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FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II (Filomena)

INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE → IACS

− IACS e RAM (resistências aos antimicrobianos) → Problema de saúde pública →


Aumenta Morbilidade e Mortalidade
− Afeta qualidade da prestação de cuidados, qualidade de vida e segurança dos doentes
e profissionais → Aumenta exponencialmente custos diretos e indiretos do sistema de
saúde

Devido ao aumento de …

− Esperança de vida
− Tecnologias em saúde cada vez mais avançadas e invasivas
− Nº doentes em terapêutica imunodepressora

Fatores que contribuem para IACS

− Hospedeiros mais suscetíveis à infeção → Idosos e com elevados índices de


comorbidade
− Emergência de agentes multirresistentes aos antimicrobianos
− Elevada complexidade de cuidados prestados que acontecem em UCI com recursos a
técnicas e dispositivos invasivos
− Infraestruturas, Recursos humanos, matéria e processos organizacionais que dificultam
controlo das infeções nos vários cenários de prestação de cuidados
− Maior circulação de doentes entre os diferentes níveis de cuidados → UCC e Unidades
Hospitalares

A origem das IACS é multifatorial, podendo começar em hospitais de agudos, na


comunidade, nas unidades de cuidados continuados, no ambulatório ou ainda terem origem
desconhecida…

O risco de adquirir uma IACS é universal, ocorre em todas as instituições onde se prestam
cuidados de saúde e em qualquer parte do mundo…

Definição IACS

Infeção Hospitalar (IH)

− Hospital durante internamento ou Infeção Nosocomial (IN)


já após alta
− Infeção adquirida no meio
− Doença com relação direta com
hospitalar → Exceto Ambulatório
internamento ou determinados
procedimentos que a tenha sido
sujeito

Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS)

− Infeção Iatrogénica → Consequência indesejada da prestação de cuidados de saúde


− Todas as unidades prestadoras de cuidados → Comunidade, Centros de Saúde (UCSP),
Lares, UCCI, Meio Hospitalar (UCD), Serviços de Enfermagem, Ambulatório
− Articulação entre as diversas unidades de saúde → Risco de infeção cruzada
− Segundo a DGS é uma Infeção adquirida pelos doentes em consequências dos cuidados
e procedimentos de saúde prestados → Afeta profissionais saúde durante exercício da
sua atividade (DGS)

IACS → Epidemia Silenciosa (OMS)

• A taxa de prevalência de infeção ronda os 8% - 9%


• Aumento da demora média global em 3,1 - 4,5 dias
• Prolongamento da demora Hospitalar entre 9,5 - 13,4 dias
• Aumentam a morbi-mortalidade (40% - 44%)
• Diminuem a eficiência dos profissionais
• Uso ineficiente dos recursos humanos e materiais
• Aumento substancial de custos e, não apenas de ordem económica
• Representam um risco para os trabalhadores de saúde
• Afetam a qualidade de vida dos doentes e suas famílias
• Afetam a produtividade dos doentes atingidos pelas IACS

A IACS é vista como uma das principais ameaças à segurança do doente e à qualidade dos
cuidados e emergem assim como, uma verdadeira ameaça de saúde pública à escala global,
pela sua dimensão e gravidade
Epidemiologia das IACS

− Taxa de prevalência IH aumenta com o aumento do tempo de internamento


− Taxa de IH superior em doentes submetidos a dispositivos invasivos (CVC, CVP, CU,
I/VAI, Cirurgia)
− Taxa IH mais elevada → UCI, Reabilitação, Medicina e Cirurgia
− Taxa IH mais reduzida → Psiquiatria, Obstetrícia, Ginecologia, Pediatria (Neonatologia)
− Localização IH → Vias respiratórias, Vias urinárias e Infeções do Local Cirúrgico
− UAM (uso de antimicrobianos) → Mais elevada nas UCI, Medicina e Cirurgia

Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (2017)

Conclusões

− Principais IACS associadas aos CS → Diminuir


− Consumo antibióticos (hospitais, comunidade) → Diminuir

Objetivos até 2020

− Melhorar prevenção e controlo de infeções nas US, diminuindo as IACS


− Melhorar qualidade da prescrição dos antimicrobianos → Reduzir consumo de
antibióticos na comunidade
− Diminuir resistência aos antimicrobianos
Cadeia Epidemiológica da IN

Nos, enfermeiros, atuamos nas vias de transmissão.

