Você está na página 1de 13

LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

RESPIRAÇÃO

Introdução

O princípio do canto é a respiração consciente e controlada, sendo necessário


aprender a controlar a entrada e saída do ar.
A respiração é um fenômeno vital ativo-passivo em que os pulmões se enchem de ar,
como uma bexiga de borracha, por um movimento muscular ativo e esvaziam-se por
um movimento passivo e elástico.

Na conceituação fisiológica, a respiração é um fenômeno vital espontâneo


de caráter ativo-passivo realizado automaticamente pelo movimento do
diafragma -e dos músculos intercostais, respectivamente, movimento cuja
origem está no cérebro. (COELHO, 1994, p. 35)

Já a entonação e o canto é uma função ativa planejada e controlada que também se


sustenta e é alimentada pelo movimento expiratório passivo e elástico.
Se a respiração natural ocorre de forma automática e muitas vezes quase em um
processo involuntário, a respiração vocal demanda um aprendizado e treinamento que
desenvolvam um pleno controle sobre ela.
É chamado de apoio o controle da respiração, através da sustentação da coluna de ar
que faz parte da produção vocal: na inspiração o ar enche os pulmões aumentando seu
volume através dos músculos que são presos e na inspiração ocorre o movimento
contrário, diminuindo seu volume através da contração e expelindo o ar. Tudo isso é
produzido a partir do controle tanto do relaxamento quanto do tônus muscular
envolvidos no processo (MELLO; ANDRADA E SILVA, 2008)
A articulação é a entonação ou nos exercícios o vocalises de fonemas que demandam
um cuidado apurado e devem ser bem pronunciados através de um movimento
articulado da língua, lábios e abertura da boca na produção de sílabas que resultarão

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

na pronúncia precisa que garante o bom entendimento das palavras e a rítmica


correta.

Respiração diafragmática e intercostal

A inspiração é um movimento ativo onde os músculos aumentam o volume do pulmão,


diminuindo sua pressão relativamente à pressão externa e fazendo com que o ar
entre.

Durante a respiração ocorre uma troca do gás carbônico (C02 ) , que está no
sangue, por oxigênio (02)' vindo do ambiente. Quando falta oxigênio no
corpo, e até para que não falte, o cérebro dá ao diafragma a ordem de
contrair-se e sugar o ar para dentro dos pulmões, num movimento de fole
ou êmbolo, chamado de inspiração. [...] À inspiração segue-se um instante
de repouso, chamado repouso inspiratório, para em seguida dar-se a
expiração. A expiração é o movimento de expulsão do ar devido à pressão
do diafragma retomando à sua posição de repouso, para cima (COELHO,
1994, p. 35)

Na inspiração, um conjunto de movimentos realizados por diversos músculos


permitem a estrada de ar nos pulmões. Nesse processo, o diafragma se contrai,
correndo o seu rebaixamento, os músculos intercostais também se contraem
expandindo as costelas e, eventualmente, os ombros se elevam, completando esse
movimento de dilatação da caixa toráxica. Nesse processo, o aumento do volume do
pulmão faz com que sua pressão interna seja menor do que a pressão externa, fazendo
com que o ar entre para igualar essa pressão e chegue até os alvéolos para que ocorra
as trocas gasosas.
Na expiração, inversamente, os músculos abdominais, intercostais e claviculares
relaxam, diminuindo o volume pulmonar, que volta ao seu tamanho de repouso,
fazendo com que, nessa retração, o volume interno fique maior que o externo. O
aumento da pressão dentro dos pulmões faz com que o ar seja expelido.
A inspiração pode ser realizada pelo nariz ou pela boca, mas o mais indicado é a
inspiração nasal, por ser mais ágil e evitar ruídos resultantes da obstrução nasal, além
de propiciar melhor controle da entrada de ar.
A respiração deve ser realizada suavemente e sem ruído, exige um esforço muscular,
como vimos, mas deve ser um movimento suave, sem tensionamento excessivo ou
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

