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COMPORTAMENTO

VERBAL

Mateus Brasileiro
O que é comportamento?
RELAÇÃO
Organismo

Ambiente
Ambiente

R-S
Alguns Cuidados
• Resposta é TODA ação de um organismo
• Públicas
• Privadas

• Estímulo é TUDO que afeta uma resposta


• Público x Privado
• Antecedente ou Subsequente
• Podem ter origem social

S S- R- R- S
Ver pai Bater Joelho chorar Flexão Joelho Atenção
Comportamento operante

R C
A definição de comportamento
verbal

Comportamento Verbal é
comportamento operante cujas
consequências são mediadas por
outras pessoas (Skinner, 1957)
Um primeiro esforço na compreensão do
comportamento verbal...
Por vezes dizemos que alguém está pedindo algo,
mandando, respondendo, descrevendo etc. Essas são
categorias para diferentes usos da linguagem. No
comportamento verbal, também fazemos subdivisões
chamadas OPERANTES VERBAIS, mas diferente da
forma tradicional, o fazemos baseado não na forma da
resposta, mas sim nas variáveis que a controlam

Assim, devemos atentar


para…
Quais as condições Quais as consequências que
antecedentes que afetam a selecionaram/mantêm esta
probabilidade da resposta resposta
verbal ocorrer
UMA BREVE APRESENTAÇÃO DOS
OPERANTES VERBAIS
Comportamento operante e OM

OM
R Sr+
C
Sede

Falar água Ganhar água


Mando

Um operante verbal é chamando de


mando quando a resposta verbal é
emitida sob controle de uma OM e é,
portanto, mantida por reforçadores
específicos.

Reforçadores específicos versus reforçadores generalizados


Tato

Um operante verbal é chamando de tato


quando a resposta verbal é emitida sob controle
de um estímulo discriminativo específico não
verbal (ex. um objeto) e é mantida por
reforçadores condicionados generalizados ou
por um conjunto de reforçadores distintos (não
específicos).

Ex. Uma criança está diante de um gato (Sd não verbal específico), fala “gato” (R verbal) e a
produz como consequência o elogio de seus pais (Sr generalizado)
Operantes verbais sob controle de estímulos
antecedentes verbais

“Quatro dos operantes verbais – ecóico, textual.


Transcrição e intraverbal – descrevem relações específicas
entre estímulos antecedentes verbal e respostas verbal.
Nesses casos, assim como no caso do tato, em geral, o
estímulo reforçador que mantém o responder é um
estímulo condicionado generalizado” (Sério e Andery,
2005, p. 132)
Ecóico
• Estímulo antecedente verbal vocal (sonoro) e
resposta verbal vocal. A resposta “reproduz” o
estímulo (diante do som “au-au”, se diz “au-au”).

Audiência (Sd)

d verbal Reforçador
S vocal Rv vocal condicionado
generalizado

OM
Transcrição
• Estímulo antecedente verbal vocal (sonoro) ou escrito
e resposta verbal escrita.

Audiência (Sd)
Reforçador
Sd verbal vocal Rv escrita condicionado
generalizado
ou escrito

OM
Textual
• Estímulo antecedente verbal impresso ou escrito
(texto) e resposta verbal vocal.

• Há entre estímulo e resposta uma correspondência


formal, ponto-a-ponto, estabelecida arbitrariamente
(diante da palavra escrita “operante” se diz
“o-pe-ran-te”).
Intraverbal

Um operante verbal é chamado de Intraverbal


quando a resposta verbal fica sob controle de um
estímulo antecedente verbal, mas não mantém
com ele uma correspondência formal. Também
neste caso, o responder é mantido por
reforçamento generalizado.
O antecedente é _____________ e a
consequência é _____________. Além disso,
a resposta não mantém uma relação _______
com o estímulo antecedente
As fases de desenvolvimento
do comportamento verbal
Não segue estímulos visuais apresentados e nem
Pré-ouvinte
atende comandos (mesmo que simples)

Atende a objetos e a outras pessoas (olha, procura etc.)


Ouvinte
e atende a instruções
Consegue emitir as respostas verbais básicas que são
Falante capazes de produzir alterações em seu próprio
ambiente através da mediação de outros
Troca Responde perguntas e se engaja em conversações
falante-ouvinte (trocas de papel entre falante e ouvinte com outras
com outros pessoas)
Consegue planejar verbalmente o que irá fazer (ex. 1º
vou fazer “x”, depois “y”) e segue a sequência
planejada, emite respostas de auto fala (ex.
Ouvinte de si brincadeiras com diálogos imaginativos) e, além disso,
próprio simplesmente por ouvir outras pessoas descrevendo
certos aspectos do mundo, aprende a reagir como
ouvinte a a utilizar estas mesmas palavars como
falante (Naming)
Capaz de emitir respostas vocais a estímulos verbais
Leitor
escritos ou impressos

Capaz de emitir respostas verbais escritas na presença de


Escritor estímulos verbais escritos ou falados (inclusive no caso da
auto fala)

