Direito Tributário II
Temas:
- Legislação tributária
- Vigência da legislação tributária
- Aplicação da legislação tributária
- Interpretação e integração da legislação tributária
1. Decreto regulamentar.
2. Convênio.
3. Resolução do Senado.
4. Lei ordinária.
I. o decreto publicado por determinado Estado, regulamentando a lei do IPVA por ele
instituído.
II. o convênio celebrado entre os Estados brasileiros, nos termos de lei complementar, para
disciplinar matéria relacionada com a concessão de determinadas isenções no âmbito do
ICMS.
III. a decisão de órgão de jurisdição administrativa tributária, versando sobre matéria de
ICMS, sendo que a lei do processo administrativo tributário deste Estado não atribui eficácia
normativa a tais decisões.
IV. a lei ordinária de um Município brasileiro, versando sobre remunerações e salários das
autoridades fiscais daquela pessoa jurídica de direito público.
8) Assinale a alternativa correta segundo o que dispõe o Código Tributário Nacional acerca
da interpretação e integração da legislação tributária
A) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a
legislação tributária utilizará, em primeiro lugar, os princípios gerais de direito
tributário e, em segundo, a analogia.
B) Os princípios gerais de direito privado são utilizados para a pesquisa da definição,
do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem como para
definição dos respectivos efeitos tributários.
C) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou
exclusão do crédito tributário, outorga de isenção ou dispensa do cumprimento de
obrigações tributárias acessórias.
D) A lei tributária pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance dos institutos de
direito privado, utilizados, expressa ou tacitamente, pela Constituição Federal, para
definir competências tributárias.
E) A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, é interpretada, em
qualquer caso, de maneira mais favorável ao acusado, tal qual se verifica no direito
penal.
10) O art. 3º do Código Tributário Nacional estabelece que tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada. Desta definição de tributo, infere-se, por via indireta, que as
penalidades, que representam sanção por ato ilícito, não se classificam como tributos. Não
obstante isso, o mesmo CTN alberga diversas regras concernentes às penalidades,
notadamente às penalidades pecuniárias. De acordo com este Código,
A) a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a dispositivos
legais devem obedecer ao princípio da legalidade, da anterioridade nonagesimal
(noventena), mas não da anterioridade anual.
B) quando lei nova cominar penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao
tempo da prática infracional, esta lei nova será aplicada, sempre, ao ato ou fato
pretérito.
C) a observância das normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos exclui a imposição de penalidades, a cobrança de
juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
D) a lei tributária que comina penalidades deve ser interpretada, sempre, de maneira
mais favorável ao acusado considerado legalmente pobre, no que diz respeito à
dosimetria da pena atribuída a ele, e quanto à natureza ou às circunstâncias
materiais do fato.
12) De acordo com o Código Tributário Nacional, os convênios que entre si celebrem a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, salvo disposição em contrário, entram
em vigor:
A) na data neles prevista.
B) na data da sua publicação.
C) em 45 dias após a data da sua publicação.
D) em 30 dias após a data da sua publicação.
E) no primeiro dia do exercício financeiro subsequente.
13) As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei
atribua eficácia normativa são consideradas normas complementares das leis, dos tratados
e convenções internacionais e dos decretos em matéria tributária. Acerca das referidas
decisões, é correto afirmar que, quanto aos seus efeitos normativos, salvo disposição em
contrário, entram em vigor
A) na data de sua publicação.
B) 30 dias após a sua publicação.
C) na data nelas prevista.
D) 45 dias após a sua publicação.
E) a partir de 1° de janeiro do exercício seguinte ao que ocorra sua publicação.
a) Certo
b) Errado
16) Assinale a alternativa na qual estão presentes apenas fontes secundárias do Direito
Tributário.
A) Decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei
atribua eficácia normativa, e os decretos.
B) Tratados e convenções internacionais que versem, no todo sobre tributos, e os atos
normativos expedidos pelas autoridades administrativas.
C) Decretos regulamentares e os tratados e convenções internacionais que versem
sobre tributos.
D) Convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios e os tratados e convenções internacionais que versem, em parte, sobre
tributos.
E) Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas e a lei
ordinária que verse sobre matéria tributária
17) Considerando os princípios e as normas do direito tributário, julgue o item que se segue.
A) Certo
B) Errado
19) De acordo com o Código Tributário Nacional, as decisões dos órgãos singulares ou
coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa são
considerados como:
A) Normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e
dos decretos.
B) Leis Complementares.
C) Decretos.
D) Jurisprudência
I. É norma complementar das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
II. É norma complementar das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos as práticas reiteradamente observadas pelo pode judiciário.
III. É norma complementar das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que
a lei atribua eficácia normativa.
IV. É norma complementar das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos os atos normativos expedidos pelo poder judiciário.
24) Segundo o Código Tributário Nacional, eventual nova legislação tributária aplica-se
A) imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos
aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
B) apenas aos fatos geradores futuros, mas não aos pendentes, assim entendidos
aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa.
