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Farmácia Hospitalar

Controle de Infecção Hospitalar

Aula 6
0101 01
01LKIOJ
Farmácia Hospitalar
01 Controle de Infecção Hospitalar

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Farmácia Hospitalar
Controle de Infecção Hospitalar

Aula 06- Farmácia no Controle de Infecção Hospitalar

Caro(a) aluno(a), o tema Controle de Infecção Hospitalar é regulamentado pela Portaria nº


2.616 de 1998 do Ministério da Saúde.

Inicialmente, trabalharei os principais conteúdos cobrados em concursos acerca desse


tema, incluindo assuntos tratados na Portaria e em literaturas específicas.

Ao final da aula, deixarei a Portaria na íntegra para que você possa realizar a leitura, ok?

Inicialmente, vamos verificar a DEFINIÇÃO de infecção hospitalar:

Infecção
 Infecção adquirida após a admissão do paciente;
hospitalar
 e que se manifesta:

durante a ou após a
internação alta

 quando puder ser relacionada com a


internação ou procedimentos
hospitalares

Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e


não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no
momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda
manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72
horas após a admissão.

Atente-se a este prazo: 72 horas após admissão hospitalar!

Infecção a partir de 72 horas após a


Infecção hospitalar
admissão

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Controle de Infecção Hospitalar

Obs: o termo mais atual para infecção hospitalar é INFECÇÃO RELACIONADA À


ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS), isso porque ela abrange tanto a infecção adquirida no
hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório,
durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de
saúde.

Entretanto, como a Portaria 2.616/98, principal marco cobrado em provas, ainda utiliza a
terminologia INFECÇÃO HOSPITALAR, ficaremos com ela, tudo bem?

Veja como foi cobrado

(2014 –EBSERH/HU-UNIVASF – IBFC)- As diretrizes e normas para a prevenção e o


controle das infecções hospitalares são determinadas na Portaria 2616/98 do MS. A
Comissão de controle de infecção hospitalar deverá contar com um membro representante
do serviço de farmácia. Assinale das alternativas abaixo aquela que corresponde a
infecção hospitalar:

a) Infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que


não relacionada com internação anterior no mesmo hospital
b) Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente
na admissão, a menos que haja troca de microorganismo com sinas ou sintomas
fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção
c) Infecção adquira após a admissão do paciente e que se manifeste durante a
internação ou após a alta quando puder ser relacionada com a internação ou
procedimentos hospitalares
d) Infecção em recém-nascido, cuja aquisição, por via transplacentária é conhecida ou
foi comprovada e que se tornou evidente logo após o nascimento
e) Toda e qualquer infecção que acometa qualquer paciente internado,
independentemente de suas condições prévias.

COMENTÁRIO: Conforme vimos, infecção hospitalar é aquela adquira após a


admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta quando
puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares

GABARITO: C

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Controle de Infecção Hospitalar

(2014- Prefeitura de Espera Feliz-MG/IDECAN) Infecção Hospitalar (IH) é aquela


adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a
alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
Convenciona-se IH toda manifestação clínica de infecção que se apresentar:

a) 2 dias após a admissão.

b) logo após a internação.

c) 12 horas após a admissão.

d) 24 horas após a admissão.

e) 72 horas após a admissão

COMENTÁRIO: Guarde este prazo: manifestação clínica 72 horas após admissão =>
Infecção Hospitalar

GABARITO: E

Os hospitais devem contar com um Programa de Controle de Infecção Hospitalares


(PCIH), ou seja, um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com
vistas à REDUÇÃO MÁXIMA possível:

e da
da incidência
gravidade

das infecções hospitalares

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Para a adequada execução do PCIH, os hospitais DEVERÃO constituir uma Comissão de


Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão:

e de execução das
de assessoria à
ações de controle
autoridade máxima
de infecção
da instituição
hospitalar

Note que os hospitais são OBRIGADOS a contar com o Programa de Controle de Infecção
Hospitalar e com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior,
formalmente designados.

Aqui temos uma informação importante que é frequentemente cobrada em provas: note
que os membros que compõem a CCIH necessariamente precisam possuir nível
SUPERIOR! É comum questões afirmarem que tais profissionais podem ser de nível médio
o que está ERRADO!

Perceba que há 2 vertentes que são responsabilidade da CCIH: assessoria e execução.


Sendo assim, os membros da CCIH serão de dois tipos:

Consultores Executores

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Os membros CONSULTORES serão representantes, dos seguintes serviços:

1 • serviço médico
2 • serviço de enfermagem
3 • serviço de farmácia
4 • laboratório de microbiologia
5 • administração

Os membros EXECUTORES da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção


hospitalar e, portanto, são encarregados da execução programada de controle de
infecção hospitalar.

Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível SUPERIOR da área


de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária
diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais
profissionais.

UM dos membros executores deve ser, preferencialmente, um ENFERMEIRO

Mínimo de 2 de nível
Membros executores SUPERIOR para cada 200
leitos

Cuidado com pegadinhas! Um dos membros deve ser PREFERENCIALMENTE enfermeiro


e não obrigatoriamente.

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(CESPE – Ministério da Saúde) - A Portaria n.º 2.616/GM de 1998 instituiu o Programa de


Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), que é um conjunto de ações deliberada e
sistematicamente desenvolvidas com vistas à redução máxima possível da incidência e da
gravidade das infecções hospitalares. Para a adequada execução do PCIH, os hospitais
devem constituir uma comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH), órgão de
assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de
infecção hospitalar. Acerca desse assunto, julgue os próximos itens.

É indispensável que um dos membros executores da CCIH seja um médico


infectologista.

COMENTÁRIO: ERRADO! A única exigência da portaria é que os membros executores


sejam técnicos de nível SUPERIOR. A preferência é que um seja enfermeiro.

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(Pref. de Criciúma – 2014- FEPESE) - Sobre a Comissão de Controle de Infecção


Hospitalar (CCIH), assinale a alternativa correta.
A) É facultativa ao hospital a criação da CCIH.
B) Na ausência da CCIH, o hospital pode elaborar um Programa de Controle de Infecções
Hospitalares (PCIH).
C) A CCIH é responsável pela seleção de todos os antimicrobianos a serem utilizados no
hospital.
D) Quando um hospital possui uma CCIH, não é necessário ter uma Comissão de
Farmácia e Terapêutica (CFT), pois a CCIH assume as atividades relacionadas à seleção
dos medicamentos.
E) Os membros da CCIH são de dois tipos: consultores e executores. O serviço de
farmácia deve indicar um representante para ser um dos membros consultores .

COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada umas das alternativas:

A – ERRADA– A criação da CCIH é OBRIGATÓRIA (e não facultada) aos hospitais;


B – ERRADA – Tanto o PCIH quanto a CCIH são OBRIGATÓRIOS aos hospitais;
C e D – ERRADAS – Lembre-se que a CFT é responsável pela seleção de medicamentos
no hospital. Para a seleção de alguns antimicrobianos, pode-se pedir auxílio à CCIH. Não
confunda! Ambas as instâncias possuem responsabilidades nesse processo;
E – CORRETA – Um dos membros consultores é o farmacêutico.

GABARITO: E

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(FEPESE – Pref. Balneário do Camboriú - 2013) - As atividades do Programa Nacional


de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) foram delineadas pela Lei no 9.431, de 6 de
janeiro de 1997, que dispõe sobre a obrigatoriedade de os hospitais manterem um
Programa de Infecções Hospitalares e criarem uma Comissão de Controle de Infecções
Hospitalares (CCIH). Segundo a Portaria GM/MS no 2.616, de 12 de maio de 1998, os
membros consultores da CCIH (nos hospitais com mais de 70 leitos) serão representantes
dos seguintes serviços:
a. ( ) Enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia, administração.
b. ( ) Médico, farmácia, enfermagem, laboratório de microbiologia, administração.
c. ( ) Médico, farmácia, enfermagem, laboratório de microbiologia, nutrição, odontologia.
d. ( ) Médico, enfermagem, administração, laboratório de microbiologia.
e. ( ) Médico, farmácia, enfermagem, laboratório de microbiologia, administração, nutrição,
lavanderia.

COMENTÁRIO: Lembre-se, são 5 os membros CONSULTORES da CCIH:

1 • serviço médico
2 • serviço de enfermagem
3 • serviço de farmácia
4 • laboratório de microbiologia
5 • administração

GABARITO: B

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FUNÇÕES DA CCIH

De acordo com a Portaria 2.616/98, a CCIH do hospital DEVERÁ:

o elaborar, implementar, manter e avaliar PROGRAMA DE CONTROLE DE


INFECÇÃO HOSPITALAR:

 adequado às características e necessidades da instituição;


 contemplando no mínimo, ações relativas a:

• implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções


1 Hospitalares;

• adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-


2 operacionais, visando a prevenção e controle das infecções hospitalares;

• capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no


3 que diz respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares;

• uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-


4 hospitalares;

o avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de


Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares:
e aprovar as medidas de controle propostas pelos membros executores de
CCIH;

o realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e


implantar medidas imediatas de controle;

o elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à


autoridade máxima de instituição e às chefias de todos os setores do hospital, a
situação do controle das infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate
na comunidade hospitalar;

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o elaborar, implantar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-


operacionais

 visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em


curso no hospital

 por meio de medidas de PRECAUÇÃO e de ISOLAMENTO;

o adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-


operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares;

o definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, POLÍTICA


DE UTILIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS, germicidas e materiais médico-
hospitalares para a instituição;

o cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo TREINAMENTO:

com vistas a obter capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no


que diz respeito ao controle das infecções hospitalares;

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A difusão contínua de informações é um dos maiores desafios da CCIH, já que a


propagação das infecções ocorre em grande parte pelas MÃOS dos profissionais.

