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GUARAPARI - ES
2018
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADES DOCTUM DE GUARAPARI
GUARAPARI - ES
2018
FACULDADES DOCTUM DE GUARAPARI
FOLHA DE APROVAÇÃO
BACHAREL EM DIREITO.
_____________________________________________
Prof. Esp. Rubens dos Santos Filho
Faculdades Doctum de Guarapari
Orientador
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Prof. M.a Kélvia Faria Ferreira
Faculdades Doctum de Guarapari
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Prof. M.a Patrícia Barcelos Nunes de Mattos
Faculdades Doctum de Guarapari
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer ao meu Deus, pois sem Ele nada somos, por
estar aqui, pela força e coragem e principalmente pela vida.
Quero agradecer a minha mãe, uma mulher lutadora que mesmo quando tudo e
todos diziam que não era possível, ela acreditou em Deus, e depois em mim e
quando as coisas pareciam chegar ao fim ela como uma guerreira que é, sempre
conseguia resolver fazendo com que chegasse a este momento.
Eu a agradeço ainda, por ter deixado de sonhar, para viver meu sonho, por ter
deixado de adquirir alguma coisa, para que eu adquirisse conhecimento e vivesse
este sonho.
A minha namorada que é uma verdadeira benção de Deus para mim, essa que veio
somente para acrescentar a minha vida em todos os sentidos, me ensinou o que é
amor e como amar.
Não poderia deixar de agradecer a minha irmã̃ que sempre esteve torcendo por mim
e me ajudando sempre que possível.
A todos que colaboraram de uma maneira ou outra durante a trajetória de
construção deste trabalho, muito obrigado!
A BANALIZAÇÃO DO DANO MORAL NO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
1
Thiago Moura Líbera
2
Prof. Esp. Rubens dos Santos Filho
RESUMO
1
Graduando em direito. Thiago_mourag2@hotmail.com.
2
Especialista. E-mail. rubensfilhoadv@outlook.com.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 7
3 DO DANO MORAL............................................................................. 13
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 22
7
1 INTRODUÇÃO
2 DO ACESSO A JUSTIÇA
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: XXXV - a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Tamanha é a importância que a Lei 9.099/95 traz para nossa sociedade, vez
que foi criada única e exclusivamente para julgar as causas cíveis de menor
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Juizados Especiais.
Nesta esteira de raciocínio, são princípios próprios dos Juizados Especiais, o
da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
devendo salientar que os princípios orientadores integrantes desta lei são a própria
razão de existir dos Juizados Especiais, uma vez que suas abordagens direcionam o
trabalho intelectual do intérprete da lei ao buscar o sentido, o alcance e a
aplicabilidade da norma jurídica.
Oportunamente, insta destacar que mesmo que não positivado
expressamente, o princípio do devido processo legal há sempre de ser observado,
haja vista que “o processo deve cumprir seus escopos jurídicos, sociais e políticos,
garantindo: pleno acesso ao judiciário, utilidade dos procedimentos e efetiva busca
da Justiça no caso concreto” (Portanova, 1997, p. 48).
O presente princípio fora criado no intuído de preservar os direitos individuais
e coletivos da sociedade, baluarte da justiça nas decisões, o qual teve sua origem
há séculos, a Inglaterra e fora insculpido na Magna Carta e preconizava que:
Nenhum homem livre será preso ou privado de sua propriedade ou
liberdade, declarado fora da lei ou exilado ou de qualquer maneira
destruído, nem o castigaremos ou mandaremos força contra ele salvo
julgamento legal feito por seus pares ou pela lei do país.
3 DO DANO MORAL
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Paragrafo único. Haverá́ obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para os direitos de outrem.
Ademais, nos dias de hoje, a doutrina prevê que o dano moral não
corresponde à dor, mas sim aos efeitos por ela causados, a repercussão da lesão
sofrida. Não se tem o interesse de pagar a dor ou atribuir-lhe preço. O que se busca
é amenizar sofrimento da vitima, propiciando os meios adequados para a sua
recuperação.
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Deste modo, está clara que a indenização não pode ser fonte de lucro ou
enriquecimento ilícito, vez que como dito anteriormente esta busca reeducação do
ofensor e ainda tem como objetivo amenizar a dor do ofendido.
Ademais, oportuno destacar que a reparação por dano moral tem caráter
punitivo compensatório. Onde a pena pecuniária tem o fim de punir e
respectivamente gerar a diminuição do patrimônio do ofensor, visando à diminuição
de novas condutas ilícitas.
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noção de equidade.
resolvidos por meio de conversas ou ate mesmo com o esquecimento, vez que para
a atual sociedade brasileira casos como estes têm de ser resolvidos nos tribunais.