Leitor de si Capaz de ler o que escreveu, mas sob a perspectiva de um


próprio outro ouvinte

Capaz de utilizar a mediação verbal na resolução de


problemas complexos e de forma cada vez mais
Mediação verbal
independente. A pessoa consegue descrever o problema com
para resolução de
precisão, analisar contingências envolvidas nele e levantar
problemas
hipóteses que poderiam resolver o problema ou gerar novas
informação que possam ajudar nesta tarefa
Algumas etapas preparatórias antes de
iniciar o treino de linguagem
propriamente dito
Avaliação de repertório verbal
• Os objetivos de uma avaliação de linguagem
• Identificar deficits verbais específicos

• Servir como um guia para o desenvolvimento de um


programa adequado para o desenvolvimento da
linguagem
Cooperação com adultos
1. Nunca coopera, evita trabalho, se engaja • 1-2: pode ser difícil de
em comportamentos negativos ensinar e requer um
trabalho específico de
2. Se engaja em uma resposta rápida e fácil
comportamento de sessão
por um reforçador poderoso
3. Consegue emitir 5 respostas sem
comportamento disruptivo • 3-4: pode precisar de
4. Trabalha por 5 minutos sem treino, mas mais fácil de
ensinar
comportamento disruptivo
5. Trabalha bem por 10 minutos, em uma
mesa, sem disruptivos • 5: Iniciar treino de
linguagem
Pedidos (mandos)
1. Não sabe pedir reforçadores ou se • 1-2: foco imediato e
engaja em comportamentos negativos intensivo no treino de
mando
2. Puxa as pessoas, aponta, ou fica de pé
perto dos itens reforçadores
3. Usa de 1 a 5 palavras, sinais ou figuras • 3: também requer um
para pedir por reforçadores treino intensivo de mando
4. Usa de 5 a 10 palavras, sinais ou figuras
para pedir por reforçadores • 4-5: foco pode recair em
5. Frequentemente faz requisições usando outros aspectos da
mais de 10 palavras, sinais ou figuras linguagem
Imitação motora • 1: foco imediato nessa
habilidade. Candidato
improvável para linguagem de
1. Não consegue imitar nenhum sinais
movimento motor
2. Imita alguns poucos movimentos • 2: ainda deveria ser um grande
motores grossos foco da intervenção. Se ficar com
1 na imitação vocal, seria um
3. Imita vários movimentos motores candidato para linguagem de
grossos quando requisitado sinal
4. Imita vários movimentos motores
grossos e finos quando requisitado • 3-4: foco em outras áreas, mas
ainda continuar trabalhando. Um
5. Imita facilmente, geralmente de forma score baixo em imitação vocal
espontânea traz um candidato forte para
liguagem de sinais

• 5: intervenção desnecessárias.
Vocal play
• 1-2: necessita de
1. Não emite nenhum som programas especiais. Se
tiver score mais baixo na
2. Emite alguns sons de fala em uma taxa imitação ecóica do que na
baixa motora, deve beneficiar-se
3. Emite muitos sons de fala com de linguagem de sinais
intonações variadas
4. Vocaliza frequentemente, com • 3-4: deve ser capaz de
diferentes intonações e algumas palavras aprender linguagem vocal
5. Vocaliza frequentemente e diz muitas facilmente
palavras claramente compreensíveis
• 5: pode simplesmente
estar atrasado no
desenvolvimento da fala
Imitação vocal (ecóico)
• 1: deve ser muito difícil
1. Não consegue repetir nenhum som ou ensinar linguagem vocal
palavras em princípio
2. Repete alguns sons ou palavras
específicos • 2: pode ser possível
3. Repete (mesmo que aproximadamente) buscar a fala. Depende
vários sons ou palavras dos scores de imitação e
vocal play
4. Repete (mesmo que aproximadamente)
muitas palavras diferentes
5. Claramente repete qualquer palavra ou • 3-4: fala é claramente a
até frases simples forma de linguagem
desejada

• 5: pode ser um leve atraso


Emparelhamento com o modelo
1. Não consegue emparelhar nenhum • 1: incapaz de atentar a
objeto ou foto ao modelo estímulos visuais ou
discriminá-los. Pode ser
2. Emparelha 1 ou 2 objetos ou fotos ao
difícil treinar PECs
modelo
3. Emparelha de 5 a 10 objetos ou fotos a
um modelo • 2-3: procedimentos para
4. Emparelha de 5 a 10 cores, formas ou aprimorar habilidade
seriam importantes
conjuntos a um modelo
5. Consegue emparelhar qualquer item e
emparelhar 2 a 4 conjuntos • 4-5: scores baixos em
imitação motora e vocal
pode se beneficiar
bastante de sistemas de
fugura
Receptivo
1. Não entende palavras • 1: foco imediato nesta
2. Segue poucas instruções relacionadas a habilidade
rotinas diárias
3. Segue algumas instruções para executar • 2-3: também requer um
ações ou tocar itens treino intensivo
4. Segue muitas instruções e aponta para
pelo menos 25 itens • 4-5: permite focar em
5. Pode apontar para pelo menos 100 itens, outras áreas
ações, pessoas ou adjetivos
Nomeação (tatos)
1. Não identifica nenhum item ou ação • 1: se também tiver score
2. Identifica de 1 a 5 itens ou ações baixo em mando, deve-se
focar no mando e deixar
3. Identifica de 6 a 15 itens ou ações tato para depois
4. Identifica de 16 a 50 itens ou ações
5. Identifica mais de 100 itens ou ações e • 2-3: deveria começar a
emite sentenças curtas receber treino de tato
mais intensivo