Como? Por FALHAS TÉCNICAS:

o na inserção de cateteres,
o na passagem de sondas urinárias,
o na aplicação de técnicas de isolamento,
o no processamento de materiais hospitalares que necessitam de desinfecção ou
esterilização,
o na manipulação de materiais infectantes e lixo.

Daí a importância de realizar treinamentos com os profissionais de saúde.

o elaborar Regimento Interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;

o cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como fornecer,


prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades
competentes;

o notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão


do SUS,
 os casos diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob vigilância
epidemiológica (notificação compulsória), atendidos em qualquer
dos serviços ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente com
os serviços de saúde coletiva;

o notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão


do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecção associadas
à utilização de insumos e/ou produtos industrializados.

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Storpirtis aponta como funções da CCIH, sinteticamente:

vigilância, isolamento
lavagem de mãos e
de pacientes com
desinfecção
doenças comunicáveis

desenvolvimento e implantação de
políticas de controle de infecção e manejo de lixo
procedimentos, educação para hospitalar
prevenção de infecção hospitalar

interação com o
atuação sobre
laboratório de
aspectos legais.
microbiologia e

É isoladamente a ação MAIS importante


Lavagem de
para a prevenção e controle das
mãos
infecções hospitalares

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(2014 - Pref. Palmeiras do Tocantins/TO – IMA) São atribuições da CCIH - Comissão de


Controle de Infecção Hospitalar :
(A) Realizar relatórios e notificar a Secretaria de Saúde e setores do hospital sobre índices
de infecção e doenças de notificação compulsórias.
(B) Realização de medidas de prevenção das infecções hospitalares junto aos setores,
através de treinamentos e estabelecimento de normas e rotinas.
(C) Emissão de parecer sobre produtos desinfetantes/esterelizantes a serem usados no
hospital, baseados em portarias vigentes editadas pelo Ministério da Saúde.
(D) Todas as alternativas estão corretas.

COMENTÁRIOS: Conforme vimos, todas são alternativas apresentam funções da CCIH.

GABARITO: D

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(2015-AOCP – EBSERH - UFSCAR– 2015) Sobre a portaria 2616/98, que define normas
para o controle das infecções hospitalares, assinale a alternativa correta.
(A) A criação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar é facultativa aos
hospitais, sendo a sua implantação obrigatória apenas após um surto local de infecção.
(B) Os membros executores da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar são
encarregados da execução das ações programadas de controle das infecções
hospitalares.
(C) Os membros executores da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar devem ser
auxiliares administrativos do hospital.
(D) É vedado à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar realizar ações de Vigilância
Epidemiológica de Infecções Hospitalares.
(E) A Comissão de Controle de Farmácia Hospitalar deve ser impedida de implantar
medidas imediatas de controle de surtos. Além disso, todos os dados relacionados ao
assunto devem ser mantidos em sigilo absoluto.

COMENTÁRIO: Vamos analisar cada uma das alternativas:

A) ERRADA – CCIH é obrigatória;


B) CORRETO;
C) ERRADA – Membros executores são técnicos de nível superior;
D) ERRADA – A execução de ações de Vigilância Epidemiológica de Infecções
Hospitalares é uma das obrigações da CCIH;
E) ERRADA – A implantação medidas imediatas de controle de surtos é uma das
obrigações da CCIH, sendo que esta, deve ser pública e não sigilosa.;

GABARITO: B

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PRINCIPAIS CAUSAS DE INNFECÇÕES HOSPITALARES

As principais CAUSAS da infecção hospitalar são:

Condições clínicas

Falta de vigilância epidemiológica

Uso irracional de antimicorobianos

Utilizalçai excessiva de procedimentos


invasivos

Métodos de proteção antiinfecciosas


ineficazes ou inexistentes

(CAFAR - AERONAUTICA) Entre as principais causas da Infecção Hospitalar, não


destacamos:

A) condição clínica do paciente.

B) falta de vigilância epidemiológica adequada

C) uso irracional de antimicrobianos.

D) uso de antimicrobianos de alto custo

COMENTÁRIO: Ora, o custo de antimicrobiano não tem relação com o aumento da


infecção hospitalar, e sim o seu MAU USO, ou seja, o seu uso IRRACIONAL (por período
incorreto, na dosagem incorreta, para o microrganismo incorreto, etc).

GABARITO: D

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E COMO A FARMÁCIA ATUA NESSE CONTEXTO?

De acordo com a ASHP, a principal atividade que a farmácia deve desenvolver no controle
de infecções é a PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS Por quê?
Porque temos como CONSEQUÊNCIAS do uso irracional de antimicrobianos:

Aumento da
resistência dos
microorganismos

Elevação dos
Aumento das
custos
Reações Adversas
assistenciais

 Para o controle do uso de antimicrobianos, em um hospital, podem ser adotadas


medidas EDUCATIVAS e RESTRITIVAS

 As medidas EDUCATIVAS podem ser divididas em 3 partes:


o Análise de casos específicos de infecções por clínica revisando o diagnóstico,
tratamento e aspectos microbiológicos;
o Educação continuada dos prescritores;
o Fornecimento ao prescritor de informações sobre o uso de antimicrobianos pela
equipe multiprofissional, baseada em estudos EPIDEMIOLÓGICOS da instituição.

 As medidas RESTRITIVAS podem ser divididas da seguinte forma:


o Padronização de formulário restrito;
o Necessidade de preenchimento de formulário para o fornecimento de
antimicrobiano;
o Liberação de doses limitadas de sensibilidade/resistência dos microrganismos;
o Programação da antibióticoprofilaxia para 24 a 48 horas;
o Estabelecimento de protocolos para o uso de antimicrobianos;
o Restrição à interferência da indústria farmacêutica.

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O controle de antimicrobianos pressupõe que se saiba a situação de CONSUMO destes,


e para isso, faz-se estudos de utilização de medicamentos, sendo o utilizado neste caso o
DDD (Dose diária definida)

DDD (Dose diária definida)

 É a dose utilizada de cada fármaco na sua indicação principal para adultos;

 Tipo de estudo que auxilia na determinação do consumo REAL de antimicrobianos


POR UNIDADE DE INTERNAÇÃO;

 Permite estabelecer o perfil de utilização dos antimicrobianos;


 Serve como subsídio para a CCIH revise a política de antimicrobianos existente e
avalie sua aceitação e cumprimento.

Podemos citar como atribuições do FARMACÊUTICO no Controle de Infeções


Hospitalares:

 Participar das reuniões da CCIH;

 Fornecer informações para subsidiar a política de uso RACIONAL de


antimicrobianos;

 PARTICIPAR da revisão da padronização de antimicrobianos;

 Estabelecer intercâmbios entre a CCIH, CFT, Comissão de Suporte Nutricional e


Comissão de padronização de material médico-hospitalar;

 PARTICIPAR da elaboração de protocolos de tratamento com antimicrobianos;

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 Elaborar relatórios periódicos sobre o consumo, custo e frequência de uso de


antimicrobianos;

 Elaborar rotinas para dispensação de antimicrobianos;

 Participar do programa de monitorização terapêutica de antimicrobianos;

 Fornecer informações a respeito de:


o interações,
o incompatibilidades físico-químicas e;
o interferências laboratoriais de medicamentos.

 PARTICIPAR da investigação de casos suspeitos de contaminação por soluções


parenterais e outros;

 Estabelecer políticas internas na farmácia abrangendo procedimentos e


programas para evitar a contaminação de medicamentos produzidos e
dispensados;

 Definir critérios para aquisição de:

anti-sépticos desinfetantes esterelizantes medicamentos e correlatos

 PARTICIPAR da padronização de germicidas;

 Providenciar, quando necessário, do controle de qualidade dos medicamentos e


germicidas adquiridos ou produzidos no hospital;

 Elaborar relatórios de consumo de antimicrobianos quando requisitado pela


vigilância sanitária;

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 Manter-se atualizado sobre germicidas e antimicrobianos, emitindo parecer sobre


produtos recentemente lançados no mercado;

 PARTICIPAR da elaboração e desenvolvimento de projetos de pesquisa em


controle de infecção;

 PARTICIPAR de programas de farmacoepidemiologia, principalmente, aqueles


relacionados a estudos de utilização e farmacovigilância;

 Prestar informações relacionadas às ciências farmacêuticas no controle de


infecções hospitalares;

 PARTICIPAR de investigações epidemiológicas dos surtos ou suspeitas de surtos;

 Desenvolver atividades de treinamento e reciclagem de recursos humanos e


orientação a pacientes.

Perceba que o farmacêutico PARTICIPA de muitas atividades. Questões que afirmem que
tais atividades são EXCLUSIVAS do farmacêutico devem ser consideradas erradas, ok?

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É importante ressaltar que as ATIVIDADES BÁSICAS do serviço de farmácia também


impactam na qualidade dos sérvios prestados pela CCIH.

 Padronização – pois racionaliza o uso dos antimicrobianos.


 Aquisição – pois antimicrobianos de qualidade duvidosa podem aumentar
as taxas de infecções hospitalares.
 Armazenamento – pois acarreta na preservação da qualidade dos
antimicrobianos.
 Controle e planejamento de estoques – pois assegura a disponibilidade
do antimicrobiano mais adequado para cada caso.
 Distribuição/Dispensação:
o As ações de controle de infecção são facilitadas quando são
adotados os sistemas de distribuição por DOSE UNITÁRIA ou
INDIVIDUALIZADO, já que, a farmácia dispensa medicamentos e
materiais médico-hospitalares POR PACIENTE, geralmente para 24
horas, sendo possível identificar de imediato QUAIS PACIENTES
estão em uso de antimicrobianos e de quais artigos foram
distribuídos (sondas cateteres, etc), auxiliando na vigilância
epidemiológica dos procedimentos invasivos.

