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Resumo
O presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento teórico sobre o conceito de
território e territorialidade na saúde, analisando a territorialização do Centro Municipal de
Saúde DR Oswaldo Vilella em Campo Grande – RJ, buscando compreender como é feita a
delimitação da sua área de abrangência assegurando que todos os seus usuários sejam
contemplados pelo que é proposto pelo Sistema Único de Saúde, o Programa Saúde da
Família e o Programa Saúde Presente que busca assegurar a determinação da Constituição
Federal de 1988 a sua população. Neste artigo buscaremos entender a apropriação do
território pela saúde, a divisão de sua área geográfica e seu desempenho, como cada
unidade de saúde no município do Rio de Janeiro desempenha seu funcionamento através
do Programa Saúde da Família e Saúde Presente, de forma universal, com integralidade e
equidade.
1. Introdução
Foi fundado no Brasil o Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988 com o objetivo de
oferecer ao cidadão brasileiro o acesso integral, universal e gratuito a serviços de saúde. Os
desafios eram e ainda são muitos, e com a precariedade e indignação no acesso a eles, foi
necessário á criação do Programa Saúde da Família (PSF).
O programa Saúde da Família e as Clínicas da Família têm como objetivo focar nas
ações de prevenção, promoção da saúde e diagnóstico precoce de doenças em áreas
delimitadas de acordo com sua vulnerabilidade. Na unidade DR Oswaldo Vilella que
funciona com cinco equipes de Saúde da Família sua área de abrangência se torna bem
extensa.
O município do Rio de Janeiro realiza o mapeamento e a divisão territorial de suas
unidades de saúde, de forma que essa territorialização assegure o acesso para uma melhor
qualidade de vida de sua população.
Território, assim, em qualquer acepção, tem a ver com poder, mas não apenas
com o tradicional poder político. Ele diz respeito tanto ao poder no sentido mais
explicito, de dominação, quanto ao poder no sentido mais implícito ou
simbólico, de apropriação” (HAESBAERT, 2014).
Sendo assim, o uso, ou controle de um espaço, cria um território que passa a ser
apropriado por um determinado grupo e sua territorialização depende dos interesses e
atividades desenvolvidas naquela área, tornando então ali uma territorialidade/relação de
poder. “A territorialidade (...) está intimamente ligada ao modo como as pessoas utilizam a
terra, como elas próprias se organizam no espaço e como dão significado ao lugar”
(HAESBAERT, 2014).
Usar os serviços ofertados pelo sistema de saúde e ofertar o acesso a ele, e sua
lógica esta pautada na estrutura do serviço e no processo que é a utilização
desse serviço. A Estratégia da Saúde da Família (ESF) (...) tem como base para
a promoção de saúde da família: a integralidade, a territorialização e a
continuidade das ações em saúde.
Ao abordar um dos conceitos da geografia, o território, e sua discussão de
territorialidade no sistema de saúde devido a sua organização e práticas desenvolvidas para
o bem estar físico e mental da população, pressupõem que a delimitação e apropriação do
espaço são de suma importância para um maior controle a fim de desenvolver estratégias
que levem ao pleno e satisfatório caminhar no Sistema Único de Saúde no município do
Rio de Janeiro.
O programa conta com a gestão do município, estado e governo federal para ampliar
o acesso a toda população com equidade e melhorias, seu desenvolvimento é feito através
de agentes comunitários de saúde, equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal que
atuam em um território delimitado pelo município. Para FONSECA (2010):
O município do Rio de Janeiro em 2009 lança o Programa Saúde Presente que passa
a trabalhar em conjunto com o já existente PSF, com o objetivo de reestruturar a
assistência à saúde no município. Esse novo projeto divide a cidade em dez áreas para que
seja possível assegurar o atendimento completo de saúde para sua população. Um novo
sistema integrado e personalizado contará com o acompanhamento de um médico que
quando necessário realizara o encaminhamento para outros procedimentos, especialidades
ou unidades. FONSECA (2010) afirma que:
4. Considerações finais
A relação saúde-território tem sido de suma importância para os gestores que passam
a ter domínio de um território delimitado para se apropriar e desenvolver suas atividades de
atenção primária a saúde de seus usuários. Ao longo da pesquisa foi possível entender que
os critérios para a delimitação do território não são definidos pelo município do Rio de
Janeiro, eles apenas fazem um levantamento da necessidade da instalação de novas
unidades e os gestores responsáveis por elas que se organizam para delimitar o território de
atuação.
O uso de outros mapas mais detalhados na unidade não foi inserido no trabalho
devido ao tempo curto para a autorização dos tramites burocráticos, mas o que não
impossibilitou o andamento e conclusão da pesquisa.
5. Agradecimentos
Primeiramente quero agradecer a Deus pela força e sabedoria para concluir mais uma
etapa, ao meu esposo Felipe que sempre me apoiou nos momentos difíceis sempre me
incentivando e me motivando, aos meus familiares que são a minha base para chegar até
aqui. Ao meu professor e orientador Alexandre que sempre me apoiou e colaborou para a
conclusão deste trabalho e aos demais professores que tive a oportunidade de conhecer ao
longo do curso. Aos funcionários responsáveis pela gestão do CMS DR Oswaldo Vilella
que foram sempre prestativos e atenciosos.
6. Referências
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; TONINI, Teresa. SUS e saúde da família para
enfermagem: práticas para o cuidado em saúde coletiva. São Paulo: Yendis Editora,
2011.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia Pequena História Crítica. 20ª edição. São
Paulo: Annablune, 2007.