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Licenciatura em Tecnologia Biomédica Laboratorial

3º ano 1º semestre.
Hematologia Clínica.
Velocidade de sedimentação.
Discentes: Docente:
Melvin Muandisse
Nélio Ubisse dr. Narcisia.
Pedro Alberto
Ricardo Matusse
Rui Milane
Valéria Jorge.
Introdução

No presente trabalho será feita uma visão geral sobre a


velocidade de sedimentação do sangue que de uma forma
simplificada remete nos a estabilidade dos eritrócitos em relação
ao plasma, num, determinado intervalo de tempo em função de
algumas variáveis que nela influenciam. A abordagem feita incluí
alguns factos históricos, o significado clínico, as técnicas de
execução e factores envolvidos na medição da velocidade de
sedimentação.
Objectivos

Geral
Adquirir conhecimentos sobre a velocidade de sedimentação.

Específicos
Descrever a velocidade VS;
Interpretar os resultados da VS;
Analisar os factores que influenciam na VS.
Factos históricos

Grécia antiga, há mais de 2000 anos - maus humores orgânicos=


sedimentação dos etritrócitos;
Alemanha 1918, Robin Fahreus - velocidade de
hemossedimentação (VHS);
1920, Westergren - padronização da Velocidade de
hemossedimentação;
1977, International Comitee for Standardizationin Hematology
recomenda a técnica de Westergren.
Velocidade de sedimentação

Taxa de precipitação dos eritrocitos num dado intervalo de


trempo em função da concentração do fibrinogénio e globulinas
do plasma.
Determinação de VS

Metódos:
 Técnica de Westergreen;
 Técnica de Wintrobe;
 Métodos de microsedimentação;
 Velocidade de uso único;
 Automatização de VSE.
Técnica de Westergreen

Sedimentação dos eritrócitos numa amostra de sangue colhido


com ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) ou citrato de sódio
em proporção adequada (4:1).
Técnica de Westergreen
Material necessário:
 Pipetas de westergreen, de 30 cm de comprimento e 2,5mm de
diâmetro inferior calibradas de 0 a 200mm;
 Pipeta de 2ml;
 Tubo de ensaio;
 Pêra de borracha
 Cronómetro;
 Citrato de sódio 3,8% (P/V);

Equipamentos:
 Suporte de westergreen;
 EPI.
Técnica de Westergreen

Condições necessárias:
Bancadas planas;
Sem vibração;
Temperatura ambiente 15-25°C;
Pipetas Estéreis.

Amostra: Sangue venoso colhido com EDTA ou Citrato de sódio


em proporção adequada;
O exame deve ser feito até duas horas após a colheita.
Técnica de Westergreen
1. Pipetar num tubo de ensaio 0,4ml de citrato de sódio 3,8%;
2. Acrescentar com 1,6ml de sangue e misturar suavemente;
3. Aspirar a mistura com pipeta de westergreem, até a marca
“0”;
4. Confirmar que não haja bolhas de ar na pipeta;
5. Colocar pipeta no suporte de westergreen na posição vertical;
6. O suporte deve estar sobre uma superfície totalmente plana;
7. Ligar o cronómetro ;
8. Quando passar uma hora (1h), ler a altura da coluna de
plasma hora. A VS é expressa em mm/h, será a distância do
menisco até o topo da coluna de eritrócitos.
Técnica de Westergreen
Técnica de Westergreen
Valores de referência
Método de Wintrobe
Wintrobe-1935.
Utiliza-se um tubo de 100mm contendo oxalato como
anticoagulante;
Não requer diluição e é mais sensível para aumentos discretos da
VS;
Entretanto, em situações em que há acentuado aumento da VHS,
valores falsamente diminuídos podem ser obtidos.
Método de Wintrobe

Valores de referência

Homens Mulheres Crianças


0 a 9mm/h 0 a 20mm/h 0 a 13mm/h
Factores que influenciam a VS

1. Proteinas plasmáticas-influência:
 Densidade do plasma vs gravidade;
 Forma dos eritrócitos;
 Ocorrência de ‟rouleaux”;
 Coágulos.

2. Pipetas contaminadas;
3. Inclinação;
4. Vibração.
Velocidade de sedimentação

Outros Factores:
Idade;
Gravidez;
Temperatura;
Fármacos.
Aplicação Clínica

A grande variedade de doenças que alteram aVS em diferentes


níveis demonstra o quanto este exame é inespecífico.
Não se pode usar a VS no diagnóstico.
No caso de monitoria de evolução patológica as condições que
aumentam a VHS estão processos de diferentes causas, como
doenças malignas,infecções de qualquer natureza, doenças
inflamatórias, e várias outras.
Significado da VS

Factores da aceleração: Factores de atraso:


Terapêuticas com heparina; Icterícia simples;
Contraceptivos orais; Estados anafiláticos;
Gravidez;
Cancro;
Inflamação;
Toxicose;
Anemia grave
Doenças renal crónica.
Conclusão

Apesar de não ser indicada para a finalidade diagnóstica a varias


limitações, inespecificidade e baixa sensibilidade a VS é muito
solicitada na prática clínica e seu uso é útil para fins de monitoria
terapêutica. Sendo assim é importante o domínio das técnicas da
execução da VS por parte dos clínicos, incluindo as condições
que influenciam nos resultados obtidos.
Bibliografia geral

Oliveira,P,H.Hematologia Clinica.Rio de Janeiro-são


Paulo.Livraria Atheneu.1978.
Hoffbrand,V.Fundamentos em Hematologia.Porto
Alegre.Artmed.6°Ed.2013.
Zago M A, Falcão R P, Pasquini R.Tratado de Hematologia.São
Paulo.Editora Atheneu.2013.
Pela atenção dispensada

Muito Obrigado

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