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(Pref. Serra/ES - NCE/UFRJ) Na Comissão de Controle de Infecção hospitalar NÃO


constitui uma competência da farmácia:
A) promover o uso racional de antimicrobianos;
B) definir políticas de utilização de antimicrobianos e germicidas hospitalares;
C) cooperar com o setor de treinamento no que diz respeito ao controle das infecções
hospitalares;
D) monitorar e controlar os procedimentos invasivos;
E) promover o uso racional de germicidas e materiais médico-hospitalares

COMENTÁRIO: A farmácia não tem nenhuma ação sobre procedimentos invasivos


(atribuição mais específica da enfermagem).

GABARITO: D

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(UNIOESTE – Diretoria de Concursos) - Com relação ao controle de infecção hospitalar


e atribuições do farmacêutico no controle das infecções hospitalares, é incorreto afirmar
que:
(A) dose diária definida (DDD) é a dose diária média de cada fármaco na sua indicação
principal para adultos utilizada para auxiliar no consumo de antibióticos no hospital.
(B) a padronização de antibióticos no ambiente hospitalar feita pela comissão de farmácia
e terapêutica (CFT) e comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) visa selecionar
somente os antibióticos mais eficazes, de menor toxicidade e custo reduzido, considerando
o perfil dos pacientes e a microbiota do hospital.
(C) o farmacêutico deve estabelecer políticas internas e manuais de normas e rotinas na
farmácia hospitalar abrangendo procedimentos e programas para evitar a contaminação de
medicamentos produzidos e dispensados.
(D) o farmacêutico deve participar dos programas de farmacoepidemiologia e
farmacovigilância, principalmente aqueles relacionados a estudos de utilização de
medicamentos.
(E) a elaboração dos protocolos de tratamentos com antibióticos é de responsabilidade
exclusiva do farmacêutico.

COMENTÁRIO: Perceba que a questão pede a alternativa ERRADA. A alternativa E traz


que a elaboração de protocolos de tratamento com antibióticos é de responsabilidade
EXCLUSIVA do farmacêutico, o que está errado, já que o farmacêutico deve PARTICIPAR
dessa elaboração.

GABARITO: E

INDICADORES

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Os indicadores mais importantes a serem obtidos e analisados periodicamente no hospital


e, especialmente, nos serviços de Berçário de Alto Risco, UTI
(adulto/pediátrica/neonatal) e Queimados, são:

 Taxa de Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador o número de


episódios de infecção hospitalar no período considerado e como denominados o
total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no mesmo período;

TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR = Nº de episódios de infecções em um período


Total de saídas* ou entradas no mesmo período

*Saídas podem ser: Altas, óbitos ou transferências

 Taxa de Pacientes com Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador


o número de doentes que apresentam infecção hospitalar no período considerado, e
como denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no
período;

 Distribuição Percentual das Infecções Hospitalares por localização topográfica


no paciente, calculada tendo como numerador o número de episódios de infecção
hospitalar em cada topografia, no período considerado e como denominador o
número total de episódios de infecção hospitalar ocorridos no período;

 Taxa de Infecções Hospitalares por Procedimento, calculada tendo como


numerador o número de pacientes submetidos a um procedimento de risco que
desenvolveram infecção hospitalar e como denominador o total de pacientes
submetidos a este tipo de procedimento.

Esses indicadores devem ser analisados principalmente em Berçário de Alto Risco, UTI
(adulto/pediátrica/neonatal) e Queimados, pois, consideram-se PACIENTES CRÍTICOS:

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pacientes de terapia
pacientes de
intensiva (adulto, pacientes
berçário de alto
pediátrico e queimados
risco
neonatal);

pacientes pacientes com


submetidos a pacientes hemato- Síndrome da
transplantes de oncológicos; Imunodeficiência
órgãos; Adquirida

(FUMARC – Pref. Municipal de Ouro Preto – 2011)- De acordo com a Portaria nº 2.616,
de 12 de maio de 1998, que trata sobre controle de infecção hospitalar, é correto afirmar,
EXCETO:
a) os membros consultores da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) serão
representantes dos serviços: médico, de enfermagem, de farmácia, laboratório de
microbiologia e de administração.
b) a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar deve promover o uso racional de
antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares.
c) os membros executores da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) serão,
no mínimo, dois técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 leitos ou fração
desse número, com carga horária diária mínima de seis horas para o enfermeiro e quatro
horas para os demais profissionais.
d) a taxa de infecção hospitalar é calculada tomando como numerador o número de
episódios de infecção hospitalar no período considerado e, como denominador, o total de
infecções hospitalar e comunitária no mesmo período.
COMENTÁRIO: Perceba que, conforme vimos no decorrer de nossa aula, as alternativas
A, B e C estão corretas. A alternativa D está errada pois traz a fórmula errada de taxa de
infecção hospitalar.
GABARITO: D

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(2015-UFPEL – EBSERH – AOCP)- A Portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998, que trata


do controle das infecções hospitalares, define que nos hospitais com leitos destinados a
pacientes críticos os membros executores da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH) devem ter acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 leitos. De
acordo com a portaria, não são pacientes críticos para infecção hospitalar
(A) pacientes de terapia intensiva.
(B) puérperas de baixo risco.
(C) pacientes de berçário de alto risco.
(D) pacientes queimados.
(E) pacientes submetidos a transplantes de órgãos.

COMENTÁRIOS: Conforme vimos, são considerados pacientes críticos:


 pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal);
 pacientes de berçário de alto risco;
 pacientes queimados;
 submetidos a transplantes de órgãos;
 pacientes hemato-oncológicos;
 pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

GABARITO: B

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LIMPEZA, DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO E ANTISEPSIA

A limpeza, desinfecção de superfícies e esterilização de MATERIAIS médico-hospitalares,


contribuem para a redução das infecções hospitalares e dependem da qualidade dos
germicidas e dos processos utilizados.

A seleção adequada dos desinfetantes, deve ser realizada em conjunto pela CCIH e
pela CFT, de forma a ser elaborada uma relação de POUCOS produtos, que atinja a
maioria das situações, sendo estes, EFICAZES, de BAIXO CUSTO e com a MENOR
TOXICIDADE possível. A aquisição deve ser realizada de produtos confiáveis e o
armazenamento deve garantir a sua qualidade. Além disso, a distribuição dos germicidas,
deve assegurar a disponibilidade do produto. A utilização deve ser constantemente
supervisionada pelo farmacêutico.

Vejamos algumas diferenças entre conceitos básicos:

• processo de eliminação ou inibição do crescimento


Anti-sepsia dos microrganismos na pele e mucosas

• processo de remoção de microrganismos


Descontaminação patogênicos dos objetos, tornando-os seguros ao
manuseio.

• remoção de matéria orgânica e de detritos dos


Limpeza materiais médico-hospitalares através de métodos
físicos e químicos.

• eliminação de microrganismos patogênicos, com


Desinfecção exceção de esporos, de objetos inanimados e
superfícies, por meios térmicos ou químicos.

• completa destruição de todos os microrganismos


Esterilização patogênicos, inclusive esporos, através de métodos
físicos ou químicos.

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Os artigos médico-hospitalares são classificados de acordo com riscos potenciais de


transmissão de infecções para os pacientes. Há 03 categorias:

Artigos críticos Artigos semicríticos Artigos não -críticos

• utilizados em • entram em contato com • destinados ao contato


procedimentos invasivos a pele não-íntegra ou com pele íntegra ou
na pele e mucosas mucosas íntegras, nenhum contato com o
adjacentes e sistema requerendo desinfecção paciente; requerem
vascular, necessitando de de médio ou alto nível. apenas limpeza ou
esterilização. desinfecção de nível
baixo ou médio.

Note que a limpeza, descontaminação desinfecção e esterilização corre em


MATERIAIS/OBJETOS/SUPERFÍCIES. Enquanto a antissepsia, na PELE/MUCOSA.

Inicialmente, vejamos agora os principais agentes utilizados na limpeza, desinfecção e


esterilização:

LIMPEZA

A limpeza nada mais é do que a remoção das sujidades depositadas nas superfícies
inanimadas utilizando-se meios mecânicos (fricção), físicos (temperatura) ou químicos
(saneantes), em um determinado período de tempo

Principais produtos usados na LIMPEZA de superfícies

Sabões e detergentes

 O SABÃO é um produto para lavagem e limpeza doméstica, formulado à base de


sais alcalinos de ácidos graxos associados ou não a outros tensoativos.
o É o produto da reação natural por saponificação de um álcali (hidróxido de
sódio ou potássio) e uma gordura vegetal ou animal.

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 O DETERGENTE é um produto destinado à limpeza de superfícies e tecidos através


da diminuição da tensão superficial. Os detergentes possuem efetivo poder de
limpeza, principalmente pela presença do surfactante na sua composição. O
surfactante modifica as propriedades da água, diminuindo a tensão superficial
facilitando a sua penetração nas superfícies, dispersando e emulsificando a
sujidade. O detergente tem a função de remover tanto sujeiras hidrossolúveis
quanto aquelas não solúveis em água.