Agente Infecioso

− Organismos invasores ou agentes etiológicos capazes de provocar doença infeciosa →


Bactérias, vírus, fungos, parasitas, priões

− Maioria IN → Vírus, bactérias


− Menos frequente → Fungos e parasitas

− Desenvolvimento da doença depende de:


o Nº microrganismos patogénicos
o Patogenicidade / Virulência → Capacidade de produzir doença
o Capacidade sobrevivência no hospedeiro
o Sensibilidade do hospedeiro

Reservatório / Fonte

− Habitat natural do agente infecioso → Local onde microrganismo se mantém,


metaboliza e multiplica
− Animais, insetos, Homem, objetos, superfícies, equipamento ou virtualmente todo o
meio envolvente (alimentos, água, ar)

− Próprio doente → Fontes Endógenas


− Transmissão de microrganismos de fonte externa ao doente → Fontes Exógenas

Porta de Saída

− Meio através do qual os microrganismos saem do reservatório → Única ou Múltipla


− Via respiratória, gastrointestinal / geniturinária, sanguínea, cutânea (pele, mucosas,
feridas), placentária

Vias de Transmissão

− Conjunto de mecanismos, através dos quais o agente é transportado do reservatório ou


da fonte para o hospedeiro suscetível
− Mãos → Principal via de transmissão de IACS

− Contacto
o Direto ou Contacto Físico
▪ Sangue, expetoração, limpeza de feridas, outros fluídos orgânicos,
mãos contaminadas, procedimentos que requeiram contacto direto
com utente → Cuidados de Saúde
▪ Gotículas → Tosse ou espirro
▪ Troca de fluídos orgânicos → Contacto sexual

o Indireto → Objetos inanimados → Água, outras bebidas, alimentos


contaminados, materiais ou objetos contaminados (agulhas, cateteres,
equipamento, dispositivos médicos, roupas)

− Via Aérea → Indivíduo inala ou contacta com microrganismo que está suspenso no ar
ou poeira → Gripe, tuberculose, condições de isolamento ou ventilação inadequada

− Vetores → Insetos através de picada (mosquitos, moscas, piolhos) → Malária, Dengue

Porta de Entrada

− Microrganismos podem entrar no organismo do hospedeiro pelas mesmas vias de saída

− Respiratória → Inalação

− Gastrointestinal / Geniturinária → Ingestão de comida ou água contaminadas

− Pele e mucosas → Lesadas, por implantação (ferida operatória) ou por inoculação

− Placenta → Circulação da mãe para o feto

− Circulatória → Procedimentos invasivos criam portas de entrada, porque ultrapassam


barreiras naturais de proteção do indivíduo e expõem locais normalmente protegidos
ao contacto exterior

Hospedeiro Suscetível

− Entrada de microrganismos no corpo + Incapacidade de Neutralização (s. imunitário


incapaz) → Ambiente favorável → Colonização e invasão dos tecidos → Infeção
− Não é possível evitar completamente a IN → Prevenção e Controlo da Infeção → Evitar
que agentes patogénicos tenham acesso às portas de entrada de um hospedeiro
suscetível

Fatores Intervenientes no Processo de IH

Ambiente Hospitalar

− Desinfetar / Lavar mãos antes e depois de procedimento → Não transmissão de infeções


− Sujeitos a infeções em tudo o que tocamos
− Meio agressivo para infeções → Ambiente quente e pouco ventilado por janelas

Contacto Via Aérea, Gotículas

− Direto → Pele a pele − Não há condições de isolamento


− Indireto → Equipamento − Profissionais / Visitas que circulam
contaminado com infeção
− Gotículas → Por deposição, − Obras e ventilação inapropriada
proximidade excessiva − Contaminação dos sistemas de
tratamento de ar

Elementos fundamentais para uma infeção numa US

− Fonte ou Reservatório
− Hospedeiro
− Vias de transmissão

Evitar IN

− Lavagem das mãos


− Precaução / Barreira → EPI (equipamento proteção individual)
− Antibioterapia preventiva → Antes da cirurgia, por exemplo

Comissão de Controlo da Infeção Hospitalar (CCIH)

Objetivo → Prevenir, detetar e propor medidas de controlo das infeções no Centro Hospitalar,
articulando com vários departamentos, serviços e unidades funcionais

Competências da CCIH

− Definir, implementar e monitorizar sistema transversal de vigilância epidemiológica de


estruturas, processos e resultados → Situações de maior risco
− Propor recomendações e normas de prevenção, controlo da infeção e monitorização da
sua correta aplicação
− Fornecer aos serviços informação pertinente → Microrganismos isolados e RAM
− Colaborar na definição da política de antibióticos, antisséticos, desinfetantes e
esterilização do Centro Hospitalar
− Definir e implementar normas e circuitos → Comunicação dos casos de infeção em
utentes e no pessoal
− Proceder a inquéritos Epidemiológicos e divulgar resultados dentro do Centro Hospitalar
− Participar no Programa de Promoção da Qualidade do Centro Hospitalar

