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RESPIRAÇÃO
Introdução
Durante a respiração ocorre uma troca do gás carbônico (C02 ) , que está no
sangue, por oxigênio (02)' vindo do ambiente. Quando falta oxigênio no
corpo, e até para que não falte, o cérebro dá ao diafragma a ordem de
contrair-se e sugar o ar para dentro dos pulmões, num movimento de fole
ou êmbolo, chamado de inspiração. [...] À inspiração segue-se um instante
de repouso, chamado repouso inspiratório, para em seguida dar-se a
expiração. A expiração é o movimento de expulsão do ar devido à pressão
do diafragma retomando à sua posição de repouso, para cima (COELHO,
1994, p. 35)
Esse exercício, entretanto, deve ser feito de forma comedida, pois pode gerar cansaço
e aumenta o ritmo cardíaco provocando também hiperventilação. Apesar de ser um
exercício bom para a elasticidade e capacidade respiratória, não representa nem a
forma natural nem é uma boa forma de respiração para o canto.
Uma vez realizado os exercícios de preenchimento ou “respiração completa”, é
importante agora, por contraste, fazer com que os ombros se mantenham, pois, a
forma mais adequada de respiração para o canto deve ser a respiração baixa, mantida
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LABORATÓRIO DE RESPIRAÇÃO
Durante a respiração ocorre uma troca do gás carbônico (C0 2), que está no
sangue, por oxigênio (02)' vindo do ambiente. Quando falta oxigênio no
corpo, e até para que não falte, o cérebro dá ao diafragma a ordem de
contrair-se e sugar o ar para dentro dos pulmões, num movimento de fole
ou êmbolo, chamado de inspiração. Este movimento de sucção é parte do
sistema nervoso vegetativo e ocorre independentemente da nossa vontade
ou do nosso pensamento. (COELHO, 1994, p. 35)
diz que “Se a velocidade de uma partícula de um fluido aumenta enquanto ela se escoa
ao longo de uma linha de corrente, a pressão do fluido deve diminuir e vice-versa”.
Isto é, quando maior a fluidez, provocado pela abertura e maior passagem do ar,
menor a pressão, e vice versa, quando mais o obstáculo à passagem do ar, maior a
pressão. Esse controle propicia a força e interação necessária para a vibração das
pregas, cujo fechamento é determinado por um conjunto de músculos da laringe.
A laringe é a parte superior do trato ou sistema respiratório e a caixa vocal do corpo
humano, envolve, fixa e protege as pregas vocais e também protege a entrada da
traqueia, evitando que partículas de alimentos ou fluídos entrem nos pulmões, através
do fechamento da epiglote.
As pregas vocais, conhecidas como cordas vocais, são duas dobras de músculo e
mucosa que se estendem horizontalmente na laringe, e são fixadas em suas cartilagens
e circunscrevem a glote.
Cada músculo da laringe aduz, ou fecha, determinadas regiões, também atuando no
alongamento ou afilamento das pregas vocais. “Cada músculo da laringe vai fazer a voz
produzir sons diferentes, graves e agudos” (Fonte da citação e classificação abaixo:
ABREU, 2009):
As pregas ou cordas vocais são uma estrutura laminada e cada camada apresenta
propriedades mecânicas diferentes e, para produzir a voz, vibram em movimento
muco-ondulatório em velocidade acelerada quando o ar passa dos pulmões em direção
à cavidade buco-nasal, conforme descrito acima na interação entre abdução e adução
das pregas vocais.
Essa vibração produz os sons utilizados pelo ser humano para a fala e o canto e são
projetados na cavidade da boca e nariz que são responsáveis pela articulação final da
fonação, também através de processos dinâmicos de obstrução e passagem de ar
através das cavidades, com auxílio da língua e lábios.
A boca, cavidade nasal e os ossos da face e peito funcionarão ainda como
amplificadores ou caixa de ressonância para amplificação, projeção e difusão do som
da voz ou canto.
Esses exercícios são feitos com vocalizes e emissão planejada e ritmada de fonemas
(sons) e o destaque a vogais e consoantes, utilizados em conjunto com a articulação
sonora, com as notas musicais e com o esforço planejado do aparelho respiratório.
Ao controle desse processo se costuma denominar de articulação.
Vogais
As vogais são os fonemas (sons) produzidor pela passagem do ar vinda dos pulmões,
pelo nariz ou boca, fazendo vibrar as cordas vocais. São cinco: a, e, i o, u.
Os tipos de vogais são classificados de diversas maneiras:
Zona de articulação: (a) médias, articuladas com a língua abaixada, quase em
repouso (por exemplo em “pa” de “pata”); (b) anteriores, articuladas com a
língua elevada em direção do palato duro, próximo aos dentes superiores,
como em “tê” ou “dedo” e (c) posteriores, quando a língua se dirige ao palato
mole, como em “lobo”.
Papel das cavidades bucal e nasal: (a) orais, quando passam apenas pela boca,
como em “vila, sol, aborto, pata etc” e (b) nasais, quando passam parcialmente
também pelas fossas nasais, como em “som, rã, fundo, mundo etc.”
Quanto à intensidade, relacionadas com a tonicidade da vogal: (a) tônicas,
como em “rapé, pato” e (b) átonas, como em “massa, bote, porta etc.”