DESINFECÇÃO

A desinfecção pode ser classificada em 3 níveis e para cada um deles há


recomendações de desinfetantes:

 Desinfecção de alto nível – refere-se àquela na qual é utilizado um germicida


desinfetante com poder de destruir bacilos da tuberculose, bactérias vegetativas,
fungos e todos os vírus, com exceção de esporos. Há eliminação de todos os
microrganismos, mas nem todos os esporos bacterianos

 Imersão completa do artigo em Glutaraldeído 2%

 Desinfecção de nível médio – refere-se àquela capaz de destruir vírus, ser


bactericida para as formas vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose.
Entretanto, não tem poder de destruição de esporos. Há eliminação de
micobactérias, bactérias vegetativas, muitos vírus e fungos, mas não esporos.
 Fricção de Álcool 70%,
 Hipoclorito a 1%
 Compostos fenólicos

 Desinfecção de baixo nível – é capaz de eliminar somente as bactérias na forma


vegetativa, alguns fungos e alguns vírus. Há eliminação de bactérias, alguns fungos
e vírus, mas não microbactérias.
 Compostos com quaternário de amônia

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Abaixo as principais características de desinfetantes utilizados no meio hospitalar:

Álcool Glutaraldeído Hipoclorito de sódio

• Atua por meio do • Possui atividade • amplo espectro, barato,


rompimento de bactericida, esporicida, não tóxico dentro de suas
membranas, com rápida fungicida, virucida e especificações.
desnaturação de micobactericida - altera o
proteínas e consequente DNA, RNA e síntese • É usado em superfícies,
lise celular. protéica artigos não-metálicos,
materiais de terapia
• Etílico - 70%* • É usado para desinfecção respiratória, tonômetros e
e esterilização de em lactários.
• Isopropílico: 92% instrumentos, como
artigos metálicos,
plásticos e de borracha -
deve ser exaguado.
• Atividade germicida,
menor custo e pouca
• Não deve ser empregado
toxicidade, sendo que o
em desinfecção de
álcool etílico tem
superfície (teor tóxico/
propriedades germicidas
fator econômico)
superiores ao isopropílico

• Concentração: 2%
• Também é antiséptico.

Note que o GLUTARALDEÍDO pode ser utilizado para desinfecção e esterilização. A


diferença está no tempo de imersão. Como regra geral temos:

imersão por aprox:


Desinfecção
20/ 30 minutos

imersão por 8 a 12
Esterilização
horas

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Obs: Para o álcool etílico, o nível ótimo de atividade microbicida acontece com álcool
etílico na concentração 70% (p/v) pois, a desnaturação das proteínas dos
microorganismos faz-se mais rapidamente na presença da água.

Também são desinfetantes:

Iodo Compostos fenólicos Quaternários de amônio

• Atua por meio do


rompimento de • período de exposição de • Geralmente são utilizados
membranas, com rápida 10 minutos para superfície em associação com outros
desnaturação de proteínas e de 30 minutos para desinfetante.
e consequente lise celular. artigos.
• Vantagem: baixa
• Estão em desuso devido a toxicidade;
• A formulação pode ser de toxicidade.
álcool iodado, contendo • período de 30 minutos,
0,5 e 1,0 % de iodo livre em superfícies,
em álcool etílico de 77% equipamentos e áreas
(v/v) onde se manipule
alimentos
• Também é utilizado como
antiséptico

ESTERILIZAÇÃO

Os métodos de esterilização podem ser físicos e químicos.


 Dentre os físicos há o calor, sob a forma úmida e seca, a radiação e a filtração.
 Dentre os métodos químicos, há os agentes químicos sob a forma líquida e
gasosa.

Nas instituições de saúde, os métodos de esterilização disponíveis rotineiramente:

Calor (forma Agentes


úmida e seca) químicos
CALOR ÚMIDO

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O calor úmido na forma de vapor saturado sob pressão é o processo de esterilização


MAIS seguro, eficiente, rápido e econômico disponível.

Processo de esterilização
mais seguro, eficiente, Calor Úmido
rápido e econômico

O vapor sob pressão, ao entrar em contato com a superfície fria dos materiais colocados
na AUTOCLAVE, se condensa liberando o calor latente, que é o responsável pela
desnaturação dos microrganismos.

CALOR SECO

A esterilização pelo calor seco é feita em estufas elétricas equipadas com termostato e
ventilador, a fim de promover um aquecimento mais rápido, controlado e uniforme dentro
da câmara.

Este processo deve se restringir a artigos que não possam ser esterilizados pelo vapor
saturado sob pressão, pelo dano que a umidade pode lhes causar ou quando são
impermeáveis, como vaselina, óleos e pós.

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AGENTES QUÍMICOS

São agentes químicos que podem ser utilizados na esterilização:

• período de exposição de 8 a 12 horas dependendo


Glutaraldeído a 2% da formulação química.

• pode ser usado como esterilizante tanto no estado


líquido, como gasoso;
Formaldeído • tempo mínimo de esterilização é de 18 horas - uso
limitado pelos vapores irritantes, carcinogenicidade
em potencial, odor característico.

• utilizado como esterilizante para alguns materiais


Ácido peracético termossensíveis como, por exemplo os cateteres;
• Também tem finalidade desinfetante;

Peróxido de hidrogênio • Utilizado tanto na sua forma líquida, gasosa e plasma

• gás inflamável, explosivo, carcinogênico e quando


misturado com gás inerte e sob determinadas
Óxido de etileno condições, tem sido uma das principais opções para
esterilização de materiais termossensíveis

Agora vejamos os principais agentes utilizados como antissépticos.

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ANTISSEPSIA

Processo de eliminação ou inibição do crescimento dos microrganismos na pele e


mucosas.

Alguns exemplos de antissépticos:

Álcool Etílico Nitrato de Iodo e Gliconato de


e Isopropílico Prata iodóforos clorexidina

Triclosan

Características importantes:

Álcool
O álcool possui muitas qualidades desejáveis dos antissépticos: barato, facilmente obtido e
tem rápida ação contra bactérias e é também tuberculicida e fungicida.

 Álcool etílico: 70%


 Álcool isopropílico: 92%

Iodo e iodóforos
O iodo tem imediata ação contra bactérias e vírus entéricos e contra cistos de protozoários.
Micobactérias e esporos de bacilos e de clostrídios podem também serem eliminados pelo
iodo. Além disso, foi observada atividade fungicida e tricomonicida do iodo.

O iodóforo mais conhecido é a polivinilpirrolidona um composto de 1 vinil-2- polímero


pirrolidona com iodo (PVPI).

Clorexidina
A atividade microbicida da clorexidina é principalmente contra bactérias vegetativas G+ e
G-.

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Principais aplicações:
 degermação das mãos e antebraço da equipe;
 preparo da pele (pré-operatório e procedimentos invasivos);
 lavagem simples das mãos.

Nitrato de Prata
A solução de nitrato de prata a 1% é utilizada no método de Crede para a profilaxia da
conjuntivite gonocócica do recém-nascido.

Atenção àqueles compostos que podem exercer mais de uma função, ok?

-Desinfetante
Álcool
-Antiséptico

-Desinfetante
(imersão 30 min)
Glutaraldeído 2%
-Esterilizante (imersão
8 a 12 h)
-Desinfetante
Ácido Peracético
-Esterilizante

-Antiséptico;
Iodo
-Desinfetante

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(2018-INSTITUTO AOCP – EBSERH/UFCG) - O farmacêutico que atua num ambiente


hospitalar deve ter conscientização das variações dos riscos de transmissão de infecções,
das dificuldades de cada método perante a natureza dos artigos, sendo importante, a fim
de que possam ser tomadas as precauções necessárias para torná-las invariavelmente
eficientes. Essa conscientização se inicia pelo conhecimento dos conceitos de limpeza,
desinfecção, esterilização, antissepsia e assepsia, de modo a torná-los utilizáveis na
prática. Glutaraldeido 2% por 30 minutos, hipoclorito de sódio 1%, álcool 70% e PVPI 10%
são considerados, respectivamente:

A) antisséptico, desinfetante, esterilizante e antisséptico.


B) esterilizante, desinfetante, esterilizante e antisséptico.
C) desinfetante, antisséptico, desinfetante e desinfetante.
D) desinfetante, desinfetante, antisséptico e antisséptico.
E) esterilizante, antisséptico, antisséptico e esterilizante.

COMENTÁRIOS: Vamos classificar cada um dos compostos apresentados:

 Glutaraldeído 2% por 30 minutos: desinfetante (lembre-se que – por 30 minutos:


desinfetante/ por 8 a 12h: esterilizantes);
 Hipoclorito de Sódio 1%: desinfetante;
 Álcool: desinfetante e antisséptico
 PVPI: iodóforo utilizado como antisséptico

Dessa forma, a única sequência possível de estar correta corresponde a letra D.

GABARITO: D

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Caro(a) aluno(a), a seguir, apresentarei a Portaria 2.616/98 MS na íntegra, destacando os


principais pontos que vimos ao longo da aula.

PORTARIA 2.616 DE 12 DE MAIO DE 1998

O Ministro de Estado da Saúde, Interino, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87,
inciso II da Constituição, e
 Considerando as determinações da Lei n° 9.431, de 6 de janeiro de 1997, que
dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, de
programa de controle de infecções hospitalares;
 Considerando que as infecções hospitalares constituem risco significativo à
saúde dos usuários dos hospitais, e sua prevenção e controle envolvem medidas de
qualificação da assistência hospitalar, de vigilância sanitária e outras, tomadas no
âmbito do Estado, do Município e de cada hospital, atinentes ao seu funcionamento;
 Considerando que o Capítulo I art. 5° e inciso III da Lei n° 8.080 de 19 de setembro
de 1990, estabelece como objetivo e atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS),
"a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da Saúde com a realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas";
 Considerando que no exercício da atividade fiscalizadora os órgãos estaduais de
saúde deverão observar, entre outros requisitos e condições, a adoção, pela
instituição prestadora de serviços, de meios de proteção capazes de evitar
efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes, pacientes e dos circunstantes
(Decreto n° 77.052, de 19 de janeiro de 1976, art. 2°, inciso IV);
 Considerando os avanços técnico-científicos, os resultados do Estudo Brasileiro da
Magnitude das Infecções Hospitalares, Avaliação da Qualidade das Ações de
Controle de Infecção Hospitalar, o reconhecimento mundial destas ações como as
que implementam a melhoria da qualidade da assistência à Saúde, reduzem
esforços, problemas, complicações e recursos;
 Considerando a necessidade de informações e instrução oficialmente
constituída para respaldar a formação técnico-profissional, resolve:

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Art. 1° Expedir, na forma dos anexos I, II, III, IV e V, diretrizes e normas para a prevenção
e o controle das infecções hospitalares.

