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IMUNO-HEMOTERAPIA

Anunciação Ruivo1 Elisabete Pereira5


Virginia Teixeira2 Germana Pinheiro6
Fatima Lamas3 Sónia Moreira7
Teresa Campos4
(1)Chefe de Serviço de Imuno-Hemoterapia; (2)(3)(4)Assistente Hospitalar Graduada de
Imuno-Hemoterapia;(5)(6)(7) Enfermeiras do CHTS

Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE – 2019


Especialidade médica criada em Portugal em
1968, inicialmente designada por Hemoterapia
e desde 1981 com a designação actual.
Na sua essência está a responsabilidade de
obtenção de componentes sanguíneos ,
hemoderivados e tecidos e células cumprindo
criterios de qualidade estabelecidos pela EU.
Componente técnico-laboratorial e clínico,
envolvimento no diagnóstico e tratamento
interdisciplinar do doente.
Areas de intervenção
consulta externa e interna

 --consulta de doenças tromboembolicas


 --consulta de anticoagulação/antitrombóticos
 --tratamento diáteses hemorrágicas
 --consulta coagulopatias congénitas
 --consulta de seleção de dadores e area de
dádiva de produtos biológicos
Hospital de Dia

 -transfusão de componentes sanguineos


 -transfusão de hemoderivados- concentrados
de factores da coagulação ou outros produtos
derivados do sangue
 -flebotomias terapeutica
 -administração de agentes hematopoieticos-
ferro endovenoso e outros
 -tratamento de diateses hemorragicas
 -colheita de progenitores hematopoieticos
do sangue periférico para alo ou
autotransplante
 -plasmafereses terapeuticas programadas
Actividade laboratorial
 -hemostase-coagulação e estudos plaquetários
 -imunohematologia e citometria
 -hematologia
 -biologia molecular
 -separação de componentes e células quando
aplicável
 -controlo de qualidade
 -laboratório de criobiologia e criopreservação
 -laboratorio terapia celular
Actividade serviço urgência
 -terapêuticas de substituição com componentes
 -tratamento das situações hemorrágicas adquiridas
ou congénitas
 -consultas urgentes no âmbito de
imunohemoterapia
 -reversão urgente de terapêuticas
antitrombóticas/anticoagulantes
 -realização ou apoio à plasmaferese ou
leucafereses em doentes agudos
 Realização de ensaios laboratoriais
 SERVIÇOS DE SANGUE

 Sãoas estruturas ou organismos responsáveis


pela colheita e análise de sangue humano ou
componentes sanguíneos, qualquer que seja a
sua finalidade, bem como pelo seu
processamento, armazenamento e distribuição,
quando se destinam a transfusão.

 Nadefinição constante do nº anterior não se


incluem os serviços de Medicina Transfusional.
 DL nº 185 de 2015
 SERVIÇOS DE MEDICINA TRANSFUSIONAL

 Unidades hospitalares, que armazenam,


distribuem e disponibilizam sangue e seus
componentes, efetuam testes de compatibilidade
para utilização exclusiva do hospital e podem
incluir outras atividades de transfusão com
suporte hospitalar
 DL nº 185 de 2015
 Na União Europeia (EU)

 Dádiva de sangue
 Anónima
 Voluntária
 Não remunerada

 Dificuldade em responder às necessidades:


 Envelhecimento da população
 Medidas de precaução para salvaguardar os
receptores.
 Os registos transfusionais são mantidos em
arquivos durante 30 anos por determinação
legal.
 DL nº 185 de 2/9/2015
 Normas de qualidade e segurança relativas
ao sangue humano e aos componentes
sanguíneos
 Deveres das autoridades dos Estados-Membros
 Em matéria de licenciamento dos serviços de sangue,
os Estados-Membros devem garantir que as atividades
relacionadas com a colheita e análise do sangue
humano e dos componentes sanguíneos sejam
realizadas exclusivamente pelos serviços de sangue

 que tenham sido designados, autorizados, acreditados


ou licenciados pela autoridade competente para esse
fim.
 Legislação da UE
 Cadeia Transfusional

Blood Donor Patient


Responsabilidades
Responsabilidade Serviço de Sangue Responsabilidade Médica

Proteção do Dador Proteção do Receptor

Avaliação Clinica Avaliação Clínica

Análises Análises

Responsabilidade Dador
 Estratificação do risco

 Planeamento
 Identificaçãode riscos (análise e avaliação)
 Implementação de medidas de controlo
 Análise das medidas de controlo
 Melhoria das medidas de controlo
 Estratificação do risco

 Planeamento
 Recursos humanos
 Definição das autoridades e
responsabilidades – descrição de funções
 Programas de formação definidos
 Formação inicial e contínua/ eficácia
 Avaliação contínua de competências
 Manutenção dos registos da
formação/profissional
IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

Probabilidade de infeção
Reação adversa do dador Transmissão de infeção

População de risco Unidade errada / Doente


errado

Receptores

Risco do dador

Probabilidade de contaminação
Erro de etiquetagem

Riscos da colheita e
processamento
Processamento e
Risco da análise armazenamento