• 4-5: pronto para aprender


habilidades mais
avançadas
Receptivo por função, aspecto e classe
1. Não consegue identificar itens baseado • 1-2: bastante comum.
em informações sobre eles Com cerca de 50 tatos e
respostas receptivas, já
2. Identifica alguns itens quando dados
deve-se começar este
sinônimos ou funções comuns
treino.
3. Identifica 10 itens quando dados de 1 a 3
funções ou aspectos
4. Identifica 25 itens quando dados 4 • 3-4: Pronto para ser
treinado em conversação
funções, aspectos ou classes
5. Identifica 100 itens quando dados 5
funções, aspectos ou classes • 5: fazer avaliação de
linguagem mais detalhada
Intraverbais • 1-2: esperado de crianças
que têm tato e linguagem
1. Não consegue completar palavras receptiva de menos de 50
faltando nem partes de canções palavras. Talvez não esteja
pronta para treino
2. Pode completar algumas palavras intraverbal, a não ser que
faltando ou prover sons de animais o tenha pelo menos 3 em
3. Pode completar 10 frases não RFFC
reforçadoras ou responder 10 perguntas
simples
• 3: se tiver scores altos em
4. Pode completar 20 frases ou responder tato, receptivo e RFFC,
20 perguntas com variação deve-se focar em
5. Pode responder pelo menos 30 habilidades de
perguntas com variação conversação
• 4-5: pode se beneficiar de
um treino mais avançado
Letras e números
1. Não consegue identificar nenhuma letra, • 1-2: treino seria pouco
número ou palavra escrita apropriado para crianças
com tatos e linguagem
2. Pode identificar pelo menos 3 letras ou
receptiva ainda pouco
números
desenvolvidos
3. Pode identificar pelo menos 15 letras ou
números
4. Pode ler pelo menos 5 palavras e • 3-4: pronto para treino
adicional na área
identificar 5 números
5. Pode ler pelo menos 25 palavras e
identificar 10 números • 5: criança poderia se
beneficiar de um avaliação
mais detalhada
Interação social
1. Não inicia interação com os outros • 1-2: provavelmente se
2. Aproxima-se fisicamente de outros para beneficiará de foco nas
habilidades básicas
iniciar uma aproximação
3. Pede prontamente por reforçadores para
adultos • 3-4: começando a
interagir e se beneficiaria
4. Interage verbalmente com parceiros com
de treino
dicas
5. Regularmente inicia e mantém
interações verbais com parceiros • 5: treinos mais avançados
Cuidados ao conduzir a avaliação

• Estabelecimento de Rapport
• Observar comportamentos inapropriados e
outros comportamentos não verbais
• Os diferentes ambientes da avaliação
• Ambiente natural
• Entrevistas
• Tentativa discreta
• Preparação dos materiais
• Uso de reforçadores
A escolha da forma de comunicação mais
adequada
• A fala como primeira escolha

• As diferentes formas de comunicação alternativa


• Sinais
• Sistemas de figura
• De apontar
• De troca
• Escrita/digitação
Liguagem por sinais
Vantagens Desvantagens
• Imitação motora pode já ser uma
habilidade bem desenvolvida • Pais e professores têm que passar por treino
especial antes de ensinar a criança
• Fácil utilização de dicas físicas
• Pais e professores terão que se comunicar com a
• Semelhança entre o estímulo e a criança utilizando sinais
resposta verbal
• As diferentes topografias para os sinais terão que
• Possui uma comunidade verbal ser individualmente modeladas
natural
• Livre de suporte ambiental
adicional
• Pode contribuir para o
desenvolvimento da fala
Sistemas de figuras
Vantagens Desvantagens
• Ouvinte não precisa de treino
especial • Requer suporte ambiental adicional
• Habilidades básicas de • Nem sempre pode emitir a resposta, mesmo tendo
emparelhamento com o modelo forte motivação para isto
tornam a aquisição fácil • Inexistência de uma comunidade verbal natural
• Mesma topografia para todas as • Ouvinte tem que estar fisicamente próximo
respostas
• Dificuldade para ensino de conceitos abstratos
• Respostas geralmente fortes no
repertório do indivíduo (apontar e • Por vezes não induz fala (sistema de apontar)
pegar)
• Pode ajudar a evitar uma história
negativa na aquisição da
linguagem

Escrita/digitação
• Especialmente útil para indivíduos com surdez,
paralisia cerebral e indivíduos com danos
cerebrais que tenham mantido habilidade de ler
e escrever
• Caminho pouco indicado para a aquisição inicial
da linguagem
Comportamento ecóico
é moderado ou forte?

SIM NÃO

Fala
Aluno ecoa alguns
sons?

SIM NÃO

Iniciar treino vocal de mando Aluno balbucia e/ou


apresenta vocal play?
Aluno balbucia e/ou
apresenta vocal play?

SIM NÃO

Utilizar procedimentos específicos para O Pareamento de


promover aumento da vocalização e reforçadores com sons
desenvolvimento inicial de ecóico produz um aumento nas
vocalizações?

SIM NÃO

Passo anterior Comunicação


alternativa
Aluno é capaz de ler
ou escrever?