retesamento, principalmente dos ombros ou tensão sobre a musculatura intercostal


para além do movimento necessário para o movimento respiratório, evitando tensões
demasiadas na postura geral do corpo.
Uma das formas de compreender essa suavidade é agindo por contraste,
experimentando sensações de tensão e relaxamento, por exemplo colocando as mãos
em torno do pescoço ou ao longo do peito e respirando com muito esforço e ruído,
para entender o ponto necessário de desfazer essas tensões provocadas. Um dos
princípios é portanto “relaxar a musculatura global e específica da cintura escapular
(região do pescoço)” (FARIA; CAMISA; GUIMARÂES, 2008, p. 31).
Pode-se ter três níveis ou regiões de respiração, dependendo dos músculos envolvidos
no aumento do volume pulmonar: a respiração abdominal, que ocorre com a expansão
e contração do abdômen; a respiração intercostal, com a expansão a partir dos
músculos presos às costelas e a respiração clavicular, com o levantamento dos ombros
e consequentemente aumento do volume do pulmão a partir dos músculos ligados a
ele nessa região.
Um primeiro exercício que podemos realizar para compreender essas regiões é
chamado de “respiração completa” e realizado de baixo para cima, inspirando a partir
do abdômen e ativação do diafragma, em seguida enchendo a segunda região do
pulmão com a ativação dos músculos intercostais (costelas) e por fim completando a
inspiração completa com a elevação dos ombros, sentindo a experiência do
preenchimento completo do pulmão em sua máxima capacidade.

A inspiração natural começa de baixo para cima, em nosso corpo. Isso


resulta primeiro em expansão abdominal e intercostal devido ao
abaixamento do diafragma, e apenas depois, na expansão anteroposterior
do tórax. (COELHO, 1994, p. 35)

Esse exercício, entretanto, deve ser feito de forma comedida, pois pode gerar cansaço
e aumenta o ritmo cardíaco provocando também hiperventilação. Apesar de ser um
exercício bom para a elasticidade e capacidade respiratória, não representa nem a
forma natural nem é uma boa forma de respiração para o canto.
Uma vez realizado os exercícios de preenchimento ou “respiração completa”, é
importante agora, por contraste, fazer com que os ombros se mantenham, pois, a
forma mais adequada de respiração para o canto deve ser a respiração baixa, mantida
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

ou exclusivamente pela expansão e contração do abdômen e ativação do diafragma


ou, começando no abdômen, expandindo ainda a região intercostal (costelas), mas
nunca utilizando o levantamento dos ombros durante o processo de entonação. Isso
porque o tensionamento dos ombros, além de gerar um desconforto na hora de
cantar, não oferece um mecanismo de controle sistemático e suave no controle da
expiração.

Durante a respiração ocorre uma troca do gás carbônico (C0 2), que está no
sangue, por oxigênio (02)' vindo do ambiente. Quando falta oxigênio no
corpo, e até para que não falte, o cérebro dá ao diafragma a ordem de
contrair-se e sugar o ar para dentro dos pulmões, num movimento de fole
ou êmbolo, chamado de inspiração. Este movimento de sucção é parte do
sistema nervoso vegetativo e ocorre independentemente da nossa vontade
ou do nosso pensamento. (COELHO, 1994, p. 35)

Expiração, pressão subglótica, pregas vocais

Depois da inspiração se dá um momento de repouso e em seguida ocorre a expiração,


que é o movimento de expulsão do ar devido à pressão dos músculos que, agora,
diminuem o volume do pulmão, aumentando a pressão interna do ar e fazendo com
que saia e provoque os sons através das cordas vocais.
A coluna de ar que se origina no movimento de expulsão do ar pela expiração provoca
uma pressão logo abaixo da glote —pequena abertura (16mm X 12mm) circunscrita
pelas pregas vocais — chamada de pressão subglótica, que induz a abdução das pregas
vocais, ou seja, provoca sua abertura.
As forças elásticas dos músculos da laringe, por outro lado, provocam a adução, ou
fechamento das pregas vocais para a produção das vogais, consoantes sonoras e dos
glides, sons de transição ou semivogais.
A relação e interação contínua entre a força de abdução e adução é a base para o
movimento vibratório das pregas vocais.
Sem pressão subglótica não pode haver fala ou canto e sua pressão deve ser positiva e
na quantidade adequada. Nesse caso costuma-se dizer que essa relação ou interação,
entre a abdução e adução, abertura ou fechamento, segue o princípio proposto pelo
físico Daniel Bernoulli (1700-1782), também denominado de Força de Bernoulli, que
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