Erro de identificação

Fátima Nascimento – Polónia 2009


 HOMÓLOGA

 Seleção de dadores voluntários

 AUTÓLOGAS

 Autotransfusão – Dador e receptor são o mesmo


indivíduo
 Colheita de Sangue

Dádiva de sangue total

Aférese
 Concentrado de eritrócitos
 Concentrado de plaquetas
 Plasma
 Leucócitos
 Progenitores hematopoieticos
Componentes disponíveis

•Sangue total – não se utiliza


•Concentrado eritrócitos
•Desleucocitado
•Lavados
•Congelado, Desglicerolizado
•Plaquetas
•Plaquetaferese
•Concentrados plaquetários
•Granulócitos
Componentes disponíveis

•Plasma fresco congelado

•Crioprecipitado
 Processamento do sangue:
 Componentes sanguíneos - obtidos a partir do
sangue total, separado por centrifugação
 O pedido é efetuado na requisição de transfusão

 Hemoderivados – produtos e concentrados de fatores


da coagulação produzidos por processos industriais
 No Serviço de Imuno-Hemoterapia dispomos de:
 OCTAPLAS(Plasma Fresco Congelado inactivação pelo método
solvente/detergente), OCTAPLEX (complexo protrombínico),
Haemocomplettam (concentrado de fibrinogénio)
 O pedido é feito na requisição de hemoderivados
 Quais são os componentes obtidos do sangue?
 Concentrado de eritrócitos (validade de 21-45 dias,
armazenado em frigorífico entre 2 a 8ºC)

 Pool de Concentrado de plaquetas (validade de 5


dias a temperatura ambiente e em agitação
contínua)

 Concentrado de plaquetas de aférese (validade de 5


dias a temperatura ambiente e em agitação
contínua)

 Plasma (validade até 4 anos, armazenado congelado


a -18ºC)
Segurança Transfusional:

 Conjunto de medidas destinadas a reduzir


ou eliminar os riscos ligados à transfusão de
componentes sanguíneos e hemoderivados.
O que influencia a segurança na terapêutica transfusional

 Selecção Dador

 Execução correta dos testes necessários

 Processos de Inativação

 Boa Prática clínica

Qualidade em todos os passos!


 Quem precisa? Porquê?

 Que componente (s)?

 Quando?

 Quem prescreve?

 Como avaliar a resposta do doente?

 Como diagnosticar e tratar reacções adversas?


BOA PRÁTICA CLÍNICA

 Os doentes têm que beneficiar da terapêutica


transfusional

 Hátambém o risco da «não transfusão»,


quando tem indicação formal

 Deveser transfundido apenas o componente


necessário

 Conseguir com o “mínimo para obter o


máximo”
 O processo transfusional tem por objetivo o
uso ótimo do sangue.

1. Utilização segura – sem reações adversas


2. Clinicamente eficaz – com benefícios para o
doente
3. Eficiente – efetuada no momento exato que o
doente necessita (sem transfusões
desnecessárias)
 Decisão clínica – Prescrição
Sempre médica

 Avaliação risco/benefício da transfusão

 Explicar risco/benefício – alternativas

 Consentimento informado

 Avaliação da resposta à transfusão

 clínica e laboratorial – eficácia transfusional


 Decisão clínica – Médico Prescritor

 Decisão correta

 Doente correto

 Condições corretas

 Guidelines apropriadas

 Avaliação do resultado da transfusão


 Decisão clínica – consequências adversas:

1. Sobrecarga circulatória

2. Exposição a risco imunológico ou infeção

3. Ausência de consentimento/Reclamação
do doente

4. Inexistência de registos disponíveis para


defender qualquer processo médico-legal
 Volume: 220-280mL
 Armazenado entre 2 a 8ºC O2

 Validade de 21 a 45 dias
 Solução conservantes para preservar e impedir a
coagulação do sangue: CPDA-1 (ácido cítrico,
citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e
adenina) tem validade de 35 dias a partir da
colheita.
 Solução aditiva, SAG-M composto por soro
fisiológico, adenina, glicose e manitol, aumenta
a sobrevida e a possibilidade de armazenamento
das hemácias por até 42 dias em 4 ± 2°C
Anemia persistente sem tratamento conhecido
ou com tratamento pouco eficaz ou ineficaz.
 Associada com mais frequencia :
 Tumores sólidos e d. hematologicas malignas
 Mielodisplasias
 D. gastrointestinais
 Anemia das doenças cronicas
 Má nutrição
 Tratamento de quimio e radioterapia
Nas anemias por deficit ferro, ácido
fólico, vitamina B12 ou eritropoietina
deve ser considerada sempre a
suplementação préviamente à
transfusão de CE.
Tolerância à anemia crónica é afectada por:

 Doença cardíaca
 Doença pulmunar
 Insuficiência renal
 Diabetes
Sinais e sintomas de descompensação:

 Alteração do estado de consciência


 Diminuição amplitude pulsos periféricos
 Falencia cardíaca congestiva
 Hepatomegalia
 Má perfusão periférica(reperfusão
capilar>2s)
Factores que afectam necessidades
transfusionais
 Hemolise
 Tratamento quimo/radioterapia
 Gravidez/parto
 Intervenções cirurgicas
 Infeção e sepsis
 Estratégiade tratamento transfusional em
doentes hemodinamicamente estáveis e sem
sintomas directamente relacionáveis com a
anemia recomenda-se uma estratégia
restritiva mantendo valores de hemoglobina
de 7-8 gr/dl.
 Nodoente com doença cardiovascular prévia
é também recomendada uma estratégia
transfusional restritiva , transfundindo
mediante sintomas ou valores de
hemoglobina < 8 gr/dl.
 AVALIAR EFEITO TRANSFUSIONAL
subida de 1 gr/ dl de hemoglobina por
transfusão de 1 CE

Se inferior ao esperado:
 Perdas ocultas
 Febre
 Hiperesplenismo
 Hemólise persistente ( imune, mecânica)
 NÃO SE PRETENDE NORMALIZAR VALOR DA
HEMOGLOBINA
 POLITICA RESTRITIVA
 O MOTIVO DA TRANSFUSÃO DEVE SER
REGISTADA NO DIÁRIO CLÍNICO
 A EFICÁCIA DA TRANSFUSÃO DEVE SER
REGISTADA EM DIÁRIO CLÍNICO
 CONSENTIMENTO INFORMADO
 Anemia aguda hipovolémica por hemorragia
aguda

PRIORIDADE: REPOSIÇÃO DE VOLUME COM


CRISTALÓIDES OU COLÓIDES

Mecanismos compensatórios. Taquicardia,


polipneia, palidez cutanea, diminuição débito
urinário e alteração do estado de consciência.
A indicação de transfundir deve ser baseada no
volume de sangue perdido
Perda até 15% de volemia sem necessidade
transfusional a não ser que haja anemia prévia
ou quando o paciente for incapaz de
compensar a perda por doença cardíaca ou
respiratória.
Perda de 15 a 30 % da volemia a necessidade
de transfundir é pouco provável a não ser que
o paciente tenha uma doença pré existente
com diminuição da reserva cardio respiratória
ou perda sanguínea contínua.
Perda de 30 a 40% da volemia a transfusão de
eritrócitos está indicada tendo em linha de
conta os seguintes parametros:
Hipotensão
Frequência cardíaca > 120 bpm
Frequência respiratória>30 cpm
Preenchimento capilar lento com pele pálida
Débito urinário< 20 ml/h
Estado mental: ansiedade/confusão
Perda de 40%ou mais de volémia implica
rápida reposição de volume, que inclui a
transfusão de eritrócitos, tendo em conta os
seguintes parâmetros de gravidade.
Hipotensão grave
Frequência cardíaca > 140 bpm
Frequência rtespiratória > 35 cpm
Preenchimento capilar indetéctavel
Débito urinário< 10 ml/m
Estado mental: sonolento ou inconsciente
Anemia aguda normovolémica
Os individuos adultos saudáveis assintomáticos
sem patologia associada toleram bem nivéis de
hemoglobina de 7-8 gr/dl
A transfusão de eritrócitos está geralmente
indicada para valores de hemoglobina < 7
gr/dl.
NA HEMORRAGIA, NÃO SE PERDE SÓMENTE
GLOBULOS RUBROS MAS TAMBÉM PLAQUETAS E
CONSTITUINTES DO PLASMA INCLUINDO
FACTORES DE COAGULAÇÃO.
 Obtidos de Sangue total:
9
Individuais – 60X10 em 50~70ml de plasma
9
Pool – 4-6 buffy-coat – 250-300 x 10 em 250-300
mL de plasma ou solução de conservação.

 Plaquetaferese:
 Características semelhantes ao pool colhido de um
único dador por técnica de aferése.

 Armazenadas à temperatura ambiente (20-24ºC)


em agitação contínua com validade de 5 dias.
Os concentrados de plaquetas são
utilizados para prevenir e/ou tratar
hemorragias em pacientes com
defeitos quantitativos e/ou
qualitativos das plaquetas
Transfusão profilactica :
Se valor plaquetário <5-10000x10 9/L sem qq tipo
de sintomatologia associada , em função do risco
hemorrágico do doente
Se valor plaquetário <10-20000 e febre de
qualquer etiologia, sepsis em função do risco
hemorrágico do doente
Se valor plaquetária <20-50000 em casos de
colocação de CVC, procedimentos
gastroenterologicos,( endoscopias, CPRE…) em
função do risco hemorrágico do doente
´
Se valor plaquetário <50,000 em casos de
determinados procedimentos invasivos: punção
lombar, toracocentese, broncofibroscopia,
anestesia epidural, laparotomia, traqueostomia
percutanea, biopsia hepática, polipectomia
gastrica ou cólica
Se valor plaquetário < 50,000 nos casos de
intervenção por cirurgia geral ou cardiotoraxica
Se valor plaquetário < 80-100,000 nos casos de
intervenções por Oftalmologia, neurocirurgia
Transfusão terapêutica:
Hemorragia activa grave e contagem plaquetas<
50,000
Disfunção plaquetária grave e hemorragia que
condicione risco vida
Pós operatório de C.Cardiotoráxica com
hemorragia activa e contagem plaquetário <
50,000ou hemorragia difusa independentemente
da contagem.
A transfusão de concentrado de plaquetas está
contraindicado em:

 Purpura trombocitopénica trombótica,


excepto hemorragia em risco de vida.
 Trombocitopenia induzida pela heparina
 Trombocitopenia imune excepto hemorragia
em risco de vida
Para avaliar o resultado pode
realizar-se contagem de plaquetas
60 minutos e 24 horas após a
transfusão.
A transfusão de 1 CPP deve elevar a
contagem 40 x109/l
 Plasma Total Fresco Congelado (PTFC)
FI
 Obtidos de Sangue total:
 Volume – 200ml de plasma

 Armazenamento:
 Temperatura < - 18ºC (verificar prazo de validade)

 Após descongelamento:
 8h se a 4ºC
 4h se a temperatura ambiente.
São indicações para transfusão de plasma:
Hemorragia devida a deficiência múltipla de
factores, incluindo doença hepática,
coagulação intravascular disseminada, trauma,
transfusão maciça, hemorragia microvascular
com elevação tempos de coagulação
Tratamento PTT ou outros sindromes de
microangiopatia trombótica, nomeadamente
sindromes hemolitico-urémico e HELLP
hemorragia associada a terapeutica
trombolítica
Reposição de factores na ausencia de
concentrados específicos e situação clinica
grave
 O Serviço de Imuno-Hemoterapia - SIH(Serviço
de Medicina Transfusional)é responsável:
 Dar rápida resposta aos pedidos urgentes
 Verificaro que foi requisitado e realizar os testes pré-
transfusionais
 Avaliara compatibilidade imunológica entre dador e
receptor
 Selecionar o componente sanguíneo adequado a cada
situação clínica
 Entregare manusear de forma segura os componentes
sanguíneos
 Gerir o stock
 Interagir com os Serviços de Sangue
O sistema ABO é o mais importante em
Imuno-hematologia devido a sua
imunogenicidade.

A produção de anticorpos Anti-A e anti-B


inicia-se poucos meses após o nascimento
(contato com antigénios A-like e B-like)
 Frequência grupos sanguineos

O Rh pos 37%
O Rh neg 8%
A pos 33%
A Rh neg 7%
B Rh pos 9%
B Rh neg 2%
AB Rh pos 3%
AB Rh neg 1%
 Outros sistemas de grupos sanguíneos
É necessário haver imunização prévia (transfusão
ou gravidez) para produção de anticorpos
irregulares
 São capazes de provocar uma reação
transfusional quando transfundido CE em doentes
previamente imunizados
 Variamna sua capacidade de originar uma reação
transfusional
O sistema Rh , logo após o sistema ABO, é o mais
importante, na pratica transfusional
 Sistema Rh
 Localiza-se no cromossoma 1
 5 antigénios: D Cc Ee
 d é ausência do D
 D é o antigénio com maior importância a seguir
aos antigénios A e B
 Imunogenicidade:
 D
 Cw
 E
 c
 Rh – Importância
 Eritrócitos com antigénio Rh D são „RhD-
positivo‟
 Doentes RhD-positivo podem receber qualquer
tipo de sangue do sistema RhD
 Doentes RhD-negativo podem ocasionalmente
receber sangue RhD-positivo
 Pessoas RhD-negativo podem fazer anti-D se
expostos a células RhD positivo por transfusão
ou gravidez
Mulheres com potencial reprodutivo RhD-negativo nunca
devem ser transfundidas com sangue RhD-positivo
 Testes Laboratoriais pré-transfusionais
efetuados no S. de Medicina Transfusional (SIH) para
transfusão de CE (aprox. 30 minutos):

 Grupo ABO (prova celular e prova serológica)


 Grupo Rh
 Pesquisa de Anticorpos Irregulares no plasma do
receptor (P.Coombs Indireta ), se detetados:
 Identificação dos anticorpos irregulares
 Confirmação do grupo sanguíneo da unidade de CE a
transfundir
 Provas de compatibilidade
 (glóbulos rubros do Dador/plasma do Receptor)
 Quando a decisão clínica leva ao pedido de
unidade de CE emergente:

É obrigatório o contato telefónico com


o Serviço de Medicina Transfusional.
 Quando solicitado SANGUE EMERGENTE:

 NÃO são realizados os testes pré-transfusionais

É selecionado uma unidade de CE do grupo O Rh


negativo

É confirmado o grupo da unidade de CE a enviar

 NÃO SÃO EFETUADAS PROVAS DE COMPATIBILIDADE


antes do envio da unidade de CE.
 É obrigatório colher uma amostra de sangue ANTES de
iniciar a transfusão da unidade de CE Emergente, para:

 Realizaros testes pré-transfusionais enquanto é


enviada a unidade de CE emergente:
 Determinação do grupo sanguíneo do doente
 Pesquisa e identificação de possíveis anticorpos irregulares que
possam levar a uma reação transfusional
 Compatibilização com a unidade de CE enviada (o SIH conserva um
segmento da unidade enviada para este efeito)

 Assegurar a continuidade do processo transfusional do


doente.
 Com unidades de CE isogrupais e compatibilizadas
 Transfusão de Concentrados de Plaquetas
 Pool( 4-6 dadores) e CUP(1 dador por aférese)