SIM NÃO

Escrita/digitação Sinais ou Figuras

O Aluno tem
impedimentos físicos
significativos?

SIM NÃO

Figuras
Sinais ou Figuras
Aluno apresenta alguma
imitação motora?

NÃO SIM

Figuras Sinais ou Figuras

Aluno é capaz de atentar a


estímulos visuais e
discriminar entre eles?

NÃO SIM

Sinais
Sinais ou Figuras
Começando o ensino da
linguagem: treino do ouvinte
O ouvinte: REdefinindo
comportamento verbal

Comportamento Verbal é comportamento


operante cujas consequências são mediadas
por outras pessoas que foram
especialmente treinadas como ouvintes
por uma comunidade verbal (Skinner, 1957)
Linguagem expressiva versus
linguagem receptiva

Uma pergunta comum: qual vem primeiro?

“…essas duas habilidades são repertórios separados mas


facilitadores, (…) geralmente é necessário proporcionar
treinamento específico para ambos tipos dessas habilidades
simultaneamente” (Sundberg e Partington, 1998, p.114)
O treino de ouvinte com indivíduos com autismo ou
com problemas no desenvolvimento da linguagem

O Problema aqui envolvido


Estamos falando de pessoas que são pouco
sensíveis ao ambiente social, em especial ao
comportamento verbal de outros
“Se uma criança não estiver adquirindo habilidades receptivas com
sucesso, é importate que tentativas iniciais para desenvolver essas
habilidades envolvam respostas que são relativamente fáceis para
a criança, e respostas corretas deveriam ser imediatamente
reforçadas” (Sundberg e Partington, 1998, p. 99)
Treino do ouvinte: Objetivo

“O principal objetivo no
desenvolvimento de habilidades
receptivas é ensinar a criança a
responder corretamente à linguagem
de outros” (Sundberg e Partington,
1998, p. 99)
5 Programas básicos para o treino
de ouvinte – Pré Ouvinte
• Senta: o terapeuta diz “senta e a criança senta-se em até 3s
• Mesclar com outros programas de atenção ou palavras sem sentido
• Se necessário, uso de dicas visuais
• Uso de reforço positivo
• Espera: a criança senta e espera por um tempo cada vez maior
antes de receber reforço
• Comece com o maior tempo que a criança aguentar
• Olha para mim: criança olha nos olhos do terapeuta quando
este requer
• Se necessário, comece utilizando item reforçador
• Estratégia do atraso de 0s
• Faz igual
• Imitação generalizada
E se a criança não tiver os pré requisitos
necessários?
• Estabelecimento de Tracking visual: pareamento de
reforçadores com estímulos visuais para os quais a criança
deveria olhar/seguir
• Brinquedos/objetos com e/ou som
• Utilização de potes translúcidos/semi-opacos
• Liberar reforço sempre que a criança olhar/seguir objetos
• Matching sensorial: estabelecendo o conceito de
igualdade
• Selecione dois exemplares de estímulos para cada sentido
• Inicialmente pode-se utilizar itens favoritos vs não favoritos
• Estabelecendo sons como reforçadores
• Alternância de pareamentos S-S com sessões de teste
Protocolo de imersão do ouvinte
• Identifique 16 comandos básicos (levanta, chuta
a bola etc.) e 4 comandos sem sentido (bla bla,
glu glu)
• Crie 4 sets de treino – 5 comandos cada
• Quando apresentar o comando, imediatamente
ajuda a criança a fazer o que é pedido e depois
disso, libere o reforçador; quando apresentar a
instrução sem sentido, não faça nada
• Aumente o ritmo de apresentação das
instruções
• Introduza novos sets de estímulos
Começando o ensino da
linguagem expressiva
MANDO

Um operante verbal é chamando de


mando quando a resposta verbal é
emitida sob controle de uma OM e é,
portanto, mantida por reforçadores
específicos.
Mando
• Por que é o primeiro operante trabalhado?

• Iniciando o treino
• Utilizar reforçadores poderosos
• Conduzir o treino quando a motivação para
determinados reforçadores particulares é alta
• Utilização de uma variedade de dicas e reforçadores
(muitas vezes simultaneamente)
Antecedentes Resposta Consequências

Comida S não “Parabéns!”,


Sr não “Muito bem!”
verbal específico

Receber
Sr específico
Fome OM “comer” alimento

Cócegas,
“O que você S verbal Outros Sr música etc.
quer?”

A palavra “comer” Dica ecóica


Antecedentes Resposta Consequências

Comida S não
“Parabéns!”,
verbal Sr não “Muito bem!”
específico

Fome OM Receber
Sr específico
“comer” alimento

“O que você S verbal


Cócegas,
quer?” Outros Sr música etc.
Sinal Estímulos
de“comer” imitativo

Guiar as Ajuda física


mãos
Questões a serem consideradas ao se
escolher os primeiros mandos
• Relacionem-se a reforçadores poderosos e que podem ser
facilmente manipulados por adultos
• Consumíveis
• Cujo acesso pode ser de curta duração
• Podem ser entregues em diversas ocasiões
• Aqueles que parecem sempre fortes
• Palavras familiares
• Para crianças vocais, palavras simples e curtas, para sinais,
aqueles que são icônicos
• Palavras de diferentes categorias
• Evite sinais e palavras que se parecem ou com os quais a
criança possui uma história negativa
Treino no ambiente natural
• Sinais ou palavras selecionadas devem ser úteis
no seu dia a dia