diz que “Se a velocidade de uma partícula de um fluido aumenta enquanto ela se escoa
ao longo de uma linha de corrente, a pressão do fluido deve diminuir e vice-versa”.
Isto é, quando maior a fluidez, provocado pela abertura e maior passagem do ar,
menor a pressão, e vice versa, quando mais o obstáculo à passagem do ar, maior a
pressão. Esse controle propicia a força e interação necessária para a vibração das
pregas, cujo fechamento é determinado por um conjunto de músculos da laringe.
A laringe é a parte superior do trato ou sistema respiratório e a caixa vocal do corpo
humano, envolve, fixa e protege as pregas vocais e também protege a entrada da
traqueia, evitando que partículas de alimentos ou fluídos entrem nos pulmões, através
do fechamento da epiglote.
As pregas vocais, conhecidas como cordas vocais, são duas dobras de músculo e
mucosa que se estendem horizontalmente na laringe, e são fixadas em suas cartilagens
e circunscrevem a glote.
Cada músculo da laringe aduz, ou fecha, determinadas regiões, também atuando no
alongamento ou afilamento das pregas vocais. “Cada músculo da laringe vai fazer a voz
produzir sons diferentes, graves e agudos” (Fonte da citação e classificação abaixo:
ABREU, 2009):

 Tireoaritenóideo (TA): Aduz, abaixa e espessa a prega vocal;


 Cricoaritenóideo posterior (CAP): Abduz, elevam alonga e afila a prega vocal;
 Cricoaritenóideo lateral (CAL): Aduz, abaixa, alonga e afila a prega vocal;
 Aritenóideo (A): Aduz a glote posterior;
 Cricotireóideo (CT): Aduz, na posição paramediana (coloca na posição do meio,
fecha), abaixa, alonga e afila a prega vocal.

As pregas ou cordas vocais são uma estrutura laminada e cada camada apresenta
propriedades mecânicas diferentes e, para produzir a voz, vibram em movimento
muco-ondulatório em velocidade acelerada quando o ar passa dos pulmões em direção
à cavidade buco-nasal, conforme descrito acima na interação entre abdução e adução
das pregas vocais.

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

Essa vibração produz os sons utilizados pelo ser humano para a fala e o canto e são
projetados na cavidade da boca e nariz que são responsáveis pela articulação final da
fonação, também através de processos dinâmicos de obstrução e passagem de ar
através das cavidades, com auxílio da língua e lábios.
A boca, cavidade nasal e os ossos da face e peito funcionarão ainda como
amplificadores ou caixa de ressonância para amplificação, projeção e difusão do som
da voz ou canto.

Canto e ação consciente da respiração

O ato respiratório é, portanto, natural e segue um pulso quase inconsciente.


Entretanto o ato de cantar interfere, direta e ativamente, nesse ato pela ação
consciente da vontade e altera a continuidade e regularidade antes espontânea,
trazendo consequências para todo o organismo, principalmente sobre o ritmo geral do
processo.
O principal conceito por detrás da respiração para o canto é a economia de ar, tanto
na inspiração adequada e ritmada nos movimentos de articulação da música e nas
pausas das palavras, quanto no controle da coluna de ar para a expulsão do ar de
forma organizada e absolutamente controlada para a manutenção da continuidade da
entonação ou nota musical e produção da frase rítmica. (SILVA, 2012)
Segundo Gomez (1980), o problema, foco e controle para quem canta não é a
inspiração, mas o processo de expiração ou expulsão controlada, a partir da
sustentação da coluna de ar sobre o diafragma. Isso significa dizer que deve-se, no
processo de cantar, confiar nos instintos vitais de inspiração, levando-se em conta que
o “ar succionado por estímulos vegetativos, o reflexo respiratório, é sempre suficiente
e a certeza de que a quantidade de ar necessária para viver é menor do que
normalmente se pensa” (COELHO, 1994, p. 36).
A tranquilidade com a sensação de suficiência do ar é portanto fundamental na
qualidade sonora e é o principal foco nos exercícios respiratórios e planejamento das
frases musicais. Uma correta inspiração é é, portanto, um procedimento de “busca de
ar”, mas um relaxamento que permite que o ar entre nos pulmões devido à

