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CONTROLE DE QUALIDADE

VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)

1. Nome
VHS

2. Sinonímia
Eritrossedimentação, hemossedimentação, velocidade de sedimentação globular e
velocidade de hemossedimentação dos eritrócitos

3. Metodologia
3.1 Método de Westergren
● Considerado o padrão ouro.
● O sangue deve ser coletado em um tubo com anticoagulante contendo citrato de sódio
a 3,8% (relação 4:1).
● As amostras colhidas para o VHS são homogeneizadas.
● Após isso, o tubo deve ser aberto e a parte inferior da pipeta de Westergreen deve ser
encaixada no tubo de coleta. A pressão exercida no interior do tubo fará com que o
sangue preencha a pipeta por capilaridade.
● A pipeta deve ser preenchida com a amostra até a marca zero e deixada em posição
vertical no suporte por 1 hora.
● A VHS é expressa em mm/h, que é a distância do menisco até o topo da coluna de
eritrócitos.
3.2 Fundamento do teste
A sedimentação dos eritrócitos depende da formação de rouleaux gerada pela agregação
dos eritrócitos ao longo de um mesmo eixo, o que leva a um aumento da densidade
promovendo uma sedimentação mais rápida.
A formação de rouleaux está relacionada à carga negativa dos eritrócitos que tentam se
repelir. Sendo assim, as macromoléculas plasmáticas, por possuírem cargas positivas,
neutralizam a carga da superfície eritrocitária, ocasionando maior agregação das
hemácias e a formação de rouleaux.

4. Principais aplicações clínicas


● A VHS é utilizada no diagnóstico de duas doenças, a polimialgia reumática (PR) e da
arterite temporal (AT).
● Resultados >100mm/h em pacientes com sinais/sintomas mal definidos pode ser
indicativo de paraproteinemias, câncer metastático, doenças inflamatórias do tecido
conjuntivo ou infecções graves, como endocardite bacteriana.
● Embora se demonstre alterado em pacientes com câncer, o exame não deve ser
utilizado como marcador para doenças malignas, pois a VHS está frequentemente
dentro do valor referência nestes pacientes.

5. Material ou Amostra do Paciente

Sangue Venoso total anticoagulado com EDTA

5.1 Preparação do paciente para a coleta da amostra

5.1.1 Fase Pré-analítica

 Preparo do paciente: Jejum de oito horas (exceto nos casos de urgência)


 Obtenção da amostra: Sangue venoso colhido em EDTA como anticoagulante,
através da punção venosa
5.1.2. Fase Analítica
 O material a ser utilizado deve está limpo
 Com a pipeta de Westergreen, utilizando pera de borracha, aspirar o sangue até a
marca 0
 Colocar a pipeta no suporte de modo a permanecer exatamente na posição
vertical
 Marcar o tempo 1 hora e deixar em repouso á temperatura ambiente
 Fazer a leitura em milímetros no nível da separação entre o plasma e as
hemácias
 Digitar o resultado no sistema

5.1.3. Fase pós analítica

 Valores de referências: Homens 4 a 10 mm; Mulheres: 4 a 12 mm


5.2. Armazenamento e estabilidade da amostra: realização do procedimento no menor
intervalo de tempo possível ( desejável até 4 horas após a coleta)

5.3. Critérios para rejeição da amostra


 Estase venosa prolongada
 Ocorrência de coágulos
 Anticoagulante incorreto
 Tempo prolongado entre a coleta e a execução

6. Padrões, Calibradores, Controles, Reagentes e Insumos

6.1 Reagentes (Padrões, Calibradores, Controles, Reagentes e Insumos) empregados na


ordem de uso.

 Não aplicável

6.2 Modo de preparo

6.2.2. O material a ser utilizado deve está limpo

 Utilize as normas de Biossegurança, conforme POP específico


 Colete o sangue em um tubo com anticoagulante (EDTA).
 Deve-se evitar apertar demasiadamente o garrote evitando a estase venosa,
podendo haver liberação de diversas proteínas para o plasma
 Homogeneize bem a amostra
 Com a pipeta de Westergreen, utilizando pera de borracha, aspirar o sangue até a
marca 0
 Colocar a pipeta no suporte de modo a permanecer exatamente na posição
vertical
 Marcar o tempo 1 hora e deixar em repouso á temperatura ambiente
 Fazer a leitura em milímetros no nível da separação entre o plasma e as
hemácias
 Digitar o resultado no sistema

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