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EXERCÍCIOS
RESPIRATÓRIOS
A ELTGOL é uma técnica que pode ser realizada pelo paciente com a colaboração
do fisioterapeuta ou de modo independente.
• Fisiologia
O posicionamento do paciente em decúbito lateral, exigido pela técnica, auxilia a
desobstrução brônquica das vias aéreas médias do pulmão infra- lateral devido aos
seguintes fatores:
1. a ação da força da gravidade sobre a pressão intrapleural;
2. o peso do mediastino sobre o pulmão infralateral;
3. a compressão das vísceras em direção cefálica durante a expiraçãolenta por
ação da musculatura abdominal.
Esses três fatores contribuem para maior desinsuflação do pulmão in- fralateral, o
que facilita o deslocamento das secreções das vias aéreas médias com o fluxo
expiratório lento.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
• O fisioterapeuta deve posicionar o paciente em
decúbito lateral stricto, colocando a região a ser tratada
em contato com o plano de apoio. Dessa forma, o
pulmão a ser tratado estará posicionado em infralateral.
• Passo a passo
1. Inspiração nasal em nível de VC;
2. expiração oral lenta com a glote aberta em nível de VR.
Segundo o autor da técnica, a ELTGOL deve ser repetida
até que se observe melhora da ausculta respiratória inicial
e mobilização de secreção bronquial.
TÉCNICAS CONVENCIONAIS DE DESOBSTRUÇÃO
BRÔNQUICA, TOSSE ASSISTIDA E EXPIRAÇÃO
FORÇADA
TOSSE ASSISTIDA
A tosse assistida é um conjunto de recursos que o fisioterapeuta utiliza para
potencializar a tosse, caso o paciente apresente alguma dificuldade de realizá-la. O
profissional induzirá a tosse, aproveitando-se desse importante mecanismo de
defesa do sistema respiratório, que ajudará a eliminar as secreções e o material
aspirado das vias aéreas.
Essas técnicas tentam aumentar a contensão da parede torácica ou abdominal, e
sua eficácia é proporcionada por um estímulo rápido e inesperado no final da
inspiração, o que provoca uma explosão incontrolável, uma tosse explosiva que
permite a saída das secreções sem muito esforço do paciente.
Manobras
• Manobra sobre o tórax superior (A).
Paciente em decúbito dorsal: as mãos cruzadas do fisioterapeuta
são colocadas sobre o esterno com os dedos apontados para a
traqueia.
Execução: seguir vários movimentos respiratórios profundos.
Subitamente, fazer urna compressão brusca em sentido cefálico ao
final de uma inspiração.
• Manobra sobre o tórax inferior (B).
Paciente em decúbito dorsal: mãos do fisioterapeuta contornando
as costelas inferiores.
Execução: seguir vários movimentos respiratórios profundos.
Subitamente, fazer uma compressão brusca em sentido do
mediastino ao final de uma inspiração.
Manobras
• Manobra abdominal (A).
Posição em decúbito dorsal: ambas as mãos são colocadas em
direção cefálica na parte alta do abdome.
Execução: seguir vários movimentos respiratórios profundos.
Subitamente, fazer uma compressão brusca em sentido cefálico no
final de uma inspiração.
• Vibração
São movimentos rítmicos, rápidos e finos realizados com as mãos espalmadas
sobre o tórax do paciente, com intensidade e frequência que variam entre 7 e 11
Hz durante a fase expiratória, sendo associada à compressão torácica.
O objetivo dessa técnica é promover a vibração no nível brônquico e modificar a
reologia do muco, deixando-o mais fluido e com baixa viscosidade pela constante
agitação mecânica, facilitando seu deslocamento.
• TÉCNICA DE EXPIRAÇÃO FORÇADA
A Técnica de Expiração Forçada (TEF), também chamada de “huffing” é descrita
pelos autores como uma técnica que, consiste de uma inspiração seguida de
expirações forçadas, com a glote aberta (com sons de “huff”).
Orientamos o paciente a realizar uma expiração forçada com a glote aberta. Devido
a tal abertura, evita-se que aconteça o ponto de igual pressão (PIP) e o colapso de
via aérea. Pacientes hiperinsuflados conseguem exalar melhor o ar.
MANOBRAS DE REEXPANSÃO PULMONAR
• Manobra de descompressão brusca ou manobra de
pressão negativa (A).
Essa manobra consiste em apoiarmos as mãos no gradil
costal do paciente e durante a expiração realizamos uma
compressão torácica. A descompressão brusca das mãos
do fisioterapeuta é executada na metade ou no segundo
terço da fase inspiratória, gerando aumento do gradiente
de pressão.