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

elasticidade na região do diafragma, abertura da glote e postura correta, isto é,


mantendo a coluna ereta e não vergada para frente, nem o peito projetado para fora.
A “postura do soldado”, normalmente descrita como “barriga pra dentro peito pra
fora” não é também a mais indicada, pois tensiona a região abdominal e dificulta o
relaxamento do diafragma para a inspiração e a sustentação do ar por sua ação na
expiração.
Na expulsão do ar no processo do canto, a pressão para essa expulsão entretanto,
deve ser mediada pelo diafragma. Isso porque a pressão normalmente exercida para a
respiração deve ser freada pela ação desse músculo, para que a quantidade de ar que
seja expelida maximize o ato de cantar e da fonação, controlando a saída através da
compensação do movimento natural que seria exercido inconscientemente no ato da
respiração.
É justamente esse movimento de retardo do diafragma sobre o ponto de distensão da
musculatura abdominal e compensação do movimento e pressão muscular natural da
respiração vital que deve ser o foco de atenção e concentração da vontade,
controlando a amplitude e o volume do pulmão. A isso chama-se de apoio da
respiração, ou respiração sustentada ou ainda de sustentação da coluna de ar.
Devemos ainda atentar ao fato de que não movimentamos diretamente o diafragma e
sua ativação e uso devem ser controlados pelos movimentos do abdômen e dos
músculos intercostais.

Articulação e resistência planejada

Quando posicionado corretamente o corpo, esses músculos atuam para transformar o


diafragma em uma espécie de êmbolo que ao mesmo tempo sustenta e controla o
movimento de saída da coluna de ar.
Uma das formas de treinar o controle da expulsão de ar e também da dicção e correta
pronúncia e entonação de determinadas sílabas que são responsáveis por funcionarem
como obstáculos à saída do ar, na produção do som e da fala.

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

Esses exercícios são feitos com vocalizes e emissão planejada e ritmada de fonemas
(sons) e o destaque a vogais e consoantes, utilizados em conjunto com a articulação
sonora, com as notas musicais e com o esforço planejado do aparelho respiratório.
Ao controle desse processo se costuma denominar de articulação.

Vogais
As vogais são os fonemas (sons) produzidor pela passagem do ar vinda dos pulmões,
pelo nariz ou boca, fazendo vibrar as cordas vocais. São cinco: a, e, i o, u.
Os tipos de vogais são classificados de diversas maneiras:
 Zona de articulação: (a) médias, articuladas com a língua abaixada, quase em
repouso (por exemplo em “pa” de “pata”); (b) anteriores, articuladas com a
língua elevada em direção do palato duro, próximo aos dentes superiores,
como em “tê” ou “dedo” e (c) posteriores, quando a língua se dirige ao palato
mole, como em “lobo”.
 Papel das cavidades bucal e nasal: (a) orais, quando passam apenas pela boca,
como em “vila, sol, aborto, pata etc” e (b) nasais, quando passam parcialmente
também pelas fossas nasais, como em “som, rã, fundo, mundo etc.”
 Quanto à intensidade, relacionadas com a tonicidade da vogal: (a) tônicas,
como em “rapé, pato” e (b) átonas, como em “massa, bote, porta etc.”
 Quanto ao timbre, relacionado com a abertura da boca: (a) abertas, como em
“sapo, neve, bola”, (b) fechadas, ê (pêra), ô (boto), i (pipa), u (útero), e todas as
nasais e (c) reduzidas, vogais átonas e reduzidas no timbre, orais ou nasais,
finais ou internas, como em “canto, cosmo etc.” (Fonte: CLASSIFICAÇÃO DAS
VOGAIS E CONSOANTES, [s.d.]; VOGAIS, [s.d.])

Consoantes
As consoantes são sons produzidos sob a influência de obstáculos do aparelho
fonador. Diferem das vogais, cujos sons formam-se a partir da simples vibração do ar
nas pregas vocais e precisam dos lábios, dentes, língua, palato, ou qualquer outro
obstáculo para serem pronunciadas.