• Treinos incidentais
Até onde “puxar”?
• As tentativas que produzem sucesso devem
superar bastante aquelas que levam ao
insucesso
• Aprendizagem deveria ser divertida e útil para
criança
• Observe sinais de fuga/esquiva
• Não deixar fugir/esquivar de demanda
• Terminar a sessão com uma resposta correta
Ensinando mandos avançados
• Essencial que se aprenda a pedir por coisas que
vão além de comida e itens altamente preferidos

• Instrutor deverá aprender a “capturar” e


manipular OM’s especiais para que possa
realizar este tipo de treino.
Mandando por itens ausentes
• Estratégia da cadeia interrompida

PEGAR XÍCARA

SOPA EM PÓ NA XÍCARA

ADICIONAR ÁGUA QUENTE


Mandando por Ações
• Para todo tato de ação no repertório da criança,
deveria haver um mando correspondente

• Exs.

• Entregar um vidro fortemente fechado com algum


reforçador poderoso dentro

• Colocar itens de interesse da criança em lugares altos


Outros mandos
• Mando por atenção

• Mando por retirada de estimulação aversiva

• Mandos por informação


• Onde
• O que
• Quem
• Quando
Ensinando habilidades básicas imitação e ecóico

• Para aquelas crianças que já tenham estas


habilidades bem desenvolvidas, mesclar com
treino de mando

• Para aquelas que ainda não possuem tais


habilidades ou se elas são muito incipientes,
necessitarão de foco em procedimentos
especiais
Ensinando Imitação Motora
• Torne divertido para a criança e aproveite a
motivação vigente por reforçadores específicos. Ex:
fazer o treino parecer uma brincadeira, fazendo
caretas, fingindo ser um monstro etc.
Ensinando Imitação Motora
• Para crianças que não imitam nessas situações:
- solicitar imitação de um movimento “divertido” com a dica
verbal “faça isso”;

- reforçar quaisquer respostas que se aproximem ao


movimento;

- caso não responda ou responda incorretamente: repete-se


algumas vezes a solicitação e o movimento e, caso,
necessário, dica física é apresentada (2º adulto);

- Tentativa seguinte deve ser iniciada segundos depois e o


instrutor deve reduzir gradualmente a dica física;

- Intercalar reforçadores usados


Ensinando Imitação Motora
• Para algumas crianças pode ser mais fácil imitar
algum movimento envolvendo um objeto. Ex:
tocar tambor, “dirigir um carro”, jogar ou
empurrar uma bola, despejar água ou areia,
abrir e fechar portas.
• Tarefas que envolvam coordenação motora
grossa: pular, sentar, dançar, correr etc.
• Se a criança copia um ou dois comportamentos,
intercale com tentativas de mando.
Gradualmente, introduza novos
comportamentos imitativos.
Algumas considerações adicionais
• Motivação pode diminuir se criança tiver acesso
livre a reforçador sendo usado
• E sua remoção pode ser extremamente aversiva
• Tentativa deveria ser apresentada apenas
quando a criança estiver atenta ao instrutor
• Modelo claro e conciso
• Não deve ser acompanhado por instruções
complicadas
• Minimizar a quantidade de erros
• Treino tão intensivo quanto possível
Ensino de Imitação Vocal (ecóica)
• Estabelecer vocalizações específicas sob controle
imitativo (ecóico) – é preciso aumentar vocalizações:
• Uso de reforçamento direto para qualquer vocalização;
• Utilizar todas as oportunidades para parear (associar)
vocalizações de adultos com reforçadores que ocorram
naturalmente. Ex: antes de fazer cócegas na criança (1-2 s),
dizer um som como “baba” e então fazer cócegas. Repita
várias vezes – com uma variedade de reforçadores e sons;
* Se sons se tornarem reforçadores para a criança, é mais
provável que eles sejam automaticamente fortalecidos
quando emitidos pela criança “reforçamento automático”
(Skinner, 1957).
Ensino de Imitação Vocal (ecóica)
• Habilidades ecóicas são fundamentais para o ensino de
novas palavras – a criança pode repetir uma palavra ou
frase e por meio dos procedimentos de transferência de
controle (treino de mando).

• O ensino de imitação vocal é semelhante ao de


imitação motora, exceto pela resposta vocal e a
impossibilidade de utilizar dicas físicas.
Ensino de Imitação Vocal (ecóica)
• Procedimentos adicionais aos procedimentos de
modelagem descritos anteriormente:
• Apresentação da dica verbal “Diga...” e reforçar uma resposta
correta ou aproximada.
• Dar início ao ensino com sons que a criança tenha emitido
com frequência no passado.
• Selecionar um som que a criança esteja emitindo e solicitar
que ela repita.
* Muitas crianças podem emitir uma grande variedade de sons,
mas não os emite quando especificamente solicitadas a
fazê-lo.
TATO

Um operante verbal é chamando de tato quando


a resposta verbal é emitida sob controle de um
estímulo discriminativo específico não verbal (ex.
um objeto) e é mantida por reforçadores
condicionados generalizados ou por um conjunto
de reforçadores distintos (não específicos).