Medidas de Prevenção e Controlo da IH


Objetivo → Diminuir risco de infeção

− Medidas de higiene para prevenção e controlo → Doente / Meio ambiente hospitalar /


Microrganismos
− Otimizar e aumentar defesas imunitárias do indivíduo doente
− Inativar / Diminuir o poder patogénico dos microrganismos → Impedir proliferação e
resistência em meio hospitalar
− Realizar procedimentos técnicos / terapêuticos sob rigorosa assepsia
− Instituir, cumprir e controlar a aplicação das Precauções Básicas do Controlo de Infeção
e Resistência aos Antibióticos (PBCIRA)

Vigilância Epidemiológica (VE)

− Observação, registo e monitorização ativa e sistemática → Avaliar desempenho das


instituições de saúde
− Informar e orientar as estratégias da PCI
− Promover boas práticas → Identificar onde melhorar → Qualidade de cuidados

É um processo para obter informação sobre as infeções e práticas, de forma contínua ou regular,
para a sua prevenção e controle, e encoraja os profissionais que prescrevem e prestam cuidados
a:

− Cumprir recomendações de boa prática


− Corrigir ou melhorar práticas específicas e avaliar impacto
− Detetar procedimento surtos de infeção e monitorizar periodicamente dados de
avaliação de progresso

Interrupção da cadeia epidemiológica → Vertentes das Estratégias Integradoras Globais

− Organizacional
− Formação / Informação
− Vigilância Epidemiológica
− Práticas Clínicas Seguras
− Articulação Interinstitucional e os Stakeholders

Programa de VE

1. Avaliar população
2. Selecionar resultados ou processos para vigilância
3. Usar definições / critérios para vigilância
4. Colheita de dados
5. Cálculo e análise das taxas de infeção
6. Metodologia de estratificação de risco
7. Relatórios e utilização dos dados da vigilância

Recomendações

− Melhorar conhecimento das IACS e RAM


− Promover e reforçar boas práticas → Reduzir IACS e RAM
− Reforçar estrutura local, regional e nacional do PBCIRA
− Aumentar compromisso das Lideranças
− Aumentar envolvimento dos doentes e famílias
− Desenhas e introduzir esquemas de incentivos e penalizações
− Apostar mais na formação pré e pós graduada dos profissionais de saúde

Medidas globais de controlo de infeção hospitalar

É fundamental que todos os profissionais de saúde se consciencializem do papel individual na


prevenção das IACS.
✓ Todos os que prestam cuidados de saúde devem cumprir as normas e orientações
emanadas pela CCI e aplica-las na sua prática clínica;
✓ Colaborar nas atividades propostas pela CCI e pela DGS;
✓ Conhecer e avaliar os riscos para os doentes e para si próprios;
✓ Conhecer as Precauções Básicas de Controle de Infeção (PBCI) e as dependentes das
vias de transmissão, afim de garantir a segurança dos utentes, dos profissionais de saúde
e de todos os que entram em contacto com os serviços de saúde.

O princípio subjacente às PBCI é de que “não há doentes de risco, mas sim, procedimentos de
risco”.

✓ Da sua intervenção, depende a real prevenção das IACS.


✓ É um imperativo ético e deontológico.

Precauções Básicas do Controlo de Infeção (PBCI)

− Conjunto de boas práticas desenvolvidas e padronizadas a implementar consoado os


procedimentos clínicos e riscos inerentes → Prevenção da transmissão cruzada de IACS
o Doente ↔ Doente
o Doente ↔ Profissional de Saúde
o Profissional de Saúde ↔ Profissional de Saúde

− Garantir segurança dos cidadãos, profissionais de saúde e todos os que entram em


contacto com serviços de saúde → Não é acréscimo de trabalho

− Práticas devem ser implementadas na prestação de cuidados a todos os doentes,


independentemente de se conhecer o seu estado infecioso → Minimização do risco de
infeção por microrganismos resistentes

− “Não há doentes de risco, mas sim procedimentos de risco” → Todos os fluídos


corporais (sangue, secreções, excreções), exceto suor, pele não intacta e muscosas
podem conter agentes infeciosos
Adoção de medidas feitas por prioridades, em função do risco → Todos os doentes mesmo sem
ter conhecimento do seu diagnóstico
Equipamento de Proteção Individual (EPI)

− Barreiras protetoras que os profissionais de saúde devem usar, de acordo com o risco
associado ao procedimento a efetuar aos doentes e visitantes em circunstância
específicas → Proteger mucosas, pele e roupa de contacto com agentes infeciosos
− Luvas, máscaras, avental, batas, calçado e proteção ocular e facial
Devem :
− Disponíveis junto ao local de utilização
− Acondicionados num local limpo e seco → Prevenir contaminação
− Cumprir prazos de validade
− Uso único, a não ser que o fabricante especifique o contrário → Artigos reutilizáveis
implicam programa de descontaminação estabelecido e responsabilidade do seu
cumprimento deve estar claramente definida
− Após contacto acidental com produtos biológicos (sangue, secreções, excreções) →
Lavar imediatamente com água e sabão todas as superfícies cutâneas (pele, mucosas,
mãos)

