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Introdução ao Direito Público

Monarquias absolutistas:

- As cortes deixam de ser convocadas


- Ascensão da burguesia
- Ausência de submissão do Rei ao direito
- Alargamento dos campos de atuação do Estado
- Abuso de poder

Revoluções Liberais

III)Estado do direito liberal

a) Liberalismo político

 a soberania passa a pertencer a Nação


 separação dos poderes (para se evitarem abusos) - Artigo 112 da constituição
 submissão do Estado ao direito
 consagração de um catálogo de direitos fundamentais dos cidadãos (primeiras
constituições escritas)

b) Liberalismo económico

Laissez faire, laissez passer... (Deixa para lá, deixa para lá..)

- Aparecimento de uma nova classe social (proletariado)


- Problemas sociais (desigualdades, “a questão social”) e económicos
(recessões).

Estado de Direito Social


a) liberalismo político
- proteção dos direitos fundamentais
- submissão do Estado ao direito
- separação de poderes
- alargamento do voto a toda a população

b) repúdio do liberalismo económico


- Intervencionismo estatal

extinção das eleições


diferentes (e se não forem extintos os
ideologias Estados Totalitários resultados são condicionados)

unificação do poder
supressão da no Chefe de Estado
separação entre (líder de partido único)
Estado e
sociedade
abolição dos direitos Fim das experiências a vontade do
fundamentais, de totalitárias: II. ª líder não está
iure ou de facto Grande Guerra limitada pelo
(de direito ou apenas no Mundial e Queda do direito
plano dos factos) Muro de Berlim
(exceto Cuba e Coreia do
Norte)

Atualmente

Estado de direito social Estados autoritários

- liberalismo económico/algum
, intervencionismo estatal)
- autoritarismo político;
Exs.: Portugal, Argentina, China,
Desafio da revolução neoliberal alguns países resultantes de
processos de descolonização.
- Décadas de 70/80, do séc. passado;
- Propugna o retorno ao liberalismo puro;
- processos de desregulamentação, privatizações...
- Manutenção da faceta social do Estado;
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 Legitimação sociológica do poder:
-poder carismático
-poder tradicional (os governados aceitam obedecer ao
governante porque este foi designado e exerce o poder da forma costumeira)
-poder racional (os governados aceitam obedecer aos
governantes porque estes foram designados e exercem as competências de acordo
com o que se encontra estipulado na lei)

 Legitimidade/ legitimação ética do poder


- Tese de origem contratual / de poder político

Estado da natureza

De acordo com a tese de origem contratual do poder político o


homem nasceu livre e a sua submissão ao poder baseia-se num ato de
consentimento originário que foi prestado por tal corresponder ao
interesse dos indivíduos por estes terem considerado que tal os
colocaria numa situação mais favorável

- Monocracia autoritária – o governo de apresenta concentrado apenas numa pessoa


- Locke- acredita que havia algum comercio entre os homens e seriam assegurados
alguns direitos fundamentais – mais exigente – para ele o mínimo é uma democracia
liberal.
- Roussou – democracia totalitária

 Para a tese de origem contratual do poder político a participação do homem na


sociedade e a sua submissão ao poder político são circunstâncias que lhe são
naturais, que lhe são inerentes e por isso Aristóteles procura identificar as
formas de governo aceitáveis e as formas de governo corrompidas

Formas de governo corrompidas que identificou:


- monarquia
- aristocracia
- tirania
- oligarquia
- democracia

Teses Mistas
- Soares
- Faz parte da natureza humana vivermos em sociedade, mas ainda assim Soares
entende que o poder apenas esta legitimo se lhes prestarmos o nosso consentimento
-

 O Conceito do povo refere-se ao conjunto de pessoas que se encontram


vinculadas a um estado por laços de cidadania ou nacionalidade – conceito
jurídico-político, jurídico porque é a lei que decide quem pode ser cidadão e
jurídico porque

 O Conceito de população é um conceito estatístico e que abrange os cidadãos


estrangeiros residentes no território do estado bem como a população... bem
como turistas e visitantes.

 O Conceito de nação designa um sentimento de pertencer a uma comunidade


na qual se partilham religião, língua, etnia, tradições ou costumes e é um
conceito com uma dimensão político na medida em que este grupo se deseja
transformar num Estado.