C) a ato ou fato pretérito quando a lei expressamente o preveja.
D) a ato ou fato pretérito, quando seja expressamente interpretativa, incluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.
E) sempre no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação
quando referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda
26) O órgão singular de jurisdição administrativa proferiu decisão, a que a lei atribui eficácia
normativa. Conforme o Código Tributário Nacional, salvo disposição em contrário, referida
decisão entra em vigor:
A) Na data nela prevista.
B) Na data da sua publicação.
C) Quanto a seus efeitos normativos, 45 (quarenta e cinco) dias após a data da sua
publicação.
D) Quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação.
E) Quanto a seus efeitos normativos, 90 (noventa) dias após a data da sua publicação.
27) Sobre a vigência no tempo e no espaço da legislação tributária, é correto afirmar, com
base no Código Tributário Nacional, que
A) a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no
País, fora dos respectivos territórios, de modo irrestrito, devendo ser por todos
observada.
B) a vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se apenas pelo
previsto no Código Tributário Nacional, não se aplicando a ela as regras gerais sobre
a vigência das normas jurídicas em geral.
C) salvo disposição em contrário, os atos administrativos normativos expedidos pelas
autoridades administrativas entram em vigor na data da sua publicação.
D) entram em vigor imediatamente os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o
patrimônio ou a renda que instituem ou majoram tais impostos.
E) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a
lei atribua eficácia normativa, entram em vigor noventa dias após a sua publicação.
28) Lei vigente, ou lei em vigor, é aquela que é suscetível de aplicação, desde que se façam
presentes os fatos que correspondam à sua hipótese de incidência. Considerando essa
informação, assinale a alternativa correta acerca da aplicação da legislação tributária no
tempo e no espaço.
A) A lei tributária, como regra, pode vigorar além do território do ente político que a
edita.
B) O Código Tributário Nacional não prevê a extraterritorialidade da legislação dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios, nos termos de convênios que, entre si,
realizem ou de normas gerais de direito tributário.
C) No direito brasileiro, a regra é a de que as leis que criem ou majorem tributos não
possam ser aplicadas durante o próprio exercício em que sejam editadas.
D) Ao tratar da vigência das leis tributárias, o Código Tributário Nacional não explicita o
princípio da anterioridade.
E) A legislação tributária aplica‐se imediatamente aos fatos geradores futuros, mas não
aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não
esteja completa.
29) Uma empresa realizou operações mercantis durante o ano de 2015, quando a alíquota
incidente sobre as referidas operações era de 15%, e a multa pelo não recolhimento do
imposto, de 50%. Para o exercício de 2016, a alíquota do tributo passou a ser de 10%, e a
multa pelo não recolhimento do imposto, de 35%. A empresa não recolheu os tributos
referentes a 2015 e 2016. No exercício de 2019, a alíquota do imposto passou a ser de
20%, e a da multa se manteve em 35%.
Com referência a essa situação hipotética, sabendo-se que o processo para apuração de
irregularidades encontra-se na esfera administrativa de cobrança, o contribuinte deverá
recolher o imposto
A) sob a alíquota de 10% e pagar a multa no percentual de 35% por serem a ele mais
favoráveis.
B) sob as alíquotas de 15% e 10% para os exercícios de 2015 e 2016,
respectivamente, haja vista a regra tempus regit actum, e pagar a multa no
percentual de 50%, porque a infração se deu nos exercícios de 2015 e 2016.
C) sob as alíquotas de 15% e 10% para os exercícios de 2015 e 2016,
respectivamente, haja vista a regra tempus regit actum, e pagar a multa no
percentual de 35%, por ser a ele mais favorável.
D) sob a alíquota média de 12,5% para ambos os exercícios e pagar a multa no
percentual de 35% por ser a ele mais favorável.
E) sob a alíquota de 10% para os exercícios de 2015 e 2016, porque incide a alíquota
mais favorável, e pagar a multa no percentual de 50%, para a qual vale a regra
vigente à época do inadimplemento.
31) De acordo com o Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a lei tributária
aplica-se a ato ou fato pretérito
A) tratando-se de ato definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração.
B) quando aumentar ou instituir tributo sobre a renda.
C) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão,
ainda que tenha sido fraudulento o ato e tenha implicado em falta de pagamento de
tributo.
D) em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação
de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.
E) quando o emprego da interpretação analógica resultar na exigência de tributo não
previsto expressamente em lei.
A) apenas em I.
B) apenas em I e II.
C) apenas em II e III.
D) em I, II e III.
34) Autoridade tributária municipal constatou que o contribuinte “Lavanderia Roupa Limpa
Ltda.” efetivamente infringiu a legislação tributária municipal do ISSQN. Não obstante isso, a
referida autoridade, mesmo depois de ter analisado detidamente a lei tributária que define
infrações e comina penalidades para os fatos comprovadamente praticados pelo
contribuinte, continuava em dúvida quanto à natureza da penalidade aplicável e, também,
quanto à graduação dessa penalidade. De acordo com o Código Tributário Nacional, aquela
autoridade deveria interpretar a mencionada lei tributária municipal
A) de maneira mais favorável à Fazenda Pública, o que significa interpretá-la de
maneira mais desfavorável ao acusado.