− Luvas
o Uso obrigatório em contacto com sangue, secreções, excreções, mucosas,
outros fluídos orgânicos e pele não íntegra
o Não usadas como 2ª pele
o Não usadas para mais de um procedimento
o Higienização das mãos → Antes e após o seu uso

− Máscaras
o Quando se preveem salpicos com sangue, secreções, excreções

− Óculos ou Máscara com viseira


o Risco de projeção de salpicos de fluídos orgânicos para a face durante
procedimentos geradores de aerossóis → Entubações traqueais, endoscopias
brônquicas
o Manusear desinfetantes ou outros químicos com indicação do fornecedor para
o efeito
o Óculos pessoais não conferem proteção ocular adequada

− Batas e aventais
o Procedimentos que envolvam contacto direto com doente
o Quando se preveem salpicos de fluídos corporais
o Proteção de uniformes/fardas
o Substituídos no final do procedimento ou quando manchados → Entre doentes
e entre procedimentos no mesmo doente

− Calçado
o Antiderrapante, limpo e deve apoiar e cobrir todo o pé → Evitar contaminação
com fluídos orgânicos ou lesão com material de cortico-perfurante e removido
antes de sair da área específica (BO)
Prevenção de Acidente → Picada ou corte

− Agulhas
o Não devem ser enroladas após utilização → Colocadas em contentores rígidos,
destinados ao efeito e cheios apenas até 2/3 da sua capacidade

− Objetos cortantes ou perfurantes


o Não devem passar-se de mão em mão → Colocadas em contentores rígidos

− Evitar manobras de ressuscitação boca a boca

Procedimento para Práticas no Tratamento dos Dispositivos Médicos (DM) → Unidades de


Esterilização

Procedimento para Tratamento das Fardas → Lavar entre 40 e 60ºC

Etiqueta Respiratória → Conter secreções respiratórias → Minimizar transmissão de agentes


infeciosos por via aérea ou através de gotículas

Higienização do Ambiente (Plano de Higienização) → Limpeza e manutenção das superfícies


estruturais do ambiente → Controlo do ambiente em cuidados de saúde

Resíduos Hospitalares
ASSEPSIA

− Procedimentos utilizados para impedir introdução de germes patogénicos em


determinado organismo, ambiente e objetos
− Cuidado com limpeza e higiene de tudo o que nos rodeia

Microrganismos → Não se multiplicam em ambientes secos e maioria morre rapidamente nas


superfícies do ar

− Problemas → Evolução dos microrganismos RAM + Difícil descoberta de antibióticos


com novos mecanismos de ação
− Profissionais de Saúde → Promoção de boas práticas, interação de conhecimentos
transversais de diferentes áreas científicas e boa gestão dos recursos disponíveis

Nos hospitais estes propagam-se mais rápido devido ao ambiente quente e existe mais
movimento de muitas pessoas sendo assim um meio mais fácil dos microrganismos se
multiplicarem.
Assepsia Hospitalar → Evitar ou remover contaminação dos objetos, equipamentos, material,
ambiente hospitalar, profissionais de saúde, doentes, familiares, acompanhantes e visitantes
Tipos de Assepsia

Assepsia Higiénica ou Comum Assepsia Médica Assepsia Cirúrgica


(Lavagem / Limpeza) (Técnica Limpa / Desinfeção) (Técnica Estéril / Esterilização)
Remoção mecânica da sujidade,
Destruição dos microrganismos Destruição completa de todos
microrganismos e matéria
na forma vegetativa (exceto os microrganismos (bactérias
orgânica que favorece o
esporos), presentes em nas formas vegetativas e
desenvolvimento bacteriano
superfícies inertes esporuladas, fungos e vírus)
Água, sabão ou detergentes
Agentes químicos e físicos Agentes físicos ou químicos
(forma manual ou automatizada)
Eficácia → 90 – 99% Eficácia → 100%
Eficácia → 80%

Antissepsia

− Técnicas de esterilização feita através de substâncias químicas (bactericidas,


desinfetantes) → Antisséticos → Higienizar determinado local ou tecido vivo

Todo o material e diapositivos médicos antes de serem desinfetados devem ter uma limpeza
primeiro. Depois de limpos os materiais devem ser desinfetados e os que poderem devem
ainda serem esterilizados aqueles que não podem ficam-se pela desinfestação.