Art. 2° As ações mínimas necessárias, a serem desenvolvidas, deliberada e


sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das
infecções dos hospitais, compõem o Programa de Controle de Infecções Hospitalares.

Art. 3° A Secretaria de Políticas de Saúde, do Ministério da Saúde, prestará cooperação


técnica às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a fim de orientá-las sobre o exato
cumprimento e interpretação das normas aprovadas por esta Portaria.

Art. 4° As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde poderão adequar as normas


conforme prevê a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Art. 5° A inobservância ou o descumprimento das normas aprovadas por esta Portaria


sujeitará o infrator ao processo e às penalidades previstas na Lei n° 6.437, de 20 agosto de
1977, ou outra que a substitua, com encaminhamento dos casos ou ocorrências ao
Ministério Público e órgãos de defesa do consumidor para aplicação da legislação
pertinente (Lei n° 8.078/90 ou outra que a substitua).

Art. 6° Este regulamento deve ser adotado em todo território nacional, pelas pessoas
jurídicas e físicas, de direito público e privado envolvidas nas atividades hospitalares de
assistência à saúde.

Art. 7° Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° Fica revogada a Portaria n° 930, de 27 de agosto de 1992.

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ANEXO I
ORGANIZAÇÃO

l. O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações


desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da
incidência e da gravidade das infecções hospitalares.

2. Para a adequada execução do PCIH, os hospitais deverão constituir Comissão de


Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da
instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar.

2.1. A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior,
formalmente designados.

2.2. Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores.

2.2.1. O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da


mesma, indicado pela direção do hospital.

2.3. Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços:


2.3.1. serviço médico;
2.3.2. serviço de enfermagem;
2.3.3. serviço de farmácia;
2.3.4. laboratório de microbiologia;
2.3.5. administração.

2.4. Os hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) atendem os


números 2.3.1 e 2.3.2.

2.5. Os membros EXECUTORES da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção


Hospitalar e, portanto, são encarregados da execução das ações programadas de controle
de infecção hospitalar;

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2.5.1. Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da


área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária
diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais
profissionais.

2.5.l.1. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.

2.5.1.2. A carga horária diária, dos membros executores, deverá ser calculada na base da
proporcionalidade de leitos indicado no número 2.5.1.

2.5.1.3. Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser
acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros
executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez)
leitos ou fração;

2.5.1.3.1. Para fins desta Portaria, consideram-se PACIENTES CRÍTICOS:


2.5.1.3.1.1. pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico e neonatal);
2.5.1.3.1.2. pacientes de berçário de alto risco;
2.5.1.3.1.3. pacientes queimados;
2.5.1.3.1.4. pacientes submetidos a transplantes de órgãos;
2.5.1.3.1.5. pacientes hemato-oncológicos;
2.5.1.3.1.6. pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

2.5.1.4. Admite-se, no caso do número 2.5.1.3., o aumento do número de profissionais


executores na CCIH, ou a relativa adequação de carga horária de trabalho da equipe
original expressa no número 2.5.1;

2.5.1.5. Em hospitais com regime exclusivo de internação tipo paciente-dia, deve-se


atender aos números 2.1, 2.2 e 2.3, e com relação ao número 2.5.1, a carga de trabalho
dos profissionais será de 2 (duas) horas diárias para o enfermeiro e 1 (uma) hora para os
demais profissionais, independente do número de leitos da instituição.
2.5.1.6. Os hospitais poderão consorciar-se no sentido da utilização recíproca de recursos
técnicos, materiais e humanos, com vistas à implantação e manutenção do Programa de
Controle da Infecção Hospitalar.

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2.5.1.7. Os hospitais consorciados deverão constituir CCIH própria, conforme os números


2 e 2.1, com relação aos membros consultores, e prover todos os recursos necessários à
sua atuação.

2.5.1.8. O consórcio deve ser formalizado entre os hospitais componentes. Os membros


executores, no consórcio, devem atender aos números 2.5.1, 2.5.1.1, 2.5.1.2, 2.5.1.3 e
2.5.1.4.

COMPETÊNCIAS

3. A CCIH do hospital deverá:

3.1. elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar,


adequado às características e necessidades da instituição, contemplando, no mínimo,
ações relativas a:
3.1.1. implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções
Hospitalares, de acordo com o Anexo III;
3.1.2. adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-
operacionais, visando à prevenção e controle das infecções hospitalares;
3.1.3. capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que
diz respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares;
3.1.4. uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares;

3.2. avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de


Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle
propostas pelos membros executores da CCIH;

3.3. realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e


implantar medidas imediatas de controle;

3.4. elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à autoridade


máxima de instituição e às chefias de todos os setores do hospital, a situação do controle
das infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar;

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3.5. elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-


operacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso
no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento;

3.6. adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-


operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares;

3.7. definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de


utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a
instituição;

3.8. cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com


vistas a obter capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz
respeito ao controle das infecções hospitalares;

3.9. elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;

3.10. cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como fornecer, prontamente,
as informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes;

3.11. notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão do


SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob vigilância
epidemiológica (notificação compulsória), atendidos em qualquer dos serviços ou unidades
do hospital, e atuar cooperativamente com os serviços de saúde coletiva;

3.12. notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão


do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à
utilização de insumos e/ou produtos industrializados.
4. Caberá à AUTORIDADE MÁXIMA da instituição:
4.1. constituir formalmente a CCIH;
4.2. nomear os componentes da CCIH por meio de ato próprio;
4.3. propiciar a infra-estrutura necessária à correta operacionalização da CCIH;
4.4. aprovar e fazer respeitar o regimento interno da CCIH;

FarmaConcursos 42
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Controle de Infecção Hospitalar

4.5. garantir a participação do Presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e


formuladores de política da instituição, como, por exemplo, os conselhos técnicos,
independente da natureza da entidade mantenedora da instituição de saúde;
4.6. garantir o cumprimento das recomendações formuladas pela Coordenação Municipal,
Estadual/Distrital de Controle de Infecção Hospitalar;
4.7. Informar o órgão oficial municipal ou estadual quanto à composição da CCIH, e às
alterações que venham a ocorrer;
4.8. fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar.

5. À Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, do Ministério da Saúde,


compete:

5.1. definir diretrizes de ações de controle de infecção hospitalar;

5.2. apoiar a descentralização das ações de prevenção e controle de infecção hospitalar;

5.3. coordenar as ações nacionais de prevenção e controle de infecção hospitalar;

5.4. estabelecer normas gerais para a prevenção e controle das infecções hospitalares;

5.5. estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle de infecção hospitalar;

5.6. promover a articulação com órgãos formadores, com vistas à difusão do conteúdo de
conhecimentos do controle de infecção hospitalar;

5.7. cooperar com a capacitação dos profissionais de saúde para o controle de infecção
hospitalar;
5.8. identificar serviços municipais, estaduais e hospitalares para o estabelecimento de
padrões técnicos de referência nacional;

5.9. prestar cooperação técnica, política e financeira aos Estados e aos Municípios, para
aperfeiçoamento da sua atuação em prevenção e controle de infecção hospitalar;

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Controle de Infecção Hospitalar

5.10. acompanhar e avaliar as ações implementadas, respeitadas as competências


estaduais/distrital e municipais de atuação, na prevenção e controle das infecções
hospitalares;

5.11. estabelecer sistema nacional de informações sobre infecção hospitalar na área de


vigilância epidemiológica;

5.12. estabelecer sistema de avaliação e divulgação nacional dos indicadores da


magnitude e gravidade das infecções hospitalares e da qualidade das ações de seu
controle;

5.13. planejar ações estratégicas em cooperação técnica com os Estados, Distrito Federal
e os Municípios;

5.14. acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de infecção


hospitalar.

6. Às Coordenações Estaduais e Distrital de Controle de Infecção Hospitalar, compete:

6.1. definir diretrizes de ação estadual/distrital, baseadas na política nacional de controle


de infecção hospitalar;

6.2. estabelecer normas, em caráter suplementar, para a prevenção e controle de infecção


hospitalar;

6.3. descentralizar as ações de prevenção e controle de infecção hospitalar dos


Municípios;
6.4. prestar apoio técnico, financeiro e político aos municípios, executando,
supletivamente, ações e serviços de saúde, caso necessário;

6.5. coordenar, acompanhar, controlar e avaliar as ações de prevenção e controle de


infecção hospitalar do Estado e Distrito Federal;

6.6. acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores epidemiológicos de infecção hospitalar;

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Controle de Infecção Hospitalar

6.7. informar, sistematicamente, à Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, do


Ministério da Saúde, a partir da rede distrital, municipal e hospitalar, os indicadores de
infecção hospitalar estabelecidos.

