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Governo
ORGÃOS DE Assembleia da República
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL Presidente da República
Tribunais
PODER CENTRAL
Câmara Municipal
- Autarquias Locais Presidente da Câmara
Assembleia Municipal
- Juntas de Freguesia
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Conferidas
COMPETÊNCIAS Delimitadas POR LEI
Retiradas
À Administração Pública cumpre a satisfação das necessidades colectivas : Segurança; Cultura e Bem
Estar
No Sentido Orgânico:
A Administração Pública é um sistema de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como das
demais pessoas colectivas públicas, que asseguram a satisfação regular e contínua das necessidades
colectivas de Segurança, Cultura e Bem Estar.
A Administração Pública não se reduz ao Estado. Com ele coexistem outras P.C.P. (Regiões Autónomas,
Autarquias Locais; institutos e Associações Públicas) que também desempenham a função
Administrativa. Mas o Estado é a mais importante entidade que integra a A.P..
No Sentido Material ou Objectivo:
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Direito Administrativo - Ramo de direito público constituído pelo sistema de normas jurídicas que
regulam a organização e o funcionamento da Administração Pública, bem como as relações estabelecidas
entre ela e os particulares no exercício da actividade Administrativa e gestão pública.
O Estado é aqui considerado o Estado Administração. É a pessoa colectiva pública que, no interior da
comunidade Nacional, desempenha sob. Direcção do Governo a parcela mais importante da actividade
administrativa.
O Estado é, portanto apenas uma das pessoas colectiva pública que constituem o universo da
Administração Pública. As outras são as Regiões Autónomas e as Autarquias Locais que, tal como o
Estado são pessoas colectivas com fins múltiplos. Vem depois os Institutos Públicos e as Associações
Públicas que, contrariamente, são pessoas colectivas com fins específicos.
À Administração local ou periférica do Estado pertencem, por exemplo, os Governadores Civis que são
órgão do Estado que representam o Governo junto dos Distritos; as Repartições de Finanças que são
serviços do Ministério das Finanças actuando no plano local, as Direcções Escolares que pertencem ao
Ministério da Educação, Etc.
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Atribuições do Estado:
Trata-se dos fins públicos que o Estado tem por missão prosseguir. As atribuições do Estado são variadas,
daí que se trate de uma pessoa colectiva de fins múltiplos.
É ao legislador constitucional que cabe definir as atribuições do Estado. Assim, é na C.R.P. (artº.9º) que
deve procurar-se a legislação.
Órgão do Estado para efeitos de Administração Pública, é, desde entre os órgãos de soberania, apenas o
Governo, já que a A.R. é órgão legislativo, os Tribunais são órgãos judiciais e o Presidente da República
é um órgão político, não obstante qualquer desde órgãos Ter, acessoriamente, certas competências de
natureza administrativa.
Do ponto de vista funcional, o Governo é um órgão complexo, porquanto prossegue não só a função
administrativa, mas também funções de natureza política e legislativa (quando autorizado pela A.R.)
( CRP 199º)
O Governo é integrado por outros órgãos, singulares uns e outros colegiais. (é na CRP Artº. 183º que se
encontra a composição do Governo em abstracto.
As Autarquias Locais são pessoas colectivas públicas de que o território é apenas um elemento (os
restantes são a população e Órgãos próprios)
Órgão Locais ou Periféricos do Estado - São os órgãos da pessoa colectiva do Estado que, na dependência
hierárquica do Governo, exercem uma competência limitada e uma certa circunscrição administrativa.
Ex.: Directores de Finanças(distritos), Chefes das Repartições de Finanças (Concelhos), Etc.
As Fundações Públicas:
Patrimónios autónomos que o Estado dotou de personalidade jurídica de direito público
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Ex.: Caixas de Previdência
Os Estabelecimentos Públicos
São institutos públicos de carácter cultural ou social organizados como serviços abertos ao público
e destinados a efectuar prestações individual à generalidade dos cidadãos que delas careçam.
Ex.: As Universidades
Empresas Públicas:
Unidades de produção com fim lucrativo, dotadas de personalidade jurídica de direito público e de
autonomia administrativa e financeira.
Autarquias Locais - São as pessoas colectivas públicas de população e território, correspondentes aos
agregados de residentes em certas circunscrições do território nacional, e que asseguram a prossecução
dos interesses comuns resultantes da vizinhança, mediante órgãos próprios, representativos dos
respectivos habitantes.
Não se confundem com o Estado: São entidades juridicamente dele distintas, prosseguem interesses das
comunidades locais, têm órgão próprios.
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MUNICÍPIO:
É a autarquia local que visa a prossecução de interesses próprios da população residente na circunscrição
concelhia, mediante órgãos representativos por ela eleitos
Porque não existe um Vice Presidente da C.M., o Presidente é substituído, nos seus impedimentos, pelo
vereador por si designado ou pelo que se lhe seguir na ordem da respectiva lista.