ASSEPSIA + ANTISSEPSIA → DIMINUIÇÃO IACS

CONCEITOS

LIMPEZA- é o processo de remoção mecânica de sujidade, microrganismos e matéria orgânica


que favorece o desenvolvimento bacteriano, realizada com água, sabão ou detergentes de
forma manual ou automatizada. Tem uma eficácia de 80 na remoção de microrganismos

DESINFEÇÃO -é o processo de destruição dos microrganismos na forma vegetativa (todos os


microrganismos, exceto os esporos), presentes em superfícies inertes, mediante a aplicação de
agentes químicos e físicos com uma eficácia compreendida entre os 90 99

ESTERILIZAÇÃO é o processo de destruição completa de todos os microrganismos (bactérias nas


formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus), mediante aplicação de agentes físicos e ou
agentes químicos tem uma eficácia na remoção de microrganismos de 100. As técnicas de
assepsia e antissepsia são de extrema importância para diminuir o risco de IACS.

AS MÃOS SÃO É A PRINCIPAL VIA DE TRANSMISSÃO

Higiene/Assepsia das Mãos → Controlo da Infeção

− Evitar propagação de germes que podem iniciar uma infeção


− Redução da transmissão de agentes infeciosos entre doentes e durante a prestação de
cuidados de saúde → Prevenção da infeção cruzada
− Indicador de Segurança e Qualidade de Cuidados
− Mãos → Principal veículo de transmissão exógena de IACS

Tipos de Flora

− Flora Transitória − Flora Residente


o Microrganismos adquiridos o Microrganismos residentes
na sequência do contacto o Multiplicam e encontram-
o Não se multiplicam na pele se nas camadas mais
o Facilmente se transferem profundas da pele
para outras pessoas, o Dificilmente se transferem
materiais e superfícies para outras pessoas,
materiais e superfícies

Profissionais de Saúde → Higiene das mãos → Prevenção IACS

− Método mais antigo, sensato, sólido, barato e eficaz → Prevenção da disseminação de


agentes infeciosos → Proteção dos utentes, familiares, cuidadores e profissionais
− Medida universal → Todos os locais onde se prestam CS
− Importante em saúde pública → Faz parte de todos os programas de promoção da saúde
e deve ser ensinada desde a mais tenra idade
− É consensual que a transmissão de microrganismos entre profissionais e doentes
através das mãos (contacto direto)

− Adesão à correta prática de higiene das mãos → Crescente → MAS → Insuficiente e


muito heterogénea entre os vários grupos profissionais (deficiente entre médicos)

Lavagem das Mãos (VER NORMA HIGIENE DAS MÃOS)

− Remoção da colonização das mãos


− Proteger doente de microrganismos prejudiciais transportados nas suas mãos ou
presentes na pele do doente
− Proteger profissional de saúde e ambiente envolvente dos microrganismos prejudiciais

− Medidas Gerais
o Mangas curtas ou enrolar/dobrar mangas do uniforme para cima → Expor
antebraços
o Remover toda a joalharia das mãos e antebraços antes de iniciar o dia ou turno
de trabalho
o Não usar unhas artificiais ou outro tipo de extensores nos cuidados diretos aos
doentes
o Unhas naturais, curtas e limpas
o Não usar verniz, gel, gelinho ou outros produtos nas unhas na prestação de
cuidados
o Técnica oclusiva com pensos impermeáveis nas feridas ou abrasões da pele

Quando lavamos as mãos com água e sabão devemos lavar durante 40s-60s. Já com
saba deve ser de 20s-30s.

O momento 1e 2destinam-se ao utente


O momento 3 e 4 destinam-se ao
profissional e ao ambiente.
Já o momento 5 é muito global.

Medida 1- antes do contacto com o utente

Quando: antes de tocar num doente enquanto se aproxima dele.


Porquê: Para proteger o doente dos microrganismos que transportamos nas mãos!
Alguns exemplos de higiene das mãos durante a prática diária

•Dar um aperto de mão

•Posicionar

•Auscultar

•Proceder à palpação abdominal


Momento 2- antes do procedimento limpos/ assépticos

Quando- antes de qualquer procedimento envolvendo o contacto direto ou indireto com


mucosas, pele com solução de continuidade, dispositivo médico invasivo ou equipamento
Porquê -Para proteger o doente dos microrganismos que transportamos nas mãos e dos da
sua própria flora!