7. Às Coordenações Municipais de Controle de Infecção Hospitalar, compete:

7.1. coordenar as ações de prevenção e controle de infecção hospitalar na rede hospitalar


do Município;

7.2. participar do planejamento, da programação e da organização da rede regionalizada e


hierarquizada do SUS, em articulação com a Coordenação Estadual de controle de
infecção hospitalar;

7.3. colaborar e acompanhar os hospitais na execução das ações de controle de infecção


hospitalar;

7.4. prestar apoio técnico às CCIH dos hospitais;

7.5. informar, sistematicamente, à Coordenação Estadual de controle de infecção


hospitalar do seu Estado, a partir da rede hospitalar, os indicadores de infecção hospitalar
estabelecidos.

Programa de Controle de Infecção Hospitalar


ANEXO II
CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES

1. Conceitos básicos.

l.1. Infecção comunitária (IC):


1.1.1. é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que

FarmaConcursos 45
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Controle de Infecção Hospitalar

não relacionada com internação anterior no mesmo hospital.

1.1.2. São também comunitárias:


1.1.2.1. a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já
presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou
sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção;
1.1.2.2. a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é
conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento
(exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS);
1.1.2.3. As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24
(vinte e quatro) horas.

1.2. Infecção hospitalar (IH):


1.2.1. é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a
internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou
procedimentos hospitalares.

2. Critérios para diagnóstico de infecção hospitalar, previamente estabelecidos e descritos.

2.1. Princípios:
2.1.1. o diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de:
2.1.1.1. evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu
prontuário;
2.1.1.2. resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a
pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de visualização realizados.
2.1.1.3. evidências de estudos com métodos de imagem;
2.1.1.4. endoscopia;
2.1.1.5. biópsia e outros.

2.2. Critérios gerais:

2.2.1. quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for
isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o
caso deverá ser considerado como infecção hospitalar;

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Controle de Infecção Hospitalar

2.2.2. quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver


evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação,
convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se
apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão;

2.2.3. são também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de


72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos
e/ou terapêuticos, realizados durante este período;

2.2.4. as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de


forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro)
horas;

2.2.5. os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são
considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem infecção hospitalar.
Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de origem
deverão ser informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele
hospital.

3. Classificação das cirurgias por potencial de contaminação da incisão cirúrgica.

3.1. as infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas conforme o potencial de


contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número de microrganismos presentes
no tecido a ser operado;

3.2. a classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico, pelo cirurgião, de
acordo com as seguintes indicações:

3.2.1. Cirurgias Limpas

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Controle de Infecção Hospitalar

 são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na


ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras,
cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta.
Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou
urinário;

3.2.2. Cirurgias Potencialmente Contaminadas


 são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco
numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo
infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório.
Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração
nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.

3.2.3. Cirurgias Contaminadas


 são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos,
colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou
impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas
grosseiras, na ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na
incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande contaminação a partir do
tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se incluem nesta categoria.

3.2.4. Cirurgias Infectadas


 são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em
presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.

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ANEXO III
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DAS
INFECÇÕES HOSPITALARES

l. Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares

 é a observação ativa, sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição


entre pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o
risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e
controle.

2. A CCIH deverá escolher o método de Vigilância Epidemiológica mais adequado às


características do hospital, à estrutura de pessoal e à natureza do risco da assistência,
com base em critérios de magnitude, gravidade, redutibilidade das taxas ou custo;
2.1. São indicados os métodos prospectivos, retrospectivos e transversais,
visando determinar taxas de incidência ou prevalência.

3. São recomendados os métodos de busca ativos de coleta de dados para Vigilância


Epidemiológica das infecções hospitalares.

4. Todas as alterações de comportamento epidemiológico deverão ser objeto de


investigação epidemiológica específica.

5. Os indicadores mais importantes a serem obtidos e analisados periodicamente no


hospital e, especialmente, nos serviços de Berçário de Alto Risco, UTI
(adulto/pediátrica/neonatal) Queimados, são;

5.1. Taxa de Infecção Hospitalar,


 calculada tomando como numerador o número de episódios de infecção hospitalar
no período considerado e como denominador o total de saídas (altas, óbitos e
transferências) ou entradas no mesmo período;

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Controle de Infecção Hospitalar

5.2. Taxa de Pacientes com Infecção Hospitalar,


 calculada tomando como numerador o número de doentes que apresentaram
infecção hospitalar no período considerado, e como denominador o total de saídas
(altas, óbitos e transferências) ou entradas no período;

5.3. Distribuição Percentual das Infecções Hospitalares por localização topográfica


no paciente,
 calculada tendo como numerador o número de episódios de infecção hospitalar em
cada topografia, no período considerado e como denominador o número total de
episódios de infecção hospitalar ocorridos no período;

5.4. Taxa de Infecções Hospitalares por Procedimento,


 calculada tendo como numerador o número de pacientes submetidos a um
procedimento de risco que desenvolveram infecção hospitalar e como denominador
o total de pacientes submetidos a este tipo de procedimento.

Exemplos: Taxa de infecção do sítio cirúrgico, de acordo com o potencial de


contaminação. Taxa de infecção urinária após cateterismo vesical.
Taxa de pneumonia após uso de respirador.

5.5. Recomenda-se que os indicadores epidemiológicos dos números 5.1. e 5.2. sejam
calculados utilizando-se no denominador o total de pacientes dia, no período.
5.5.1. O número de pacientes dia é obtido somando-se os dias totais de
permanência de todos os pacientes no período considerado.

5.6. Recomenda-se que o indicador do número 5.4 pode ser calculado utilizando-se como
denominador o número total de procedimentos dia.
5.6.1. O número de pacientes dia é obtido somando-se o total de dias de permanência do
procedimento realizado no período considerado.

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Controle de Infecção Hospitalar

5.7. Outros procedimentos de risco poderão ser avaliados, sempre que a ocorrência
respectiva o indicar, da mesma forma que é de utilidade o levantamento das taxas de
infecção do sítio cirúrgico, por cirurgião e por especialidade.

5.8. Frequência das Infecções Hospitalares por Microrganismos ou por etiologias,


calculada tendo como numerador o número de episódios de infecção hospitalar por
microrganismo e como denominador o número de episódios de infecções hospitalares que
ocorreram no período considerado.

5.9. Coeficiente de Sensibilidade aos Antimicrobianos, calculado tendo como numerador o


número de cepas bacterianas de um determinado microorganismo sensível a determinado
antimicrobiano e como denominador o número total de cepas testadas do mesmo agente
com antibiograma realizado a partir das espécimes encontradas.

5.10. INDICADORES DE USO DE ANTIMICROBIANOS.

5.10.1. Percentual de pacientes que usaram antimicrobianos (uso profilático ou


terapêutico) no período considerado. Pode ser especificado por clínica de internação. É
calculado tendo como numerador o total de pacientes em uso de antimicrobiano e como
denominador o número total de pacientes no período.

5.10.2. Frequência com que cada antimicrobiano é empregado em relação aos


demais. É calculada tendo como numerador o total de tratamentos iniciados com
determinado antimicrobiano no período, e como denominador o total de tratamentos com
antimicrobianos iniciados no mesmo período.

5.1.1. Taxa de letalidade associada a infecção hospitalar,


 é calculada tendo como numerador o número de óbitos ocorridos de pacientes com
infecção hospitalar no período considerado, e como denominador o número de
pacientes que desenvolveram infecção hospitalar no período.

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5.12. Consideram-se obrigatórias as, informações relativas aos indicadores


epidemiológicos 5.1, 5.2, 5.3 e 5.11, no mínimo com relação aos serviços de Berçário de
alto risco, UTI (adulto/pediátrica/neonatal) e queimados

6. Relatórios e Notificações

6.1. A CCIH deverá elaborar periodicamente um relatório com os indicadores


epidemiológicos interpretados e analisados. Esse relatório deverá ser divulgado a todos os
serviços e à direção, promovendo-se seu debate na comunidade hospitalar.

6.2. O relatório deverá conter informações sobre o nível endêmico das infecções
hospitalares sob vigilância e as alterações de comportamento epidemiológico detectadas,
bem como as medidas de controle adotadas e os resultados obtidos.

6.3. É desejável que cada cirurgião receba, anualmente, relatório com as taxas de infecção
em cirurgias limpas referentes às suas atividades, e a taxa média de infecção de cirurgias
limpas entre pacientes de outros cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente.

6.4. O relatório da vigilância epidemiológica e os relatórios de investigações


epidemiológicas deverão ser enviados às Coordenações Estaduais/ Distrital/Municipais e à
Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar do Ministério da Saúde, conforme as
normas específicas das referidas Coordenações.

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ANEXO IV
LAVAGEM DAS MÃOS

1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e
punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente.

2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e


controle das infecções hospitalares.

3. O uso de luvas NÃO dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que
envolvam mucosas, sangue ou outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções.

NÃO dispensa lavagem


Uso de luvas
das mãos antes e após

4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a
assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios
corporais, entre cada uma das atividades.

4.1. A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos
procedimentos cirúrgicos.

5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve considerar:
 o tipo de contato,
 o grau de contaminação,
 as condições do paciente e
 o procedimento a ser realizado.

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Controle de Infecção Hospitalar

5.1. A lavagem das mãos com anti-séptico é recomendada em;


- realização de procedimentos invasivos;
- prestação de cuidados a pacientes críticos;
- contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como catéteres e drenos.

6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática da


lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar.

6.1 A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos, de forma a
atender à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é
fundamental para a obrigatoriedade da prática.

ANEXO V
RECOMENDAÇÕES GERAIS

1. A utilização dos anti-sépticos, desinfetantes e esterilizantes seguirá as determinações da


Portaria n° 15, de 23 de agosto de 1988, da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS)/ do
Ministério da Saúde e o Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de
Saúde/ MS, 2ª edição, 1994, ou outras que as complementem ou substituam.

