Coleta de uma amostra de sangue é tão importante quanto a realização do exame
em si. Rejeição da amostra. Resultados não confiáveis. Exemplo – coágulo de fibrina Material utilizado: Garrote Algodão ou gaze Álcool 70% ou álcool iodado Seringas 1, 3 e 5 ml Agulha hipodérmica Anticoagulantes: EDTA (ácido etileno diamino tetracetico); tampa lilás: Sequestro de cálcio impedindo a coagulação sanguínea; Tamanho e coloração; 48h; Esfregaços; Bioquímica em plasma (NA: CL: CA:) Sem anticoagulante / ativador de coágulo: Sílica; tampa vermelha Ativador de coágulo + gel separador (tampa amarela) Fluoreto de sódio + EDTA (tampa cinza): Glicose Lactato Hemoglobina glicada Citrato de sódio (tampa azul): Hemograma Heparina (tampa verde): Impede a conversão da protrombina em trombina Enzimas antiplaquetárias Teste de coagulação 10 a 12 horas Custo Eritrócitos Leucócitos Principais locais para coleta de sangue: Pescoço - > veias jugulares Braços -> veias cefálicas Pernas -> veias safenas Preparo do paciente: Orientar o tutor para evitar erros Contenção Tricotomia Antissepsia local Jejum Endocrinopatias Passo a passo: 1) Conter o paciente de modo a não agitá-lo 2) Tricotomizar o local escolhido 3) Efetuar o garrote 4) Passar álcool (70% ou iodado) sobre o local escolhido) 5) Puncionar a veia (flebotomia propriamente dita) 6) Soltar o garrote 7) Retirar a agulha da veia 8) Armazenar o sangue no frasco escolhido e previamente identificado. Estima-se que aproximadamente 70% de todos os diagnósticos são feitos com base nos testes laboratoriais, cujos resultados são responsáveis por afetar a maioria das decisões quanto a admissão, à alta hospitalar e ao regime terapêutico dos pacientes. Resultados laboratoriais equivocados provocam condutas médicas errôneas, que podem ser catastróficas aos pacientes. Erros pré-analíticos: São erros que ocorrem na fase pré-analítica Correspondem a até 75% dos erros na medicina laboratorial Prescrição do exame, a redação do pedido, o preparo do paciente, os procedimentos de coleta da amostra, identificação, o acondicionamento, o transporte e o preparo da amostra biológica. Pedido ou interpretação inadequada da requisição médica; Orientação inadequada ao paciente; Tempo de jejum; Coleta inadequada; Estase venosa prolongada; Utilização de tubo de coleta inadequado; Incorreta proporção entre sangue e anticoagulante; Volume insuficiente de amostra; Identificação incorreta do paciente; Transporte e armazenamento inadequados. Impactos dos erros pré-analíticos: Segurança do paciente Carga de trabalho da equipe Custos para o laboratório Indicação pré-teste: Uso racional de exames Solicitação do exame e orientação: Letra ilegível Retardo ao cuidado do paciente Identificação do paciente: Tubos de coleta de amostra Nome do paciente; nº da ficha clínica; data; nome as clínica ou médico veterinário. Falta da idade; Falta de dados clínicos – histórico Falta de informação sobre medicamentos em uso Procedimento de coleta da amostra: Garrote; Volume da amostra; Excesso de EDTA – VG; VCM; hemácias Medicamentos x analitos: Ondansetrona Dipirona Glicocorticoides Vincristina Adrenalina, etc... Ordem dos tubos de coleta: Heparina? Cinza Vermelho Transporte e armazenamento: Exposição a extremos de temperatura, pressão e forças físicas durante o transporte Gasometria arterial Soro ou plasma -> 2 horas Amostra inadequada: Volumes insuficientes; Hemodiluição; Hemólise; Formação de microcoágulos Hemólise: Tubos permaneçam na posição vertical até a completa coagulação do sangue. Os fatores que aumentam o risco de hemólise incluem: Usar agulha de calibre muito pequeno (23 ou menos) ou muito grande para o vaso. Pressionar o êmbolo da seringa para forçar a entrada de sangue em um tubo, aumentando assim o cisalhamento das hemácias. Encher um tubo de maneira insuficiente, de tal modo que a razão anticoagulante/sangue seja maior que 1:9. Os fatores que aumentam o risco de hemólise incluem: Botar um tubo de maneira excessivamente vigorosa; Não esperar que o álcool ou desinfetante seque na pele; Transporte e armazenamento inadequado. É importante lembrar que em determinadas patologias, a amostra poderá estar com hemólise, em virtude de doença hemolítica, nesses casos. O laboratório pode optar por liberar os resultados com a informação sobre a presença da hemólise, para que o médico solicitante tenha ciência e interprete corretamente os resultados. Possíveis causas da hemólise in vivo: Hemólise extravascular; Deficiências de enzimas (deficiência de glicose 6P-desidrogenase, piruvato quinase); Hemoglobinopatias (talassemia, drepanocitose); Defeitos da membrana de eritrócitos (esferocitose hereditária); Infecção (Bartonella, Babesia, malária, Clostridium); Anemia hemolítica autoimune; Outros (hiperesplenismo, doença hepática); Hemólise intravascular; Danos mecânicos (válvula cardíaca, prostética, PTT, SUH, CID, HELLP); Reação por transfusão; Infecção; Hemoglobinúria paroxística noturna; Hemoglobinúria paroxística ao frio; *CID = coagulação intravascular disseminada; HELLP = hemólise, enzimas hepáticas elevadas e plaquetas baixas; PTT = púrpura trombocitopênica trombótica; SUH = síndrome hemolítico-urêmica). Jejum x lipemia: Quilomícrons Plasma turvo e leitoso -> leitura comprometida Alteração nos exames; Contagem de leucócitos, plaquetas, eritrócitos; Dosagem de hemoglobina Considerações finais: Seja melhor no que faz!
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.