No entanto é possível notar que muitos dos que propõe ações com essas
características tem o intuito tão somente de se enriquecer facilmente à custa de
grandes empresas, onde por consequência de tal ato movem a máquina judiciária
por qualquer motivo, com fim de ganhar dinheiro.
Nas palavras de Stolze, (2009, p. 367):
A indenização por dano moral deve ter justamente esta função
compensatória, o que implica dever sua estipulação limitar-se a padrões
razoáveis, não podendo constituir numa “premiação” ao lesado. “A natureza
sancionadora não pode justificar, a titulo de supostamente aplicar-se uma
“punição exemplar”, que o acionante veja a indenização como um “prêmio
de loteria” ou “poupança compulsória” obtida à custa do lesante”.
Tais acontecimentos devem ser enxergados como algo alarmante, uma vez
que nosso ordenamento jurídico pode perder um de seus mais valiosos meios que
visam assegurar garantias ao cidadão de bem, onde aqueles que buscam ter
vantagem indevida, e consequentemente tentam induzir o juiz em erro, para alcançar
o ganho da causa, estão caminhando ao alvo de banalização do instituto.
que buscam a indenização por danos morais, infundadas de requisitos básicos para
a configuração deste.
De acordo com o artigo 54 da Lei n°9.099/95: “Art. 54. O acesso ao Juizado
Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas,
taxas e despesas”. Sendo assim, por meio de tal previsão as partes são
dispensadas da necessidade de pagar à custa, taxas ou despesas processuais.
No entanto, valioso destacar que caso a parte deseje recorrer da decisão do
juiz de primeiro grau, esta terá o dever de recolher o valor das custas, os quais
deverão ser calculados de acordo com o que prevê a legislação estadual, salvo nos
casos em que já tiver sido deferida a assistência judiciária gratuita.
Acerca disso, nos termos do artigo 55 da Lei tratada neste capitulo, o princípio
da gratuidade no primeiro grau de jurisdição não será concedido caso seja haja a
litigância de má-fé, vejamos: “Art. 55. A sentença de primeiro grau não condenará o
vencido em custas e honorários de advogados, ressalvados os casos de litigância de
má-fé.”.
Nesta linha de raciocínio, ao definir má-fé De Plácido e Silva assim pontua:
A expressão derivada do baixo latim malefacius [que tem mal destino ou má
sorte, empregada na terminologia jurídica para exprimir tudo que se faz com
entendimento da maldade ou do mali que nele se contém. A má-fé, pois,
decorre do conhecimento do mal, que se encerra no ato executado, ou do
vício contido na coisa, que ser quer mostrar como perfeita, sabendo-se que
não é, a má-fé opõe-se à boa-fé, indicativa dos atos que se praticam sem
maldade ou contravenção aos preceitos legais. Ao contrário, o que se faz
contra a lei, sem justa causa, sem fundamento legal, com ciência disso, é
feito de má-fé”.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
será possível.
Deste modo, não restam duvidas quanto à ocorrência da banalização do
instituto do dano moral, sendo que qualquer simples discussão ou dissabor se
transformam em ações infundadas, que muitas das vezes ainda assim são julgadas
procedentes.
Assim, resta evidente a necessidade de a norma jurídica estabelecer critérios
objetivos ou bases onde o julgador poderia se respaldar para obtenção de uma
fixação quantitativa mais próxima da necessidade. Ao certo que no momento que
fossem estabelecidos os critérios os números de ações infundadas cairiam
consideravelmente, sendo que muitos deles iriam ser julgados improcedentes e
consequentemente conscientizaria forcada a população de que o judiciário não mais
julgara procedentes ações fundadas em qualquer simples discussão ou dissabor.
ABSTRACT
The present work aims to effectively make an accurate analysis of the moral damage
institute and how it is established in the Special Civil Court-JEC, with the main focus
being to expose the occurrence of the banalization of the institute. In this line of
reasoning, this article demonstrates how to misunderstand what is really about off-
balance damages such as vexation, intense pain and even personality violation.
Following, it shows how the moral damage arose in the historical context and where it
is located in the present day, demonstrating the great difficulty of exercising a correct
fixation due to a need to repair the moral damage, since there are no concrete
means that determines such fixation. Finally, it reports the great increase in actions
with such an indemnity, which seek exorbitant values, which eventually escape the
real purpose of the institute, which in fact trivializes it. It also shows possible factors
that have contributed to the occurrence of this banalization, where soon afterwards
brings possible solutions.
3
Graduando em direito. Thiago_mourag2@hotmail.com.
4
Especialista. E-mail. rubensfilhoadv@outlook.com.
22
REFERÊNCIAS
FUX, Luiz. Curso de direito processual civil. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. 3. ed. v. IV. São Paulo:
Saraiva, 2009.