Quanto ao timbre, relacionado com a abertura da boca: (a) abertas, como em
“sapo, neve, bola”, (b) fechadas, ê (pêra), ô (boto), i (pipa), u (útero), e todas as
nasais e (c) reduzidas, vogais átonas e reduzidas no timbre, orais ou nasais,
finais ou internas, como em “canto, cosmo etc.” (Fonte: CLASSIFICAÇÃO DAS
VOGAIS E CONSOANTES, [s.d.]; VOGAIS, [s.d.])
Consoantes
As consoantes são sons produzidos sob a influência de obstáculos do aparelho
fonador. Diferem das vogais, cujos sons formam-se a partir da simples vibração do ar
nas pregas vocais e precisam dos lábios, dentes, língua, palato, ou qualquer outro
obstáculo para serem pronunciadas.
As consoantes são: / B /, / C /, / D /, / F /, / G /, / J /, / K /, / L /, / M /, / N /, / P /, /
Q /, / R /, / S /, / T /, / V /, / W /, / X /, / Z /. A letra 'H' não é considerada consoante
porque ela sozinha não produz som.
Tem também diversos modos de classificação:
Função das pregas vocais:
o Surdas ou desvozeadas: Consoantes que não passam pelas cordas
vocais e, portanto, não as fazem vibrar. Ex.: /p/, /f/, /t/, /s/, /x/, /k/.
o Sonoras ou vozeadas: Consoantes que passam pelas cordas vocais e as
fazem vibrar. Ex.: /b/, /v/, /d/, /z/, /j/, /g/, /m/, /n/, /nh/, /l/, /lh/, /r/,
/rr/.
Função das cavidades bucal e nasal:
o Nasais: A corrente de ar sai pela boca e pelo nariz. Ex.: /m/, /n/, /nh/.
o Orais: A corrente de ar sai dos pulmões e passa somente pela boca. Com
exceção dos fonemas consonantais /m/, /n/, /nh/, todos os demais são
orais.
Modo de articulação: (a) oclusivas, quanto existe um bloqueio total do ar e (b)
nas constritivas quando existe um bloqueio parcial, sendo fricativas quando
pronunciadas a partir da fricção do ar em um obstáculo (/f/, /v/, /s/, /z/, /x/,
/j/); laterais, quando pronunciadas a partir da passagem do ar pelos cantos da
boca (/l/, /lh/); vibrantes, quando pela vibração de um elemento do aparelho
fonador (/r/, /rr/) e nasais , quando pronunciadas com a saída de ar pelo nariz
(/m/, /n/, /nh/)
Quanto ao ponto de articulação. O ponto de articulação é o lugar onde a
corrente de ar é articulada (lábios, dentes, palato etc).
o Bilabiais – Pronunciadas pelo contato dos lábios (lábio superior + lábio
inferior): /p/, /b/, /m/;
o Dentais – Pronunciadas pelo contato da língua com os dentes: /t/, /d/;
o Alveolares – Pronunciadas pelo contato da língua com os alvéolos dos
dentes: /s/, /z/, /l/, /r/, /rr/;
o Labiodentais – Pronunciadas pelo contato dos lábios com a arcada
superior dos dentes: /f/, /v/;
A correta respiração para o canto deve ser de baixo para cima, isto é, da base
do pulmão para a região superior.
Elasticidade e capacidade pulmonar, com a respiração completa
Ativação do diafragma, com a conscientização dos movimentos e treinos de
expulsão explosiva e controla da coluna de ar
Inspiração nasal, silenciosa e por relaxamento
Apoio, mediante o controle do volume pulmonar e pressão na expiração
através dos músculos abdominais e intercostais ativando o diafragma como
êmbolo
Canto realizado com controle consciente da expiração, ou prolongamento da
pausa expiratória, possibilitado e mantido pelo apoio.
Emissão sustentada, ritmada e articulada do som
Prolongamento da duração e o controle da intensidade da emissão, fluxo ou
passagem do ar, de acordo com a vontade do cantor, por razões técnicas,
musicais e estéticas.
Conclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, Débora. Músculos da Laringe | Débora Abreu. Técnica vocal e saúde da voz.
2009. Disponível em: https://debora.mus.br/musculos-da-laringe. Acesso em:
26 fev. 2022.
Classificação das Vogais e Consoantes. Site Web Educacional. [s.d.]. Disponível em:
https://www.portugues.com.br/gramatica/classificacao-das-vogais-
consoantes.html. Acesso em: 21 fev. 2022.
COELHO, Helena de Souza Nunes Wöhl. Técnica vocal para coros. São Leopoldo:
Sinodal, 1994.
FARIA, Diana Melissa; CAMISA, Maria Teresa; GUIMARÂES, Maria Abadia. Muito além
do ninho de mafagafos: um guia de exercícios práticos para aprimorar sua
comunicação. 2. ed. São Paulo: J&HEditoração, 2008.
MELLO, Enio Lopes; ANDRADA E SILVA, Marta Assumpção De. O corpo do cantor:
alongar, relaxar ou aquecer? Revista CEFAC, [S. l.], v. 10, n. 4, p. 548–556, 2008.
DOI: 10.1590/S1516-18462008000400015.