 Testes pré-transfusionais:
 Grupo sanguíneo ABO/Rh
 Não são efetuadas provas de compatibilidade
 ABO isogrupais (excepção quando não houver disponibilidade)

 Não podem ficar em repouso antes de serem administradas ao


doente (inativação)

 Não podem ser colocadas no frigorífico

 Mesmos procedimentos descritos para identificação positiva e


monitorização do receptor
 Plasma Fresco Congelado

 Hemoderivado

 Origem comercial (processo de inativação viral)

 Requisição na folha de hemoderivados

 Testes pré-transfusionais:
 Determinação do grupo sanguíneo ABO/Rh
 Não são efetuadas provas de compatibilidade

 Mesmos procedimentos descritos para identificação


positiva e monitorização do receptor
 hemoderivados:

 Complexo Protrombínico
 Concentrado de Fibrinogénio
 Concentrado de F VIII
 Concentrado de FIX
 Concentrado de F VII
 Concentrado de FvW
 AT-III
REQUISIÇÃO

DE

TRANSFUSÃO
Requisição de
Componentes Sanguíneos
Mod. 122-A

Concentrado de eritrócitos

Concentrado de Plaquetas
Requisição de Componentes Sanguíneos
Mod. 122-A
(verso)
 REQUISIÇÃO DE COMPONENTES SANGUÍNEOS:
Mod. 122-A

 Autocolante do doente com:


 Identificação completa
 Data de nascimento
 Nº episódio
 Nº processo

 Componente/ nº unidades
 Caráter :
(urgente /emergente/ reserva/ logo que possível)
 Diagnóstico
 Valor de hemoglobina, contagem plaquetária.
 Tipo de cirurgia (não é suficiente “pré-operatório” – poderá ser
rejeitado o pedido)
 Data da cirurgia
 REQUISIÇÃO Mod. 122-A:
 Médico:
 Nome legível
 Nº OM/Nº Mec.
 Data e hora
 Contacto

 Flebotomista
campo “A preencher por Enfermagem”
 Nome legível
 Rúbrica
 Nº Mecanográfico
 Data e hora
Componente sanguíneo / nº unidades;

Caráter (urgente/emergente/reserva/logo que possível);

Diagnóstico;

Valor de hemoglobina real (quando aplicável);

Tipo de cirurgia (não é suficiente “pré-operatório” –


poderá ser rejeitado o pedido);

Data da cirurgia.
 Consideram-se dados de identificação fidedigna
do utente:
a) Nome completo (o primeiro e último nome – DGS);
b) A data de nascimento;
c) O número único de processo clínico na
instituição.

Não se consideram dados de indentificação


fidedignos o número do quarto ou da cama de
um utente internado.
(Norma da DGS 018/2011, pág.1)
 REQUISIÇÃO Mod. 122-A:
 Profissional do Serviço de Imuno-Hemoterapia

 Verificação do preenchimento correto da requisição

 Compatibilidade da identificação da requisição com a


identificação da amostra.

O PEDIDO DEVE SER RECUSADO SE NÃO ESTIVER

CORRETAMENTE PREENCHIDO
 REQUISIÇÃO Mod. 122-A:
 Profissional do Serviço de Imuno-Hemoterapia

 Se houver discrepância entre identificação na requisição e


na amostra:
 Rejeitar a amostra
 Devolver o pedido
 Informar o serviço que fez o pedido do erro e motivo de
devolução
 Informar o departamento de gestão de risco hospitalar

A AMOSTRA NUNCA DEVE SER DEVOLVIDA COM A


REQUISIÇÃO
 REQUISIÇÃO Mod. 122-A (verso):

 Profissional do Serviço de Imuno-Hemoterapia:

 Realiza e regista as provas imuno-hematológicas

 Cola etiqueta de identificação

 Nome legível

 Rúbrica

 Nº Mecanográfico

 Data e hora

 Registo dos componentes


sanguineos

 Envio

 Devolução
 Requisição para Hemoderivados:

 Plasma Fresco Congelado

 Fibrinogénio

 Complexo Protrombínico
 Requisição de Hemoderivados:
(verso)

 Plasma Total Fresco Congelado

 Fibrinogénio

 Complexo Protrombínico
FOLHA DE HEMOVIGILÂNCIA

Mod. 122-B

I. Serviço de Imuno-Hemoterapia

II. Enfermagem

III. Reação transfusional

IV. Erros e Quase-Erros


FOLHA DE
HEMOVIGILÂNCIA

Mod. 122-B (verso)

I. Recomendações de infusão

II. Procedimentos no caso de


reação transfusional

III. Tipos de erro/quase erro


 A transfusão incorreta tem sido documentada
pelos programas de hemovigilância, como o
maior risco transfusional da atualidade;

 Efetivamente o erro humano pode ocorrer:


a) na fase da identificação do utente/amostra;
b) na decisão de transfundir ou;
c) na identificação do utente/componente no
momento da administração da transfusão.

(Norma da DGS 038/2012, pág.7)


 A falta de critérios consensuais para a
administração de componentes sanguíneos tem
implicações em termos de segurança;

 Um dos grandes contributos para o aumento da


segurança transfusional é uma prática clínica
correta.