O número de vereadores é variável conforme a dimensão do município
Os Vereadores permanentes são escolhidos pelo Presidente da C.M. que também determina as suas
funções
Competências:
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a) Executar as deliberações da Assembleia Municipal
b) Gestão do pessoal municipal
c) Festão do património Municipal
d) Direcção dos Serviços Municipalizados
e) Preparação das principais decisões a tomar pela A. M.
f) Promoção e execução das obras públicas
g) Concessão de Apoios a outras entidades
h) Prática de actos de autoridade pública
a) Criação por iniciativa pública: Acto legislativo (a generalidade)) Acto Administrativo (as Empresas
Públicas) Escritura Pública (as Associações de Municípios)
b) Prossecução necessária de interesses públicos
c) Titularidade, em nome próprio, de poderes e deveres públicos
ÓRGÃOS:
São centros institucionalizados de poderes funcionais, a exercer pelos respectivos titulares, com vista à
expressão da vontade juridicamente imputável à Pessoa Colectiva em que se integram.
Distinção entre órgão (instituição) e o titular do órgão (indivíduo que nele se encontra provido): o
primeiro revela para efeitos de teoria da organização administrativa, o segundo, para efeitos de teoria da
actividade administrativa.
Atribuições e Competências:
Atribuições: São os fins ou interesses que essa P.C. deve por lei prosseguir
Competências: Conjunto de poderes funcionais que a lei atribui aos órgãos das P.C.P. para a prossecução
das atribuições destas.
O acto praticado fora das atribuições da P.C.P. a que o órgão pertence, é NULO. O acto praticado tão
somente sem poderes por parte do órgão é ANULÁVEL.
Noção:
A actividade dos órgãos dos P.C.P. é coadjuvada por unidades funcionais cuja missão é, por um lado,
habilitá-los com os elementos necessários à tomada de decisões (fase preparatória) e, por outro lado,
assegurar a respectiva execução (fase executiva)
Hierarquia Administrativa:
Poder de Direcção: é o poder que ao superior assiste de dar ordens e instruções aos seus subordinados
A ordem distingue-se da instrução pelo facto de a 1ª se traduzir na imposição de uma conduta
perante uma situação concreta, ao passo que a instrução consiste na imposição de um determinada
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conduta na resolução de situações . As instruções transmitidas por escrito e uma pluralidade de agentes
subalternos denominam-se circulares.
As instruções não são normas jurídicas. Os seus efeitos esgotam-se no plano interno da relação
hierárquica
O Poder disciplinar: É o poder de punir o subalterno, nos casos de infracção dos seus deveres funcionais.
Deveres do subalterno:
Cessa o dever de obediência sempre que o cumprimento das ordens ou instruções implique a prática de
qualquer crime
Em abono da desconcentração: Maior rapidez no funcionamento da A. P., melhor qualidade nos serviços
prestados, maior disponibilidade dos órgãos superiores.
Contra: multiplicidade de centros decisórios, com prejuízo da unidade da A.P.; especialização geradora de
práticas rotineiras, com virtual quebra de produtividade e da qualidade dos serviços prestados
Desconcentração derivada: delegação de poderes
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* Delegação de poderes é o acto administrativo através do qual um órgão administrativo, para tanto
habilitado por lei, transfere para outro o exercício de algum ou alguns dos seus poderes.
Quanto à natureza dos órgão envolvidos: Delegação hierárquica (entre órgão hierarquicamente
dependentes) e delegação não hierárquica
Extinção da delegação: por revogação do acto de delegação ou por caducidade ( por mudança do titular
quer do órgão delegante, quer do órgão delegado; pelo decurso do tempo; pelo exercício integral dos
poderes delegados)
Requisitos dos actos praticados por delegação: menção expressa do uso de delegação, com identificação
do órgão delegante.
Conceito:
Contrariamente com o que se passa com a concentração e a desconcentração, que dizem respeito à
organização interna das P.C.P., a centralização e a descentralização reportam-se à unicidade ou
multiplicidade de P.C.P.
No plano político - administrativo, existe centralização quando, havendo outras P.C.P. territoriais para
além do Estado, é este quem livremente nomeia e demite os titulares dos órgãos daquelas, que lhes impõe
directivas e sobre elas exerce um apertado controlo. E existe descentralização quando os órgão são eleitos
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pelas populações, actuando com independência e autonomia no desempenho das suas funções,
encontrando-se sujeitos a formas atenuadas de tutela.