Alguns exemplos de higiene das mãos durante a prática diária:


•Aspiração de secreções
•Realização de pensos
•Administração de injetáveis
•Punções venosas
•Abertura de sistema de acesso vascular ou de drenagem
•Preparação e administração de medicação
•Preparação de alimentação

Momento 3- Após o risco de exposição a fluidos orgânicos

Quando- após qualquer procedimento que real ou potencialmente envolva a exposição das
mãos a um fluido orgânico independentemente de se usarem luvas ou não

Porquê- Para proteger o profissional de saúde e o ambiente da disseminação de


microrganismos do doente
Momento 4- Após contacto com o doente

Quando-imediatamente após ter contacto com um doente, quando deixa o ambiente


envolvente do mesmo

Porquê- Para proteger o profissional de saúde e o ambiente da disseminação de


miocroorganismos do doente

Alguns exemplos de higiene das mãos durante a prática diária:


•Aperto de mão

•Ajudar a posicionar
•Cuidados de higiene
•Avaliação de tensão arterial

•Palpação abdominal
•Auscultação cardíaca...
Momento 5-Após contacto com o ambiente envolvente do doente
Quando- profissional de saúde abandona o ambiente envolvente do doente, após ter tocado
em equipamentos, pertences pessoais ou outras superficies inanimadas, mesmo sem ter
tocado no doente

Porquê- Para proteger o profissional de saúde e o ambiente da disseminação de


miocroorganismos do doente

Alguns exemplos de higiene das mãos durante a prática diária:


•Mudar roupada cama
•Ajustara perfusão
•Desligar alarme de perfusoras
•Limparas mesas de cabeçeira
•Manipularas barras da cama…

Cuidados com a Pele das Mãos

− Creme Dermoprotetor / Hidratante → Pausas e Final do turno


o Não devem inferir com atividade do antissético
o Não devem afetar integridade das luvas
o Embalagem preferencialmente individualizada

Uso de Luvas

− Medida de segurança eficaz apenas em determinadas situações


− Complemento da higienização das mãos → Não substitui higiene

− Luva Ideal
o Adequada à tarefa a realizar
o Resistente à perfuração e microrganismos
o Confortável
o Boa sensibilidade tátil
o Baio poder alergizante
o Mais elevada relação qualidade/custo

− Funções
o Barreira de proteção → Contaminação das mãos dos profissionais → Contacto
com pele lesada, mucosas e fluídos orgânicos
o Redução da transferência de microrganismos das mãos dos profissionais para
os doentes durante a prestação de cuidados → Contacto com pele lesada e
mucosas
o Redução da probabilidade de contaminação das mãos dos profissionais no
manuseamento de materiais e equipamentos e transmissão entre doentes
o Proteção da pele contra riscos químicos, térmicos, radiações
− Proteção do doente → Luvas esterilizadas

− Proteção do profissional → Luvas não esterilizadas → Cumprir PBCI

− Proteção do profissional e doente → Luvas esterilizadas ou não, consoante se trate de


uma técnica assética ou técnica limpa

− Tipo de Luvas
o Luvas Cirúrgicas
▪ Estéreis
▪ Com ou sem pó
▪ Látex ou materiais sintéticos
▪ Características específicas de espessura, elasticidade, resistência,
adaptação e sensibilidade

o Luvas de Exame
▪ Estéreis ou Não Estéreis
▪ Látex ou PVC
▪ Razoável adaptação às mãos

o Luvas para Proteção (“de palhaço”)


▪ Não Estéreis
▪ Polietileno
▪ Uso de curta duração
▪ Baixo custo
o Luvas de Quimioterapia ou Proteção contra Produtos Químicos
▪ Preparação e administração de citostáticos ou outros quimioterápicos,
manipulação de desinfetantes ou reprocessamento de DM reutilizáveis

− Avaliação do risco para decisão sobre uso adequado e seleção do tipo de luvas
1. Natureza da tarefa
2. Probabilidade de contacto com fluídos corporais
3. Necessidade ou não de isolamento de contacto
4. Necessidade de técnica assética → Luvas estéreis ou não estéreis
5. Ponderar alergia ao látex → Utente e profissional de saúde
− Colocação / Remoção de Luvas

Calçar Luvas Esterilizadas


PROCESSOS DE DESINFEÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

Limpeza

É o processo de remoção física por ação mecânica de todo a sujidade realizada com água, sabão
ou detergentes de forma manual ou automatizada. Tem uma eficácia de 80% na remoção de
microrganismos. É a primeira e mais importante etapa para eficácia dos procedimentos de
desinfeção e ou esterilização dos artigos médicos-hospitalares (ARSN, 2013).

− Pessoas → Sabão → Ação Higiene


− Ambiente → Detergente → Ação Limpeza

− Limpeza/Lavagem → Princípio básico → Boa assepsia, desinfeção e/ou esterilização


− Qualquer superfície viva ou inerte deve ser previamente lavada com água e sabão ou
detergente adequado

Limpeza Automatizada Objetivos

− Máquinas termo desinfetadoras − Remoção da sujidade


− Mais usadas, eficazes − Remoção/Redução microrganismos
− Menor risco para profissionais − Remoção/Redução substâncias
pirogénicas

Desinfeção
É o processo físico ou químico do qual resulta a redução, eliminação ou inativação momentânea
de microrganismos indesejáveis, com uma eficácia de 90 a 99%. Destruição térmica ou química
de microrganismos. Destrói a maioria dos microrganismos dependendo do nível de desinfeção,
mas não necessariamente as formas esporuladas (ARSN, 2013).