(Norma da DGS 038/2012, pág.7)


REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
 São eventos adversos indesejáveis e
inesperados, imunológicamente mediados
(ex:incompatibilidade ABO), ou não
imunológicamente mediados
(ex:transmissão de infeção), que podem
ocorrer durante ou até 24 horas após o
início de uma transfusão sanguínea
 Os procedimentos e normas de atuação do
SIH em toda a cadeia transfusional são
concebidos para reduzir os riscos de
complicações potencialmente atribuíveis á
terapêutica transfusional

 A maioria das reações transfusionais são


devidas a erro humano na colheita da
amostra ou administração de componentes
(colheita no utente errado/administração no
utente errado)
Fase do processo
N %
Na colheita e identificação da amostra 119 55,87

Na requisição 43 20,19
Na requisição; Na colheita e identificação da 17 7,98
amostra
No laboratório de estudos pré transfusionais 16 7,51

Na administração da transfusão 7 3,29

Na decisão de transfundir 6 2,82

Não definido 4 1,88

Na decisão de transfundir; Na requisição 1 0,47

213
 As reações transfusionais graves podem levar
á morte do indivíduo. Como qualquer outra
intervenção terapêutica do foro médico, a
terapêutica transfusional acarreta vários
riscos
 Papel do Enfermeiro é fundamental para a
deteção precoce de qualquer reação
transfusional imediata sendo decisivo para o
desfecho da situação clinica.
 As reações de maior gravidade ocorrem no
início da transfusão, são reações adversas
imediatas ás quais estão ligados as principais
reações transfusionais fatais

 A administração de componentes sanguíneos


deve ser feita a um ritmo lento nos primeiros
15 minutos.
 Assegurar que o componente sanguíneo está
a ser administrado por acesso venoso de
calibre adequado

 Assegurar que cada componente sanguíneo


não demora mais do que o timing estipulado
a ser transfundido

 Assegurar que não é administrado/adicionado


qualquer fármaco ou fluido ao componente
sanguineo
 Não aquecer o sangue por risco de hemólise

 Vigilância apertada nos primeiros 15 minutos


de transfusão

 Manter vigilância periódica aquando


transfusão e pelo menos até 1 hora após o
seu término
 Todos os doentes devem ser transfundidos em
áreas clínicas onde possam ser diretamente
observados.

 Onde exista equipamento e pessoal treinado


para intervenção de emergência.
 REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Agudas
Tardias

 Que podem ser imunológicas ou não imunológicas,


hemolíticas ou não hemolíticas
 Reação Transfusional Aguda:

 Sinais e sintomas que ocorrem até 24h a


partir do início da transfusão de
componentes sanguíneos.

 definição proposta pela International Haemovigilance Network (IHN) and


International Society for Blood Transfusion (ISBT), UK Serious Hazards of

Transfusion group (SHOT).


Reações imunologicamente Reações não imunologicamente
mediadas mediadas

Reação Hemolitica Aguda Lesão Pulmunar associada

Reação Febril não Hemolitica Bacteriémia

Reação Alérgica Sobrecarga Circulatória

Reação Anafilática
 Reação Hemolítica Aguda

 A mais rara mas de maior severidade


 Pode ocorrer ao fim de 5-15 ml
administrados
 Febre e arrepios
 Dor torácica, abdominal e lombar
 Dor no local de punção
 Sensação de ansiedade
 Hipotensão
 Choque
 Insuficiência renal
 Hemoglubinuria
 Hemorragias
 A mais frequente
 Subida pelo menos de 1 grau em relação ao
valor pré-transfusional
 Com ou sem arrepios
 Mal estar geral, nauseas e vómitos
 Pode ocorrer aquando a transfusão e até 1
hora após
 Interrompe-se a transfusão, após
administração de antipirético e revertida
subida de T.ax, retoma-se transfusão de
componente sanguineo com vigilância
apertada
 Eritema difuso ou em pápulas
 Prurido, urticária
 Surge habitualmente no decorrer da
transfusão
 Após administração de anti-histaminico (EV
ou IM), se reverter retomar transfusão de
componente sanguineo com vigilância
apertada
 Rara
 Ocorre após pequeno volume transfundido ou
até uma hora após o término
 Tosse
 Broncospasmo, dispneia
 Falência respiratória
 Urticária, prurido, angioedema
 Nauseas, cólicas abdominais, diarreia e
vómitos
 Arritmias
 Instabilidade hemodinámica
 Choque – coma – morte

 CARRO DE EMERGÊNCIA DE FÁCIL/RÁPIDO


ACESSO (adrenalina, corticoide, salbutamol,
anti-histaminico...)
 TRALI
 Não é proporcional / consequência do
volume transfundido
 2 a 4 horas após o início da transfusão
 Dispneia, cianose, febre, arrepios,
hipotensão
 Contaminação bacteriana- sépsis (induzida
pela transfusão de componentes
contaminados)
 Febre elevada, pode ser superior a 40ºC
 Arrepios, tremores intensos
 Hipotensão severa
 Taquicardia
 Alteração do estado de consciência
 Hemoglubinúria
 Choque
 EAP (tratamento apropriado)

 Diurético antes, durante e/ou após tansfusão


nos doentes de risco

 Tranfundir lentamente em doentes de risco


(máximo 4 horas)