Vantagens e inconvenientes:
Centralização - Homogeneidade da actuação administrativa, melhor coordenação das actividade
públicas
Descentralização - Garantia das liberdades locais, participação dos interessados na tomada de
decisões, melhor aproveitamento das potencialidades locais
Se houver também atribuição de poderes legislativos próprios, a descentralização deixa de ser meramente
administrativa para se converter numa verdadeira e própria descentralização política (auto-governo, por
contraposição à mera auto administração)
Tutela Administrativa - é o conjunto de poderes de intervenção de uma pessoa colectiva pública na gestão
de outra P.C.P., afim de assegurar a legalidade ou o mérito da sua actuação
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O Poder Administrativo e os Direitos dos Particulares
A separação material das funções do Estado (legislação, justiça, administração) e a atribuição do seu
exercício a órgãos diferenciados (respectivamente o parlamento, os tribunais e o governo)
A A. P. é um verdadeiro poder já que define a sua própria conduta, de acordo com a lei, e define a
conduta dos administrados, podendo mesmo impor coercivamente o acatamento das suas determinações.
a) O regulamento administrativo
b) O acto administrativo
c) O contrato administrativo
d) As operações materiais
O Regulamento Administrativo:
O Regulamento é uma regra geral e abstracta . O Acto Administrativo é uma decisão individual e
concreta
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Forma dos Regulamentos:
O Governo:
Decreto - Regulamentar
Resolução do Conselho de Ministros
Portarias
Despachos Normativos
Despachos Simples
Autarquias Locais
Governadores Civis
Órgãos dirigentes de Institutos e Associações Públicas - (só quando a lei lhes atribuir poder
regulamentar externo) - sem forma especial
Os regulamento publicados no D.R. iniciam a sua vigência na data neles fixada; se nada disserem,
cinco dias após a publicação
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Os regulamentos autárquicos, na data que neles constar, que nunca pode ser marcada para menos
de 8 dias a contar da data da sua publicação
Validade: É a aptidão intrínseca do acto para produzir os efeitos jurídicos correspondestes ao tipo legal a
que pertence em consequência da sua conformidade com a ordem jurídica
Requisitos da validade:
a) Quanto ao Autor: Competência do órgão (em razão da matéria, hierarquia, local e tempo), regular
investidura
b) Quanto à forma e formalidades: tanto uma como outra devem ser observadas sob pena de ilegalidade
c) Quanto aos Destinatários: certos, no sentido de determinados ou imediatamente determináveis
d) Quanto ao conteúdo e objecto: Certeza, legalidade e possibilidade (material e jurídica)
e) O dever de fundamentação: é uma formalidade absolutamente essencial de certos actos administrativos
e destina-se a facultar aos interessados o conhecimento das razões que levaram a A.P. à prática de um
acto administrativo com um determinado conteúdo. A falta gera vício de forma e é anulável. Com a
ultrapassagem do prazo é sanável.
O Acto Tácito:
Requisitos de Eficácia:
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a) Publicação e notificação ao interessado
b) Visto do Tribunal de Contas (se o acto implicar despesas públicas)
Ilegalidade e Invalidade:
O Acto Administrativo que não seja conforme à lei é ilegal e, por conseguinte inválido.
A invalidade é justamente o valor negativo que a ordem jurídica associa à desconformidade do
Acto Administrativo com a Lei.
São vício do A.A. as formas de ilegalidade de que ele pode padecer e que o tornam inválido
Espécies:
a) Usurpação de Poder
b) Incompetência
c) Vício de Forma (quando a forma ou formalidade não estão coincidentes c/ a Lei
expressa
d) Violação da Lei
e) Desvio de Poder (o fim real n/ coincide c/ o fim legal; motivo principal n/
determinantes)
Usurpação de Poder: Vício que afecta o A.A. praticado por um órgão com invasão da esfera de
atribuições do poder legislativo ou judicial - é uma forma agravada de incompetência
Incompetência: Vício que afecto o A.A. praticado por um órgão de uma pessoa colectiva
pública, com invasão da esfera de atribuições de outra pessoa colectiva ou de outro órgão da
mesma pessoa colectiva.
Vício de Forma: Com carência de forma legalmente prescrita
Violação da Lei: Conteúdo ou objecto desconforme com a Lei
Desvio de Poder: Vício que consiste no exercício de um poder discricionário, cujo motivo
principal determinante não coincida com o fim legalmente prescrito.
Cumulação de Vícios: Quando padece simultaneamente de vário vícios da mesma espécie ou espécies
diversas
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Nulidade: a) ineficácia absoluta
b) insanável
c) direito de desobediência
d) direito de resistência passiva
e) impugnação a todo o tempo
f) o seu reconhecimento pelo Tribunal implica a declaração de nulidade do A.A.
Anulabilidade: a) eficaz até à anulação
b) sanável
c) obrigatório
d) proibição de resistência
e) impugnação dentro de certo prazo
f) o seu reconhecimento pelo Tribunal implica a anulação do A.A. com efeitos
retroactivos
Em regra, os A.A. inválidos são meramente anuláveis.
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