− Pessoas → Antissético → Ação Antissepsia


− Ambiente → Desinfetante → Ação Desinfetante

− Aplicação de desinfetante → Após limpeza (enxaguamento e secagem)

Desinfetante

− Agente químico ou físico → Destrói microrganismos patogénicos ou outros


microrganismos, mas não pode destruir formas esportuladas
− Uso incorreto → Falsa sensação de segurança e potencia propagação de infeções

Esterilização

É o processo de destruição completa de todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos


mediante aplicação de agentes físicos (calor húmido, calor seco ou radiações ionizantes) e/ou
agentes químicos (óxido de etileno, formaldeído, plasma de peróxido de hidrogênio). Tem uma
eficácia na remoção de microrganismos de 100%.

− Armazenamento ventilado e fresco

− Material previamente lavado e seco → Nunca desinfetado por métodos químicos → Só


por desinfeção térmica associada à lavagem em máquina
− Limpeza → Garante segurança do processo

− Pode ser esterilizado → Não deve ser apenas desinfetado


− Não pode ser esterilizado → Deve ser desinfetado

Central de Esterilização (SCE)

− Unidade orgânica funcional de apoio clínico → Autonomia técnica, de recursos materiais


e humanos próprios → Realizar centralizadamente atividades inerentes ao
reprocessamento global dos dispositivos médicos (DM) reutilizáveis (desinfetados ou
esterilizados)

− Finalidades
o Reprocessamento de todos os DM reutilizáveis necessários à prestação de CS
ao doente → Normas que garantem qualidade técnica e otimização dos
recursos
o Distribuição dos DM desinfetados/esterilizados aos serviços utilizados, nas
quantidades estabelecidas, observados os padrões de qualidade fixados e nos
prazos determinados
o Promover ações necessárias à equipa → Correta circulações, armazenagem e
utilização dos DM desinfetados/esterilizados
o Colaborar com Comissão de Controlo de Infeção, prevenção e controlo das IACS
o Apoiar ensino e investigação → Divulgar conhecimentos e estudos realizados
o Responsabilizar pela qualidade e segurança dos DM necessários à assistência e
segurança dos utentes que deles necessitam
o
o

− Estrutura Física
o Paredes e pavimento → Resistentes a produtos químicos, antiderrapante, lisos
sem saliências, laváveis, impermeáveis a líquidos e de fácil limpeza
o Sistema adequado de ventilação e iluminação
o Disposição ergonómica das bancadas de trabalho (inox) e equipamentos
o Circuito contínuo e progressivo → Sem retrocessos ou cruzamento do material
limpo e contaminado
o Existência de uma barreira física de separação entre área contaminada e limpa

− Recursos Humanos
o Enfermeiro Supervisor → Habilitado para coordenar SEC
▪ Conhecimentos técnico-científicos e administrativos de dinâmica do
serviço → Priorizar necessidades
▪ Observar a execução de técnicas adequadas → Maior produção com
menor gasto de energia, tempo e material → Aproveita potencial dos
profissionais, motivando-o para maior envolvimento e trabalho de
equipa
− Ciclo de Descontaminação de DM

Métodos de Esterilização

− Sistema de controlo do Ciclo de Esterilização → Equipamento, carga, embalagem,


exposição, registos da validação e controlo da rotina da esterilização
− Rotina de Esterilização → Parâmetros mecânicos, químicos, físicos e biológicos

− Avaliação Direta → Condições de esterilização


− Avaliação Indireta → Condições microbiológicas da fase

Autoclave → Calor húmido na forma de vapor saturado sob pressão →


Hospital → Aparelhos com câmaras de pré-vácuo totalmente automáticas
no controlo integrado de tempo e temperatura

Mais seguro (não poluente e não tóxico), eficiente, rápido e económico

Etapas → Aquecimento, Esterilização, Secagem

Plasma de Peróxido de Hidrogénio (Método Sterrad) →


Sistema a gás que utiliza equipamento complexo
comporto de alto vácuo e gerador elétrico de plasma

Vantagens → Rapidez, eficiência, baixa temperatura (35-


40ºC) → Materiais termossensíveis

Desvantagens → Custo elevado do equipamento e


processo, incompatibilidade de embalagens → Só
invólucros de Tyved (manga mista especial) e
Polipropileno (tecido não tecido)
RESÍDUOS HOSPITALARES (RH)