 Quando e se quadro revertido retomar


transfusão com vigilância apertada
 Ansiedade, agitação, sensação indefenida de
mal estar
 Febre com ou sem arrepios
 Arrefios com ou sem febre
 Tremores
 Alteração súbita do perfil tensional (hipo ou
hipertensão)
 Dor torácica, abdominal e lombar
 Dor no local de perfusão
 Dispneia, taquipneia, cianose
 Broncospasmo, edema da glote
 Eritema, prurido, urticártia e edemas
localizados ou generalizados
 Diarreia, nauseas e vómitos
 Choque
 Alteração da coloração da urina
(hemoglobinúria)

 SINAIS E SINTOMAS POTENCIALMENTE


ASSOCIADOS A REAÇÃO TRANSFUSIONAL
 Suspender imediatamente a perfusão do
componente sanguineo – Minimizar risco
 Enfermeiro deve contactar o médico
responsável
 Manter acesso venoso permeável com
Cloreto sódio isotónico 0,9% - Facilitar a
imediata administração de medicação
 Verificar conformidade produto/doente –
Assegurar que não houve troca
 Avaliar TA, Fc, T.ax e Fr
 Administrar tratamento prescrito especifico
para cada tipo de reação transfusional –
Eliminar sinais e sintomas
 Notificar o serviço SIH e seguir os
procedimentos descritos no verso da folha
(MOD. 122 – B)
 Enviar o saco do componente ao SIH
juntamente com as devidas colheitas
 No final tem de ser entregue ao médico
 Tipo de componente sanguineo em transfusão

 Datae hora do início dos sinais e sintomas


potencialmente atribuíveis a reação transfusional

 Volume administrado

 Atitudes tomadas

 Terapêutica administrada

 Nome e mec. Enfermeiro (se registo em papel)


 Independentemente da gravidade todas as
reações transfusionais têm de ser
declaradas/ relatadas ao serviço SIH e
registadas no devido local

 Todas as reações transfusionais são registadas


num sistema Nacional de Hemovigilância,
este registo é responsabilidade do SIH
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
TARDIAS
 Reações transfusionais hemolíticas tardias

1.Reacção hemolítica tardia (Delayed Hemolytic


TransfusionReaction - DHTR)

2.Reacção serológica tardia (Delayed Serologic


Transfusion Reaction - DSTR)
 Reação Hemolítica Tardia (DHTR)

 Sinaisclínicos ou biológicos de hemólise,


normalmente entre as 24h e os 28 dias após uma
transfusão

 São similares a AHTR


 Menos severos
 Normalmente de origem imuno-hematológica
 Reação Serológica Transfusional Tardia
(DSTR)

 Aloimunização:

 Deteção de anticorpos anti-eritrocitários clinicamente


significativos e que não existiam previamente

 sem sinais clínicos ou laboratoriais de hemólise

 importância em transfusões futuras e gravidez


A TA-GVHD é um síndrome clínico
caracterizado por:

 Febre
 Exantema
 Disfunção hepática
 Diarreia
 Pancitopenia
 Achados histológicos característicos em biópsia

 ocorrendo1-6 semanas após transfusão, sem


outra causa aparente.
A TA-GVHD - causas:

 Reação aos leucócitos do dador

 Mais frequente em indivíduos imunodeprimidos

 Nos indivíduos imunocompetentes pode ocorrer :


Dador homozigoto para haplotipo HLA para o qual o
receptor é heterozigoto
Se o componente contem muitos linfócitos T

 Frequentemente fatal
Púrpura pós-transfusional (PPT)

A PPT é caracterizada por trombocitopenia


ocorrendo 5 a 12 dias após transfusão de
componentes sanguíneos celulares, com
achado de anticorpos no paciente dirigidos
contra os Sistema de Antigénios Plaquetários
Humanos (HPA Pl A1).
Outras Reacções transfusionais

1. Hemosiderose
 nível de ferritina sanguínea superior ou igual a 1000
microgramas / L com ou sem disfunção orgânica no
contexto de transfusões repetidas de concentrados
eritrocitários.

2.Hipercaliemia
Qualquer nível de potássio anormalmente elevado
(> 1,5 mml /≥5 mml / l, ou aumento líquido) até uma
hora após a transfusão pode ser uma hipercaliemia
associada transfusão.
HEMOVIGILÂNCIA
Hemovigilância:

Contribui para a melhoria do


sistema de qualidade
transfusional
 Hemovigilância
é um sistema organizado para:

 Observar,
registar, analizar e reportar, quando
algo de mal corre na cadeia transfusional

 Usaros conhecimentos e experiência adquirida


para corrigir os erros e evitar a sua repetição
Hemovigilância
 Deveser assegurada a rastreabilidade do sangue
e dos componentes sanguíneos desde o dador
até ao receptor e vice-versa. DL nº 267 de
24/7/2007

 Idênticonível de rastreabilidade deve ser


garantido no que respeita a sangue e
componentes sanguíneos importados de países
terceiros. DL nº 267 de 24/7/2007
 Hemovigilância - Objetivo:
 "Implementar procedimentos de vigilância organizados
que permitam avaliar informações sobre reações ou
incidentes adversos ou inesperados", encontra-se o
IPST,IP em estreita colaboração com a DGS, através da
partilha de informação. Para cumprimento da alínea f) do
artigo 10º, do Decreto-Regulamentar n.º67/2007 de 29 de Maio