Ex. Uma criança está diante de um gato (Sd não verbal específico), fala
“gato” (R verbal) e a produz como consequência o elogio de seus pais
(Sr generalizado)
Comparando…

OPERANTE “Tipo” de “Tipo” de


VERBAL antecedente consequência

MANDO Operção Motivadora Reforço específico

Reforço condicionado
TATO Sd não verbal
generalizado

Sd verbal com relação Reforço condicionado


ECÓICO formal ponto a ponto generalizado
Um exercício de interpretação

• Depois de correr e suar bastante uma criança chega


perto de seu pai e fala “água”, pois, no passado foi assim
que ela aprendeu a obter água sempre que estava com
sede

• Um menino autista vê um prato sobre a mesa e fala


“comida”. A mãe imediatamente o elogia dizendo:
“muito bem!!! Este é um prato de comida!!”
Algumas considerações adicionais
sobre tatos e mandos
• O tato beneficia especialmente o ouvinte
“Os mandos beneficiam especialmente ao falante, uma vez que o
reforçamento especificado em sua resposta pode ser provido pelo
ouvinte. Por outro lado, os tatos beneficiam especialmente ao
ouvinte, ambiando seu contato com o meio através das respostas do
falante” (Ribeiro, 2004, p. 72)

• Ruptura com outras variáveis controladoras


O Treino adequado do tato deve prever o enfraquecimento da
relação de controle que outras variáveis têm sobre a resposta,
especialmente as operações motivadoras
Treino de tato

“As únicas habilidades pré-requisito necessárias


para começar o treino de tato e receptivo são que
a criança tenha algumas respostas sob controle
ecóico ou imitativo, e que a crianças tenha alguns
mandos que ocorram sem dicas imitativas ou
ecóicas” (Sundberg e Partington, 1998, p. 105)
Treino de tato

•Duas formas básicas de se iniciar o


treino

•A partir das mesmas palavras que já


foram treinadas como mandos

•A partir de novas palavras


Tato a partir do mando
“Crianças tipicamente aprendem a pedir por itens que eles querem
relativamente rápido porque isto resulta em eles conseguindo essses
itens. Entretanto, também é importate para a criança ser capaz de
identificar esses itens mesmo quando eles não querem esses
itens…” (Sundberg e Partington, 1998, p. 105)

O QUE DEVE SER FEITO?


“O objetivo primário é libertar a resposta do controle da operação
estabelecedora (OE), e transferi-lo para o controle não verbal
mudando de reforçamento específico para reforçamento não
específico” (Sundberg e Partington, 1998, p. 106)
COMO FAZER?
Tente fazer o treino quando a Faça o fading out dos
criança não estiver muito reforçadores específicos e de
interessada no objeto/evento a qualquer outra dica que
ser tateado precisar utilizar
Antecedentes Resposta Consequências

Quer um carrinho Ganhar o


OM Sr específico carrinho

Carrinho de
Sr não “Parabéns!”,
brinquedo S não verbal “Carro” específico “Muito bem!”

Cócegas,
“Que é isso?” S verbal Outros Sr música etc.

A palavra “carro” Dica ecóica


Tato com palavras novas
“…envolve o estabelecimento de uma nova resposta que não está
diretamente relacionada a reforçadores poderosos” (Sundberg e
Partington, 1998, p. 107)

O QUE DEVE SER FEITO?


“O propósito principal (…) é transferir controle de uma dica ecóica
para o próprio objeto, enquanto se reduz a possibilidade de erros”
(Sundberg e Partington, 1998, p. 109)

COMO FAZER?
Utilização do procedimento de Fazer fading de dicas
atraso de dica completas para incompletas

Diminuindo-se a intensidade
do estímulo auditivo
Antecedentes Resposta Consequências

“Que é isso?” S verbal

Carrinho de
Sr não “Parabéns!”,
brinquedo S não verbal “Carro” específico “Muito bem!”

Cócegas,
Outros Sr música etc.

A palavra “carro” Dica ecóica


Generalização de tatos
Apesar de o treino ser realizado com certos estímulos específicos, comumente
outros estímulos que guardam algum tipo de “similaridade física” com os
estímulos treinados também passam a controlar a emissão da resposta de tato

PROBLEMAS NA GENERALIZAÇÃO
A pessoa pode ficar sob Pode-se observar pouca ou
controle de propriedades nenhuma generalização
“irrelevantes”dos estímulos –garantir a generalização

“TIPOS” DE GENERALIZAÇÃO
Extenção genérica: As Extenção metafórica: nem
propriedades relevantes do todas as propriedades
estímulo que controlam certa relevantes do estímulo estão
resposta em geral estão presentes no novo estímulo a
mantidas ser tateado
O que podem ser esses Sd’s não verbais?