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

As consoantes são: / B /, / C /, / D /, / F /, / G /, / J /, / K /, / L /, / M /, / N /, / P /, /
Q /, / R /, / S /, / T /, / V /, / W /, / X /, / Z /. A letra 'H' não é considerada consoante
porque ela sozinha não produz som.
Tem também diversos modos de classificação:
 Função das pregas vocais:
o Surdas ou desvozeadas: Consoantes que não passam pelas cordas
vocais e, portanto, não as fazem vibrar. Ex.: /p/, /f/, /t/, /s/, /x/, /k/.
o Sonoras ou vozeadas: Consoantes que passam pelas cordas vocais e as
fazem vibrar. Ex.: /b/, /v/, /d/, /z/, /j/, /g/, /m/, /n/, /nh/, /l/, /lh/, /r/,
/rr/.
 Função das cavidades bucal e nasal:
o Nasais: A corrente de ar sai pela boca e pelo nariz. Ex.: /m/, /n/, /nh/.
o Orais: A corrente de ar sai dos pulmões e passa somente pela boca. Com
exceção dos fonemas consonantais /m/, /n/, /nh/, todos os demais são
orais.
 Modo de articulação: (a) oclusivas, quanto existe um bloqueio total do ar e (b)
nas constritivas quando existe um bloqueio parcial, sendo fricativas quando
pronunciadas a partir da fricção do ar em um obstáculo (/f/, /v/, /s/, /z/, /x/,
/j/); laterais, quando pronunciadas a partir da passagem do ar pelos cantos da
boca (/l/, /lh/); vibrantes, quando pela vibração de um elemento do aparelho
fonador (/r/, /rr/) e nasais , quando pronunciadas com a saída de ar pelo nariz
(/m/, /n/, /nh/)
 Quanto ao ponto de articulação. O ponto de articulação é o lugar onde a
corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato etc).
o Bilabiais – Pronunciadas pelo contato dos lábios (lábio superior + lábio
inferior): /p/, /b/, /m/;
o Dentais – Pronunciadas pelo contato da língua com os dentes: /t/, /d/;
o Alveolares – Pronunciadas pelo contato da língua com os alvéolos dos
dentes: /s/, /z/, /l/, /r/, /rr/;
o Labiodentais – Pronunciadas pelo contato dos lábios com a arcada
superior dos dentes: /f/, /v/;

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

o Palatais – Pronunciadas pelo contato da língua com o palato (dorso da


língua + céu da boca): /x/, /j/, /hl/, /nh/;
o Velares – Pronunciadas pelo contato da parte traseira da língua com o
véu de palatino (parte superior da língua + palato mole): /k/, /g/.
(Fonte: CONSOANTES, [s.d.])
Aparelho fonador e caixa de ressonância

A expiração é o ato de expelir o ar através de um movimento ativo e controlado dos


músculos para a que a passagem do ar pelas cordas vocais produza o som e, através do
aparelho fonador, possa projetar esse som, tanto para a fala comum como para a
produção do canto.
O aparelho fonador é composto de:
 Órgãos respiratórios que produzem a corrente de ar necessária à fonação:
pulmões brônquios e traqueia
 Caixa de ressonância e cavidade bucal, que possui vários obstáculos à
passagem do ar, que são responsáveis pela articulação dos sons da linguagem e
do canto: faringe, boca, fossas nasais e também os ossos do crânio, além da
própria caixa toráxica que também vibra.
Quanto a esta última, a caixa de ressonância, colocando as mãos e entonando sílabas
específicas, podemos sentir as diversas regiões que vibram:
 “OM” – esta sílaba produz uma vibração principalmente localizada no peito;
 “FREM” (freim...) – sílaba que localiza a vibração principalmente na região da
garganta, quando pronunciada de forma estridente;
 “IUM” – joga a vibração principalmente para a região da cabeça.
Todas essas regiões serão, a depender do efeito, palavras e sonorização, utilizadas no
ato de cantar, sendo importante localizar o som corretamente e de forma planejada
para a boa compreensão e musicalidade.

Os princípios básicos da pedagogia e exercícios respiratórios

Os princípios básicos nesta abordagem da educação e exercícios vocais são:

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

 A correta respiração para o canto deve ser de baixo para cima, isto é, da base
do pulmão para a região superior.
 Elasticidade e capacidade pulmonar, com a respiração completa
 Ativação do diafragma, com a conscientização dos movimentos e treinos de
expulsão explosiva e controla da coluna de ar
 Inspiração nasal, silenciosa e por relaxamento
 Apoio, mediante o controle do volume pulmonar e pressão na expiração
através dos músculos abdominais e intercostais ativando o diafragma como
êmbolo
 Canto realizado com controle consciente da expiração, ou prolongamento da
pausa expiratória, possibilitado e mantido pelo apoio.
 Emissão sustentada, ritmada e articulada do som
 Prolongamento da duração e o controle da intensidade da emissão, fluxo ou
passagem do ar, de acordo com a vontade do cantor, por razões técnicas,
musicais e estéticas.