 Articula, ainda, o IPST, IP com a European


Haemovigilance Network (EHN) com o objetivo de
promover a Hemovigilância a nível internacional
 REGISTO DE HEMOVIGILÂNCIA:
 “A PREENCHER POR ENFERMAGEM”
 Quem recebe
 Quem aplica a transfusão
 Monitorização

 Em caso de Reação Transfusional:


 Preencher obrigatoriamente:
 campo de enfermagem
 campo médico
 REGISTO
DE
HEMOVIGILÂNCIA:

 Em caso de Reação
Transfusional:

 Cumprir as instruções do verso


da folha

 Procedimentos

 Colheitas

 Envios

 Registos
 Erro:

 Desvio a um procedimento padrão ou a uma


política, que não é identificada antes do início
da transfusão e que pode dar origem a uma
transfusão errada ou a um evento adverso no
receptor.
 Um quase-erro:

 Desvio a um procedimento padrão ou a uma


política, que é identificada antes do início da
transfusão e que poderia dar origem a uma
transfusão errada ou a um evento adverso no
receptor.
 Evento adverso:
 é uma ocorrência indesejável e não pretendida
antes, durante ou após a transfusão de
componentes sanguíneos a qual pode estar
relacionada com a administração de
componentes sanguíneos pode ser o resultado de
um erro ou de um quase-erro e pode ou não
resultar numa reação no receptor.
Assim os erros:

 transfusionais e desvios aos procedimentos


de operação padronizados (SOP) ou às
políticas do hospital:

 podem levar a transfusões erradas.

 Pode dar origem a uma reação


adversa fatal.
 Causas de erro associadas a reações transfusionais

 Erro de identificação do doente


 Erro de identificação da amostra
 Erro de execução técnica
 Erro de registo de resultados
 Erro na libertação de componentes
 Erro na administração
 Erro de armazenamento
 Erros transfusionais nas enfermarias

 Mais frequentes:

 Transfusão de componente incorreto

 Falha da identificação do doente à cabeceira


 Hemovigilância em Portugal:
 Devem se reportados todas as reações adversas,
erros, quase-erros e eventos adversos atribuíveis
à transfusão, qualquer que seja a sua origem, de
modo a traçar-se o perfil da transfusão em
território nacional, dando-se assim cumprimento
aos registos
 Existe um site www.hemmovigilancia.net/ para
registo
 Para além da notificação ao sistema de
Hemovigilância , os Serviços de Medicina
Transfusional devem notificar os Serviços de
Sangue, sempre que uma reação ou evento
adverso sejam causados pela qualidade do
componente distribuido
 Problemas nas enfermarias:

 Falta de enfermeiros

 Dependência dos doentes

 Transfusões durante a noite

 Altos níveis de stress


 Incidência real das reações transfusionais está
subvalorizada:

 Pela não referenciação ao S. de Imuno-Hemoterapia

 Maioria
dos sistemas de hemovigilância têm apenas
reportadas as reações transfusionais mais graves

A comunicação ao Sistema Nacional de Hemovigilância


nem sempre é cumprida.

A introdução de novos processos ,como


leucodepleção, alterou a taxa de reação transfusional
ao longo do tempo.
 PARA UMA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA SEGURA E EFICAZ:
 Prescrição correta (doente/componente)

 Cumprimento correto das normas e procedimentos de identificação do


receptor, colheita da amostra

 Verificação de conformidade –dados da requisição/dados da amostra SIH

 Realização dos testes pré-transfusionais necessários - SIH

 Seleção do produto sanguíneo correto a administrar – SIH

 Cumprimento correto das normas e procedimentos da administração do


produto a transfundir

 Cumprimento correto da monitorização do receptor

 Deteção/notificação atempada de uma reação transfusional

 Pessoal treinado e formado

 Disponibilidade de material para reanimação


 Decreto Lei 185 de 2/9/2015
 Imunohematology, Principles and practice – Third Edition, Eva D. Quinley, 2011,
cap14, pp. 233- 251
 Guia para a administração de componentes sanguíneos, IPS-CRS Porto, Salomé Maia,
2009.
 Proposta de definições padronizadas para a vigilância de reacções transfusionais não
infecciosas. Disponível em:
http://www.hemovigilancia.net/docs/portuguese_ISBT_definitions_jan_2007.pdf
 Manual de normas de enfermagem. Procedimentos técnicos, Hemoterapia (2011)
ACSS, pp. 229-234.
 Manual para uso óptimo do sangue (2010). Disponível em: http://www.asst.min-
saude.pt/SiteCollectionDocuments/ManualUsoOptimoSangue.pdf
 Normas da DGS 010/2012, 038/2012009/2012, disponiveis infonet
 1-d)  11-d)
 2-a)  12-d)
 3-a)  13-d)
 4-e)  14-b)
 5-d)  15-a)
 6-d)  16-d)
 7-a)  17-d)
 8-b)  18-f)
 9-e)  19-d)
 10-c)  20-c)

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