• Não apenas objetos evocam tatos


• Ações
• Mudanças no mundo
• Relações entre eventos

• Não apenas eventos públicos evocam tatos


• O caso especial do tato de eventos privados
Carro Copo Livro

Amarelo X X

Azul X X

Verde X
Ensinando respostas receptivas junto com os
tatos: otreino de ouvinte a partir da
identificação de itens
“Eventualmente, a criança deve aprender a tocar ou
apontar para itens especificamente nomeados. Apesar da
identificação de itens resultar em considerável
reconhecimento e elogio para crianças com
desenvolvimento típico, estas consequências podem não
ser reforçadoras o suficiente para muitas crianças com
atraso de linguagem. A criança com atraso de linguagem
não sabe que resposta é esperada dela e pode não saber
o nome do item” (Sundberg e Partington, 1998, pp.
101-102)
Treino do ouvinte: ordem dos treinos

RESPOSTAS SIMPLES

RESPOSTAS A OUTROS

RESPONDER DISCRIMINADAMENTE
Identificação de itens: procedimentos e
principais cuidados
• Começar utilizando um item reforçador e dicas (se
necessário)
• Fading out das dicas
• Generalização (lugar, itens etc.)
• Introdução gradual de um estímulo de distração
• Uma mão aberta com o item a ser tocado mais próximo da criança
• Aproximar mão gradualmente
• Ir colocando novos itens
• Discriminar entre um item reforçador e um não reforçador
• Voltar a usar dicas (se necessário)
• Modificar a localização
• Variar os distratores
• Apresentar um novo item reforçador com os mesmos distratores
• Ensinar a discriminar entre dois itens reforçadores
• Requisitar inicialmente apenas um dos itens
• Voltar a usar as dicas (se necessário)
• Trocar o item a ser selecionado
• Ir gradualmente mesclando as requisições
• Inserir novos itens reforçadores
• Inserir itens menos reforçadores
• Expor itens em uma mesa

“Eventualmente, o treino deveria passar para estímulos


verbais complexos envolvendo múltiplos comandos” (p. 128)
Receptivo por Função, Carcaterística e
Classe (RFCC)

“Apesar dessas crianças poderem ter vocabulários de tato e


receptivo extensos, elas podem não ser capazes de responder
corretamente para a ampla gama de estímulos verbais
constantemente mudando que elas ouvem em seu ambiente
cotidiano. A maioria das pessoas nunca diz a mesma coisa
exatamente da mesma forma ou usa exatamente as mesmas
palavras quando falam sobre um item ou atividade. (…) Esses
estímulos verbais ocorrendo fora da sessão de treino podem diferir
substancialmente dos estímulos verbais usados no treino, e podem
ser parcialmente responsáveis pela dificuldade que muitos
indivíduos autistas e com atrasos no desenvolvimento têm em
generalizar habilidades formalmente treinadas para settings de
ambiente natural” (pp. 127-128)
Receptivo por Função, Carcaterística e
Classe (RFCC)

“A diferença entre treino receptivo padrão e receptivo por


função, característica e classe (RFCC) é que o estímulo
verbal é específico para a ação ou discriminação
requisitada, enquanto no RFCC o nome da ação ou item
específico está ausente. (…) No treino RFCC a criança é
pedida a identificar algo baseado nas funções do item,
suas características, ou sua classe de categoria” (pp.
127-128)
Pré requisitos do RFCC
• Aquisição de aproximadamente 50 palavras,
sinais, ou figuras como mandos, tatos, ou
discriminações receptivas
• Os tatos e respostas receptivas devem ser
generalizados
• Responder na presença de diferentes requisições
Iniciando o treino RFCC
• A primeira lista de palavras deve vir da lista de respostas já
treinadas
• Discriminação de dois itens (conhecidos)
• Pedidos iniciais mais comuns: sinônimos, sons de animais,
frases comuns ou associações comuns
• Acertos seguidos de elogios, prêmios e uma pusa antes da
próxima tentativa
• Erros seguidos de procedimento de correção
• Itens adicionais gradualmete introduzidos
• Novas formas de pedidos (mais difíceis) também devem
ser introduzidos
INTRAVERBAL

Um operante verbal é chamado de Intraverbal


quando a resposta verbal fica sob controle de um
estímulo antecedente verbal, mas não mantém
com ele uma correspondência formal. Também
neste caso, o responder é mantido por
reforçamento generalizado.
Comparando…
OPERANTE “Tipo” de “Tipo” de
VERBAL antecedente consequência

MANDO Operção Motivadora Reforço específico

Reforço condicionado
TATO Sd não verbal
generalizado

Sd verbal com relação Reforço condicionado


ECÓICO formal ponto a ponto generalizado

Reforço condicionado
Sd verbal sem relação
INTRAVERBAL formal com a resposta
generalizado
Para refletir
• Uma mesma topografia verbal (a forma de uma resposta)
pode ser uma relação de mando, tato ou intraverbal
• Como fazemos para classificá-la adequadamente?
• Um pequeno exercício: crie 3 diferentes situações com a
palavra “água”. Uma em que ela esteja em uma relação
mando, outra em uma de tato e outra em uma de
intraverbal
OPEANTES ANTECEDENTE RESPOSTA CONSEQUENCIA

MANDO Sede – Depois de correr Água Receber água

Vê piscina, viu garrafa, vu


TATO Água Muito bem!!! Parabéns!!!
chuva, foto com água

O que você bebe quando


está com sede? O peixe
Muito bem!!! Parabéns!!!
INTRAVERBAL vive _____; Qual ele Água
mento tem a fórmula
H2O?
A importância do repertório de
intraverbal

“Vários tipos de contingências diferentes


estabelecem relações intraverbais, como quando
aprendemos recitar o alfabeto, a contar, a
responder sobre a tabuada, sobre o quadro
periódico do elementos, a recitar um poema, a
definir conceitos, a responder sobre fatos históricos
ou fatos da ciência, ao estudar um vocabulário
etc.” (Ribeiro, 2004, p. 72)
O múltiplo controle no
intraverbal
Um único estímulo pode evocar várias respostas

Água 🡪 rio, mar, copo, piscina etc.

