tende a ser laminar. As Maminas superiores, mais afastadas da Dique marginal mp Velocidadeta <— = <= at y ENTARES zona de maxima friegio com o substrato, deslocam- se mais rapidamente ¢ Jevam consigo os grios mais grossos, cuja superficie esposta i tensao cisalhante € uma li ao empuxo € maior. Este efeito pode ge geira gradacio invei ajudada pela anulagio que o empuxo viscose exerce nna forea-peso dos grios individuais. O fluxo ocorre si no depésito de fuso de lama, por distincia limitada, devido a0 congelamento coesivo do movimento. © Iobo de fluxo de lama costuma apresentar um zoneamento interno (Fig. 9.18). Denominam se diques marginais as zonas de concentragio de clastos grossos, com baixa velocidade de desloca- mento ¢ predominio de pressio dispersiva. O niicleo do lobo, visto tanto em pl secio transversal, é a zona de menor tesisténcia a0 movimento ¢ de maior velocidade Os fluxos de lama sio, muitas vezes, o resultado da evolu escorregamento incoerente subaéreos ou subaquosos, io para jusante de depdsitos de No caso subaéreo, desempenham papel fundamen: tal na sedimentacdo de leques aluviais. Em bacias ‘oceinica fornecem sedimentos ps de correntes de turbidez, e, por extensio, de leques submarinos. Fluxo de dekitos 1 Seco transversal ao fluxe Dique marginal Gisathomente pldstico Embclo movel Ciscihamenta plstico Secdo longitudinal ao fluxo 3 Velocidade zero We 2 Embolo mével Bs G RAE Vista em planta Fig. 9.18 Desenho esquemético de um fluxo de lomo ou de dellos, ern cortes transversal e longitudinal e er planta. Fonte: Fritz & Moore, 1988. DM ey Arcias movedicas: 0 fendmeno da liquidificagio A liquefacao (fuidificagio ou liquidificagio) € um estado da materia, no limiar entre a reologia plistica ea fluidal, em que 0s grios estio suspensos em seus proprios poros. Esse estado € atingido em arcias fe enchareadas durante ou logo apés a deposicio, com a gua nos potos so maxima pres sio possivel. A dltima condigio cosresponde & Vibragio mecinica sobre a massa, sufieiente para que cada um delgde filme de agua (Pig, 9.19), fique sep: Jo de seu vizinho por © fendmeno da liquidifieacio & conhecido ¢ até familiar para a maioria de nds. \ areia movedica (guick rand) € wm exemplo de sedimento no estado liquidificado, Sultitar seguidamente sobre uma arcia de praia encharcada, na parte emersa da zona de es fig, 20a). O estado liquefeito & mantide apenas enguanto durar a praiamento, pode liquiditiear a arcia vila sos de i meciinica que © introduziu ou em flusos digua ascendentes. O eariter efémero da Tiquidificacio esti ligado ao fato de que esse estado da ‘materia representa um estado de equilibrio instivek: como, manter gua sob um griio estatico, mais pesado que ela? Seria o mesmo que desafiar a lei da yravidade. -Aplizagae de Estado de chou cio ba seule ane ae Tic! ceulvie modfeads ———_choaves ° 1 2 Fig. 9.19 Resreseniacéo esquerdtica dos ts principals estighos de evolucio hidrodindmica do.um depésit sedimentar iqueleto: 1. Equi instével: estado de fuiicocdo; 2. Que- ‘bro do equilibrioinstavel inicio de ressadmentacéo: busca de um now estado da equi: 8. Final da ressedimentacao: aquisicde do equitbro estavel, Fontes: Allen & Banks, 1972 Alen, 1984, Enquanto dura a vibragio capaz de manter os gros levemente afastados uns dos outros, a mistura sedimento/agua permanece em empacotamento 0. mais aberto possivel (Fig. 9.19.1}. Fm nossos exem plos, esta vibraci impacto repetido dos pés em movimento sobre a arcia (Fig. 9.20a). Uma vex suspensa a vibragio me » pode ser representada pelo ciniea, 0 estado liquefeito torna-se insustentivel, € afundar, enguanto ida a ascender, seja através dos poros 0s gros comegam a premida e for intergranulares seja confinada em tubos de eseape (ig. 9.19.2). Terminado o movimento dos gros (Fig. 9.19.3), a agua excedente teri se acumulado nas po: as fabricadas pelas marcas de nossos pés ou nos arredores de pequenos vuledes de arvia (Fig. 9.201.) formados naturalmente pelo extravasament de tt bos de escape. Na natureza, 0 fator de vibragio mecinica neces: siria pata fluidificar a arcia pode ser a turbulencia exercida pela propria corrente que a areia ou © pisoteio daar entanto, a passagem de peleiras © os sismos podem aba de depositar gum animal. No por a produzir efeito de intensa liquidifieagio, afetando es pessuras consideriveis de sedimentos, por dezenas