- Nações plurinacionais

Minorias nacionais consistem em coletividades de cidadãos de estados que se sentem


parte de uma nação que não a nação maioritária desse país
o A autonomia pessoal proíbe que os membros da minoria sejam por esse
motivo tratados de uma forma menos favorável que os membros da maioria.
o Na autonomia cultural opera-se o reconhecimento de uma entidade coletiva
da minoria protegendo-a.
o Na autonomia territorial verifica-se a delimitação de um espaço territorial
dentro do estado no qual a minoria exercerá poderes administrativos ou
políticos próprios.

Princípio da autodeterminação dos polos – os pobres designadamente os das colónias


das potências europeias têm o direito de escolher o regime político e económico que
entenderem quer tornar-se independentes quer agregando-se a outro estado.

Artigo 4.º 
Cidadania portuguesa
São cidadãos portugueses todos aqueles que como tal sejam considerados pela
lei ou por convenção internacional

Aquisição da nacionalidade portuguesa - art


- art
Por mero sujeito d - art
- art
- art
Originária

Por sujeito

Derivada

-art 2º
-art 3º
neutralização
-art 4º

Art.9º

esta aquisição advém de um ato ou facto


reportado ao momento do nascimento do
individuo, ou seja, quando nasce o
Aquisição por via originária individuo já reúne todas as condições
necessárias para adquirir nacionalidade
portuguesa. (o individuo tem ainda de
demonstrar vontade de adquirir essa
nacionalidade)
Artigo 3.º 

Aquisição em caso de casamento ou união de facto

1 - O estrangeiro casado há mais de três anos com nacional português pode adquirir a
nacionalidade portuguesa mediante declaração feita na constância do matrimónio. 
2 - A declaração de nulidade ou anulação do casamento não prejudica a nacionalidade
adquirida pelo cônjuge que o contraiu de boa fé.
3 - O estrangeiro que, à data da declaração, viva em união de facto há mais de três anos
com nacional português pode adquirir a nacionalidade portuguesa, após acção de
reconhecimento dessa situação a interpor no tribunal cível.

Artigo 3º

- nº1: Casamento: Casamento há pelo menos 3 anos + com um/a português/a +


declaração da constância do matrimónio
- nº3: Uniões de Facto: União de Facto há mais de 3 anos + com 1 nacional português +
declaração na constância da União de Facto + Sentença á reconheça a UF

Situação:
Torna-se português
Russa Russo recorrendo ao artigo nº6
 Casaram-se
em 2015, vêm A B (efeitos prospetivos)
para Portugal,
o B primeiro
tendo a
aquisição da
nacionalidade
portuguesa
mais cedo.

Artigo 4.º 

(Declaração após aquisição de capacidade)

Os que hajam perdido a nacionalidade portuguesa por efeito de declaração prestada


durante a sua incapacidade podem adquiri-la, quando capazes, mediante declaração.

Nacionalidade
Portuguesa Perde Readquirir
(incapacidade) (capacidade)
Quando atinge a maioridade
Artigo 5.º 

(Aquisição por adoção plena)

O adotado plenamente por nacional português adquire a nacionalidade portuguesa.

- Adoção por um nacional português

Secção III 

Aquisição da nacionalidade por naturalização

Artigo 6.º 

(Requisitos)

