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INTRODUÇÃO
HISTÓRIA:
A sua origem vem da Revolução Francesa, cujo Governo e Juizes, são órgãos
executivos da Lei, que é emanada da Assembléia da República, nascendo
assim o Direito Administrativo (DA).
PARTE GERAL:
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
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- Estado – Cujo órgão principal é o Governo. Criado pelo
Costume (Povo, Território e poder Político org)
- Regiões Autônomas – Criadas pela CRP
- Autarquias Locais – PC Territoriais do interesse das
populações
o Municípios
o Juntas de Freguesia
o Regiões Administrativas
Administração Pública – Conjunto pessoal e estrutural da organização
Administrativa: PC, Órgãos e Serviços Públicos.
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Plural, com diversas fontes de legitimidade Política, que pressupõem a
concorrência de diversas maiorias Políticas (AR, Aut. Locais, Sufrágios
Nacionais e Regionais)
Pretende-se assim:
- Desonerar os órgãos superiores do Estado dos assuntos de
rotina, ficando assim mais livres politicamente.
- Aproximar os serviços públicos das populações Locais
- Tornar mais eficiente a Administração Publica
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Periférica – Governadores Civis
Ad. Estado
Institutos Públicos – Inst. da Vinha e do
Vinho PC Públicas Associativa – Ordens Profissionais, Univ.
Hosp
Descent. EP – Sector Empresarial do Estado –
CP, RTP
Indirecta (Poderes de Superintendência e Tutela de
Mérito)
PC Privadas - Fundações
Municípios
Territorial – Autarquias Locais Freguesias
Descentral. (Tutela da Legalidade Inspectiva) Regiões Administrativas
Administração
Autônoma Política e Territorial – Regiões Autônomas
Não Territorial – Autoridades Adm. Independentes – AAC
Social
Empresas Públicas – Têm caracter comercial, cuja maior parte eram empresas
privadas que posteriormente vieram a ser nacionalizadas (1975).
Mais tarde as EP foram extintas, sendo substituídas por soc. Privadas, para as
quais transferiram o seu património.
Actualmente são empresas de actividades de interesse público, embora o
Estado, tenha vendido a quase totalidade do seu Capital, mantendo no entanto
uma Gold Share, que lhe permite gerir o seu controle, o qual é compatível com
a forma jurídico privada de atividade, através das quais ela se exerce
Vantagens:
- Não estão sujeitas ao controle público
- Não necessitam de autorizações governamentais
- Não estão sujeitas ás regras de EP
- Não respondem perante o Tribunal de Contas
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Associações Públicas: Administração exercida por entidades privadas, que não
foram criadas pelo estado e que já existiam na sociedade, e que levam a cabo
um conjunto de atribuições, que transcendem os meros interesses dos
respectivos associados, e ás quais e em consequência disso, são pelo
legislador integradas numa esfera de interesse público. P. Ex. Ordens; Casa
do Douro; Comissão Vitivinícola da Bairrada, Estabelecimentos Público, Ex.
Universidades, Hospitais, etc. Têm autorização legislativa para poderes
disciplinares.
Autarquias Locais, AL: Lei 159/99 de 14.09 Lei de Bases das AL e 169/99 de
18.09 Competência das AL.
- CRP
- Leis 159 e 169/99
- Direito Administrativo
o Regulamentos
o Aplicação de Coimas
Poderes do Estado:
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Administração Direta – Quer seja Concentrado, quer seja
Desconcentrado/Periférica, os poderes são de hierarquia, pois tem a
capacidade de emitir directivas, instruções concretas e poderes disciplinares
intensos.
1 – CRP
2 – Lei /Decreto – Lei
3 – Princípios Gerais de Direito
4 – Regulamento
1. Considerações gerais
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Princípios Gerais de Direito Administrativo
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2.º- Onde a lei não defina de forma completa e exaustiva, compete à
Administração interpretar dentro dos limites em que a lei tenha definido.