de guilometros de distancia (Fig, 9.21) Fluxos densos de reolo; Nove oe fluidal: correntes de tuthidex Same oe Asccorrentes'de wbider constitu cm misturas de dgua corn sedimentos = que se movem junto a0 fundo - sedimentar,chiramentedistintas do cor vce pode dgua circundante. © movimento e-a manutengio da comente junta a0 fando € atrbuida & sun maior densia ° de ri de em comparagio com as aguas arredotes, devido & presenga de part culas em suspensio. Entre estas particu € o fluid, © mecanismo de » peedefile _inteagaodeterminante cas caractris ieel es do transporte & a turbulénca v osgasr cibecs A turbuléncin sua instive compo: Rimes, sco de foreascom resulant para cima Res: sio responsiveis pela eapacidade de auto-sustentagio das correntes de turbidez. Gragas a essa capacidade, este tipo de fluso denso eonsegue percor rerdistincias de mithares de quikimetros Capituto 9 + Sepimentos £ Processos Sepimentares 189 | Fig. 9.21 Convoluc Plataforma continental Recife continental fp. hie ea ee a como grandes deltas ou desembocaduras de tios ali mentados por imensos sistemas de leques aluviais. © conhecimento que heje se dispde sobre correntes de turbidez € relativamente recente ¢ sua evolugao hist rica é um assunto interessante para quem aprecin estudar © proceso das descobertas cientificas. Como se trata de um fendmeno escondido no fund do mas, a milhares de metros de profundidade, as primeiras referencias ci centificas, datadas do inicio. da década de 1950, foram feitas com base em indicios indiretos e suspeitas, sem nenhuma observagio de processo. © indicio mais im portante foram as virias oeorréncias de rompimentos sucessives de cabos telegrificos submarinos, registrados ino decorrer das duas décadas anteriores. Fim cada uma dessas ocorréncias, 08 cabos de determinada localidade rompiam-se sucessivamente das profundidades meno res para as maiores, em questo de poueas horas € por uma distncia, transversal margem continental, de cer renas de quilmetros. \ idéia de que correntes de fando dlensas viscosas seriam responsivels por esses rompi- mentos ¢ pela deposicio de arcia e eascalho no fundo do mar chegou a ser considerada na época uma fantasia de gedlogos de imaginagio escessva, Mas em questio de menos de dez. anos, converteu-se em importante paradigma da geologia sedimentar. Do pont de vista do eansporte sedimentar, a con rente de turbidez é © tipo de fluso gravitacional que possui mais pontos em comum com os fluxos de tra io suspensio livre, Isto se deve a sua reologia uidal ¢ i elevada relagio fluido/graos. Em suas porgoes proximais, preenchendo cinions no talude e na parte su perior dos leques submarinos, as correntes de turbide transportam sedimentos grossos por earpetes de taco (subleito friccional de alta energia). Na parte mais distal do leque, depositam-se desde arcias com estratificagio planar trativat © muarees ondulaca até lamas em feito ph no desuspensio livre (Fig, 9.23), Pode-se dizer, portanto, que as correntes de turbider sio miscelineas de proves sos de traci e suspensio ocorrende dentro de um flaso, gravitacional, A razio para que ela seja classificada ev fluso gravitacional é que sua propria existéncia © movi mento Slo consegqiéncias de urna ago da gravidade sobre uma mistura gros /fuido, Leituras recomendadas COLLINSON, J. D. & THOMPSON, D. B, Sedimentary Structures. London: Allen & Unwin, 1982. FRITZ, W. J. & MOORE, J. N. Bases of Plysical Stratigraphy and Sedimentology. New York: John Wiley & Sons, 1988, LEEDER, M. R. Sedimentology; Process and Products. London: George Allen & Unwin, 1982. SUGUIO, K. Rochas Sedimentares, Sito Paulo: Edgard Blicher/Fdusp, 1980. WALKER, R. G. Ed, Fer Models. Ontario: Geol. Assoc, of Canada, 1986, e luttos morinhos. o) Aspecto geral. b) Detelhe do ofloramer ser depositadas em éques rasos (sb didade. A interp mois aceite é adh beusco na base & transicional no topo das laminas 9.23 Turbiditos entre Rio do Sule taj ($C), na ature do km 106,5 da Rodovia SC-470, com espessa sucessd0 siimica d to. ANB © jnicio do século XX, imagi ago de ondas e marés) e sucessbe pete qU80 sapoderiam came estas eram atibuidos a renetidas osclacées de prdu de: por de estatos fol formado pala passagem de ume corrente de turbides. Note coniok Corerita tologia de coloracSo bege). Fotos: P C.F Gianri

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