Vários estíulos podem evocar uma única resposta

Rio, mar, copo, piscina etc. 🡪 Água


Treino de intraverbal

“Em geral, o treino de intraverbal deveria


começar após a criança ter adquirido cerca de 50
tatos e mandos, e mais ou menos ao mesmo
tempo que o treino de RFFC começar” (Sundberg
e Partington, 1998, p. 154)
Treino de intraverbal
O QUE DEVE SER FEITO?
O objetivo deste tipo de treino é que a criança comece a responder
verbalmente, sob controle de Sd’s verbais, mas sem que a resposta
tenha uma relação formal com o estímulo

COMO FAZER?
Utilizar o próprio ambiente natural da criança

Utilização de programas bem formatados em cima de interesses da


criança

Utilização de programas bem formatados com palavras retiradas


da lista de ecóicos, mandos e tatos
Aproveitando as contingências
naturais
“Talvez uma das melhores maneiras de se ensinar
um repertório intraverbal inicial seja no ambiente
natural da criança. Especialmente porque muito
do treino inicial em comportamento intraverbal
está, na verdade, sob controle múlttiplo. (…) Esse
tipo de treino no ambiente natural pode não
parecer treino para a criança, mas pode resultar
em um rápido estabelecimento de
comportamento intraverbal simples” (Sundberg e
Partington, 1998, p. 156)
Várias diferentes formas de
treinar
O procedimento de “preencha a lacuna”

Músicas
⚫ Parabéns pra __________
Frases comumente ouvidas
⚫ Eu te ___________
Sons de animais ou objetos
⚫ O gato faz ___________
Associações comuns
⚫ Papai e ___________
Atividades diárias específicas
⚫ Você vai lavar as ___________
Programas formatados: passo 1
“No treino intraverbal inicial, o foco deveria ser simplesmente em
estabelecer a habilidade da criança de responder
intraverbalmenteao comportamento verbal de outros. O foco não
precisa ser uma tentativa de ensinar a crianças comportamentos
intraverbais específicos, como dar seu nome ou endereço ou o
nome de animais” (Sundberg e Partington, 1998, p. 154)

“A primeira regra geral…é focar no que é interessante para a


criança (…). O procedimento de ‘preencha a lacuna’ deveria ser
divertido e diretamente relevante para os interesses correntes da
criança e conter palavras que ela ouve no seu ambiente diário”
(Sundberg e Partington, 1998, pp. 154-155)
Programas formatados: passo 2

“…respostas intraverbais adicionais como alvos de


treino deveriam ser retiradas da listas de ecóicos,
mandos e tatos adquiridos” (Sundberg e Partington,
1998, p. 158)

O treino poderá utilizar:

•Procedimento de “preencha a lacuna”


•Requisições
•Perguntas
•Etc.
Antecedentes Resposta Consequências

Quer uma maçã OM Sr específico Ganhar a maçã

Sr não “Parabéns!”,
“Você come…” Sd Verbal “Maçã” específico “Maçã!!!”

Cócegas,
A maçã S não verbal Outros Sr música etc.

“Diz maçã” Dica ecóica


Antecedentes Resposta Consequências

“Me diz um
Sr não “Parabéns!”,
animal” Sd Verbal “Vaca” específico “Vaca!!!”

Figura de uma Cócegas,


S não verbal Outros Sr música etc.
vaca

“Diz vaca” Dica ecóica


Complexificando o treino

• Variabilidade e treino de intraverbal


• Ensinando a atribuir classes/categorias
• Treino com perguntas
• Treino de diálogos
• Espontaneidade
Treino de ouvinte complexo: naming
• Induzindo o componente de ouvinte do Naming

“A aquisição desta capacidade permite que uma


pessoa responda como um ouvinte sem receber
instrução direta. [...] isto é, elas (as crianças)
ouve o nome que outra pessoa provê enquanto
elas aprendem a resposta de matching, e essa
observação resulta na emissão de uma resposta
de ouvinte diferentes” (Greer e Ross, 2010, pp.
98-103)
Treinando o componente de
ouvinte do naming
• Teste pré-treino
• Utilize um set de objetos, figuras ou textos para ensinar respostas de matching
• Inclua o nome dos estímulos no treino
• Teste se a criança agora é capaz de apontar para estes estímulos sem ter sido treinada
para isto
• Não reforce mesmo que a criança emita a resposta
• Intercale com outros programas
• Treino de exemplares múltiplos
• Use um novo set de estímulos
• Apresente tentativas de Matching e aponta de forma justapostas com um mesmo
estímulo
• Corrija os erros e reforce os acertos
• Vá mudando a ordem de apresentação dos estímulos
• Mude também detalhes dos estímulos apresentados
• Repita agora o teste feito pré-treino

• Caso a nova resposta de ouvinte não tiver


aparecido, faça novamente o treino de múltiplos
exemplares com 2 novos sets de estímulos
mateus_brasileiro@yahoo.com.br

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