3.º- A noção de interesse público é uma noção variável, o de hoje pode não ser
o de amanhã.
4.º- Definido o interesse público a sua prossecução é obrigatória pela a
Administração.
5.º- o interesse público delimita a capacidade jurídica das pessoas coletivas
(princípio da especialidade)
6.º- Só o interesse público pode constituir motivo principal determinante para o
acto administrativo- senão leva a desvio de poder.
7.º- a prossecução de interesses privados em vez do interesse público, por
parte de um órgão ou agente leva à corrupção.
8.º- A obrigação de prosseguir o interesse público, exige que a administração
adopte as melhores opçõesÞ Dever de boa administração
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- Que a lei proteja directamente um interesse público que se for
correctamente prosseguido, implicará a satisfação simultânea de um
interesse individual referido;
- Que o titular do interesse privado não possa legalmente exigir que
satisfaça o seu interesse, mas possa exigir-lhe que não prejudique esse
interesse ilegalmente;
- Que a lei não impondo à administração que satisfaça o interesse
particular, a proíba de realizar o interesse público com ele conexo de
forma ilegal;
- Que a lei, em consequência disso, dê ao particular o poder de obter a
anulação dos atos pelos quais a administração tenha prejudicado
ilegalmente o interesse privado. Þ implica uma segunda volta, mas não
implica que seja favorável a quem venceu o recurso,
Em resumo:
No direito subjectivo – o que existe é um direito à satisfação de um interesse
próprio;
No interesse legítimo – é apenas um direito à legalidade das decisões que
versem sobre um interesse próprio.
3. O Princípio da Legalidade:
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(a) Sentido essencial do principio;
(b) Prevalência e Precedência de lei;
(c) O Princípio da Legalidade e o bloco legal;
(d) Vinculação e Discricionaridade Administrativas;
(e) O Princípio da Legalidade e os atos de governo;
(f) O Princípio da Legalidade e as circunstâncias
extraordinárias.
2.ª vertente – A Administração Pública não pode actuar sem cobertura legal,
não por violar, mas por não ter suporte legal.(reserva de lei).
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sacrificar a propriedade em prol da vida. E quem é sacrificado tem direito a
uma indemnização.
4 - O Princípio da Justiça
5 - O Princípio da Igualdade
Implica tratar de forma igual o que é igual e tratar de forma desigual o que é
desigual. Traduz-se em 4 vertentes:
6 - O princípio da Proporcionalidade
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Adequada – a lesão dos direitos subjectivos privados tem que ser apta à
prossecução do interesse público;
Necessária – A dita lesão terá que ser necessária, quando não há outro
meio:
Proporcional – proporcional e justa, em relação ao benefício que foi
alcançado com a prossecução do interesse público.
7 - O Princípio da Imparcialidade
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Pontos de vista comuns, Tópicos de aceitação generalizada, para
orientação e resolução de questões, para as quais não há resposta imediata.
3 – Concepções:
4 – Regulamento:
Evolução Histórica:
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Até 1976, o Regulamento Independente, era uma norma indispensável
para a dinamização da ordem jurídica especial, executando as Leis em Geral e
não uma Lei em especial, não podendo ser contrário a Lei.
Com a CRP de 1976 (Art.º 199 al. c)), Princípio da Legalidade, através
da legitimidade democrática, tem o Governo poderes para fazer regulamentos.
Por estas razões, tal situação não nos parece muito correcta, pois se o
governo tem necessidade de legislar, e é Democrata, então que faça
Dec. Lei, razão pela qual, então não se devia admitir Regulamentos
Independentes (RI)
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Art.º 112 - 8, da CRP – Apesar de o Legislador lhes chamar RI, obriga-
os a estar vinculados á Lei, pelo que, então não pode haver Regulamentos
sem Lei. Pelo que se supõe, que no caso dos RI, a Lei em concreto é
substituída pelos Princípios G. D. Administrativo, ou pelo Art.º 199 al. g) da Lei
Constitucional.
