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UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FCT - FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE - SP

RELATÓRIO FINAL – FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA

Nome do paciente: Joaquim Augusto Guida Rocha Prontuário: 1001


Telefone: (18)99662-6629 (Aline – mãe)
Data de Nascimento: 10/06/2019 Idade: 4 anos
Diagnóstico clínico: Pé torto congênito CID: 96.9
Diagnóstico fisioterapêutico: Diminuição da amplitude de movimento de
dorsiflexão de tornozelos bilateralmente
Estagiário(a) responsável pela evolução: Maurício Zulli Zamberlan Guilherme
Período desta evolução: 09/10/2023 – 20/12/2023

Descreva o quadro clínico geral do paciente e as alterações psicomotoras e


motoras funcionais que você observou durante o período de tratamento (positivas e
negativas).
-O paciente compareceu as sessões de forma assídua, mostrando-se bastante colaborativo
e animado, não havendo dificuldade na realização dos exercícios propostos.
O paciente costuma manter os pés em posição de flexão plantar, durante as sessões
foi colocado para realizar a terapia descalço, uma vez que os calçados atrapalhavam o
movimento de dorsiflexão completa e a todo momento sua atenção era chamada para que
que deixasse o pé neutro, o que realizava sem maiores problemas, contudo é necessário
relembrar constantemente de adequar a posição do pé. Suas maiores dificuldades incluem
correr e mudar rapidamente de direção, situações em que não consegue evitar a flexão
plantar.
No início do setor foi diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA) de
grau leve, e demonstrava durante o período citado, momentos em que se encontrava mais
extrovertido e participativo em atividades externas ao box e momentos em que só aceitava
realizar atividades introspectivas com hiperfoco em uma única tarefa.
Durante o período descrito foi observada melhora clínica do padrão de marcha, com
o paciente se acostumando melhor a caminhar e correr com o pé partindo de posição
neutra, mostrou-se mais aberto e socializando melhor com fisioterapeutas e outros
pacientes e mais recentemente começou a apresentar bastante frustração ao fim da
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sessão, chorando para não ir embora, ainda assim, acompanhava o fisioterapeuta até a
saída.
1. Qual a medicação atual do paciente?

Medicamento Dose Posologia Ação


Risperidon 25 mg 1x/dia Este medicamento antipsicótico atípico
é utilizado para tratamento de
transtornos de irritabilidade associados
ao espectro autista

2. Houve intercorrências neste período? Quais e o que foi realizado?


- Não houveram intercorrências no período.
3. Quais escalas utilizadas e quais foram os resultados obtidos nestas escalas?
Data Escala Resultado Classificação
24/10/2023 Inventário Portage -3 a 4 anos = 42%
operacionalizado – -4 a 5 anos = 33%
Socialização
28/11/2023 -3 a 4 anos = 67%
-4 a 5 anos = 44%
24/10/2023 Inventário Portage -3 a 4 anos = 100%
operacionalizado – -4 a 5 anos = 81%
Desenvolvimento
28/11/2023 motor -3 a 4 anos = 87%
-4 a 5 anos = 94%

4. Quais as orientações domiciliares foram sugeridas? Qual a adesão do


paciente/família às orientações?
-A família do paciente foi orientada para que deixasse o paciente mais tempo descalço em
casa para se acostumar com os estímulos de diferentes texturas sob os pés e que a todo
momento o pedissem para corrigir a flexão plantar, tal qual realizado na terapia.
5. Quais foram os últimos objetivos do tratamento fisioterapêutico?
 Melhorar a marcha do paciente contendo a excessiva flexão plantar;
6. Qual a conduta terapêutica realizada nesse momento? E como ela é realizada?
 Mobilização manual passiva dos tornozelos em dorsiflexão - 3x1’;
 Caminhada em esteira ergométrica na velocidade mínima, acelerando e
desacelerando sua marcha aos comandos do fisioterapeuta;
 Empurrar bola suíça subindo rampa e chutá-la para o fisioterapeuta;
 Circuito funcional:
o Corrida lateral entre 4 steps
o Subir em um bosu e pular sobre um colchonete
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o Caminhar pelo colchonete


o pegar uma bola do chão e acertar a cesta
 Caminhar sobre 6 halteres de piscina passando sobre eles;
 Escalada no espaldar;
 Montar torre de blocos de madeira;
 Brincadeiras baseadas em exercícios funcionais em interação com outros pacientes
do mesmo horário.
7. O paciente recebeu alta? Se sim, justifique.
- Não recebeu alta.
8. Observações do aluno e sugestões para o próximo terapeuta.
-Sugiro ao próximo fisioterapeuta que continue realizando condutas com o paciente
descalço, explorando diferentes texturas e bases de apoio, sempre corrigindo a flexão
plantar excessiva com comandos verbais e pistas táteis, é importante saber o momento de
respeitar a introspecção do paciente e o momento de insistir que ele realize as atividades
propostas e sempre que possível, é interessante realizar atividades em que haja interação
com outras crianças. Cuidados extras devem ser dados aos exercícios de corrida e
mudança rápida de direção, pois foram as maiores dificuldades do paciente durante o
período.

Presidente Prudente, 20 de dezembro de 2023.

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Maurício Zulli Zamberlan Guilherme Prof. Esp. Isabella Cristina Leoci

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