B) de maneira mais favorável ao acusado.
C) com equidade, ainda que isso resultasse na dispensa do pagamento de tributo
devido.
D) de maneira mais desfavorável ao acusado, no tocante à natureza da penalidade
aplicável, e de maneira mais favorável, porém, em relação a sua graduação.
E) de maneira mais favorável ao acusado, no tocante à natureza da penalidade
aplicável, e de maneira mais desfavorável, porém, em relação a sua graduação.
35) Lei do Município “B” estabelece isenção de IPTU aos brasileiros ex-combatentes da
Segunda Guerra Mundial que possuam apenas um imóvel no território do Município. O
cidadão americano John, imigrante residente no Município e veterano da Guerra da Coreia,
sentindo- -se injustiçado com a isenção prevista apenas para ex- -combatentes da Segunda
Guerra Mundial, solicita, com base no princípio da isonomia e na ideia de equidade, a
referida isenção. Na dúvida quanto à forma de interpretar a legislação tributária, o auditor
responsável solicita parecer ao órgão jurídico do Município. Segundo o Código Tributário
Nacional e a jurisprudência do STF, é correto ao procurador responsável pelo parecer
afirmar com relação à situação hipotética que
A) o emprego da equidade poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo
devido, motivo pelo qual, considerando a similaridade das situações, deve ser
concedida a isenção solicitada.
B) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em
lei, motivo pelo qual a isenção deverá ser deferida.
C) se interpreta literalmente a legislação tributária que disponha sobre outorga de
isenção, devendo ser indeferido o pedido por não se adequar perfeitamente à
legislação municipal.
D) se interpreta mais favoravelmente ao sujeito passivo a legislação que disponha
sobre outorga de isenção, motivo pelo qual, diante do princípio da isonomia, deve-se
deferir a solicitação.
E) a lei é flagrantemente inconstitucional, uma vez que trata situações idênticas de
forma distinta, devendo o auditor considerar nula a lei, indeferindo o pedido de
isenção.
36) Lei Municipal concede isenção do pagamento de IPTU aos aposentados com
rendimento mensal de até 5 (cinco) salários mínimos, que possuam um único imóvel
utilizado como residência, situado no Município, de valor venal até R$ 1.000.000,00 (um
milhão de reais). Pensionista que se encontra na mesma situação entra com pedido
administrativo de reconhecimento da isenção. Nesse caso, a autoridade administrativa, com
base nas disposições do Código Tributário Nacional, que tratam da interpretação e
integração da legislação tributária, deverá
A) negar o pedido, pois a legislação tributária que disponha sobre isenção deve ser
interpretada literalmente.
B) negar o pedido, pois a legislação tributária veda a utilização da equidade na hipótese
de ausência de disposição legal expressa.
C) deferir a isenção, pois a lei tributária que concede isenção deve ser interpretada da
maneira mais favorável ao contribuinte.
D) deferir a isenção, pois a autoridade administrativa, na ausência de disposição
expressa em relação a situação, deverá utilizar a analogia na aplicação da
legislação tributária.
E) deferir a isenção, pois a hipótese é de interpretação extensiva da norma isencional.
38) Determinado contribuinte é devedor de ITBI cujo fato gerador ocorreu em 15/3/2014.
Nessa época, a alíquota do tributo era de 2% sobre o valor da operação, e a multa pelo
inadimplemento, de 50%. Em 2015, o contribuinte resolveu pagar o tributo e ficou sabendo
que a alíquota havia sido reduzida para 1%, e a multa, para 25%.
Nessa situação hipotética, o contribuinte deverá recolher o ITBI com alíquota de
A) 2% e pagar multa de 50%, haja vista a lei vigente incidir na data do fato gerador da
obrigação tributária.
B) 1% e pagar multa de 50%, visto que somente retroagem em benefício do
contribuinte as normas de incidência, não as normas punitivas, conforme
entendimento construído pelo STJ, de que, nesse caso, haveria estímulo ao
inadimplemento dos tributos e perda de eficácia do sistema.
C) 2% e pagar multa de 25%, dada a incidência da lei vigente na data do fato gerador
da obrigação tributária; no entanto, a norma punitiva retroagirá em benefício do
contribuinte, desde que não seja definitivamente julgada a pretensão na esfera
administrativa.
D) 2% e pagar multa de 25%, devido ao fato de que, na época do fato gerador, incidia a
alíquota vigente e que, para o STF, é considerada confiscatória multa de valor
superior a 30% do valor do tributo.
E) 1% e pagar multa de 25%, uma vez que, conforme o direito tributário, as normas
mais favoráveis sempre retroagem.