Interpretar ou Integrar uma Lei que lhe deu origem, mas no entanto
acabam por ter efeitos exteriores para os cidadãos, tendo assim eficácia
externa, pois o que o legislador pretendeu, foi evitar a Interpretação Autêntica
das Leis “por atos de outra natureza”, que podem tanto ser Administrativos -
Regulamentares, como jurisdicionais, sentenças, daqui decorrendo a
inconstitucionalidade dos Assentos
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o Decreto Regulamentar – Forma que deve tomar o RI
o Resoluções do Conselho de Ministros
o Portaria – Autoria dos Ministros em nome Governo
o Despacho Normativo – Autoria dos Ministros, nome
próprio
o Despacho Simples
o Circulares
- Autarquias Locais:
o Regulamentos
o Derramas
o Posturas Municipais
o PDM
O Contrato:
Durante muito tempo o contrato foi visto como uma figura de Direito Civil
e por isso era visto como incompatível com a Administração. E por isso alguns
autores dizem que o contrato não é fonte de Direito Administrativo.
Era uma verdade até há pouco tempo ( no que respeita aos contratos
como prática de atos de direito público, porque na gestão privada da
Administração pública, nunca foi posto em causa.
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- Contratos de D. Privado Têm competência os Tribunais
Comuns
3 Tópicos de Distinção:
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excepto em algumas situações(Atos de polícia por exemplo). É vantajoso para
o particular, cuja posição melhora com o contrato, facto que não aconteceria se
fosse apenas o Ato.
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Podem haver ainda outros contratos (inominados) – são os contratos
económicos (Ex. de Urbanismo).
ACTO ADMINISTRATIVO
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1 – Fase Instrumental – Formalização
Razões do Legislador:
· Princípio da Legalidade
· Parâmetros Tecnológicos, Funcionais
· Intencional, caracter vago, indeterminado,
para maior liberdade á Administração
(verbo poder)
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O Método é a utilização:
Distinção Doutrinária:
Conceito Indeterminado; é um conceito determinável através de
conceitos objectivos, e o que está em causa é uma mera interpretação da Lei,
e o agente não utiliza a sua subjectividade, vontade pessoal, pelo que não há
liberdade do agente, ou seja no Poder Discricionário o que está em causa é a
Interpretação da Lei, pelo que não há liberdade do agente da Administração.
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A Discricionaridade é uma consequência da Oportunidade ou do Mérito
da acção da administração e também uma consequência da Lei.
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- Sanáveis Þ passado que seja certo prazo, mesmo que ilegal
considera-se sanado (segurança jurídica)
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Vícios de vontade
Neste caso é que a vontade do agente pode ter alguma relevância. Pode o particular
pretender que o poder discricionário do agente não ser do seu agrado- e assim tem
que provar oque o agente quis (em casos de desvio de poder)Þ a vontade
psicológica
Elementos Estruturais do Ato administrativo – 4
1) Subjectivos : Dois sujeitos - Um dos sujeitos é sempre uma
pessoa colectiva pública (Estado ou outro sujeito público)- em
regra o outro é o particular/destinatário.
Secundários (ou atos sobre atos)- São aqueles que versam sobre
um acto anteriormente praticado- Ex. A revogação (Pág. 121)
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- Atos Impositivos Þ impõem a alguém uma determinada
conduta, positiva ou negativa ou sujeição a determinados
efeitos jurídicos.
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ver com a renúncia – que é um acto pelo qual ela se
despoja da titularidade de um direito.
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de homologação é um acto preparatório, antes da homologação
não existe Ato. Ex. Proposta ou Pareceres.