Conclusão

Os exercícios articulam, portanto, de forma planejada, consciente, ritmada, sonorizada


e afinada (emissão de notas e escalas musicais) a produção direta dos sons pelas
vogais; as interrupções do ar na produção sonora das consoantes; o prolongamento ou
explosão da expulsão do ar, promovendo as dinâmicas (forte e fraco), temporalidades
(duração, curta ou longa) e a colocação correta dos timbres, fazendo conscientemente
o som vibrar de forma planejada pelas regiões do tórax (ossos do peito), pescoço ou
cabeça, obtendo efeitos diversos de entonação que vão da voz de peito, voz impostada
ou mesmo o sussurro, quando necessário.
Pode-se dizer, dessa forma, que um dos fundamentos e alma da arte do canto se dá
pelo controle da respiração, obtido com exercício constante e permanente e o
aquecimento que antecede as sessões de ensaio, estúdio ou apresentação das
cantoras e dos cantores.

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

A prática continuada de exercícios respiratórios como preparação, aquecimento e


especialização do canto, seja individual ou em grupo, dá à aluna e ao aluno uma
grande consciência corporal e controle do próprio corpo, sendo extremamente
importante para a prática do canto.
A correta respiração dá controle sobre a economia do ar, possibilitando maior precisão
na manutenção de notas longas e sequências de notas rápidas ou dos staccatos.
Aprimora o aspecto rítmico, com a colocação correta da respiração, o planejamento
entre o inspirar e o expirar.
Também a afinação e o timbre ganham com os exercícios respiratórios, na afinação
com os ataques precisos, o timbre com o controle sobre a modulação e a fonação e o
controle de abertura (abdução) e fechamento (adução) necessários para a vibração das
cordas vocais.
No canto coletivo, em grupos ou corais, propicia uma maior unidade e uniformidade
no timbre do grupo.
Mas além do canto, a própria vitalidade se vê beneficiada, com o fortalecimento e
correção da postura respiratória, que se dá naturalmente e como consequência da
conscientização corporal.
Também traz benefícios para a manutenção da saúde pulmonar, seja pelo processo de
limpeza devido ao fluxo de ar provocado pelos exercícios ou pelo fortalecimento,
ativação e movimento dos músculos respiratórios, particularmente o diafragma.
Os resultados de exercícios respiratórios constantes e continuados são rápidos e você
pode acompanhar sua própria evolução, comparando sua performance e analisando os
resultados antes e depois dessa prática continuada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, Débora. Músculos da Laringe | Débora Abreu. Técnica vocal e saúde da voz.
2009. Disponível em: https://debora.mus.br/musculos-da-laringe. Acesso em:
26 fev. 2022.

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br
LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO

Classificação das Vogais e Consoantes. Site Web Educacional. [s.d.]. Disponível em:
https://www.portugues.com.br/gramatica/classificacao-das-vogais-
consoantes.html. Acesso em: 21 fev. 2022.

COELHO, Helena de Souza Nunes Wöhl. Técnica vocal para coros. São Leopoldo:
Sinodal, 1994.

Consoantes. Site Web Educacional. [s.d.]. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/consoantes.htm. Acesso em: 21
fev. 2022.

FARIA, Diana Melissa; CAMISA, Maria Teresa; GUIMARÂES, Maria Abadia. Muito além
do ninho de mafagafos: um guia de exercícios práticos para aprimorar sua
comunicação. 2. ed. São Paulo: J&HEditoração, 2008.

GOMEZ, E. M. D. La respiración e la Voz Humana (su Manejo e Enseñanza). 2. ed.


Buenos Aires: La Voz, 1980.

MELLO, Enio Lopes; ANDRADA E SILVA, Marta Assumpção De. O corpo do cantor:
alongar, relaxar ou aquecer? Revista CEFAC, [S. l.], v. 10, n. 4, p. 548–556, 2008.
DOI: 10.1590/S1516-18462008000400015.

SILVA, Caiti Hauck Da. Preparação vocal em coros comunitários: estratégias


pedagógicas para construção vocal no Comunicantus: laboratório coral do
departamento de Música da ECA-USP. 2012. Mestrado em Processos de
Criação Musical - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. DOI:
10.11606/D.27.2012.tde-07032013-143458. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-07032013-143458/.
Acesso em: 17 fev. 2022.

Vogais. Site Web Educacional. [s.d.]. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/vogais.htm. Acesso em: 21 fev.
2022.

ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO


CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br

Você também pode gostar