1.1. Não são recomendadas, para a finalidade de anti-sepsia, as formulações


contendo mercuriais orgânicos, acetona, quaternário de amônio, líquido de
Dakin, éter e clorofórmio.

2. As normas de limpeza, desinfecção e esterilização são aquelas definidas pela


publicação do Ministério da Saúde, Processamento de Artigos e Superfícies em
Estabelecimentos de Saúde, 2ª edição, 1994 - princípios ativos liberados conforme os
definidos pela Portaria n° 15, SVS, de 23 de agosto de 1988, ou outras que a
complementem ou substituam.

3. As normas de procedimentos na área de Microbiologia são aquelas definidas pela


publicação do Ministério da Saúde - Manual de Procedimentos Básicos em Microbiologia
Clínica para o Controle de Infecção Hospitalar, lª edição, 1991, ou outras que as
complementem ou substituam.

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Controle de Infecção Hospitalar

4. As normas para lavanderia são aquelas definidas pela publicação do Ministério da


Saúde - Manual de Lavanderia Hospitalar, lª edição, 1986, ou outras que as
complementem ou substituam.

5. A Farmácia Hospitalar seguirá as orientações contidas na publicação do


Ministério da Saúde - Guia Básico para a Farmácia Hospitalar, lª edição, 1994, ou
outras que as complementem ou substituam.

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Vamos analisar algumas questões que trataram de diversos pontos da Portaria 2.616/98:

(2018-COMPERV-SASP-RN)-Comissões hospitalares desempenham papel importante na


padronização de processos internos e na produção de indicadores do serviço. Muitas
comissões obedecem a legislações específicas, como a Comissão de controle de
infecções hospitalares (CCIH), regulamentada pela Portaria Nº 2616/98 do Ministério da
Saúde. Em relação a CCIH, é correto afirmar:
A) por se tratar de órgão deliberativo, os membros da CCIH devem ser eleitos por voto.
B) em instituições hospitalares com menos de 20 leitos, é facultativa a implantação de
CCIH.
C) a CCIH é formada por membros consultores, executores e pela representação dos
pacientes.
D) compete à CCIH a implantação de sistema de vigilância epidemiológica de infecções.

Comentários: Vamos analisar cada uma das alternativas:


A- ERRADA - Em nenhum momento a Portaria cita que devem ser realizadas eleições para os
membros da CCIH. Além disso, o presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos
membros da mesma, indicado pela direção do hospital.
B- ERRADA - A CCIH é obrigatória, independentemente do número de leitos do hospital. O
número de leitos determina outros fatores como membros e suas cargas horárias.
C- ERRADA - – A CCIH é formada apenas por membros consultores e membros executores.
Os membros consultores são representantes dos seguintes serviços:

1 2 3 4 5
• serviço médico • serviço de • serviço de farmácia • laboratório de • administração
enfermagem microbiologia

Os membros executores representam o Serviço de Controle de Infecção hospitalar e, portanto,


são encarregados da execução programada de controle de infecção hospitalar.

D- CORRETA - Uma das competências da CCIH é justamente a implantação de um sistema de


vigilância epidemiológica de infecções.

Gabarito: D

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(2018-UFLA)- “A primeira ação governamental efetiva para o controle das Infecções


Hospitalares(IH) foi a Portaria 196 de 24 de junho de 1983, determinando que ‘todos os
hospitais do país deveriam manter Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH),
independentemente da natureza da entidade mantenedora’. Ela forneceu também as
orientações para a organização do processo de trabalho dessa comissão, caracterizando
os seus agentes e suas atividades”. Disponível em: Pharmacia Brasileira nº 80 -
Fevereiro/Março 2011 Atualmente, a portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998 do Ministério
da Saúde, rege a obrigatoriedade de os hospitais do país possuírem um Programa de
Controle de Infecções Hospitalares e nela está disposta a funcionalidade desse programa.
Essa Portaria estabelece que:
(A) Um dos membros executores deve ser, obrigatoriamente, um enfermeiro ou um
farmacêutico.
(B) Os membros consultores serão representantes dos seguintes serviços: serviço médico;
serviço de enfermagem; serviço de farmácia; laboratório de microbiologia; administração.
(C) Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área
de saúde para cada 300 (trezentos) leitos ou fração desse número com carga horária
diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais
profissionais.
(D) Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida
de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão
acrescidas 6 (seis) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração.

Comentários: Vamos analisar cada uma das alternativas:

A- ERRADA - Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.


B- CORRETA – Os membros consultores são representantes dos seguintes serviços:

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1 • serviço médico
2 • serviço de enfermagem
3 • serviço de farmácia
4 • laboratório de microbiologia
5 • administração

C- ERRADA – Atenção aos números! Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois)


técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste
número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas
para os demais profissionais.

D- ERRADA – . Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, os membros executores
terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração;

Gabarito: B

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(2018-AOCP -- Prefeitura de João Pessoa – PB)- Assinale a alternativa correta sobre os


critérios para o diagnóstico das infecções hospitalares.
(A) São convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de sete dias
da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos
realizados durante esse período.
(B) Quando o período de incubação do microrganismo for desconhecido e não houver
evidência clínica ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-
se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de
24 horas após a admissão.
(C) Todas as infecções no recém-nascido são consideradas hospitalares.
(D) São convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas
da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos
realizados durante esse período.

Comentários: Vamos analisar cada uma das alternativas:

A- ERRADA – Prazo: 72 horas (e não 7 dias).


B- ERRADA - Prazo: 72 horas (e não 24 horas).
C- ERRADA - Não são TODAS as infecções no RN que são consideradas hospitalares. Há 2
exceções: as transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a
24 (vinte e quatro) horas;
D- CORRETA

Gabarito: D

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Controle de Infecção Hospitalar

Caro(a) Aluno(a), finalizamos aqui esta aula. Não deixe de resolver as questões a seguir
para treinar!

Até nosso próximo encontro!

Prof. Cá Cardoso

FarmaConcursos 60
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Controle de Infecção Hospitalar

LISTA DE QUESTÕES

01 - (CAFAR - AERONAUTICA)- As normas e diretrizes para a prevenção e o Controle


das Infecções Hospitalares, através do programa do CCIH, estão estabelecidas na Portaria
do Ministério da Saúde, de número
A) 2814/98
B) 2616/98
C) 1660/97
D) 3916/98

02 - (2014 –EBSERH/HU-UNIVASF – IBFC) As diretrizes e normas para a prevenção e o


controle das infecções hospitalares são determinadas na Portaria 2616/98 do MS. A
Comissão de controle de infecção hospitalar deverá contar com um membro representante
do serviço de farmácia. Assinale das alternativas abaixo aquela que corresponde a
infecção hospitalar:
a) Infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não
relacionada com internação anterior no mesmo hospital
b) Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na
admissão, a menos que haja troca de microorganismo com sinas ou sintomas
fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção
c) Infecção adquira após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação
ou após a alta quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos
hospitalares
d) Infecção em recém-nascido, cuja aquisição, por via transplacentária é conhecida ou foi
comprovada e que se tornou evidente logo após o nascimento
e) Toda e qualquer infecção que acometa qualquer paciente internado, independentemente
de suas condições prévias.

3 - (2014- Prefeitura de Espera Feliz-MG/IDECAN) Infecção Hospitalar (IH) é aquela


adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta durante a internação ou após a
alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
Convenciona-se IH toda manifestação clínica de infecção que se apresentar:
a) 2 dias após a admissão.

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Controle de Infecção Hospitalar

b) logo após a internação.


c) 12 horas após a admissão.
d) 24 horas após a admissão.
e) 72 horas após a admissão

4 - (CAFAR - AERONAUTICA) Entre as principais causas da Infecção Hospitalar, não


destacamos
A) condição clínica do paciente.
B) falta de vigilância epidemiológica adequada
C) uso irracional de antimicrobianos.
D) uso de antimicrobianos de alto custo

5 - (2010 / Pref. Pilar/AL - MASTER) Diante das principais causas da infecção hospitalar,
responda a FALSA:
A) uso irracional de antimicrobianos é uma das principais causas de infecção;
B) uma outra causa de infecção hospitalar é a falta de vigilância epidemiológica adequada;
C) uma das principais causas de infecção hospitalar é a limpeza do hospital;
D) os métodos de proteção antiinfecciosa inexistentes podem causar infecções.

6 - (Pref. Itaboraí/RJ - FUNRIO) Sobre o Controle das Infecções hospitalares, qual das
afirmativas abaixo estão CORRETAS?
I - As infecções hospitalares podem ser definidas como aquelas adquiridas após a
admissão do paciente e que se manifestam durante a internação ou após a alta.
II- A falta de vigilância epidemiológica adequada é uma das principais causas de infecção
hospitalar.
III - Para um controle efetivo da infecção hospitalar deve-se, entre outras ações, ter uma
vigilância epidemiológica ativa, sistemática e contínua.
IV - A principal atividade que a farmácia deve desenvolver é a promoção do uso racional
de antimicrobianos.
A) I, II e IV, apenas
B) II e III, apenas
C) I, II, III e IV
D) I e II, apenas

FarmaConcursos 62
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Controle de Infecção Hospitalar

E) I, III e IV, apenas

7 - (Pref. Tamandaré/PE - UPENET/IAUPE) Sobre o Controle de Infecção Hospitalar,


analise as afirmativas a seguir.
I. A comissão de controle de infecção hospitalar - CCIH é responsável pela elaboração
política do uso de antimicrobianos.
II. O sistema individualizado e o unitário possibilitam a distribuição de material médico-
hospitalar por paciente, possibilitando informações à CCIH sobre os artigos utilizados,
assim auxiliando na vigilância epidemiológica procedimentos invasivos.
III. O uso racional de antimicrobianos é uma atividade multidisciplinar, dependendo,
exclusivamente, da prescrição do antimicrobiano adequado, da atividade farmacêutica e
da CCIH.
IV. A dose diária definida - DDD auxilia na determinação do consumo real de
antimicrobianos por unidade de internação.