- Procedimento
- Revogação
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- Invalidade
- Fundamentação
Funções:
4 - Fases:
1 – Fase Inicial – Requerimento
2 – Instrução
3 – Audiência Prévia
4 – Decisão Final
Se o Ato ainda não é eficaz:
Fase integrativa do Ato
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atos internos, que afectam terceiros , e pelo art.º 268.º da CRP, são recorríveis
todos os atos.
Atos Positivos/Negativos:
Atos Declarativos/Constitutivos:
Declarativos – Aqueles se limitam a verificar a existência ou a reconhecer a validade
de direitos ou situações jurídicas já existentes.Þ têm eficácia retroactiva, e não são
inovadores
1 – Ilegalidade
2 – Ilicitude
3 – Vícios de Vontade
- Ilegalidade:
o Orgânicos (relativos ao autor)
1. Incompetência
1. 1 Relativa
2. 2 Absoluta
2. Usurpação de Poderes – Legislativos/Judiciais
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o Substanciais – Materiais - Desvio de Poder e Violação
de Lei
1) IncompetênciaÞ orgânico
2) Usurpação de Poder Judicial ou Legislativo (mais
aparatoso);Þ orgânico
3) Vício de forma ( não cumpridas as formalidades)Þ formal
4) Desvio de poder ( nos atos discricionários)Þ material
5) Violação da lei (é o mais abrangente- cabe neste a
violação dos princípios gerais e dos direitos subjectivos
fundamentais –é um vício residual – cabe todos os
outros)Þ material
Esta tipologia não tem valor absoluto (Cabral Moncada),
porque pode haver situações que não caibam nela, mas é
possível ser mais ampla, na 5.ª situação.
1- Incompetência(Orgânica)
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Relativa: Se o acto está for a da competência do órgão, mas
pertence a outro órgão da mesma pessoa colectiva - quando não
há falta de atribuições mas há falta de competência concreta.
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É o vício que consiste na preterição de formalidades essenciais ou
na carência absoluta de forma legal. Composta por 3 modalidades :
Art.º 133 CPA
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desvio de poder para os atos discricionários não quer dizer que o
acto não tenha outros vícios, que podem incidir sobre a parte
vinculada (formal).
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significa que é aquele vício do acto através do qual se controla os
requisitos substanciais e formais e pressupostos de direito ou de
facto. Segundo o Prof. F.A. diz que “ o erro de facto não cai na
violação da lei”. Mas o Prof. C.M. não concorda com isto,
substituímos o desvio de poder por vícios de conteúdo mais
objectivos, para através destes controlar adequadamente o
exercício dos poderes discricionários.
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administração manifestamente se enganou. Este vício de Erro
Manifesto , se basta como prova negativa. Basta provar que a
administração se enganou não basta provar aquilo que a
administração quis. É para aqui que são chamados os princípios
gerais, como a imparcialidade, justiça etc., cuja violação gera o
vício de Violação de Lei
O problema seguinte :
Onde se coloca o erro manifesto nos vícios que se conhece em
Portugal?
É no Vício de Lei porque este é residual, não cabe nos atos.
Seria melhor deixar essa tipologia dos vícios à medida das
necessidades da prática. O Erro Manifesto de Apreciação é um
vício de formação jurisprudencial. O problema é que este erro
não resolve tudo, conhece limites.
EX.: Atribuir subsídios a companhias de fins culturais ou atribuir
subsídio a um cineasta. Atende ao mérito.
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gerais que limitam ou condicionam, de forma genérica, a
discricionaridade Administrativa, designadamente os princípios
constitucionais : o da imparcialidade; igualdade; da justiça etc.
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dos particulares da especificação dos vícios do acto. (FA) admite a
especificação, mas também admite a não especificação.(CM) diz
que os particulares não deviam ser obrigados a especificar os
vícios do acto, porque reverte contra o particular.
A violação de lei produz-se normalmente no exercício de
poderes vinculados. Mas também pode ocorrer no exercício de
poderes discricionários
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perante um tribunal administrativo.Þ a existir implica a sentença de
anulação.