1 - O Governo concede a nacionalidade portuguesa, por naturalização, aos


estrangeiros que satisfaçam cumulativamente os seguintes requisitos: a) Serem
maiores ou emancipados à face da lei portuguesa; b) Residirem legalmente no
território português há pelo menos seis anos; c) Conhecerem suficientemente a língua
portuguesa; d) Não terem sido condenados, com trânsito em julgado da sentença, pela
prática de crime punível com pena de prisão de máximo igual ou superior a 3 anos,
segundo a lei portuguesa. e) Não constituam perigo ou ameaça para a segurança ou a
defesa nacional, pelo seu envolvimento em atividades relacionadas com a prática do
terrorismo, nos termos da respetiva lei.
2 - O Governo concede a nacionalidade, por naturalização, aos menores, nascidos no
território português, filhos de estrangeiros, no caso de terem 16 anos,desde que
preencham os requisitos das alíneas c) e d) do número anterior e desde que, no
momento do pedido, se verifique uma das seguintes condições: a) Um dos
progenitores aqui resida legalmente há pelo menos cinco anos; b) O menor aqui tenha
concluído o 1.º ciclo do ensino básico.
3 - O Governo concede a naturalização, com dispensa dos requisitos previstos nas
alíneas b) e c) do n.º 1, aos indivíduos que tenham tido a nacionalidade portuguesa e
que, tendo-a perdido, nunca tenham adquirido outra nacionalidade.
4 -(Revogado).
5 - O Governo pode conceder a nacionalidade, por naturalização, com dispensa do
requisito estabelecido na alínea b) do n.º 1, a indivíduos nascidos no território
português, filhos de estrangeiros, que aqui tenham permanecido habitualmente nos
10 anos imediatamente anteriores ao pedido.
6 - O Governo pode conceder a naturalização, com dispensa dos requisitos previstos
nas alíneas b) e c) do n.º 1, aos indivíduos que, não sendo apátridas, tenham tido a
nacionalidade portuguesa, aos que for havido como descendentes de portugueses, aos
membros de comunidades de ascendência portuguesa e aos estrangeiros que tenham
prestado ou sejam chamados a prestar serviços relevantes ao Estado Português ou à
comunidade nacional. 
7 - O Governo pode conceder a nacionalidade por naturalização, com dispensa dos
requisitos previstos nas alíneas b) e c) do n.º 1, aos descendentes de judeus sefarditas
portugueses, através da demonstração da tradição de pertença a uma comunidade
sefardita de origem portuguesa, com base em requisitos objetivos comprovados de
ligação a Portugal, designadamente apelidos, idioma familiar, descendência direta ou
colateral.

Artigo nº.6

- nº4: Cláusula antiapartidia


- “O Governo concede”
- Direito á naturalização
- Poder vinculado á lei
- nº6 Poder Dispicionário

Artigo 9.º 

(Fundamentos)

Constituem fundamento de oposição à aquisição da nacionalidade portuguesa:


a) A inexistência de ligação efectiva à comunidade nacional;
b) A condenação, com trânsito em julgado da sentença, pela prática de crime punível com
pena de prisão de máximo igual ou superior a 3 anos, segundo a lei portuguesa; 
c) O exercício de funções públicas sem carácter predominantemente técnico ou a
prestação de serviço militar não obrigatório a Estado estrangeiro.
d) A existência de perigo ou ameaça para a segurança ou a defesa nacional, pelo seu
envolvimento em atividades relacionadas com a prática do terrorismo, nos termos da
respetiva lei.

Art.9º Processo de Oposição

- art. 2,3 e 4
Perda da nacionalidade portuguesa

Artigo 8.º 

(Declaração relativa à perda da nacionalidade)

Perdem a nacionalidade portuguesa os que, sendo nacionais de outro Estado, declarem


que não querem ser portugueses.

- Ver Artigo 26 nº4 (Constituição)- A privação da cidadania e as restrições à capacidade


civil só podem efetuar-se nos casos e termos previstos na lei, não podendo ter como
fundamento motivos políticos.

Estatuto jurídico em vontade da nacionalidade

- Princípio da paridade de tratamento

- Art. 12
- Art. 13
- Art.122

- Portugueses residentes no estrangeiro- Artigo 14

- Tratamento dos estrangeiros


- Art.15, nº1: Princípio Geral da Equiparação

- Ver Artigo 33º

Artigo 33.º 
(Registo das alterações de nacionalidade)

O registo das alterações de nacionalidade por efeito de casamento ou por aquisição


voluntária de nacionalidade estrangeira em conformidade com a lei anterior é lavrado
oficiosamente ou a requerimento dos interessados, sendo obrigatório para fins de
identificação.
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Casos práticos:

 Caso 3:

- Olexen
- Nacional da Nigéria
- Veio em 1987
- Filhos todos nigerianos
- Residência em Portugal
- Meio ano mais tarde teve um novo filho (André) nascido em Faro
- Só nos finais dos anos 90 passaram a ter residência legal
- Em meados de 2020 André iniciou funções na embaixada da Nigéria
- André conhece Tatiana (ucraniana)
- Casam em 2021
- Têm um filho (Carlos) em agosto de 2021

Identificar a norma Artigo


Dizer quais são os requisitos presentes na norma - Ter nascido no território português
- Filho de estrangeiros sendo que
um dos progenitores também deve
ter aqui nascido

 Caso 4:

- Primavera 2016
- Ivanof (ucraniano)
- Vem residir legalmente para Portugal em 2016
- Casado com Natasha
- Tem um filho Yuri
- Reunião familiar em 2021
- Setembro nasce 2º filho (Irina) no porto

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