Marque a alternativa que contenham os itens INCORRETOS:


A) I, II, III.
B) II, IV,
C) II,
D) Somente IV.
E) Somente III.

8 - (Pref. Serra/ES - NCE/UFRJ) Na Comissão de Controle de Infecção hospitalar NÃO


constitui uma competência da farmácia:
A) promover o uso racional de antimicrobianos;
B) definir políticas de utilização de antimicrobianos e germicidas hospitalares;
C) cooperar com o setor de treinamento no que diz respeito ao controle das infecções
hospitalares;
D) monitorar e controlar os procedimentos invasivos;
E) promover o uso racional de germicidas e materiais médico-hospitalares

9 - (Pref. Teresina/PI - UFPI/ COPESE) De acordo com a Comissão de Controle de


Infecção Hospitalar (CCIH), assinale a opção que NÃO é atribuição do profissional
farmacêutico.

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Controle de Infecção Hospitalar

A) Revisar e/ou autorizar e emitir nova prescrição de antimicrobianos no Hospital.


B) Participar da padronização de germicidas.
C) Participar de reuniões da CCIH.
D) Fornecer informações para subsidiar a política de uso racional de antimicrobianos.
E) Elaborar rotinas de dispensação de antimicrobianos.

10 - (2014 - Pref. Palmeiras do Tocantins/TO – IMA) São atribuições da CCIH -


Comissão de Controle de Infecção Hospitalar :
(A) Realizar relatórios e notificar a Secretaria de Saúde e setores do hospital sobre índices
de infecção e doenças de notificação compulsórias.
(B) Realização de medidas de prevenção das infecções hospitalares junto aos setores,
através de treinamentos e estabelecimento de normas e rotinas.
(C) Emissão de parecer sobre produtos desinfetantes/esterelizantes a serem usados no
hospital, baseados em portarias vigentes editadas pelo Ministério da Saúde.
(D) Todas as alternativas estão corretas.

11- (2015-UFPEL – EBSERH – AOCP)- A Portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998, que


trata do controle das infecções hospitalares, define que nos hospitais com leitos destinados
a pacientes críticos os membros executores da Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) devem ter acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10
leitos. De acordo com a portaria, não são pacientes críticos para infecção hospitalar
(A) pacientes de terapia intensiva.
(B) puérperas de baixo risco.
(C) pacientes de berçário de alto risco.
(D) pacientes queimados.
(E) pacientes submetidos a transplantes de órgãos.

12 – (2015-AOCP – EBSERH - UFSCAR)- Sobre a portaria 2616/98, que define normas


para o controle das infecções hospitalares, assinale a alternativa correta.
(A) A criação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar é facultativa aos
hospitais, sendo a sua implantação obrigatória apenas após um surto local de infecção.

FarmaConcursos 64
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Controle de Infecção Hospitalar

(B) Os membros executores da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar são


encarregados da execução das ações programadas de controle das infecções
hospitalares.
(C) Os membros executores da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar devem ser
auxiliares administrativos do hospital.
(D) É vedado à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar realizar ações de Vigilância
Epidemiológica de Infecções Hospitalares.
(E) A Comissão de Controle de Farmácia Hospitalar deve ser impedida de implantar
medidas imediatas de controle de surtos. Além disso, todos os dados relacionados ao
assunto devem ser mantidos em sigilo absoluto.

13 – (2017-FUNRIO - SESAU-RO)- São competências da Comissão de Controle de


Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital, segundo o Anexo I da Portaria MS 2.616/98,
EXCETO:
(A) avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de
Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle
propostas pelos membros executores de CCIH.
(B) realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e
implantar medidas imediatas de controle.
(C) definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica e de
Farmacoeconomia, a lista de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares
com custo menor visando economizar recursos das unidade de saúde.
(D) elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
(E) notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão do
SUS, os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecção associadas à utilização de
insumos e/ou produtos industrializados.

14 – (2017-FUNRIO - SESAU-RO)-Segundo o Anexo IV (Programa de Controle de


Infecção Hospitalar / Lavagem das mãos) da Portaria MS 2.616/98, avalie se são
verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir:
I. O uso de luvas dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam
mucosas do paciente.

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II. A lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos
procedimentos cirúrgicos.
III. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e
punhos, utilizando-se detergente, seguida de enxágue abundante em água corrente.
As afirmativas I, II e III são respectivamente:
(A) V, V e V.
(B) V, V e F.
(C) F, F e V
(D) V, F e V.
(E) F, V e V

15 – (2017- UPENET/IAUPE - UPE)- Os hospitais deverão constituir Comissão de Controle


de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e
de execução das ações de controle de infecção hospitalar. Considerando a constituição
dessa Comissão, assinale a alternativa INCORRETA.
A) A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível médio e
superior, formalmente designados.
B) Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores.
C) O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros desta, indicado
pela direção do hospital.
D) O serviço de farmácia terá representante como membro consultor.
E) A administração terá representante como membro consultor

16 – (2018-COMPERV-SASP-RN)-Comissões hospitalares desempenham papel


importante na padronização de processos internos e na produção de indicadores do
serviço. Muitas comissões obedecem a legislações específicas, como a Comissão de
controle de infecções hospitalares (CCIH), regulamentada pela Portaria Nº 2616/98 do
Ministério da Saúde. Em relação a CCIH, é correto afirmar:
A) por se tratar de órgão deliberativo, os membros da CCIH devem ser eleitos por voto.
B) em instituições hospitalares com menos de 20 leitos, é facultativa a implantação de
CCIH.
C) a CCIH é formada por membros consultores, executores e pela representação dos
pacientes.

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D) compete à CCIH a implantação de sistema de vigilância epidemiológica de infecções.

17 – (2018-UFLA)- “A primeira ação governamental efetiva para o controle das Infecções


Hospitalares(IH) foi a Portaria 196 de 24 de junho de 1983, determinando que ‘todos os
hospitais do país deveriam manter Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH),
independentemente da natureza da entidade mantenedora’. Ela forneceu também as
orientações para a organização do processo de trabalho dessa comissão, caracterizando
os seus agentes e suas atividades”. Disponível em: Pharmacia Brasileira nº 80 -
Fevereiro/Março 2011 Atualmente, a portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998 do Ministério
da Saúde, rege a obrigatoriedade de os hospitais do país possuírem um Programa de
Controle de Infecções Hospitalares e nela está disposta a funcionalidade desse programa.
Essa Portaria estabelece que:
(A) Um dos membros executores deve ser, obrigatoriamente, um enfermeiro ou um
farmacêutico.
(B) Os membros consultores serão representantes dos seguintes serviços: serviço médico;
serviço de enfermagem; serviço de farmácia; laboratório de microbiologia; administração.
(C) Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área
de saúde para cada 300 (trezentos) leitos ou fração desse número com carga horária
diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais
profissionais.
(D) Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida
de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão
acrescidas 6 (seis) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração.

18 – (2018-UFRJ)- Com relação à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e ao uso


de antimicrobianos é correto afirmar que:
A) as farmácias de unidades hospitalares que não comercializam medicamentos devem
dispensar antimicrobianos mediante retenção de receita e escrituração em Livro de
Registro Específico para Antimicrobianos.
B) o uso de luvas dispensa a lavagem de mãos antes e após contatos que envolvam
mucosas, sangue, outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções

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C) a comissão é composta por membros consultores e executores. Os membros


consultores serão representantes dos serviços: médico, enfermagem, farmácia, laboratório
de microbiologia e administração.
D) a lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa da parte interna das mãos e punhos,
utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágue abundante em água corrente.
E) a infecção hospitalar é adquirida após a admissão do paciente e se manifesta somente
durante o período de internação.

19– (2018-AOCP -- Prefeitura de João Pessoa – PB)- Assinale a alternativa correta


sobre os critérios para o diagnóstico das infecções hospitalares.
(A) São convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de sete dias
da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos
realizados durante esse período.
(B) Quando o período de incubação do microrganismo for desconhecido e não houver
evidência clínica ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-
se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de
24 horas após a admissão.
(C) Todas as infecções no recém-nascido são consideradas hospitalares.
(D) São convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas
da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos
realizados durante esse período.

20- (2018-INSTITUTO AOCP – EBSERH/UFCG) - O farmacêutico que atua num ambiente


hospitalar deve ter conscientização das variações dos riscos de transmissão de infecções,
das dificuldades de cada método perante a natureza dos artigos, sendo importante, a fim
de que possam ser tomadas as precauções necessárias para torná-las invariavelmente
eficientes. Essa conscientização se inicia pelo conhecimento dos conceitos de limpeza,
desinfecção, esterilização, antissepsia e assepsia, de modo a torná-los utilizáveis na
prática. Glutaraldeido 2% por 30 minutos, hipoclorito de sódio 1%, álcool 70% e PVPI 10%
são considerados, respectivamente:

A) antisséptico, desinfetante, esterilizante e antisséptico.


B) esterilizante, desinfetante, esterilizante e antisséptico.
C) desinfetante, antisséptico, desinfetante e desinfetante.

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D) desinfetante, desinfetante, antisséptico e antisséptico.


E) esterilizante, antisséptico, antisséptico e esterilizante.

GABARITO
1-B 2-C 3-E 4-D 5-C 6-C 7-E 8-D 9-A 10-D
11-B 12-B 13-C 14-E 15-A 16-D 17-B 18-C 19-D 20-D

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