Definitividade – 3 Conceitos:
- Horizontal
- Material
- Vertical
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Material – É aquele que se verifica, quando o acto define situações jurídicas, que
tanto se pode verificar do lado particular, quer em relação á administração. Ex. Listas
de antiguidade, pois ficam definidas as situações jurídicas dos funcionários; a
administração se declarar incompetente; acto sujeito a condição ou a termo, ainda
não é eficaz, mas é definitivo em relação ao particular.
Vertical – É quando o acto foi praticado pelo topo da hierarquia Administrativa, última
palavra da administração, ou seja a administração já não pode alterar o acto
Para impugnação contenciosa ou recurso, o acto carece de ser lesivo para o
particular, não carecendo de ser nem definitivo nem executório, embora careça de
definitividade material.
Atos não definitivos. Preparatórios, Decisões Provisórias:
Atos que ainda não são definitivos, mas são transformáveis :
FUNDAMENTAÇÃO DO ACTO
- Formalidades do Ato:
o Essenciais – As que a Lei prevê (o prazo para a aplicação de sanções,
não é essencial, mas o Prof. CM, considera-o)
§ Insupríveis – São as que têm de estar cumpridas, no momento
em que a Lei assim o determina.
§ Supríveis – Podem estar cumpridas em momento posterior
A obrigação de fundamentar foi instituída pelo Dec. Lei, 256-A/77, e consta também
do N.º 3 Art.º 268 CRP.
A regra, é que todos os Atos para protecção dos particulares, estão sujeitos a
fundamentação, que é um dever da Administração, a que ela não se pode esquivar,
tendo de o fazer dentro de certo prazo, podendo assim o particular requere-lo.
Critério da Fundamentação:
- Ser Expressa
- Expor sucintamente os direitos e factos inerentes
- Ser clara, coerente, completa e suficiente
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A Fundamentação considera-se legal, se ela foi dada por despacho de concordância
prévia, neste caso ela fez seus os critérios do parecer.
ACTO TÁCITO
- A iniciativa de um particular
- Quando o órgão interpelado, tem competência e o dever legal de decidir
- Que tenha decorrido o prazo para a decisão, e que a Lei atribua ao decurso
desse prazo um efeito negativo.
Prazo para decisão: Atos do Governo e Órgãos dependentes - 90 dias, 108 CPA
Atos das Autarquias Locais – 60 dias
A administração tendo o dever legal de decidir, Art.º 9 CPA, através do silêncio com
efeitos negativos, ela recusa assumir posição, violando assim a Lei, pelo que o vício
da Ato Tácito, é a Violação de Lei (vício residual).
No vício de recurso do acto Tácito, O STA, alega que o Ato Tácito Negativo, por
definição não é fundamentável, porque é um simples pressuposto processual, para
possibilitar o recurso contencioso, é uma ficção jurídica criada por Lei, e portanto a
Administração não está obrigada a fundamentar um Ato que não fez.
Pelo que o vício que se pode alegar é o residual, Vicio de Lei, pelo dever de
decidir, mas se o Ato for Discricionário, e a Lei conceder á Administração um prazo
mais dilatado para decidir, então o recurso do acto Tácito não dará muitas garantias
ao particular.
A Alternativa, segundo o Prof. C.M., será a solução alemã, para a qual, não há acto
Tácito de indeferimento, sendo essa figura substituída por outra, que protege melhor o
particular, e que é um meio processual específico, destinado a obter do Juiz, uma
intimação para que a administração pratique em tempo útil, o acto legalmente devido
(não discricionário).
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Requisitos de Eficácia do Ato:
REVOGAÇÃO DO ACTO
A Revogabilidade é a regra, todo o acto é revogável sendo um Ato sobre outro acto,
mas tem limites.