− Resíduos resultantes de atividades de prestação de CS a seres humanos ou animais, nas


áreas da prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, investigação ou ensino
− Todos os produtos biológicos ou materiais que foram utilizados em doentes/utentes e
possam estar contaminados com fluídos corporais

Tipos de RH

− Resíduos Urbanos
− Resíduos Industriais
− Resíduos Hospitalares
− Outros (agrícolas, radioativos, …)

RH agrupados consoante perigosidade

− Grupo I
Não perigosos
− Grupo II
− Grupo III
Perigosos
− Grupo IV

Grupo I

− Resíduos equiparados a urbanos → Sem tratamentos específico

− Provenientes de Serviços Gerais → Gabinetes, salas de reunião, salas de convívio,


instalações sanitárias
− Provenientes de Serviços de Apoio → Oficinas, armazéns, jardins, embalagens e
invólucros comuns (papel, cartão e mangas mistas)
− Provenientes de Hotelaria → Confeção e resto de alimentos servidos aos doentes e não
incluídos no Grupo III

Grupo II

− Resíduos hospitalares não perigosos → Sem tratamento específico → Equiparados a


resíduos urbanos

− Material Ortopédico → Talas, gesso e ligaduras gessadas não contaminadas e sem


vestígio de sangue
− Material de Proteção Individual → Luvas, máscaras, aventais, barretes, toucas
− Embalagens vazias de medicamentos/produtos de uso clínico → Exceto os do Grupo
III e IV
− Fracos de soro não contaminados → Exceto os do Grupo IV (cortantes, com químicos
ou citostáticos)
− Fraldas e Resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue

Grupo III

− Resíduos hospitalares de risco biológico → Contaminados ou suspeitos


− Incineração ou outro pré-tratamento eficaz → Eliminação como resíduo urbano

− Todos os resíduos provenientes de enfermarias de doentes infetados ou suspeitos,


unidades de hemodiálise, bloco operatório, salas de tratamento, salas de autopsia e
de anatomia patológica, patologia clínica e laboratórios de investigação → Exceto os
do Grupo IV
− Todo o material utilizado em Diálise
− Peças anatómicas não identificáveis
− Resíduos que resultam da administração de sangue e seus derivados
− Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos → Exceto os do Grupo
IV
− Sacos coletores de fluidos orgânicos e respetivos sistemas coletores de urina, sondas
− Material ortopédico contaminado ou com vestígios de sangue, material de prótese
retirado dos doentes
− Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue
− Material de proteção que tenha contactado com produtos contaminados → Luvas,
máscaras, aventais

Grupo IV

− Resíduos hospitalares específicos


− Incineração obrigatória

− Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas até publicação de legislação


específica
− Cadáveres de animais de experiência laboratorial
− Produtos químicos e fármacos rejeitados quando não sujeitos a legislação especifica
− Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração
− Materiais cortantes e perfurantes → Agulhas, cateteres e todo o material invasivo
o Se contaminados → Colocados em contentores imperfuráveis (Biobox) → Saco
Vermelho

Separação para Reutilização/Reciclagem

Saco Preto → Contentores de Tampa Verde → Grupo I e II


Saco Branco (com indicativo de risco biológico) → Contentores de Tampa Branca → Grupo III

Saco Vermelho → Contentores de Tampa Vermelha → Grupo IV


Gestão dos Resíduos Hospitalares

− Triagem correta → RH tratados de acordo com o grupo a que pertencer

− Sacos de recolha de lixo e contentores para cortantes e perfurantes → Não ultrapassar


mais 2/3 capacidade → Encerramento seguro

− Sacos bem fechados → Evitar abertura e extravasamento durante remoção e transporte

− Contentores para cortantes e perfurantes


o Colocados em locais seguros e de fácil acesso
o Manter-se fechados → Sistema de fecho intermédio
o Identificados no local de produção → Data de abertura e encerramento
definitivo

− Depois de acondicionados no saco/contentor → Resíduos não são manipulados

− Local de armazenamento geral dos contentores → Condições que permitam limpeza e


manutenção

− Contentores para recolha de resíduos juntos ao local de produção


o Reutilizáveis e com saco a forrar o seu interior
o Facilmente higienizáveis e mantidos limpos
o Permitir a sua abertura sem uso das mãos

− Sensibilizar profissionais para triagem correta de RH

Papel do Enfermeiro na separação dos RH

− Formação regular a todos os profissionais de saúde sobre riscos, transmissão e


prevenção das IACS → Mudança de comportamentos e atitudes dos diferentes grupos
profissionais
− Incentivar profissionais para intenso envolvimento e motivação → Ensino e
aprendizagem baseado nas boas práticas e evidência científica

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