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Revogação impossível (impossibilidade de conteúdo) Art.º 139
CPA:
- atos inexistentes ou atos nulos
- atos cujos efeitos já tenham sido destruídos(Ex. Já ter sido
anulado por sentença)
- atos já integralmente executados( ex. caso de atos de
execução instantânea)
- atos caducados
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Competência para a Revogação – Art.º 142 CPA:
Figuras afins:
ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO:
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b. Ato revogatório – praticado pelo superior hierárquico do
autor do acto revogado, ou o delegante relativamente
ao acto praticado pelo delegado,
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atos de execução e atos consequentes ao acto revogado tornam-se
ilegais. Havendo assim lugar á represtinação (se a Lei assim o
determinar), mas os atos ilegais, não são represtinados. Art.º 146
CPA
Evolução:
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das suas funções, responsabilidade Solidária, com caracter geral,
por Atos Ilícitos (violação de Lei) e Culposos.
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Liberdades e Garantias previstas no Art.º 18 CRP
(Aplicabilidade Direta).
§ Atos Ilícitos
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1.2 – Fato Ilícito – Conduta ou comportamento que viola a
Lei – Art.º6
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2 – Atos Lícitos Danosos – Art.º 9 – Prejuízo causado por
um comportamento administrativo, praticado no interesse
público. Ex. Obras que geram prejuízos para 3ºs., Estado de
Necessidade, expropriação no interesse público,..
2.1 – Requisitos – 4:
2.1.1– Exercício de Atos de satisfação de
necessidades coletivas
2.1.2 – Que o acto ou operação sejam legais
2.1.3 – Quer pela prática desse acto resultem
prejuízos para 3.ºs
2.1.4 – Que o prejuízo, seja especial ou anormal
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Artigo 18.º
Artigo 22.º
o Pressupostos:
§ Nexo Casualidade
§ Lesão
A culpa não deve ser aplicada a atos legislativos, á qual é alheia, pelo que ,
desde que haja uma relação entre a atividade legislativa, e um dano sofrido
pelo particular, o Estado incorre no dever de indemnizar.
Existe aqui uma analogia com o determinado pelo Direito Comunitário, pelo
que o TJC, atribui aos Estados membros, a responsabilidade pela não
transposição de legislação comunitária, pois daqui decorre o efeito da
aplicabilidade directa aos particulares, dai resultando assim, danos (prejuízos)
evidentes causados pela Omissão da Lei (Acqua Park)
- Preventivos ou Repressivos
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Classificação quanto ao Órgão autor:
Graciosas: (Graça Real) Auto Tutela Administrativa, são mais eficazes que os
políticos, 2 Tipos:
Petitórios:
Impugnatórias:
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1 – Reclamação - meio de impugnação de um acto administrativo
perante o autor do acto impugnado;(163.º e 164.º CPA) –
Fundamento do Dever de Boa Administração, Mérito e Direito,
interposição 15 dias – decisão 30 dias.
É uma reapreciação do acto administrativo, por parte de quem o
praticou.
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Atenção aos casos de competência exclusiva do recorrido( Revoga
ou confirma) se não for exclusiva, (modifica-o ou substitui-o)– 142.º
e 174.º, n.º 1 CPA
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Se na sua função é um recurso predominantemente objectivo ou
predominantemente subjectivo; Tem sempre as duas funções, mas
é predominantemente com a função objectiva, pois está
consagrada a figura do “reformatio in pejus”( reforma para pior, ou
seja, a decisão da autoridade “ad quem” pode ser pior do que a
proferida pela autoridade “ad quo”), pois o objectivo é repor a
legalidade.
Art.º 176 n.º 1 do CPA – por disposição legal (Lei 169/99, art.º 64.º
n.º 1 n) e 65.º n.º 6)
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É um recurso de natureza excepcional, e só quando a lei o
prever, não basta a relação de tutela ou superintendência, e só
pode ser de mérito, nos casos do art.º 177.º, n.º 2 ,3 e 5 , é
aplicado o regime do recurso hierárquico.
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